OAB apóia Vannuchi e sugere demissão de Jobim

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vinheta-clipping-forteA Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou hoje (10) uma manifestação de apoio ao terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos e ao secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vannucchi, que ameaça deixar o cargo caso o documento apresentado no dia 21 de dezembro sofra alguma alteração .

Na mensagem divulgada pela assessoria da entidade, o presidente da OAB, Cezar Britto, afirma que quem “censurou, prendeu sem ordem judicial, cassou mandatos e apoiou a ditadura militar” (1964/1985) foi anistiado pela lei promulgada em 1979, mas que quem cometeu torturou cometeu crimes de lesa-humanidade e, portanto, deve ser punido pelo Estado conforme estabelece a Constituição.

Ainda de acordo com a mensagem, Britto ligou para Vannuchi a fim de se solidarizar com “sua luta pelo estabelecimento do direito à memória e à verdade”. Durante a conversa por telefone, Britto reforçou sua opinião pessoal de que a Lei da Anistia, de 1979, não implica no “esquecimento” dos fatos ocorridos durante o regime de exceção.

“Todo brasileiro tem o direito de saber que um presidente da República constitucionalmente eleito foi afastado por força de um golpe militar. Da mesma forma, não se pode esquecer que no Brasil o Congresso Nacional foi fechado por força de tanques e que juízes e ministros do Supremo Tribunal Federal foram afastados dos seus cargos por atos de força, e que havia censura, tortura e castração de todo o tipo de liberdade”, diz Britto. “O regime do medo que sustentava o passado não pode servir de desculpa no presente democrático. Um país que tem medo de sua história, não pode ser considerado um país sério”.

O diretório da OAB no Rio de Janeiro também divulgou nota em que seu presidente, Wadih Damous, critica duramente ao ministro da Defesa, Nelson Jobim. No final de 2009, Jobim e os comandantes das Forças Armadas colocaram seus cargos à disposição por serem contrários à criação da chamado Comissão da Verdade, instância que ficaria responsável por investigar os atos cometidos por agentes do Estado durante a ditadura militar, com a possibilidade de que oficiais militares sejam punidos por crimes cometidos à época.

“Se é para haver demissões no governo que sejam as primeiras a do ministro da Defesa, Nelson Jobim, e dos chefes militares”. Para Damous, setores historicamente ligados ao golpe de 1964 estão tentando criar uma crise artificial no país, distorcendo deliberadamente o conteúdo do programa.

Outros integrantes do governo, como o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também criticam o programa, que também prevê medidas polêmicas relacionadas ao agronegócio, meio ambiente, comunicação, ciência e na relação do Estado com a Igreja. “É inaceitável que a sociedade brasileira volte a ser tutelada por chefes militares”, afirmou Damous, ressaltando que Vannuchi merece a integral solidariedade de todos aqueles que não querem ver o retrocesso da democracia brasileira.

FONTE: Jornal de Brasília, via Notimp

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Clésio Luiz
Clésio Luiz
14 anos atrás

Ah é? Onde fica a candidata à presidência nessa história, senhores hipócritas? Os crimes que ela cometeu contra a vida humana são menores que os cometidos pelos militares? A OAB agora apoia dois pesos e duas medidas?

Jc
Jc
14 anos atrás

Pois eh…tentaram na força uma ditadura vermelhona nos anos 60. Agora tentarao denovo, sem muita forca, por baixo dos panos e com palavras doces. Que os militares acordem novamente se necessario!!

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Infelizmente o Conselho Federal da OAB perdeu sua credibilidade na gestão Cezar Britto. Uma lástima que o órgão máximo dos advogados do Brasil tenha deixado seu nobre ministério de representação da classe e salvaguarda da Constituição e das Leis para se prostrar com as quatro patas ante o esgoto da política ParTidária. Esse cidadão deveria ser defenestrado de seu mandato incontinenti.

É por essas e outras que o CF/OAB cada vez tem menos relevância na vida do advogado, com as seccionais acabando por lhe tomar o papel, e sendo aparelhadas por espertalhões do quilate do Presidente da OAB/SP (maior seção do país).

Esse Dr. Britto é só mais um manipulado pelo PeTralhismo, que após manietar a Receita Federal, a Polícia Federal, a ABIN, a Petrobrás, o Ministério Público da União, a Marinha do Brasil, o Banco do Brasil, e tantos outros órgãos, empresas e instituições, e tentar calar a imprensa e o judiciário agora está dando o passo derradeiro: acabar com a credibilidade da advocacia.

Uma lástima que vive o Brasil, e que um dia chegaria à mais nobre profissão. Bem, o dia chegou.

Sds.

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Espero ter a minha opinião respeitada pelos senhores dos quais discordo. Desculpo-me pela ressalva antecipada, mas acredito que é necessária tendo em vista que muitos levam o debate a um acirramento que culmina em opiniões esdrúxulas como chamar de comunistas aqueles que desprezam a ditadura militar no Brasil. Eu sou um democrata, capitalista e entusista dos assuntos militares. Pois bem: considero elogiável a postura da OAB. Como disse o colega felipe, é preciso cumprir a Constituição. Pois eu pergunto aqui o seguinte: os nazistas foram condenados por seus crimes na Alemanha. Algum “terrorista” alemão poderia ser condenado por matar aqueles que impunham um regime ditatorial? Algum francês poderia ser condenado por atentados contra o giverno de Vichy? São dois pesos pq se trata de agentes do Poder Ditatorial de um lado, que mataram e torturaram cidadãos brasileiros (muitos deles inocentes). Destaco que aqueles que mataram “em batalha” como no Araguaia merecem tratamento diferente (ressalvando que execuções não devem ser tratadas da mesma forma). Sei das acusações de terrorismo, mas gostaria de saber se a ministra está envolvida em alguma morte….

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Ah cara, sinto muito, vá se informar do atentado no quartel do CMSE, que matou um pobre diabo dum soldado (recruta) que estava na guarita tirando hora de sentinela. E a mãe do soldado morreu sem ver um centavo de indenização.

Nem vou perder meu tempo discutindo contigo: quem apoia terrorista é terrorista!

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Artigo interessante de um Professor da Unicamp:

“Do exército ao Itamaraty: a desarticulação do Estado brasileiro, por José Alexandre Altahyde Hage
07/01/2010
Faz-se necessário um breve arrazoado para se compreender a questão a qual se refere o título deste artigo. Este texto não tem propósito de abrir polêmica nem de contribuir para debates que não tragam luz sobre questão de política nacional que ganhou dimensão nos últimos dias. Trata-se da crise que envolve a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, o Executivo e o Ministério da Defesa. O início do imbróglio se deu por causa da proposta do secretário dos Direitos Humanos Paulo Vanuchi, com apoio do ministro da Justiça e oposição do ministro Jobim, da Defesa, para se rever a Lei de Anistia e procurar condenar torturadores e todos aqueles que, de alguma forma, serviram os governo de 1964 a 1985.
Lei de Anistia que no governo João Figueiredo trazia dois objetivos. Primeiro anular qualquer forte agravamento político que pudesse haver entre os “servidores do Estado”, seja nas Forças Armadas ou em outros órgãos públicos, e aqueles que militavam a favor da luta armada por meio de movimentos de guerrilha, como os do Araguaia (PC do B) e a Vanguarda Popular Revolucionária, que se encarregava da versão urbana da contestação armada. Na Lei de 1979 não há distinção entre “errantes” da repressão e da luta armada. Tudo foi zerado.
O segundo objetivo, embora não ligado automaticamente ao primeiro, foi o de aproveitar o momento de pacificação política para superar o problema causado pelo feito de 13 de dezembro de 1968, com a criação do Ato Institucional 5, que desconhecia o direito de hábeas corpus e outras garantias individuais. Vale a pena recordar que foi com o fim do AI-5 que se findou também a censura sobre a imprensa, ficando algum limite de difusão sob conveniência dos diretores das empresas de comunicação ou fruto de apelo de grupos da sociedade civil. A partir daí volta-se gradualmente à normalidade, como aprovação dos partidos políticos de grandeza nacional, a exemplo do Partido dos Trabalhadores que atualmente governa o Brasil.
O fato de haver vontade nacional para rever a história não tem demérito, cabe à contemporaneidade dar vazão ou não às suas perspectivas de revisão. Na República francesa ainda há quem queira defender ou atacar o marechal Pétan, que governara a França sob o poder do III Reich (governo de Vichi). Certamente há também as mesmas preocupações, prós e contras, em Portugal de Salazar e na Espanha de Franco. No Brasil não seria diferente sob regime de democracia e de liberdade de opinião. Mas no País o intento de reviver o passado pode ter outra coloração, a de mirar em um objeto e derrubar outro.
O resultado que pode sair dos esforços de revelar a verdade, conforme proposta do secretário Vanuchi, é o aumento da desarticulação do Estado brasileiro. Em outras palavras, paulatinamente o poder nacional brasileiro é comprometido e desmoralizado sob procuras de virtude que dificilmente encontrariam opositores, até porque o moderno político e intelectual brasileiro não carregaria com prazer a pecha de reacionário. E qual seria o propósito disso? Além de se procurar pela justiça haveria também efeitos colaterais na política nacional e na diplomacia – daí a variante internacional que a atual crise traz em seu bojo.
Porventura, se os esforços da Secretaria de Direitos Humanos, com possível apoio do Executivo, tem o fito de levar justiça para aqueles que foram vitimados pela ditadura, outro resultado poderá surgir. Diga-se de passagem, que se trata de resultado não recente, que faz parte de um processo iniciado na segunda metade dos anos 1980, mas com efeitos que ainda perduram.
A procura de se limitar o poder nacional brasileiro, começando pelas Forças Armadas, é algo que teve início no governo de José Sarney. O objetivo era bastante compreensível, embora temerário. O fim do movimento político-militar de 1964 exigia virada de página e havia ânsia para se saber o que se devia fazer com o exército em um país que desejava ser democrático. Limitar a atuação dos militares parecia ser urgente para aquele período. Ninguém mais queria imaginar a vida política brasileira sob novas intromissões do Exercito brasileiro como se ele fosse uma espécie de poder moderador na era republicana. Não deveriam mais se repetir datas como 1892, 1922, 1937, 1954, 1955 e, por fim, 1964.
Por outro lado, os fatos entre 1986 a 2009, que parecem ser apenas uma questão nacional e limitada institucionalmente têm ligação internacional e não se prende somente ao Exercito. Aliás, é sempre lícito averiguar as questões internas para se perceber quais são as pressões, desejos e outros institutos internacionais que ganham ou perdem com decisões internas, seja no comércio, energia etc.
Já foi dito que o enquadramento das Forças Armadas brasileiras em um clima de redemocratização se fez urgente não somente pelo temor interno, mas também por sugestões internacionais, sobretudo após a da Guerra Fria, em que erradamente se deu a entender para as antigas potências médias, caso do Brasil, que não haveria mais por que desenvolver a grande estratégia. Grande estratégia que, certamente, pensa a evolução do poder nacional, com o bom funcionamento das Forças Armadas, bem como da tecnologia e da industrialização em moldes autônomos, dependendo do externo somente no mais sofisticado e complexo.
Ainda no final do grande embate ideológico entre o Leste e o Oeste houve quem também preferisse um novo papel para os exércitos nacionais, principalmente os latino-americanos. Havia a idéia de que sem o grande conflito mundial aqueles organismos estatais poderiam ter nova roupagem e função, a de serem uma “gendarmerie”, desarticulado dos problemas do Estado. Vale dizer, um exército sem ser exercito, mas uma polícia nacional.
Tanto no campo das Forças Armadas, almirante César Flores, quanto no campo da universidade, professores Domício Proença Junior e Eugênio escreveram textos dizendo que o enxugamento do orçamento militar a partir dos anos 1990 não deixaria de ter viés político e ideológico, inclusive para fazer com que o Brasil fosse mais visto pelas organizações internacionais, notadamente o Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e Organização dos Estados Americanos. As duas primeiras se contentariam pelo fato de haver superávit primário; a segunda pela possibilidade de haver menos trabalhos nas questões mais prementes.
A ausência de um exército bem preparado e equipado é, ao mesmo tempo, uma falta do poder nacional que se vê despreparado para os reais desafios que o Estado pode encontrar, independente de haver ou não ameaça à segurança nacional – este é o histórico do Exército nacional. Mas a busca para se obter a reforma institucional, limitando e concebendo novas versões para o poder político não se limitou aos militares, também arrumou espaço no Itamaraty.
A respeito da Chancelaria a procura para se procurar reformar, ou imputar novas fórmulas que fossem condizentes com governos reformistas, diga-se liberais, vêm da administração Collor de Mello e sua tentativa de afastar antigos quadros a favor daqueles mais próximos de sua plataforma. Daí se compreende o embate silencioso, mas duro, entre o ex-chanceler Francisco Rezek com o secretário-geral, embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima por causa de concepções divergentes.
Qual era afinal a fórmula de Collor? Fazer com que o Itamaraty fosse mais simpático às boas novas que chegavam do hemisfério norte e de alguns agregados do sul, a exemplo da Argentina e do México do governo Salinas: liberdade de mercado, desregulamentação, privatização e preocupação com o meio ambiente. Esforços que foram um pouco quebrados por causa do período Itamar Franco que havia convidado o ministro Celso Amorim para a Casa em 1993.
Sobre isso é interessante consultar dissertação de mestrado do diplomata argentino, José Maria Arbilla (IRI-PUC-RIO) sobre duas experiências análogas no intuito, mas diferentes no resultado, a reforma conceitual do Palácio San Martin, a Chancelaria da Argentina e a brasileira, no Itamaraty. No San Martin houve reforma conceitual, adequando novos quadros às modas e apelos após Guerra Fria dando, assim, o suporte necessário ao governo de Carlos Menem para se aproximar fortemente dos Estados Unidos, e para com eles exercer “relações carnais”.
Apesar de compartilhar o mesmo período o governo Collor não havia logrado reformar a Chancelaria da mesma forma que o vizinho em virtude da existência de uma carreira bem construída e tradicionalmente ciosa de seu valor, imune a modismos e idéias que pudessem descaracterizar a doutrina e a coerência histórico-política que o Itamaraty traz há décadas.
No entanto, da mesma forma que o Exército brasileiro, o Itamaraty também vem sofrendo “ajustes” de teor ideológico e programático que pode ser considerado uma mudança de rota, agora mais à esquerda. Isto porque se havia algo que a Chancelaria muito valorizava era sua relativa distância de embates temporais e se pretendo aquilo que mais tinha noção de permanente e relevante ao interesse nacional – interesse nacional acima de querelas governamentais e partidárias. Mesmo correndo o risco de leviandade se pode dizer que o apego exagerado da Casa à questão hondurenha traduz a alteração de comportamento, imputando valores e aceitando visões que mais atrapalham a atividade exterior do que contribui para bom trabalho.
O que se vê em Honduras se reflete no Brasil, a palavra escrita e lavrada perde valor. O que as instituições pregam para que haja o equilíbrio político tão necessário corre risco de não existir justamente para dar azo a desejos anacrônicos, embora compreensíveis. O Itamaraty dá a entender que não consegue se divorciar do imbróglio hondurenho, mesmo que haja sinais claros de que a Constituição daquele país e sua população aprovem novas medidas para se ter a tão querida paz. Desejam-se boa sorte a Zelaya para que ele faça sua parte, abra espaço para quem foi escolhido em eleição livre e observada pelas Nações Unidas.
Por caminhos distintos a sorte por que passa o Exército nacional não difere muito da Chancelaria. A arma de terra se enquadra em um tipo de revisão histórica que mais guarda conveniência com desejos internacionais do que domésticos. A desmoralização do Exército não ajuda a se fazer justiça; ajuda sim a fazer cisão, até àqueles que não serviram a ditadura, caso do ministro Jobim. Em outro caso, a alteração programática do Itamaraty tampouco contribui para a positiva inserção internacional do Brasil. Difícil haver inserção internacional respeitosa sem um exército confiante e um corpo diplomático coeso, sem partidos.
O desejo de se enquadrar as Forças Armadas, em especial o Exército, não é diferente daquele de o reduzir a uma polícia melhorada, sem resguardo político para exercer sua real função. Em princípio, se esse intuito ganhar corpo haverá quem goste dessa operação. Nos Estados Unidos haverá quem concorde com isso, assim como na Europa Ocidental, em muitas organizações não-governamentais e internacionais. A questão é saber qual vantagem terá o governo Lula da Silva e seus descendentes diretos. Será tudo isso um passaporte ao reconhecimento internacional? Se for assim seu governo não guardará grande distância de seu antecessor, embora o presidente se ampare em uma administração à esquerda, como alega ser.
No projeto do secretário Vanuchi, e contestado por Jobim, há o desejo de se modificar, inclusive, nomes dados a ruas, rodovias, patrimônio público que relembre quem tenha trabalhado para a ditadura, independente da qualidade do trabalho e de sua contribuição para o Brasil. Nessa seara, a rodovia Castelo Branco, em São Paulo, deverá ser renomada, em hipótese. O mesmo destino deverá ter o embaixador Ítalo Zappa, grande arquiteto do reconhecimento de independência da África lusófona nos anos 1970, mesmo que o saudoso diplomata tenha se firmado como homem simpático na construção do Terceiro Mundo, em Cuba, na China e no Vietnã seu nome deverá ser retirado de escola pública no Rio de Janeiro.
Para concluir. Em entrevista feita em 1997 o assessor especial de relações internacionais para a Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmara que Roberto Campos se tornara errante pelo fato de ter servido ao governo Geisel como embaixador em Londres em 1974. Seguindo esse raciocínio, Ítalo Zappa, Paulo Nogueira Batista, Severo Gomes, Petrônio Portela, Bautista Vidal, Rogério Cerqueira César, Andrada Cerpa e outros, “devem” se redimir pela ligação com os governos militares, mesmo que tenham procurado dar o melhor deles. Seja nesta vida ou na outra.”

José Alexandre Altahyde Hage é Doutor em Ciência Política pela Universidade de Campinas – Unicamp; atualmente desenvolve estudos pós-doutorais na área de História na Universidade Federal Fluminense – UFF

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Ok, Felipe. Não vou discutir sobre o teu conceito de que sou terrorista pq nunca disse que apoio o terrorismo. Não discuto neste nível de agressões pessoais. A minha opinião (e isto significa que não a considero verdade absoluta) é de que a lei da anistia abriga determinados crimes e outros não. Esta é a interpretação da Constituição conforme a maioria dos juristas (tanto no Brasil quanto no exterior). Sendo assim,é importante distinguir os crimes que atentam contra os direitos humanos dos chamados crimes políticos. Darei exemplos pq é mais fácil o entendimento.
1) Homicídio praticado contra um militar ou contra um guerrilheiro em combate é abrigado pela Lei (como no combate do araguaia). Excetua-se a prática de execução sumária. Um homicídio contra um jornalista, estudante, enfim, um civil, deve responsabilizar o criminoso, mesmo que seja dito que suspeitava-se de que era “terrorista” pois nunca existiu pena de morte para este crime e, se houvesse, o acusado deveria ser julgado e condenado para ser executado na forma prescrita na lei.
2) Terrorismo: um atentado contra um ônibus repleto de civis ou contra um avião comercial ou em local de concentração de público…..isto é terrorismo. Explodir uma bomba em um estabelecimento militar ou contra um militar, NAQUELE PERÍODO, é caracterizado como crime político. Assim como no Iraque, um ataque com bomba a um comboio militar não é terrorismo. É terrorismo um ataque a um centro comercial, uma escola (como na Rússia), um teatro (como na Rússia), avião comercial (11set01), etc…..
3) Sequestro: Assim como os crimes praticados por quem efetuou prisões sem mandado judicial (o que, na prática, é sequestro), continuam abrigados.
4) Tortura: Este crime é INJUSTIFICÁVEL. Inclusive em tempo de guerra é terminantemente proibido. Militares são punidos pelas próprias forças das quais fazem parte quando cometem este crime. Todos, militares e insurgentes, devem ser responsabilizados por este tipo de crime.
Todos os meus conceitos são válidos, obviamente, para ambos os lados. QUEM TORTUROU, EXECUTOU SUMARIAMENTE, COMETEU ATENTADO CONTRA ALVO CIVIL PARA PROMOVER O TERROR DEVE SER JULGADO E NÃO ESTÁ ABRIGADO PELA LEI DA ANISTIA.
Esclareço que não apoio, necessariamente, as opiniões daqueles que defendem o PNDH. O que afirmo é que apoio a opinião do Presidente do CF da OAB exposta neste Post.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Ah, tá certo, bons são os seus mortos, os mortos dos outros não prestam…

Vocês não respeitam nada nem ninguém! Porque vocês simplesmente não aceitam que há alguns valores que são fundamentais, e a VIDA, de quem quer que seja, é um deles, UNIVERSAL E QUASE ABSOLUTO!

Cara, pense o que vc quiser: o recruta que morreu estava fazendo serviço militar OBRIGATÓRIO!!! Muito provavelmente estava lá muito a contragosto!!! E tirando guarda ainda! Vc já tirou guarda?? Vc sabe o que é tirar guarda? Ou servir à pátria? Sabe o saco que é ser sentinela? Sabe a responsabilidade que te jogam na mão, junto com o Fuzil?

E EXEMPLOS COMO ESSE QUE EU DEI, DO ATENTADO A BOMBA NO IBIRAPUERA, TEM AOS MONTES! NÃO SOU EU QUE DIGO NÃO, LEIA CARLOS MARIGHELLA E SEU MANUAL DE GUERRILHA: ELE PRÓPRIO PRECEITUA SUAS AÇÕES COMO TERRORISMO!

Enfim parceiro, querem rever a anistia? Muito que bem. Mas vai ter ministrinho do governo Lulla sentando no banco dos réus também. Senão não vale.

E afirmo o que eu digo: vocês não tem a menor idéia do com o que estão brincando! Vocês estão brincando com fogo. Poderão sair queimados.

Sds.

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Eu acredito que NENHUM ser humano em condições mentais normais gosta de matar alguém. O problema é que ocorrem guerras, golpes, lutas armadas e, neste contexto, os seres humanos recorrem às armas e se matam. O que é inadmissível é que haja tortura, execuções ou que se tenha como alvo a população civil (o que configura terrorismo). A vida de todas as pessoas vale o mesmo. O que falta na tua lógica é saber que um SOLDADO é treinado para matar. Ele não é policial. Ele não é treinado para atuar em repressões de atos civis, sejam em prol do comunismo ou de qualquer outra barbaridade. Ele não está autorizado para torturar na guerra, ou a torturar terroristas. O SOLDADO representa o Estado e o envergonha (ao País e à população) se age de forma desumana contra quem quer que seja. Grande parte dos estadunidenses sentem-se envergonhados das torturas cometidas em Guantánamo. Os soldados acusados são processados e cumprem pena. Outro ponto: Eu escrevi no comentário acima que não me alinho, necessariamente, com aqueles que tem a opinião favorável ao PNDH….por isto não entendo a citação de Carlos Marighella. Não sei o que se passa na sua cabeça para se dirigir a mim como “vocês”. Seria o mesmo que fazia o Hitler em relação aos judeus, o Chávez e o Fidel em relação aos seus opositores? E mais: não entendo este tom de ameaça. Esta tua ameaça é a maior prova de como agiu o regime militar: EU,A ESTA HORA, PODERIA ESTAR SENDO RASTREADO PELO SNI. PROVAVELMENTE ME TORTURARIAM E, TALVEZ, ME MATARIAM SOB O PRETEXTO DE SER EU UM TERRORISTA (COMO ME ACUSASTE NO POST ANTERIOR). Agora eu te pergunto: se me torturassem por manifestar a minha opinião, isto é algo defensável? Não quero que o BRASIL vireum CHINA, CUBA ou que pessoas que pensam como tu tenham poderes para acusar de terrorista sem julgamento e possam mandar torturar e matar. Eu me limitei a manifestar a minha opinião. Fui chamado de terrorista, ameaçado de “ser queimado” e acusado de fazer parte de um grupo terrorista e antipatriótico imaginário chamado “vocês”. Um absurdo! Mas não tenho nada contra ti. Respeito a tua opinião, mas temo pelo Brasil por ter pessoas com ideias totalitárias.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

vazmarcoantonio em 12 jan, 2010 às 14:46:

Olhe aqui meu caro, a lista de vítimas da esquerda APENAS antes do AI-5 (1969), segundo o grupo “Terrorismo nunca mais”: OLHE A QUANTIDADE DE CIVIS QUE MORRERAM APENAS POR ESTAR POR PERTO!

Ah, “mas não se faz omelete sem quebrar uns ovos não é”? MALDITOS!

TERRORISTA NÃO TEM RESPEITO POR NADA NEM NIGUÉM! SÃO A ESCÓRIA DA HUMANIDADE E TEM QUE SER EXECRADOS DESTE E DE TODOS OS PAÍSES DO GLOBO TERRESTRE!

De resto parceiro, é o que já falei: querem condenar os “agentes da repressão”? Muito que bem: mas vão ter que condenar também os teroristas, muitos deles aboletados em cargos públicos ou recebendo pensões da máquina pública! SENÃO O BICHO VAI PEGAR!

A coisa estava morta e enterrada com a Lei da Anistia. Querem mexer na “Caixa de Pandora”? Vão ter que aguentar!

Segue:

“AS VÍTIMAS DAS ESQUERDAS ANTES DO AI-5

1 – 12/11/64 – Paulo Macena, Vigia – RJ
Explosão de bomba deixada por uma organização comunista nunca identificada, em protesto contra a aprovação da Lei Suplicy, que extinguiu a UNE e a UBES. No Cine Bruni, Flamengo, com seis feridos graves e 1 morto;

2 – 27/03/65- Carlos Argemiro Camargo, Sargento do Exército – Paraná
Emboscada de um grupo de militantes da Força Armada de Libertação Nacional (FALN), chefiado pelo ex-coronel Jeffersom Cardim de Alencar Osorio. Camargo foi morto a tiros. Sua mulher estava grávida de sete meses.

3 – 25/07/66 – Edson Régis de Carvalho, Jornalista – PE
Explosão de bomba no Aeroporto Internacional de Guararapes, com 17 feridos e 2 mortos. Ver próximo nome.

4 – 25/07/66 – Nelson Gomes Fernandes, almirante – PE
Morto no mesmo atentado citado no item 3. Além das duas vítimas fatais, ficaram feridas 17 pessoas, entre elas o então coronel do Exército Sylvio Ferreira da Silva. Além de fraturas expostas, teve amputados quatro dedos da mão esquerda. Sebastião Tomaz de Aquino, guarda civil, teve a perna direita amputada.

5 – 28/09/66 – Raimundo de Carvalho Andrade – Cabo da PM, GO
Morto durante uma tentativa de desocupação do Colégio Estadual Campinas, em Goiânia, que havia sido ocupado por estudantes de esquerda. O grupo de soldados convocado para a tarefa era formado por burocratas, cozinheiros etc. Estavam armados com balas de festim. Andrade, que era alfaiate da Polícia Militar, foi morto por uma bala de verdade disparada de dentro da escola.

6 – 24/11/67 – José Gonçalves Conceição (Zé Dico) – fazendeiro – SP
Morto por Edmur Péricles de Camargo, integrante da Ala Marighella, durante a invasão da fazenda Bandeirante, em Presidente Epitácio. Zé Dico foi trancado num quarto, torturado e, finalmente, morto com vários tiros. O filho do fazendeiro que tentara socorrer o pai foi baleado por Edmur com dois tiros nas costas.

7 – 15/12/67 – Osíris Motta Marcondes, bancário – SP
Morto quando tentava impedir um assalto terrorista ao Banco Mercantil, do qual era o gerente.

8 – 10/01/68 – Agostinho Ferreira Lima – Marinha Mercante – Rio Negro/AM
No dia 06/12/67, a lancha da Marinha Mercante “Antônio Alberto” foi atacada por um grupo de nove terroristas, liderados por Ricardo Alberto Aguado Gomes, “Dr. Ramon”, que, posteriormente, ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN). Neste ataque, Agostinho Ferreira Lima foi ferido gravemente, vindo a morrer no dia 10/01/68.

9 – 31/05/68 – Ailton de Oliveira, guarda Penitenciário – RJ
O Movimento Armado Revolucionário (MAR) montou uma ação para libertar nove de seus membros que cumpriam pena na Penitenciária Lemos de Brito (RJ) e que, uma vez libertados, deveriam seguir para a região de Conceição de Jacareí, onde o MAR pretendia estabelecer o “embrião do foco guerrilheiro”. No dia 26/05/68, o estagiário Júlio César entregou à funcionária da penitenciária Natersa Passos, num pacote, três revólveres calibre 38. Às 17h30, teve início a fuga. Os terroristas foram surpreendidos pelos guardas penitenciários Ailton de Oliveira e Jorge Félix Barbosa. Foram feridos, e Ailton morreu no dia 31/05/68. Ainda ficou gravemente ferido o funcionário da Light João Dias Pereira, que se encontrava na calçada da penitenciária. O autor dos disparos que atingiram o guarda Ailton foi o terrorista Avelino Brioni Capitani

10 – 26/06/68- Mário Kozel Filho – Soldado do Exército – SP
No dia 24/01/68, o capitão Lamarca rouba do 4ºRI muitos fuzis, metralhadoras e munição, deserta e entra na clandestinidade. O material bélico roubado é entregue à Vanguarda Popular Revolucionária, VPR, uma organização terrorista que Lamarca já integrava antes de desertar. No dia 26/06/68, Kozel atua como sentinela do Quartel General do II Exército. Às 4h30, um tiro é disparado por um outro soldado contra uma camioneta que, desgovernada, tenta penetrar no quartel. Seu motorista saltara dela em movimento, após acelerá-la e direcioná-la para o portão do QG. O soldado Rufino, também sentinela, dispara 6 tiros contra o mesmo veículo, que, finalmente, bate na parede externa do quartel. Kozel sai do seu posto e corre em direção ao carro para ver se havia alguém no seu interior. Havia uma carga com 50 quilos de dinamite, que, segundos depois, explode. O corpo de Kozel é dilacerado. Os soldados João Fernandes, Luiz Roberto Julião e Edson Roberto Rufino ficam muito feridos. É mais um ato terrorista da organização chefiada por Lamarca, a VPR. Participaram do crime os terroristas Diógenes José de Carvalho Oliveira, Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Onofre Pinto, Edmundo Coleen Leite, José Araújo Nóbrega, Oswaldo Antônio dos Santos, Dulce de Souza Maia, Renata Ferraz Guerra Andrade e José Ronaldo Tavares de Lima e Silva. Ah, sim: a família de Lamarca recebeu indenização. De Kozel, quase ninguém mais se lembra.

11 – 27/06/68 – Noel de Oliveira Ramos – civil – RJ
Morto com um tiro no coração em conflito na rua. Estudantes distribuíam, no Largo de São Francisco, panfletos a favor do governo e contra as agitações estudantis conduzidas por militantes comunistas. Gessé Barbosa de Souza, eletricista e militante da VPR, conhecido como “Juliano” ou “Julião”, infiltrado no movimento, tentou impedir a manifestação com uma arma. Os estudantes, em grande maioria, não se intimidaram e tentaram segurar Gessé que fugiu atirando, atingindo mortalmente Noel de Oliveira Ramos e ferindo o engraxate Olavo Siqueira.

12- 27/06/68 – Nelson de Barros – Sargento PM – RJ
No dia 21/06/68, conhecida como a “Sexta-Feira Sangrenta”, realizou-se no Rio uma passeata contra o regime militar. Cerca de 10.000 pessoas ergueram barricadas, incendiaram carros, agrediram motoristas, saquearam lojas, atacaram a tiros a embaixada americana e as tropas da Polícia Militar. No fim da noite, pelo menos 10 mortos e centenas de feridos. Entre estes, estava o sargento da PM Nelson de Barros, que morreu no dia 27.

13 – 01/07/68 – Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen – major do Exército Alemão – RJ
Morto no Rio, onde fazia o Curso da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Assassinado na rua Engenheiro Duarte, Gávea, por ter sido confundido com o major boliviano Gary Prado, suposto matador de Che Guevara, que também cursava a mesma escola. Autores: Severino Viana Callou, João Lucas Alves e um terceiro não-identificado. Todos pertenciam à organização terrorista COLINA- Comando de Libertação Nacional.

14 – 07/09/68 – Eduardo Custódio de Souza – Soldado PM – SP
Morto com sete tiros por terroristas de uma organização não identificada quando de sentinela no DEOPS, em São Paulo.

15 – 20/09/68 – Antônio Carlos Jeffery – Soldado PM – SP
Morto a tiros quando de sentinela no quartel da então Força Pública de São Paulo (atual PM) no Barro Branco. Organização terrorista que praticou o assassinato: Vanguarda Popular Revolucionária. Assassinos: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, atualmente conhecido como “Diógenes do PT”, ex-auxiliar de Olívio Dutra no Governo do RS.

16- 12/10/68 – Charles Rodney Chandler – Cap. do Exército dos Estados Unidos – SP
Herói na guerra com o Vietnã, veio ao Brasil para fazer o Curso de Sociologia e Política, na Fundação Álvares Penteado, em São Paulo/SP. No início de outubro de 68, um “Tribunal Revolucionário”, composto pelos dirigentes da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária), Onofre Pinto (Augusto, Ribeiro, Ari), João Carlos Kfouri Quartin de Morais (Maneco) e Ladislas Dowbor (Jamil), condenou o capitão Chandler à morte, porque ele “seria um agente da CIA”. Os levantamentos da rotina de vida do capitão foram realizados por Dulce de Souza Maia (Judite). Quando retirava seu carro das garagem para seguir para a Faculdade, Chandler foi assassinado com 14 tiros de metralhadora e vários tiros de revólver, na frente da sua mulher, Joan, e de seus 3 filhos. O grupo de execução era constituído pelos terroristas Pedro Lobo de Oliveira (Getúlio), Diógenes José de Carvalho Oliveira (Luis, Leonardo, Pedro) e Marco Antônio Bráz de Carvalho (Marquito).

17 – 24/10/68 – Luiz Carlos Augusto – civil – RJ
Morto, com 1 tiro, durante uma passeata estudantil.

18 – 25/10/68 – Wenceslau Ramalho Leite – civil – RJ
Morto, com quatro tiros de pistola Luger 9mm durante o roubo de seu carro, na avenida 28 de Setembro, Vila Isabel, RJ. Autores: Murilo Pinto da Silva (Cesar ou Miranda) e Fausto Machado Freire (Ruivo ou Wilson), ambos integrantes da organização terrorista COLINA (Comando de Libertação Nacional).

19 – 07/11/68 – Estanislau Ignácio Correia – Civil – SP
Morto pelos terroristas Ioshitame Fugimore, Oswaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo Oliveira, todos integrantes da Vanguarda Popular Revolucionária(VPR), quando roubavam seu automóvel na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, em São Paulo.”

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Ah, e pode colocar no banco dos réus ministro do Lula, do FHC, O Serra, a Dilma, o Lula. Não tenho interesse em ver quem torturou, executou sumariamente ou atentou contra alvos não partícipes da luta armada sem ser punido. Não sou alinhado ao Lula, Dilma, Serra, Fhc…..isto, pra mim, não é motivo para temer. Não me relaciono de qq forma com qq deles e nunca pratiquei qualquer ato criminoso. Estranho é que tem pessoas que temem a punição de criminosos.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

vazmarcoantonio em 12 jan, 2010 às 14:46:

VOCÊ APÓIA A IMPUNIDADE PARA AS PESSOAS QUE FIZERAM ISSO?

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

vazmarcoantonio em 12 jan, 2010 às 14:46:

Eu não temo parceiro, nem era nascido nessa época. Só acho que se é pra jogar merla no ventilador, vai ter-se que jogar para os dois lados. Senão é o que eu já falei: O BICHO VAI PEGAR! NÃO IRÃO ABRIR A CAIXA DE PANDORA E DEIXAR VAZAR SÓ OS MALES QUE VOCÊS QUEREM!

Agora, se quiser mesmo saber porquê que esse governinho mequetrefe está querendo reabrir essas velhas feridas, leia o meu comentário nesse post:

http://www.forte.jor.br/2010/01/12/encontro-entre-lula-e-jobim-para-discutir-plano-de-direitos-humanos-e-adiado/#comments

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Ótimo, cara! Já tens a lista de algumas pessoas que praticaram crimes! Vamos torcer pela aprovação do PNDH, prova isto num tribunal e vamos torcer por uma punição a eles. Perfeito! PS: Não conheço nenhum deles, meu nome não está na lista e quero que sejam punidos se for provado isto que escreveste. Não quero que sejam torturados ou executados sumariamente. Parece que estamos evoluindo…..

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

vazmarcoantonio em 12 jan, 2010 às 15:43:

É ai que mora o seu “engano” meu amigo. O tal Plano dos Direitos Humanos fala apenas em responsabilização dos “agentes da repressão”, E NÃO dos “terroristas”. Se aprovada mais essa calhordice, os TERRORISTAS não poderão ser processados, a uma porque a Lei de Anistia para eles continuaria valendo, a duas porque seus crimes teriam prescrito!

Amigo, já que vc está desinformado, sugiro que vc se informe melhor antes de entrar em debates sobre coisa que não conhece então.

Sds e me desculpe, mas a injustiça do assunto me exalta.

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Na minha opinião, o seu engano é querer classificar como terroristas estas pessoas. Classifique-as como assassinos, criminosos, agentes de esquerda, adoradores de fidel……Outro engano seu: crimes contra os direitos humanos são imprescritíveis. Terceiro engano seu: Não provém deste Plano a responsabilização dos criminosos; a CF prevê que todas as convenções internacionais que versem sobre Dir. Humanos pelo Brasil terão status de EMENDA CONSTITUCIONAL. Ou seja, a CF brasileira revoga a Lei de Anistia e o PNDH é um diretriz governamental para o cumprimento disto. Ou seja, estes supostos assassinos seriam julgados por força constitucional. Sabemos que muitos dispositivos constitucionais brasileiros não são cumpridos imediatamente(como a prórpia revogação da anistia), mas isto seria facilmente revertido no STF, órgão que não permitiria uma interpretação “de governo” de um dispositivo constitucional. AÍ eu te apoiaria na luta pela generalização do alcance da revogação da anistia, pela responsabilização destes que chamas de terroristas. E eu te pergunto: acreditas que, se fossem julgados os miltares os “terroristas” não o seriam?

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

MAIS ALGUNS MORTOS DO TERRORISMO. Reparem que a lista contém inúmeros civis, a maioria dos quais trabalhavam em bancos, ou em serviços acessórios destes (desde aquela época já deviamos sabe que o que esses caras queriam mesmo era dinheiro). Mas há também casos escabrosos de “donas de casa” e similares que tiveram o azar de cruzar o caminho dos malditos:

20 – 07/01/69 – Alzira Baltazar de Almeida – dona de casa – Rio de Janeiro/RJ
Uma bomba jogada por terroristas embaixo de uma viatura policia, estacionada em frente à 9ª Delegacia de Polícia, ao explodir, matou Alzira, que passava pela rua

21 – 11/01/69 – Edmundo Janot – Lavrador – Rio de Janeiro / RJ
Morto a tiros, foiçadas e facadas por um grupo de terroristas que haviam montado uma base de guerrilha nas proximidades da sua fazenda.

22 – 29/01/69 – Cecildes Moreira de Faria – Subinspetor de Polícia – BH/ MG

23 – 29/01/69 – José Antunes Ferreira – guarda civil-BH/MG
Policiais chegaram a um “aparelho” do Comando de Libertação Nacional (Colina), na rua Itacarambu nº 120, bairro São Geraldo. Foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto Pezzuti da Silva , “Cesar’ ou “Miranda”, que mataram o subinspetor Cecildes Moreira da Silva (ver acima), que deixou viúva e oito filhos menores. Ferreira também morreu. Além do assassino, foram presos os seguintes terroristas: Afonso Celso L.Leite (Ciro), Mauricio Vieira de Castro (Carlos), Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida (Pedro), Jorge Raimundo Nahas (Clovis ou Ismael) e Maria José de Carvalho Nahas (Celia ou Marta). No interior do “aparelho”, foram apreendidos 1 fuzil FAL, 5 pistolas, 3 revólveres, 2 metralhadoras, 2 carabinas, 2 granadas de mão, 702 bananas de dinamite, fardas da PM e dinheiro de assaltos.

24 – 14/04/69 – Francisco Bento da Silva – motorista – SP
Morto durante um assalto, praticado pela Ala Vermelha do PC do B ao carro pagador (uma Kombi) do Banco Francês-Italiano para a América do Sul, na Alameda Barão de Campinas, quando foram roubados vinte milhões de cruzeiros. Participaram desta ação os seguintes terroristas: Élio Cabral de Souza, Derly José de Carvalho, Daniel José de Carvalho, Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Aderval Alves Coqueiro, Lúcio da Costa Fonseca, Gilberto Giovanetti, Ney Jansen Ferreira Júnior, Genésio Borges de Melo e Antônio Medeiros Neto

25 – 14/04/69 – Luiz Francisco da Silva – guarda bancário -SP
Também Morto durante o assalto acima relatado.

26 – 08/05/69 – José de Carvalho – Investigador de Polícia – SP
Atingido com um tiro na boca durante um assalto ao União de Bancos Brasileiros, em Suzano, no dia 07 de maio, vindo a falecer no dia seguinte. Nessa ação, os terroristas feriram, também, Antonio Maria Comenda Belchior e Ferdinando Eiamini. Participaram os seguintes terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN): Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Takao Amano, Ney da Costa Falcão, Manoel Cyrilo de Oliveira Neto e João Batista Zeferino Sales Vani. Takao Amano foi baleado na coxa e operado, em um “aparelho médico” por Boanerges de Souza Massa, médico da ALN.

27 – 09/05/69 – Orlando Pinto da Silva – Guarda Civil – SP
Morto com dois tiros, um na nuca e outro na testa, disparados por Carlos Lamarca, durante assalto ao Banco Itaú, na rua Piratininga, Bairro da Mooca. Na ocasião também foi esfaqueado o gerente do Banco, Norberto Draconetti. Organização responsável por esse assalto: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

28 – 27/05/69 – Naul José Montovani – Soldado PM – SP
Em 27/05/69 foi realizada uma ação contra o 15º Batalhão da Força Pública de São Paulo, atual PMESP, na Avenida Cruzeiro do Sul, SP/SP. Os terroristas Virgílio Gomes da Silva, Aton Fon Filho, Carlos Eduardo Pires Fleury, Maria Aparecida Costa, Celso Antunes Horta e Ana Maria de Cerqueira César Corbusier metralharam o soldado Naul José Montovani, que estava de sentinela e que morreu instantaneamente. O soldado Nicário Conceição Pulpo, que correu ao local ao ouvir os disparos, foi gravemente ferido na cabeça, tendo ficado paralítico.

29 – 04/06/69 – Boaventura Rodrigues da Silva – Soldado PM – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Banco Tozan.

30 – 22/06/69 – Guido Boné – soldado PM – SP
Morto por militantes da ALN que atacaram e incendiaram a rádio-patrulha RP 416, da então Força Pública de São Paulo, hoje Polícia Militar, matando os seus dois ocupantes, os soldados Guido Bone e Natalino Amaro Teixeira, roubando suas armas.

31 – 22/06/69 – Natalino Amaro Teixeira – Soldado PM – SP
Morto por militantes da ALN na ação acima relatada.

32 – 11/07/69 – Cidelino Palmeiras do Nascimento – Motorista de táxi – RJ
Morto a tiros quando conduzia, em seu carro, policiais que perseguiam terroristas que haviam assaltado o Banco Aliança, agência Muda. Participaram deste assassinato os terroristas Chael Charles Schreier, Adilson Ferreira da Silva, Fernando Borges de Paula Ferreira, Flávio Roberto de Souza, Reinaldo José de Melo, Sônia Eliane Lafóz e o autor dos disparos Darci Rodrigues, todos pertencentes a organização terrorista VAR-Palmares.

33 – 24/07/69 – Aparecido dos Santos Oliveira – Soldado PM – SP
O Banco Bradesco, na rua Turiassu, no Bairro de Perdizes, foi assaltado por uma frente de grupos de esquerda. Foram roubados sete milhões de cruzeiros. Participaram da ação:
– Pelo Grupo de Expropriação e Operação: Devanir José de Carvalho, James Allen Luz, Raimundo Gonçalves de Figueiredo, Ney Jansen Ferreira Júnior, José Couto Leal;
– Pelo Grupo do Gaúcho: Plínio Petersen Pereira, Domingos Quintino dos Santos, Chaouky Abara;
– Pela VAR-Palmares: Chael Charles Schreier, Roberto Chagas e Silva, Carmem Monteiro dos Santos Jacomini e Eduardo Leite.
Raimundo Gonçalves Figueiredo baleou o soldado Oliveira. Já caído, ele recebeu mais quatro tiros disparados por Domingos Quintino dos Santos.

34 – 20/08/69 – José Santa Maria – Gerente de Banco – RJ
Morto por terroristas que assaltaram o Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do qual era gerente

35 – 25/08/69 – Sulamita Campos Leite – dona de casa, PA
Parente do terrorista Flávio Augusto Neves Leão Salles. Morta na casa dos Salles, em Belém, ao detonar, por inadvertência ,uma carga de explosivos escondida pelo terrorista

36 – 31/08/69 – Mauro Celso Rodrigues – Soldado PM – MA
Morto quando procurava impedir a luta entre proprietários e posseiros, incitada por movimentos subversivos.

37 – 03/09/69 – José Getúlio Borba – Comerciário – SP
Os terroristas da Ação Libertadora Nacional (ALN) Antenor Meyer, José Wilson Lessa Sabag, Francisco José de Oliveira e Maria Augusta Tomaz resolveram comprar um gravador na loja Lutz Ferrando, na esquina da Avenida Ipiranga com a Rua São Luis. O pagamento seria feito com um cheque roubado num assalto. Descobertos, receberam voz de prisão e reagiram. Na troca de tiros, o guarda civil João Szelacsak Neto ficou ferido com um tiro na coxa, e o funcionário da loja, José Getúlio Borba, foi mortalmente ferido. Perseguidos pela polícia, o terrorista José Wilson Lessa Sabag matou a tiros o soldado da Força Pública (atual PM) João Guilherme de Brito.

38 – 03/09/69 – João Guilherme de Brito – Soldado da Força Pública/SP
Morto na ação acima narrada.

39 – 20/09/69 – Samuel Pires – Cobrador de ônibus – SP
Morto por terroristas quando assaltavam uma empresa de ônibus.

40 – 22/09/69 – Kurt Kriegel – Comerciante – Porto Alegre/RS
Comerciante Kurt Kriegel, morto pela Var-Palmates em Porto Alegre.

41 – 30/09/69 – Cláudio Ernesto Canton – Agente da Polícia Federal – SP
Após ter efetuado a prisão de um terrorista, foi atingido na coluna vertebral, vindo a falecer em conseqüência desse ferimento.

42 – 04/10/69 – Euclídes de Paiva Cerqueira – Guarda particular – RJ
Morto por terroristas durante assalto ao carro transportador de valores do Banco Irmãos Guimarães

43 – 06/10/69 – Abelardo Rosa Lima – Soldado PM – SP
Metralhado por terroristas numa tentativa de assalto ao Mercado Peg-Pag. Autores: Devanir José de Carvalho (Henrique) , Walter Olivieri, Eduardo Leite (Bacuri), Mocide Bucherone e Ismael Andrade dos Santos. Organizações Terroristas: REDE (Resistência Democrática) e MRT (Movimento Revolucionário Tiradentes).

44 – 07/10/69 – Romildo Ottenio – Soldado PM – SP
Morto quando tentava prender um terrorista.

45 – 31/10/69 – Nilson José de Azevedo Lins- civil – PE
Gerente da firma Cornélio de Souza e Silva, distribuidora da Souza Cruz, em Olinda. Foi assaltado e morto quando ia depositar, no Banco, o dinheiro da firma. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário). Autores: Alberto Vinícius Melo do Nascimento, Rholine Sonde Cavalcante Silva, Carlos Alberto Soares e João Maurício de Andrade Baltar

46 – 04/11/69 – Estela Borges Morato – Investigadora do DOPS – SP
Morta a tiros quando participava da operação em que morreu o terrorista Carlos Marighela.

47 – 04/11/69 – Friederich Adolf Rohmann – Protético – SP
Morto durante a operação que resultou na morte do terrorista Carlos Marighela.

48 – 07/11/69 – Mauro Celso Rodrigues – soldado PM – MA
Morto em uma emboscada, durante a luta travada entre lavradores de terra, incitados por militantes da Ação Popular(AP).

49 – 14/11/69 – Orlando Girolo – Bancário – SP
Morto por terroristas durante assalto ao Bradesco.

50 – 17/11/69 – Joel Nunes – Subtenente PM – RJ
Neste dia, o PCBR assaltou o Banco Sotto Maior, na Praça do Carmo, no subúrbio carioca de Brás de Pina, de onde foram roubados cerca de 80 milhões de cruzeiros. Na fuga, obstados por uma viatura policial, surgiu um violento tiroteio no qual Avelino Bioni Capitani matou o sargento da PM Joel Nunes. Na ocasião, foi preso o terrorista Paulo Sérgio Granado Paranhos.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

vazmarcoantonio em 12 jan, 2010 às 16:35

“Na minha opinião, o seu engano é querer classificar como terroristas estas pessoas.”

Não, quem mata uma DONA DE CASA com uma BOMBA colocada numa viatura por motivos políticos é o que? Ah, sei, guerrilheiro neh? É TERRORISTA POMBAS! MORREU UM CIVIL QUE NÃO TINHA NADA A VER COM A GUERRA DELES!

“crimes contra os direitos humanos são imprescritíveis”

TERRORISMO É IMPRESCRITÍVEL! Art. 5o, XLIII, 4a figura da Constituição Federal! Olhe lá!

Ah, parceiro, quer saber? Cansei deste papo contigo, tenho mais o que fazer do que discutir quem apóia TERRORISTAS!

Tenha uma boa vida.

vazmarcoantonio
vazmarcoantonio
14 anos atrás

Como eu já disse o teu erro é qualificá-las como terroristas. Classífica de assassinos, como te disse. Pq? Pq se algum promotor fosse BURRO e dissesse que é terrorismo atacar um alvo militar e matar civis, quase todos os ataques estadunidenses no afeghanistão seriam chamados de terroristas, poiis civis morreram na maioria deles. Será que é difícil entender a diferença? 11 de setembro = ataque terrorista; ataque à delegação israelense nas olimpiadas de munique = terrorismo; bombardeio de hiroshima e nagasaki = ato de guerra; bombardeios no iraque e afeganistão que mataram civis = atos de guerra. Entendeu? Se chamar de terrorista eles têm defesa fácil e vencerão os processos. Se chamar de assassinos não há defesa. Não estou discutindo que terrorismo é imprescritível e nem que terrorismo é um crime contra os direitos humanos (aliás esta é a razão para este crime estar no rol de crimes imprescritíveis na CF). O que estou discutindo é que não sabes o CONCEITO de terrorismo e acusas HOMICIDAS de TERRORISTAS. Exemplo: Citaste na tua lista: “um cara roubou o carro de alguém e matou”; conclusão BURRA que não levaria à condenação: terrorismo; conclusão correta que levaria à condenação: latrocínio (olha no código penal, amigo). Não entende de direito, não discute. Eu sou bacharel em direito e, não por isto, me acho o dono da verdade, mas não sou ignorante no assunto. O teu problema é que, pra ti, tudo é terrorismo. E muitas destas coisas são homicídios, latrocínios…..

“Não, quem mata uma DONA DE CASA com uma BOMBA colocada numa viatura por motivos políticos é o que? ” Entendeu a tua frase? Colocar uma bomba em uma VIATURA POR MOTIVOS POLÌTICOS…..é o que? repondeste a pergunta: um crime político. Assim como bombardear Basra e matar uma dona de casa é…….uma ato de guerra.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Mais mortos do TERRORISMO DE ESQUERDA durante o período 1969/1984:

INSISTO NA QUANTIDADE DE CIVIS MORTOS!

51 – 17/01/70 – José Geraldo Alves Cursino – Sargento PM – São Paulo / SP
Morto a tiros por terroristas.

52 – 20/02/70 – Antônio Aparecido Posso Nogueró – Sargento PM – São Paulo
Morto pelo terrorista Antônio Raimundo de Lucena quando tentava impedir um ato terrorista no Jardim Cerejeiras, Atibaia/SP.

53 – 11/03/70 – Newton de Oliveira Nascimento – Soldado PM – Rio de Janeiro
No dia 11/03/70, os militantes do grupo tático armado da ALN Mário de Souza Prata, Rômulo Noronha de Albuquerque e Jorge Raimundo Júnior deslocavam-se num carro Corcel azul, roubado, dirigido pelo último, quando foram interceptados no bairro de Laranjeiras- RJ por uma patrulha da PM. Suspeitando do motorista, pela pouca idade que aparentava, e verificando que Jorge Raimundo não portava habilitação, os policiais ordenaram-lhe que entrasse no veículo policial, junto com Rômulo Noronha Albuquerque, enquanto Mauro de Souza Prata, acompanhado de um dos soldados, iria dirigindo o Corcel até a delegacia mais próxima. Aproveitando-se do descuido dos policiais, que não revistaram os detidos, Mário, ao manobrar o veículo para colocá-lo à frente da viatura policial, sacou de uma arma e atirou, matando com um tiro na testa o soldado da PM Newton Oliveira Nascimento, que o escoltava no carro roubado. O soldado Newton deixou a viúva dona Luci e duas filhas menores, de quatro e dois anos.

54 – 31/03/70 – Joaquim Melo – Investigador de Polícia – Pernambuco
Morto por terroristas durante ação contra um “aparelho”

55 – 02/05/70 – João Batista de Souza – Guarda de Segurança – SP
Um comando terrorista, integrado por Devanir José de Carvalho, Antonio André Camargo Guerra, Plínio Petersen Pereira, Waldemar Abreu e José Rodrigues Ângelo, pelo Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), e mais Eduardo Leite (Bacuri), pela Resistência Democrática (REDE), assaltaram a Companhia de Cigarros Souza Cruz, no Cambuci/SP. Na ocasião Bacuri assassinou o guarda de segurança João Batista de Souza.

56 – 10/05/70 – Alberto Mendes Junior- 1º Tenente PM – SP
Esta é uma das maiores expressões da covardia e da violência de que era capaz o terrorista Carlos Lamarca. No dia 08/05/70, 7 terroristas, chefiados por ele, estavam numa pick-up e pararam num posto de gasolina em Eldorado Paulista. Foram abordados por policiais e reagiram a bala, conseguindo fugir. Ciente do ocorrido, o Tenente Mendes organizou uma patrulha. Em duas viaturas, dirigiu-se de Sete Barras para Eldorado Paulista. Por volta das 21h, houve o encontro com os terroristas, que estavam armados com fuzis FAL, enquanto os PMs portavam o velho fuzil Mauser modelo 1908. Em nítida desvantagem bélica, vários PMs foram feridos, e o Tenente Mendes verificou que diversos de seus comandados estavam necessitando de urgentes socorros médicos. Julgando-se cercado, Mendes aceitou render-se desde que seus homens pudessem receber o socorro necessário. Tendo os demais componentes da patrulha permanecido como reféns, o Tenente levou os feridos para Sete Barras.

De madrugada, a pé e sozinho, Mendes buscou contato com os terroristas, preocupado que estava com o restante de seus homens. Encontrou Lamarca, que decidiu seguir com seus companheiros e com os prisioneiros para Sete Barras. Ao se aproximarem dessa localidade, foram surpreendidos por um tiroteio, ocasião em que dois terroristas – Edmauro Gopfert e José Araújo Nóbrega – desgarraram-se do grupo, e os cinco terroristas restantes embrenharam-se no mato, levando junto o Tenente Mendes. Depois de caminharem um dia e meio na mata, os terroristas e o tenente pararam para descansar. Carlos Lamarca, Yoshitame Fujimore e Diógenes Sobrosa de Souza afastaram-se e formaram um “tribunal revolucionário”, que resolveu assassinar o Tenente Mendes. Os outros dois, Ariston Oliveira Lucena e Gilberto Faria Lima, ficaram vigiando o prisioneiro.

Poucos minutos depois, os três terroristas retornaram. Yoshitame Fujimore desfechou-lhe violentos golpes na cabeça, com a coronha de um fuzil. Caído e com a base do crânio partida, o Tenente Mendes gemia e se contorcia em dores. Diógenes Sobrosa de Souza desferiu-lhe outros golpes na cabeça, esfacelando-a. Ali mesmo, numa pequena vala e com seus coturnos ao lado da cabeça ensangüentada, o Tenente Mendes foi enterrado. Em 08/09/70, Ariston Lucena foi preso pelo DOI-CODI e apontou o local onde o tenente estava enterrado.

57 – 11/06/70 – Irlando de Moura Régis – Agente da Polícia Federal – RJ
Foi assassinado durante o seqüestro do embaixador da Alemanha, Ehrendfried Anton Theodor Ludwig Von Holleben. A operação foi executada pelo Comando Juarez Guimarães de Brito. Participaram Jesus Paredes Soto, José Maurício Gradel, Sônia Eliane Lafóz, José Milton Barbosa, Eduardo Coleen Leite (Bacuri), que matou Irlando, Herbert Eustáquio de Carvalho, José Roberto Gonçalves de Rezende, Alex Polari de Alverga e Roberto Chagas da Silva.

58 – 15/07/70 – Isidoro Zamboldi – segurança – SP
Morto pela terrorista Ana Bursztyn durante assalto à loja Mappin.

59 – 12/08/70 – Benedito Gomes – Capitão do Exército – SP
Morto por terroristas, no interior do seu carro, na Estrada Velha de Campinas.

60 – 19/08/70 – Vagner Lúcio Vitorino da Silva – Guarda de segurança – RJ
Morto durante assalto do Grupo Tático Armado da organização terrorista MR-8 ao Banco Nacional de Minas Gerais, no bairro de Ramos. Sônia Maria Ferreira Lima foi quem fez os disparos que o mataram. Participaram, também, dessa ação os terroristas Reinaldo Guarany Simões, Viriato Xavier de Melo Filho e Benjamim de Oliveira Torres Neto, os dois últimos recém-chegados do curso em Cuba.

61 – 29/08/70 – José Armando Rodrigues – Comerciante – CE
Proprietário da firma Ibiapaba Comércio Ltda. Após ter sido assaltado em sua loja, foi seqüestrado, barbaramente torturado e morto a tiros por terroristas da ALN. Após seu assassinato, seu carro foi lançado num precipício na serra de Ibiapaba, em São Benedito, CE. Autores: Ex-seminaristas Antônio Espiridião Neto e Waldemar Rodrigues Menezes (autor dos disparos), José Sales de Oliveira, Carlos de Montenegro Medeiros, Gilberto Telmo Sidney Marques, Timochenko Soares de Sales e Francisco William.

62 – 14/09/70 – Bertolino Ferreira da Silva – Guarda de segurança – SP
Morto durante assalto praticado pelas organizações terroristas ALN e MRT ao carro pagador da empresa Brinks, no Bairro do Paraíso em são Paulo.

63 – 21/09/70 – Célio Tonelly – soldado da PM – SP
Morto em Santo André. Quando de serviço em uma rádio-patrulha, tentou deter terroristas que ocupavam um automóvel.

64 – 22/09/70 – Autair Macedo – Guarda de segurança – RJ
Morto por terroristas, durante assalto a empresa de ônibus Amigos Unidos

65 – 27/10/70 – Walder Xavier de Lima – Sargento da Aeronáutica – BA
Morto quando, ao volante de uma viatura, conduzia terroristas presos, em Salvador. O assassino, Theodomiro Romeiro dos Santos (Marcos) o atingiu com um tiro na nuca. Organização: PCBR (Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).

66 – 10/11/70 – José Marques do Nascimento – civil – SP
Morto por terroristas que trocavam tiros com a polícia.

67 – 10/11/70 – Garibaldo de Queiroz – Soldado PM – SP
Morto em confronto com terroristas da VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) que faziam uma panfletagem armada na Vila Prudente, São Paulo.

68 – 10/11/70 – José Aleixo Nunes – soldado PM – SP
Também morto na ocorrência relatada acima.

69 – 10/12/70 – Hélio de Carvalho Araújo – Agente da Polícia Federal – RJ
No dia 07/12, o embaixador da Suíça no Brasil, Giovanni Enrico Bucher, foi seqüestrado pela VPR. Participaram da operação os terroristas Adair Gonçalves Reis, Gerson Theodoro de Oliveira, Maurício Guilherme da Silveira, Alex Polari de Alverga, Inês Etienne Romeu, Alfredo Sirkis, Herbert Eustáquio de Carvalho e Carlos Lamarca. Após interceptar o carro que conduzia o Embaixador, Carlos Lamarca bateu com um revólver Smith-Wesson, cano longo, calibre 38, no vidro do carro. Abriu a porta traseira e, a uma distância de dois metros, atirou, duas vezes contra o agente Hélio. Os terroristas levaram o embaixador e deixaram o agente agonizando. Transferido para o hospital Miguel Couto, morreu no dia 10/12/70.

70 – 07/01/71 – Marcelo Costa Tavares – Estudante – MG
Morto por terroristas durante um assalto ao Banco Nacional de Minas Gerais.
Autor dos disparos: Newton Moraes.

71 – 12/02/71 – Américo Cassiolato – Soldado PM – São Paulo
Morto por terroristas em Pirapora do Bom Jesus.

72 – 20/02/71 – Fernando Pereira – Comerciário – Rio de Janeiro
Morto por terroristas quando tentava impedir um assalto ao estabelecimento “Casa do Arroz”, do qual era gerente.

73 – 08/03/71 – Djalma Peluci Batista – Soldado PM – Rio de Janeiro
Morto por terroristas, durante assalto ao Banco do Estado do Rio de Janeiro.

74 – 24/03/71 – Mateus Levino dos Santos – Tenente da FAB – Pernambuco
O PCBR necessitava roubar um carro para participar do seqüestro do cônsul norte-americano, em Recife. No dia 26/06/70, o grupo decidiu roubar um Fusca, estacionado em Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, nas proximidades do Hospital da Aeronáutica. Ao tentarem render o motorista, descobriram tratar-se de um tenente da Aeronáutica. Carlos Alberto disparou dois tiros contra o militar: um na cabeça e outro no pescoço. Depois de nove meses de intenso sofrimento, morreu no dia 24 de março de 1971, deixando viúva e duas filhas menores. O imprevisto levou o PCBR a desistir do seqüestro.

75 – 04/04/71 – José Julio Toja Martinez – Major do Exército – Rio de Janeiro
No início de abril, a Brigada Pára-Quedista recebeu uma denúncia de que um casal de terroristas ocupara uma casa localizada na rua Niquelândia, 23, em Campo Grande/RJ. Não desejando passar esse informe à 2ª Sessão do então I Exército, sem aprofundá-lo, a 2ª Sessão da Brigada, chefiada pelo major Martinez, montou um esquema de vigilância da casa. Por volta das 23h, chega um casal de táxi. A mulher ostentava uma volumosa barriga, sugerindo gravidez.

O major Martinez acabara de concluir o curso da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército, onde, por três anos, exatamente o período em que a guerra revolucionária se desenvolvera, estivera afastado desses problemas em função da própria vida escolar bastante intensa. Estagiário na Brigada de Pára-Quedista, a quem também não estava afeta a missão de combate à subversão, não se havia habituado à virulência da ação terrorista.

Julgando que o casal nada tinha a ver com a subversão, Martinez iniciou a travessia da rua, a fim de solicitar-lhe que se afastasse daquela área. Ato contínuo, da barriga, formada por uma cesta para pão com uma abertura para saque da arma ali escondida, a “grávida” retirou um revólver, matando-o antes que pudesse esboçar qualquer reação. O capitão Parreira, de sua equipe, ao sair em sua defesa, foi gravemente ferido por um tiro desferido pelo terrorista. Nesse momento, os demais agentes desencadearam cerrado tiroteio, que causou a morte do casal de terroristas. Eram os militantes do MR-8 Mário de Souza Prata e Marilena Villas-Bôas Pinto, responsáveis por uma extensa lista de atos terroristas. No “aparelho” do casal, foram encontrados explosivos, munição e armas, além de dezenas de levantamentos de bancos, de supermercados, de diplomatas estrangeiros e de generais do Exército. Martinez deixou viúva e quatro filhos, três meninas e um menino, a mais velha, à época, com 11 anos.

76 – 07/04/71 – Maria Alice Matos – Empregada doméstica – Rio de Janeiro
Morta por terroristas quando do assalto a um depósito de material de construção.

77 – 15/04/71 – Henning Albert Boilesen – (Industrial – São Paulo)
Quando da criação da Operação Bandeirante, o então comandante do II Exército, general Canavarro, reuniu-se com o governador do Estado de São Paulo, com várias autoridades federais, estaduais, municipais e com industriais paulistas para solicitar o apoio para um órgão que necessitava ser criado com rapidez, a fim de fazer frente ao crescente terrorismo que estava em curso no estado de São Paulo. Assim, vários industriais, entre eles Boilesen, se cotizaram para atender ao pedido daquela autoridade militar. Por de3cisão de Lamarca, Boilesen, um dinamarquês naturalizado brasileiro, foi assassinado. Participaram da ação os terroristas Yuri Xavier Pereira, Joaquim Alencar Seixas, José Milton Barbosa, Dimas Antonio Casimiro e Antonio Sérgio de Matos. No relatório escrito por Yuri, e apreendido pela polícia, aparecem as frases “durante a fuga trocávamos olhares de contentamento e satisfação. Mais uma vitória da Revolução Brasileira”. Vários carros e casas foram atingidos por projéteis. Duas mulheres foram feridas. Sobre o corpo de Boilesen, atingido por 19 tiros, panfletos da ALN e do MRT, dirigidos “Ao Povo Brasileiro”, traziam a ameaça: “Como ele, existem muitos outros e sabemos quem são. Todos terão o mesmo fim, não importa quanto tempo demore; o que importa é que eles sentirão o peso da JUSTIÇA REVOLUCIONÁRIA. Olho por olho, dente por dente”.

78 – 10/05/71 – Manoel da Silva Neto – Soldado PM – SP
Morto por terroristas durante assalto à Empresa de Transporte Tusa.

79 – 14/05/71 – Adilson Sampaio – Artesão – RJ
Morto por terroristas durante assalto às lojas Gaio Marti.

80 – 09/06/71 – Antônio Lisboa Ceres de Oliveira – Civil – RJ
Morto por terroristas durante assalto à boate Comodoro

81 – 01/07/71 – Jaime Pereira da Silva – Civil – RJ
Morto por terroristas na varanda de sua casa durante tiroteio entre terroristas e policiais.

82 – 02/09/71 – Gentil Procópio de Melo -Motorista de praça – PE
A organização terrorista denominada Partido Comunista Revolucionário determinou que um carro fosse roubado para realizar um assalto. Cumprindo a ordem recebida, o terrorista José Mariano de Barros tomou um táxi em Madalena, Recife. Ao chegar ao Hospital das Clínicas, quando fingia que ia pagar a corrida, apareceram seus comparsas, Manoel Lisboa de Moura e José Emilson Ribeiro da Silva, que se aproximaram do veículo. Emilson matou Procópio com dois tiros.

83 – 02/09/71 – Jayme Cardenio Dolce – Guarda de segurança – RJ
Assassinado pelos terroristas Flávio Augusto Neves Leão Salles, Hélio Pereira Fortes, Antônio Carlos Nogueira Cabral, Aurora Maria do Nascimento Furtado, Sônia Hipólito e Isis Dias de Oliveira, durante assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras.

84 – 02/09/71 – Silvâno Amâncio dos Santos – Guarda de segurança – RJ
Assassinado na operação relatada acima.

85 – 02/09/71 – Demerval Ferreira dos Santos – Guarda de segurança – RJ
Assassinado na operação relatada no item 83

86 – –/10/71 – Alberto da Silva Machado – Civil – RJ
Morto por terroristas durante assalto à Fábrica de Móveis Vogal Ltda, da qual era um dos proprietários.

87 – 22/10/71 – José do Amaral – Sub-oficial da reserva da Marinha – RJ
Morto por terroristas da VAR-PALMARES e do MR-8 durante assalto a um carro transportador de valores da Transfort S/A. Foram feridos o motorista Sérgio da Silva Taranto e os guardas Emílio Pereira e Adilson Caetano da Silva.
Autores: James Allen Luz (Ciro), Carlos Alberto Salles (soldado), Paulo Cesar Botelho Massa, João Carlos da Costa.

88 – 01/11/71 – Nelson Martinez Ponce – Cabo PM – SP
Metralhado por Aylton Adalberto Mortati durante um atentado praticado por cinco terroristas do MOLIPO (Movimento de Libertação Popular) contra um ônibus da Empresa de Transportes Urbano S/A, em Vila Brasilândia, São Paulo

89 – 10/11/71 – João Campos – Cabo PM – SP
Morto na estrada de Pindamonhangaba, ao interceptar um carro que conduzia terroristas armados.

90 – 22/11/71 – José Amaral Vilela – Guarda de segurança – RJ
Neste dia os terroristas Sérgio Landulfo Furtado, Norma Sá Ferreira, Nelson Rodrigues Filho, Paulo Roberto Jabour, Thimothy William Watkin Ross e Paulo Costa Ribeiro Bastos assaltaram um carro-forte da firma Transfort, na Estrada do Portela, em Madureira.

91 – 27/11/71 – Eduardo Timóteo Filho – Soldado PM – RJ
Morto por terroristas, durante assalto contra as Lojas Caio Marti.

92 – 13/12/71 – Hélio Ferreira de Moura – Guarda de Segurança – RJ
Morto, por terroristas, durante assalto contra um carro transportador de valores da Brink’s, na Via Dutra.

93 – 18/01/72 – Tomaz Paulino de Almeida – Sargento PM – São Paulo / SP
Morto a tiros de metralhadora no bairro Cambuci quando um grupo terrorista roubava o seu carro. Autores do assassinato: João Carlos Cavalcante Reis, Lauriberto José Reyes e Márcio Beck Machado, todos integrantes do Molipo.

94 – 20/01/72 – Sylas Bispo Feche – Cabo PM São Paulo / SP
O cabo Sylas Bispo Feche integrava uma Equipe de Busca e Apreensão do DOI/CODI/II Exército. Sua equipe executava uma ronda quando um carro VW, ocupado por duas pessoas, cruzou um sinal fechado quase atropelando uma senhora que atravessava a rua com uma criança no colo. A sua equipe saiu em perseguição ao carro suspeito, que foi interceptado. Ao tentar aproximar-se para pedir os documentos dos dois ocupantes do veículo, o cabo Feche foi metralhado. Dois terroristas, membros da ALN, morreram.

95 – 25/01/72 – Elzo Ito – Estudante – São Paulo / SP
Aluno do Centro de Formação de Pilotos Militares, foi morto por terroristas que roubaram seu carro.

96 – 01/02/72 – Iris do Amaral – Civil – Rio de Janeiro
Morto durante um tiroteio entre terroristas da ALN e policiais. Ficaram feridos nesta ação os civis Marinho Floriano Sanches, Romeu Silva e Altamiro Sinzo. Autores: Flávio Augusto Neves Leão Salles (”Rogério”, “Bibico”) e Antônio Carlos Cabral Nogueira (”Chico”, “Alfredo”.)

97 – 05/02/72 – David A. Cuthberg – Marinheiro inglês – Rio de Janeiro
A respeito desse assassinato, sob o título “REPULSA”, o jornal “O Globo” publicou:
“Tinha dezenove anos o marinheiro inglês David A. Cuthberg que, na madrugada de sábado, tomou um táxi com um companheiro para conhecer o Rio, nos seus aspectos mais alegres. Ele aqui chegara como amigo, a bordo da flotilha que nos visita para comemorar os 150 anos de Independência do Brasil. Uma rajada de metralhadora tirou-lhe a vida, no táxi que se encontrava. Não teve tempo para perceber o que ocorria e, se percebesse, com certeza não poderia compreender. Um terrorista, de dentro de outro carro, apontara friamente a metralhadora antes de desenhar nas suas costas o fatal risco de balas, para, logo em seguida, completar a infâmia, despejando sobre o corpo, ainda palpitante, panfletos em que se mencionava a palavra liberdade. Com esse crime repulsivo, o terror quis apenas alcançar repercussão fora de nossas fronteiras para suas atividades, procurando dar-lhe significação de atentado político contra jovem inocente, em troca da publicação da notícia num jornal inglês. O terrorismo cumpre, no Brasil, com crimes como esse, o destino inevitável dos movimentos a que faltam motivação real e consentimento de qualquer parcela da opinião pública: o de não ultrapassar os limites do simples banditismo, com que se exprime o alto grau de degeneração dessas reduzidas maltas de assassinos gratuitos”.

A ação criminosa foi praticada pelos seguintes terroristas, integrantes de uma frente formada por três organizações comunistas:
– ALN – Flávio Augusto Neves Leão Salles (”Rogério”, “Bibico”), que fez os disparos com a metralhadora, Antônio Carlos Nogueira Cabral (”Chico”, “Alfredo”), Aurora Maria Nascimento Furtado (”Márcia”, “Rita”), Adair Gonçalves Reis(”Elber”, “Leônidas”, “Sorriso”);
– VAR-PALMARES – Lígia Maria Salgado da Nóbrega (”Ana”, “Célia”, “Cecília”), que jogou dentro do táxi os panfletos que falavam em vingança contra os “Imperialistas Ingleses”; Hélio Silva (”Anastácio”, “Nadinho”), Carlos Alberto Salles(”Soldado”);
– PCBR – Getúlio de Oliveira Cabral(”Gogó”, “Soares”, “Gustavo”)

98 – 15/02/72 – Luzimar Machado de Oliveira – Soldado PM – Goiás
O terrorista Arno Preiss encontrava-se na cidade de Paraiso do Norte, que estava incluída no esquema de trabalho de campo do MOLIPO. Usava o nome falso de Patrick McBundy Comick. Arno tentou entrar com sua documentação falsa no baile carnavalesco do clube social da cidade. Sua documentação levantou suspeita nos policiais, que o convidaram a comparecer à delegacia local. Ao deixar o clube, julgando-se desmascarado, Arno sacou seu revólver e disparou à queima roupa contra os policiais, matando o PM Luzimar Machado de Oliveira e ferindo gravemente o outro PM que o conduzia, Gentil Ferreira Mano. Acabou morto.

99 – 18/02/72 – Benedito Monteiro da Silva – Cabo PM – São Paulo
Morto quando tentava evitar um assalto terrorista a uma agencia bancária em Santa Cruz do Rio Pardo.

100 – 27/02/72 – Napoleão Felipe Bertolane Biscaldi – Civil – São Paulo
Morto durante um tiroteio entre os terroristas Lauriberto José Reyes e José Ibsem Veroes com policiais, na rua Serra de Botucatu, no bairro Tatuapé. Nesta ação, um policial foi ferido a tiros de metralhadoras por Lauriberto. Os dois terroristas morreram no local.

101 – 06/03/72 – Walter César Galleti – Comerciante – São Paulo
Terroristas da ALN assaltaram a firma F. Monteiro S/A. Após o assalto, fecharam a loja, fizeram um discurso subversivo e assassinaram o gerente Walter César Galetti e feriram o subgerente Maurílio Ramalho e o despachante Rosalindo Fernandes.

102 – 12/03/72 – Manoel dos Santos – Guarda de Segurança – São Paulo
Morto durante assalto terrorista à fábrica de bebidas Charel Ltda.

103 – 12/03/72 – Aníbal Figueiredo de Albuquerque – Coronel R1 do Exército – São Paulo
Morto durante assalto à fábrica de bebidas Charel Ltda., da qual era um dos proprietários

104 – 08/05/72 – Odilo Cruz Rosa – Cabo do Exército – PA
Morto na região do Araguaia quando uma equipe comandada por um tenente e composta ainda, por dois sargentos e pelo Cabo Rosa foram emboscados por terroristas comandados por Oswaldo Araújo Costa, o “Oswaldão”, na região de Grota Seca, no Vale da Gameleira. Neste tiroteio foi morto o Cabo Rosa e feridos o Tenente e um Sargento.

105 – 02/06/72 – Rosendo – Sargento PM – SP
Morto ao interceptar 04 terroristas que assaltaram um bar e um carro da Distribuidora de Cigarros Oeste LTDA.

106 – 29/06/72 – João Pereira – Mateiro-região do Araguaia – PA
“Justiçado exemplarmente” pelo PC do B por ter servido de guia para as forças legais que combatiam os guerrilheiros. A respeito, Ângelo Arroyo declarou em seu relatório: “A morte desse bate-pau causou pânico entre os demais da zona”.

107 – 09/09/72 – Mário Domingos Panzarielo – Detetive Polícia Civil – RJ
Morto ao tentar prender um terrorista da ALN.

108 – 23/09/72 – Mário Abraim da Silva – Segundo Sargento do Exército – PA
Pertencia ao 2º Batalhão de Infantaria de Selva, com sede em Belém. Sua Companhia foi deslocada para combater a guerrilha na região do Araguaia. Morto em combate, durante um ataque guerrilheiro no lugarejo de Pavão, base do 2º Batalhão de Selva.

109 – 27/09/72 – Sílvio Nunes Alves – Bancário – RJ
Assassinado em assalto ao Banco Novo Mundo, na Penha, pelas organizações terroristas PCBR – ALN – VPR – Var Palmares e MR8. Autor do assassinato: José Selton Ribeiro.

110 – –/09/72 – Osmar… – Posseiro – PA
“Justiçado” na região do Araguaia pelos guerrilheiros por ter permitido que uma tropa de pára-quedistas acampasse em suas terras.

111 – 01/10/72 – Luiz Honório Correia – Civil – RJ
Morto por terroristas no assalto à empresa de Ônibus Barão de Mauá

112 – 06/10/72 – Severino Fernandes da Silva – Civil – PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.

113 – 06/10/72 – José Inocêncio Barreto – Civil – PE
Morto por terroristas durante agitação no meio rural.

114 – 21/02/73 – Manoel Henrique de Oliveira – Comerciante – São Paulo
No dia 14 de junho de 1972, as equipes do DOI de São Paulo, como já faziam há vários dias, estavam seguindo quatro terroristas da ALN que resolveram almoçar no restaurante Varela, no bairro da Mooca. Quando eles saíram do restaurante, receberam voz de prisão. Reagindo, desencadearam tiroteio com os policiais. Ao final, três terroristas estavam mortos, e um conseguiu fugir. Erroneamente, a ALN atribuiu a morte de seus três companheiros à delação de um dos proprietários do restaurante e decidiu justiçá-lo. O comando “Aurora Maria do Nascimento Furtado”, constituído por Arnaldo Cardoso Rocha, Francisco Emanuel Penteado, Francisco Seiko Okama e Ronaldo Mouth Queiroz, foi encarregado da missão e assassinou, no dia 21 de fevereiro, o comerciante Manoel Henrique de Oliveira, que foi metralhado sem que pudesse esboçar um gesto de defesa. Seu corpo foi coberto por panfletos da ALN, impressos no Centro de Orientação Estudantil da USP por interveniência do militante Paulo Frateschi.

115 – 22/02/73 – Pedro Américo Mota Garcia – Civil – Rio de Janeiro
Por vingança, foi “justiçado” por terroristas por haver impedido um assalto contra uma agência da Caixa Econômica Federal.

116 – 25/02/73 – Octávio Gonçalves Moreira Júnior – Delegado de polícia – São Paulo
Com a tentativa de intimidar os integrantes dos órgãos de repressão, um “Tribunal Popular Revolucionário” decidiu “justiçar” um membro do DOI/CODI/II Exército. O escolhido foi o delegado de polícia Octávio Gonçalves Moreira Júnior.

117 – 12/03/73 – Pedro Mineiro – Capataz da Fazenda Capingo
“Justiçado” por terroristas na Guerrilha do Araguaia.

118 – Francisco Valdir de Paula – Soldado do Exército-região do Araguaia – PA
Instalado numa posse de terra, no município de Xambioá, fazendo parte de uma rede de informações montada na área de guerrilha, foi identificado pelos terroristas e assassinado. Seu corpo nunca foi encontrado.

119 – 10/04/74 -Geraldo José Nogueira – Soldado PM – São Paulo
Morto numa operação de captura de terroristas.

Felipe Cps
Felipe Cps
14 anos atrás

Bem, num deu, rsrsrs, essa os PeTralhas não conseguiram enfiar goela abaixo dos militares, rsrsrs… E os militares deram a maior tunda na comunalha desde a redemocratização, rsrsrs…

O Manual do Stalinismo Farofeiro, pelo menos no tocante aos militares, fez água. Muito que bem.

Mas ainda falta muito. Fiquemos alertas.

Sds.

Sinesio Carriel dos Santos Filho
Sinesio Carriel dos Santos Filho
14 anos atrás

A guerra suja surgida em 64 não engrandece nem a esquerda em armas nem os militares do porão.
Ambos têm esqueletos no armário e ficar nessa discussão é inócuo ante a recente decisão do pleno do STF que sacramentou a integralidade da Lei da Anistia, ou seja, torturadores e terroristas ficarão impunes.
Os criminosos da direito já estão condenados pela opinião pública há mais de quarenta anos e atualmente escondem-se nas sombras, pelos menos os que ainda vivos.
Os criminosos da esquerda, que mataram, “justiçaram” companheiros e inimigos, sequestraram, exploriram bombas não são credores da sociedade, pois sabiam muito bem que se pegos seriam punidos severamente.
Essas indenizações, que não contemplou os mortos pela esquerda é mais um capítulo triste que só ocorre no Brasil: se foram banidos, presos, mortos, desaparecidos, torturados, estrupados etc. foram porque numa guerra suja, não convencional, os meios são outros e ambos os lados extrapolaram.
A OAB, covarde, tentou rever a Lei de Anistia após trinta anos de sua promulgação. Por que nã época não advogou a prisão dos irmãos Geisel, Médici, Miltinho etc….? Faltou peito e coragem. Agora que estão mortor e enterrados, faz a sua costumeira demagogia para ficar “bem” com a sociedade.

Elson Burity
Elson Burity
14 anos atrás

Cheguei tarde neste importante debate. Quero deixar bem claro que as apurações, caso ocorram, sejam de ambos os lados. A lista de mortos inocentes e pessoal do governo é muito longa, o que demonstra que do lado dos terroristas não tinha nenhum mocinho. Portanto, julgar e condenar terá que ser dos dois lados. Porque este medo e iniciativa do governo querer julgar somente seus adversários? Os militares jamais aceitarão isto. Será que os petistas não entendem? Se quiserem, tentem revogar a Lei da Anistia e apurem tudo , tudinho e vocês ficarão sem candidatos a muitos governos, inclusive a sra. Dilma Rousseff, que todos sabemos está envolvida até o pescoço.