Coletes Balísticos Modernos
Desde o inicio da chamada “Guerra Contra o Terror” o cuidadoso observador pode notar a evolução dos equipamentos de proteção pessoal utilizados pela tropas terrestres principalmente nos países ocidentais participantes nas citadas operações. Desde a sua introdução ate o fim do milenio passado soldados contavam com nada mais do que as famosas “flak jackets”, o nome vem dos coletes desenvolvidos durante a 2GM para tripulações de bombardeiros, protegendo-os contra “flak” – estilhaços de AAAe. Esta categoria de equipamento conhecida como “soft body armor” providencia nada mais do que proteção contra estilhaços ao usuário e mesmo as mais modernas resistiam apenas até munição subsonica como 9mm disparadas de pistolas por exemplo.
Nos anos 90 iniciou-se a introdução de coletes como “flak jackets” embora mais leves e com materiais mais modernos que podiam utilizar também placas de materiais ceramicos, sendo assim provendo proteção contra munições supersonicas disparadas de fuzis e metralhadoras leves. As placas conhecidas como SAPI (Small Arms Protective Insert) e ESAPI (Enhanced) não haviam sido utilizadas em grande escala por tropas de infantaria ate a invasão do Afeganistão em 2001 e assim que relatórios de sua performance no campo de batalha começaram a voltar e atingir os ouvidos da liderança militar seu uso automaticamente se tornou não só essencial mas tambem mandatório.
Comuns foram os casos em que tropas eram alvejadas em suas placas e alguns durante a adrenalina do combate nem sequer percebiam que haviam sido atingidos, as placas embora projetadas para até calibres como o 7,62×54, houve casos em que soldados sobreviveram ate a impactos de calibres soviéticos equivalentes a .50 graças as placas SAPI e ESAPI. Atualmente tropas como as americanas utilizam placas não só na frente e atrás mas também nas laterais abaixo das axilas além de “soft body armor” no pescoço e área genitália e desde a introdução desse novo sistema de proteção, centenas de tropas devem suas vidas a esse avanço tático e tecnológico.
Ah Marine!
Show de bola a matéria hein!?
Valeu!
ESSE MODELO É UTILIZADO TAMBÉM PELO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS DO BRASIL TAMBÉM, PORÉM COM MAIS PASSADORES PARA ENCAIXE DE MÓDULOS E TEM TIDO GRANDE EXITO NA MISSÃO DE PAZ NO HAITI E “CAINDO NO GOSTO DOS NAVAIS”, POIS COM O MÓDULO PODE SER CONFIGURADO DE ACORDO COM A MISSÃO E A “GOSTO DO USUÁRIO”, NÃO NECESSITANDO O USO DE OUTROS ITENS(A NÃO SER QUE ASSIM O QUEIRA).
MOLLE
http://projetosili.blogspot.com/2008/08/mercenrios-da-blackwater-j-operam-no.html
Interessante é que essas placas cerâmicas funcionam usando sua grande dureza (por exemplo do zircônia) que desacelera o projétil pelo atrito, impedindo que ele perfure o Kevlar loga abaixo.
Na verdade a placa cerâmica fica toda furada, mas no processo ela absorve a energia do projétil.
é melhor essa aba aí do que uma saquera de ferro.
Vi na TV que é possível adaptar aos coletas sensores que monitoram a situação do colete, combatente. É um tremendo avanço.
Boa noticia, pelo menos a um pouco de luz na escuridão da guerra, sobrevida aos soldados nada mais justo do que garantir a vida de quem se doa a lutar por um mundo ou regiao mais segura.
Saudações,
Danilo
Espero que tds os nossos soldados usem ou venham a usar,excelente esses coletes.
Acho excelente estes novos coletes!
Acho melhor ainda que nossas FA estejam o adotando!
Só fica uma duvida…Ainda estamos importando? Não teriamos condições de produzir por aqui mesmo?
Tenho visto estes coletes em grande profusão com nossas tropas. Porem, os fuzileiros ainda o utilizam com a camuflagem americana (Woodland).
Como os fuzileiros estão estudando a nacionalização da maior parte de seu material de emprego pessoal, acredito que em pouco tempo, este tambem o seja!
Forte abraço!
Ficaria ainda melhor se viesse com ar-condicionado. Esse negócio esquenta a beça.
Fico a pensar, mochila com o laptop dentro, 2 lts de agua 50 munições 556, 50 9mm, roupa, capacete, boot, fuzil, pistola, faca, google e algum equip p visão IR ufa… tudo junto dá mais de 20kg facinho..
É bom que aquela história de exoesqueleto saia logo ou daqui a pouco só alterofilista campeão vai conseguir fazer uma marcha de 20 km ao dia com 40 graus de sol no coco.
Não estou discutindo a viabilidade ou necessidade do uso deste equipamento, mas é tudo muito pesado.
Grande Abraço
Primo
Marine,
Excelente matéria.
A infantaria sempre ficou muito exposta.
Com toda a sofisticação das aeronaves, carros de combate e navios de guerra; com toda a precisão dos mísseis estratégicos ou táticos; com todos os recursos de guerra eletrônica e network warfire; o soldado e seu fuzil sempre serão necessários para ocupar o terreno.
O infante/fuzileiro sempre mereceu um melhor nível de proteção individual. Antes tarde do que nunca.
Grato,
Ivan.
Ivan,
Essa pelo menos aqui nos EUA e a nocao atual, a visao de que o infante deve ser tratado como um sistema de armas, capaz de lutar, mover e se comunicar como qualquer outro veiculo. Ja se foi o tempo em que bastava dar-lhe vestimenta e um fuzil e manda-lo ao front.
Semper Fidelis!
Bom dia amigos.
Em outro momento foi gerada polemica com relação a efetiva proteção dos citados coletes a projeteis .50, agora como tal assunto foi publicada no blog, gostaria de perguntar a meus caros amigos se um soldado vestido com esse colete realmente sobrevive a um impacto direto de .50.
José,
Vc já viu uma munição .50 (12,7 mm de calibre)?
É algo brutal, tanto é que seu uso sempre foi doutrinariamente anti-material, mas como vale tudo no combate, o seu uso termina sendo anti-pessoa mesmo.
Empregada em metralhadoras pesadas, portanto armas coletivas para ‘bater’ áreas, com objetivo anti-materiais, só que junto do material quase sempre tem gente.
Empregada também em fuzis especiais, ditos anti-materiais, como os Barret .50, que são usados por Snipers de diversos países. Advinha só, também atiram em ‘gente’.
Assim sendo, me parece difícil construir um colete que proteja o combatente de um disparo direto de .50, pelo menos algo que se possa usar operacionalmente.
De qualquer forma, a noite, vou tentar encontrar os valores de massa do projétil, velocidade e energia cinética para lhe informar melhor, isso se o Marine ou o Bosco não o fizerem antes.
Abç,
Ivan.
Ivan,
cê tá certinho. rsrsr
José, seria impossível se conseguir blindar um homem contra uma .50 tendo em vista a tecnologia atual.
Talvez no futuro com novos materiais ou dentro do conceito “exoesqueleto” quem sabe. rssrrs….
Na verdade, mesmo contra projéteis de 7,62 e 5,56, é possível dentro de uma certa distância perfurar o colete e atingir seu usuário. Mesmo um colete de nível IV seria perfurado por esses calibres de uma distância curta.
Fala aí Marine!
Um abraço a todos.
Boa tarde.
Obrigado pelas informações e tambem acredito que um inpacto direto de .50 ou mesmo 7,62 seja letal, mas se não me engano, nosso colega mariner havia dito que conhecia um caso de uma pessoa que sobreviveu ao impacto direto de .50 e mais tambem 23mm, não quero criar polemica mas seria possível ? Acho que não.
Jose,
Como citado na materia, as placas ESAPI contanto que tenham sido fabricadas de acordo com as especificacoes militares corretas sao capazes de nao permitir a penetracao de projeteis ate o nivel 7.62×54 e seus equivalentes, como citado pelo Bosco, a placa em si sera destruida, havera “blunt trauma” mas nao perfuracao. Um grande amigo atingido por um SVD Dragunov no peito comparou o efeito a ser atingido com uma bola de baseball, o colocou no chao mas se levantou logo em seguida sem qualquer ferimento.
Ja no caso de calibres como .50 e maiores, as placas nao foram projetadas pra isso mas devido a fatorers multiplos que so podemos especular, seja defeito de fabricacao, angulo de impacto, distancia e tantos outros ja houveram casos em que o soldado “deu sorte” ao ser atingido por elas e sobreviver devido a tais placas. Ou seja, nao se garante que elas te salvarao a vida contra .50 mas sao melhores do que nao usa-las e ja houve caso de que fizeram, inclusive ja postei varios links desses casos aqui no forte em outro post.
Claro o melhor remedio ainda e que….Nao seja atingido! Hehehe
Semper Fidelis!
Quanto a nacionalização dos coletes vemos isso como uma impossibilidade no país haja visto que o que é feito no país o é pela importação de materiais, e o item acaba por ficar muito mais caro que o importado ( coise de 5 vezes mais ) e assim a prontificação da tropa pela liberação de verbas fica afetada. Ainda não temos uma empresa idônea no país que venha fazer uma concorrência com o importado, lembrem do escândalo dos coletes revalidados do EB, dos coletes das polícias que eram das empresas nacionais e foram superfaturados e esporam as vidas dos combatentes. Até se ter algo sério no país essa nacionalização é a maior furada.