Comissão do Congresso dos EUA informa: China aumenta atividades de espionagem
A China espiona os Estados Unidos mais e mais, na medida em que o país asiático desenvolve ferramentas mais refinadas de guerra eletrônica e de recrutamento, advertiu nesta quinta-feira um informe divulgado por uma comissão do Congresso americano.
A China está mudando sua forma de espionagem”, frisou Carolyn Bartholomew, presidente da US-China Economic and Security Review Commission.
E recomendou uma abordagem mais dura dos Estados Unidos em seu comércio com a China, reiterando acusações de que Pequim estaria manipulando o valor de sua moeda.
Segundo a comissão, foi observado um brusco crescimento dos ataques cibernéticos a partir da China, voltados para derrubar ou se infiltrar em sites do governo americano ou de adversários percebidos como tais por Pequim, a exemplo do líder espiritual tibetano Dalai Lama, no exílio.
O coronel Gary McAlum informou à comissão que o Pentágono chegou a registrar 54.640 incidentes ligados a ciberataques em 2008, o que representa um aumento de 20% em relação a 2007, e que a progressão poderia atingir 60% este ano.
Segundo o estudo, a China é o país mais agressivo em termos de espionagem contra os Estados Unidos e Pequim procura recrutar mais e mais espiões americanos.
O relatório destaca que as práticas de recrutamento mudaram. Antes, a China procurava contratar cidadãos de dupla nacionalidade – americano/chinesa – acreditando, muitas vezes erroneamente, que eles se mostrariam sensíveis à sua causa: agora, as autoridades chinesas procuram, sobretudo, pagar a seus informantes, seguindo o modelo soviético.
FONTE: AFP, via UOL