Chile poderá adquirir sistemas antiaéreos Avenger
Agência norte-americana DSCA também notificou a solicitação para a compra de mísseis AIM-120-C7 AMRAAM
A agência norte-americana DSCA (Defense Security Cooperation Agency) notificou o congresso dos EUA no último dia 10 de novembro sobre uma possível venda para o Chile, via FMS (Foreign Military Sales) de 36 unidades de disparo AVENGER, 378 mísseis antiaéreos STINGER Block 1 (com processadores reprogramáveis – Reprogrammable Micro-Processor RMP) 12 mísseis STINGER Block 1 “Buy-to-Fly”, além de peças associadas, equipamentos, treinamento, publicações e apoio logístico. O valor estimado é de 455 milhões de dólares.
Além disso, estaria incluída no valor a requisição de compra de 36 AN/VRC-92E sistemas de rádio de canal único, para terra e ar (Single Channel Ground and Airborne Radio Systems – SINCGARS), 42 Captive Flight Trainers (CFTs), e também escudos (shelters) S250 para veículos HMMWV.
No mesmo dia, também foi informada a solicitação de compra de mísseis ar-ar AIM-120 C- 7 AMRAAM, no valor de US$ 145 milhões – clique aqui para matéria a respeito no Blog do Poder Aéreo. Como de praxe, a DSCA também afirmou que a venda proposta não alterará o equilíbrio militar na região.
FONTE: DSCA
SAIBA MAIS:
Boa noticia.
Alguém sabe me dizer a performace deste sistema AA. É bom ou não? Alcance do radar???
Não sei ao certo, mas estes são melhores que os que nos usamos no Brasil? sei que a situação da defesa anti-aerea por aqui ta mal…
Brasil!!!
Flávio,
esse sistema é melhor sim que os sistemas que temos. Ele pode funcionar sem um radar de busca associado embora é claro que um aumentaria a eficiência. No exército americano e no USMC esse sistema trabalha em conjunto com um radar independente de baixa e média altitude chamado Sentinel que fica na retaguarda e que se comunica com o Avenger por um sistema de rádio.
Esse sistema conta com sensores de aquisição para todo o tempo e está montado sobre uma plataforma estabilizada de modo a poder ser disparado em movimento.
Nós não temos nada parecido. A performance do míssel Stinger é semelhante a do míssel Mistral usado pelos nossos fuzileiros e é melhor que a de nossos mísseis Igla usados pelo exército, mas o conjunto veículo/plataforma/sistemas optrônicos/mísseis/metralhadora ponto 50 faz a diferença principalmente quando associado ao radar Sentinel e dentro de um contexto em que as médias e grandes altitudes estão cobertas por outros sistemas de mísseis.
Um abraço.
Bosco,
obrigado pela aula. Deu pra ver que precisamos melhorar, e muito nossa defesa AA
BRASIL!!!
Bosco, saberia dizer se é possivel, no lugar do Sentinel, intregarmos os nossos radares Saber?
Abraços!
Rodrigo.
O Saber é da mesma classe do Sentinel. Se fôssemos nós a adquiri-lo com certeza ele poderia ser integrado, no caso, é o Chile, que deverá contar com algum outro sistema de radar.
Complementando:
O Avenger pode ser usado como um lançador fixo e nesse caso o operador fica a uma distância segura conectado ao sistema por cabo ligado a um pequeno console.
Outra coisa interessante sobre esse sistema é que a ‘cabine de comando’ conta com um dispositivo semelhante a um HUD à disposição do operador.
Em geral o Avenger é armado com 2 lançadores quádruplos de mísseis Stingers (10 kg e 5 km de alcance e orientação térmica com capacidade all-aspect e com sofisticados recursos anti-IRCM) e uma metralhadora ponto 50 (M3) com 200 tiros (cadência de 1000 tiros/minuto).
O sistema também é compatível com outros mísseis, como por exemplo o Starstreak britânico (guiado a laser) que necessitaria de pequenas modificações para ser operado. Tal combinação Stinger/Starstreak nunca foi adotada.
Também o FLIR do Avenger é capaz de fazer o acompanhamento dos alvos de forma automática não sendo necessário a correção por parte do operador depois que o alvo foi sinalizado. Inclusive disparando no momento oportuno quando o sensor do Stinger trava no alvo.
Esse sistema se mostrou tão eficiente e confiável que derrubou as versões de defesa aérea dos veículos LAV (USMC) e do Bradley (USA) e hoje responde sozinho como meio de defesa aérea de baixa altitude.
A média altitude é coberta pelos mísseis SLAMRAAM (versão de lançamento terrestre do Amraam e também lançados de um Hummer e com alvos designados pelo radar Sentinel) no USMC e no USA e a grande altitude é coberta pelo sistema Patriot no USA.
Um abraço a todos.
O sistema Avenger é muito interessante. A torreta tripulada móvel foi escolhida em detrimento de outras configurações porque foi considerada melhor para aumentar a ‘consciência situacional’ do operador já que ele pode adquirir alvos visualmente no caso de não operar junto com um radar de busca ou se o mesmo estiver inoperante.
Se o operador ficasse no interior do veículo, sentado ao lado do motorista, a sua capacidade de descobrir e selecionar alvos ficaria por conta única e tão somente dos sistema optrônicos (TV e FLIR). No caso do Avenger, a torreta pode ficar ‘girando’ com o operador dentro, de modo a varrer todo o céu enquanto o veículo se desloca. Claro que isso só é útil de dia. A noite ele necessariamente tem que receber designação de alvos por meio do radar externo ao sistema, mas ligado via data-link.
Li agora em outro site que o Chile comprou também 6 radares Sentinel perfazendo um para cada 6 Avengers.
Falta pra completar um moderno sistema de defesa de média altitude, que pode muito bem vir na forma de lançadores de mísseis Amraam C-7 que também foram adquiridos recentemente.
Pelo que me consta não são necessários nenhuma alteração nos mísseis para permitir serem lançados a partir do solo, nem mesmo de software.
O sistema SLAMRAAM tem em comum com o Avenger o fato de usar o mesmo veículo Humvee e o mesmo sistema de radar de vigilância Sentinel.
Caso o Chile venha mesma a usar os dois sistemas ele contará com um respeitável poder de dissuasão.
Caros Amigos.:
Bela aquisição do Chile.
enquanto nossos politicos se preocupaõ em novas tecnologias para embolsar mais o dinheiro do povo e enrrola nossas absoletas forças armadas… nossos vizinhos se armam com os mais sofisticados armamentos de ataque e defesa sem se importar em entimidar seus vizinhos. só o brasil q se preocupa com isto.
No caso brasileiro, a questão maior é o combate à corrupção! Esse câncer social e político tem interferido na saúde econômica do país, não em consequência de baixos valores em caixa, mas sim pelo fato de que submarinos militares, carros blindados de combate, sistemas antiaéreos, mísseis, helicópteros e armas portáteis, todos de última geração, não são a prioridade estratégica da nação, onde capitais e investimentos públicos necessários para fomento de uma força armada potente são desviados para interesses outros! Mentiroso quem afirma não poder o Brasil se rearmar adequadamente por questões financeiras ou pela inexistência de beligerância inimiga. A verdade é: não possuimos estadistas, temos sim oportunistas, articuladores políticos de interesses de grupos, produtores de assistencialismo, medidas pontuais para aquisição de voto e mantenimento do poder! Temos o que defender sim, das potências e superpotências estrangeiras, como a Amazônia (biodiversidade, água, riquezas minerais e fósseis), a costa litorânea e suas riquezas submarinas, o aquífero Guarany(depósito subterrâneo gigantesco de água mineral), no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Enfim nosso patrimônio histórico, cultural, natural e econômico tão cobiçado nos tempos de hoje pela escassêz global de recursos. Compra já de blindados de última geração: Merkava, Abrams, Terminator russo para guerrilha urbana, Apaches anti-carro, sistemas russos antiaéreos e, de preferência, aviões-caças com tecnologia aberta. Chega de bajulação de homens ditos salvadores-da-pátria!!!
Alguém sabe me dizer se foi concluída a compra??
Sim, e a compra de radares Sentinel também … cada uma das brigadas blindadas (sao 5) conta com um conjunto de 6 unidades Avenger e um radar Sentinel … pelo menos …