ONU nega que retirada de 600 funcionários afete missão no Afeganistão

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vinheta-clipping-forteO chefe da missão da ONU (Organização das Nações Unidas) no Afeganistão, Kan Eide, afirmou nesta quinta-feira em entrevista a jornalistas que a retirada temporária de 600 de seus cerca de 1.100 funcionários estrangeiros não afetará as operações da organização no país.

“Nós estamos fazendo tudo que podemos para minimizar a interrupção no nosso trabalho neste período”, disse Eide, chefe da Unama. “Nós estamos simplesmente fazendo o que temos que fazer após os trágicos eventos da semana passada para proteger nossos trabalhadores em um momento difícil enquanto garantimos que nossas operações no Afeganistão possam continuar”.

A decisão da ONU foi uma reação ao ataque dos militantes do grupo islâmico Taleban do último dia 28 de outubro, quando três homens armados atacaram a hospedaria em Cabul, matando cinco funcionários da organização e dois policiais afegãos. Os criminosos foram mortos pela polícia em uma troca de tiros.

Eide disse que alguns dos funcionários realocados vão para Dubai, onde a ONU mantém escritório.

O diplomata norueguês foi alvo de severas críticas pelo papel da ONU na eleição presidencial, marcada por muitas fraudes e que resultou na reeleição de Hamid Karzai, depois que o segundo turno foi anulado com a desistência do candidato de oposição Abdullah Abdullah. Há alguns dias, Eide deu a entender que a paciência da ONU com o governo afegão estava quase no limite.

Segundo o porta-voz da ONU Aleem Siddique, a equipe retornará para o Afeganistão três ou quatro semanas depois que as medida de segurança forem alteradas. “Será uma fusão da equipe. No momento, nós temos 93 hospedarias por Cabul e haverá a fusão destas hospedarias para que possamos garantir uma segurança melhor em menos áreas”, explicou.

A Unama tem 5.600 funcionários, a maioria deles afegãos. A retirada anunciada nesta quinta-feira envolve quase 12% dos efetivos.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que visitou Cabul no início da semana, se reuniu com as autoridades de segurança para discutir o ataque à residência. Ele declarou que a ONU não permitiria que atos de violência desviassem a organização do trabalho que realiza no país.

FONTE: Folha Online

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