vinheta-clipping-forteASSUNÇÃO – Os novos comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha assumiram hoje seus cargos no Paraguai. Ontem, o presidente Fernando Lugo afastou os chefes militares no cargo, mesmo após rechaçar vigorosamente qualquer risco de golpe de Estado promovido pelos militares.

O governo deixou claro que Lugo procedeu de acordo com suas atribuições constitucionais ao realizar as mudanças. Um ex-comandante das Forças Armadas, porém, afirmou que Lugo faltou ao respeito com os chefes afastados. A mudança dos integrantes da cúpula militar ocorreu um dia depois de Lugo assegurar que, como comandante e chefe das Forças Armadas, “não existe nenhum perigo de golpe de Estado promovido pelos militares”.

Paralelamente, uma maioria de parlamentares da situação e da oposição ameaçou abrir um processo político contra Lugo, argumentando sua suposta “inépcia para governar”. Um aliado do líder, o dirigente de esquerda Hugo Richert, do grupo Convergência Socialista, reconheceu que “Lugo não é um estadista, mas toda a sociedade não tem experiência para administrar assuntos públicos, porque nos últimos 60 anos, um só partido, o Colorado, teve em suas mãos o poder”.

Apesar disso, a atitude de Lugo foi criticada pelo general reformado Mario Soto, ex-comandante das Forças Armadas no governo de Nicanor Duarte (2003 a 2008). Segundo ele, Lugo fez as mudanças logo depois de dizer que “existiriam militares expostos à manipulação política”. “Esses chefes destituídos ficaram como golpistas frente à opinião pública”, disse Soto.

FONTE: Agência Estado

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