‘Caveirinha’, o irmão mais novo do Caveirão
Exército adapta e desenvolve equipamentos de uso militar para serem utilizados no combate à criminalidade nas grandes cidades brasileiras
Enviado Especial
Acostumados a desenvolver equipamentos exclusivamente para uso militar, o Exército passou a adaptar suas tecnologias para a segurança pública. Uma das novidades que serão usadas para combater a criminalidade é o Vespa 01, que está em fase de teste e foi encomendado pela Secretaria de Segurança do Rio. O veículo é parecido com o Caveirão, o blindado usado pela Polícia Militar do estado para entrar em morros e favelas fluminenses. A diferença é que o carro em desenvolvimento vai substituir as tradicionais patrulhas de rua. Outra inovação é o Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant), capaz de voar a uma altura que possibilita transmitir imagens para a terra, sem correr o risco de ser atingido por tiros.
Já apelidado de Caveirinha, pela semelhança com o outro veículo da PM fluminense, o Vespa 01 tem a aparência de um carro-forte e sua estrutura também é similar. Consegue atingir uma velocidade de até 120 quilômetros por hora e possui celas em seu interior capazes de abrigar até seis presos. Nos testes feitos pelo Centro de Tecnologia do Exército (CTEx), em Guaratiba, no Rio, onde o veículo foi criado e está em fase de avaliação, os engenheiros militares conseguiram atingir as quatro metas que pretendiam: mobilidade, segurança, baixo custo e manutenção barata. O projeto foi desenvolvido pelo CTEx com financiamento da Fundação Carlos Chagas de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
“O conceito que estamos implantando nas Forças Armadas é para que os equipamentos desenvolvidos por nós sejam também usados na segurança pública”, afirma o coronel Hildo Vieira Prado Filho, subchefe do CTEx. Ele explica que, não apenas o Vespa 01, mas outros tipos de veículos já estão sendo feitos com essa finalidade. Um deles é o Módulo de Telemática Operacional (MTO), uma espécie de estação de telefone celular instalada dentro de uma viatura. O sistema permite acessar os rádios de uso militar e policial à rede pública de telefonia fixa ou móvel, transmitir vídeos e acessar a internet a uma distância de até 100km.
A intenção é fazer pequenas adaptações nos protótipos que estão em fase de teste no CTEx para que sejam também usados na segurança pública. O equipamento tem uma antena que capta informações de uma área em torno de 80km². O custo é inferior a tecnologias que estão sendo desenvolvidas em outros países, como em Israel, que vai gastar US$ 30 milhões com o mesmo sistema. “As oito viaturas que estamos fazendo e mais 22 postos portáteis (maletas móveis) custarão R$ 8 milhões”, explica Prado.
Luneta
Outro equipamento previsto não apenas para fins militares, mas também para a indústria ótica, é uma luneta de imagem térmica, que poderá mostrar imagens em ultravioleta da temperatura de uma pessoa ou de um objeto que ela esteja usando. O mecanismo, criado pelo CTEx com o apoio de empresas nacionais, já foi testado no 1º Batalhão de Forças Especiais, em Goiânia, e mostrou bons resultados. O uso do material pela polícia permitirá identificar elementos no corpo de uma pessoa, com mais profundidade que um aparelho de raio-x ou de uma luneta de visão noturna.
Além desses equipamentos, o CTEx vai colocar à disposição das polícias simuladores de tiros de fuzil, que reduzirá os custos de treinamentos, principalmente na compra de munição. Em fase de testes também está o Vant(1), que hoje já é usado pela Polícia Federal nas áreas de fronteira.
Veículo sul-africano
Diferentemente do Caveirinha que está sendo desenvolvido com tecnologia militar brasileira, outro Caveirão que o governo fluminense vai comprar para ser usado pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio é de origem sul-africana. Construído para ações de emergência, o veículo pode transportar até 11 PMs, seis a mais que o similar construído pelo Centro de Tecnologia do Exército (CTEx), mas a velocidade é menor: 105km/h.
O veículo é uma das mais poderosas armas utilizadas pela polícia fluminense para transpor obstáculos colocados propositalmente nas entradas dos morros, favelas e territórios controlados pelos traficantes. Pode passar por lombadas, sobe ladeiras com óleo e derruba barricadas.
1- Tráfico
Os primeiros testes feitos pela PF começaram a ser realizados em julho deste ano, no Paraná. A intenção é estender o projeto para todas as áreas de fronteira, principalmente onde há rota de tráfico de drogas. A Polícia Federal pretende utilizar o Vant também em operações contra crimes ambientais. Seu uso, porém, precisar ser regulamentado por um decreto do governo. A Organização das Nações Unidas (ONU) questiona a segurança do equipamento quando utilizado em áreas urbanas.
FONTE: Correio Brasiliense
Isso é muito bom,sinal que estamos evoluindo e que as Forças Armadas podem contribuir e muito com os Estados.
Abs,
PR
Acho uma pena é precisarmos deste tipo de equipamento
BRASIL!!!
O Caveirão é necessário para a Segurança Pública no Rio de Janeiro, mas não é suficiente. O Exército Brasileiro se recusa a permitir que a SSP-RJ adquira e use eficazmente VBTPs militares, porque isso abreviaria o fim de seus “clientes”, os traficantes, que consomem o armamento e munição desviados dos quartéis e, assim, enriquecem os traidores da Pátria,os oficiais corruptos.
O Rio de Janeiro precisa de blindados, metralhadoras .50, helicópteros de ataque e medidas de exceção para vencer os traficantes-guerrilheiros, o que a omissão e o anti-patriotismo das Forças Armadas não permitem. Por isso, o Rio de Janeiro precisa declarar-se independente e criar suas próprias leis. Nós, fluminenses, temos de deixar de ser brasileiros para sermos felizes e ficarmos livres de todos os bandidos: traficantes, corruptos e traidores.