Guerra Assimétrica: narcoguerrilha ameaça derrubar aviões comerciais no RJ
Por Jorge Serrão
Depois de derrubar, facilmente, um helicóptero da Polícia Militar (com direito à repercussão na mídia internacional), os narcoguerrilheiros urbanos do Rio de Janeiro fazem novas ameaças de terror. Em conversas captadas por serviços de inteligência das Forças Armadas e da Secretaria de Segurança do RJ, os marginais já especulam que podem usar armamento terra-ar para atingir aviões em decolagem nos aeroportos Santos Dummont e Internacional Tom Jobim.
Devidamente abafada para não gerar pânico, tal ameaça do narcovarejo transforma em meros reféns os comandantes dos organismos de segurança militares e civis. A narcoguerrilha urbana usa e abusa de instrumentos de comunicação da guerra assimétrica – mesma tática usada por grupos terroristas transnacionais. O clima de medo – “tudo pode acontecer, só não se sabe quando e nem onde, com precisão” – se transforma na arma mais eficiente do braço operacional do Crime Organizado.
Doutrinariamente, tal ameaça já exigiria uma ação direta das Forças Armadas no desmantelamento da narcoguerrilha urbana – que se aproveita da fragilidade operacional da Polícia Federal para reprimir, com mais eficiência e rapidez, o comércio ilegal de armas e drogas. A atuação das Forças Armadas tem respaldo constitucional e doutrinário. Mas as sutilezas políticas – e a própria fragilidade gerada pela falta de verbas ou o complexo de inferioridade em termos de armamento – inibem os militares que fazem um belo trabalho de Garantia da Lei e da Ordem no Haiti – mas não por aqui.
Agora, a inoperância no combate ao “quarto elemento” do crime se transforma em crise política entre os governos estadual e federal. Em conversa reservada com líderes empresariais cariocas, na noite de segunda-feira, o secretário de Segurança Pública soltou o verbo. José Mariano Beltrame reclamou da sobrecarga de tarefas da polícia fluminense, que estaria executando afazeres de responsabilidade do governo federal. Beltrame chegou a comentar que gostaria que os ataques do último sábado fossem vistos como os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, dando origem a uma política de segurança de Estado, não de governos.
Em repentina linha de ataque ao governo Lula, o presidente do Supremo Tribunal Federal repetiu ontem o mesmo discurso do delegado Beltrame. Gilmar Mendes pregou que que é preciso articular melhor a divisão de responsabilidades entre os governos federal e estaduais. Gilmar Mendes foi explícito, advertindo que é hora de se discutir o emprego das Forças Armadas na segurança pública. O ministro sugeriu a criação de um plano nacional para combater o crime.
Responsabilidade de quem?
Gilmar Mendes indicou, sem rodeios, que as Forças Armadas e a Polícia Federal têm responsabilidade direta pela entrada de drogas e armas pelas fronteiras mal guarnecidas:
“No Rio, há o uso de armamentos pesados, que são importados ilegalmente. Isso passou pela fronteira. Não é um problema básico do Rio, mas da falta de controle. Há uma responsabilidade nacional, não podemos imputar apenas às autoridades locais”.
A grande questão é: Gilmar Mendes usou tal argumento para ser técnico, ou apenas para gerar mais um desgaste político para o popular Stalinácio?
FONTE: www.alertatotal.net
Bem, só está faltando isso mesmo… Se acontecer isso babau Olimpíada e até, talvez, babau Copa do Mundo… E vai ser pouco…
Até quando o governeco federal vai ficar de braços cruzados assistindo armas, drogas e contrabando entrando por nossas fronteiras? Até quando vão dar a desculpa que “o EB não serve para isso”? Até quando irão negar a “carta branca” que o EB precisa pra entrar lá e “arregaçar geral”? Até quando o EB vai ficar dentro dos quartéis, e sem comida?
Até quando as Forças Armadas Revolucionárias do Tarso (antiga Polícia Federal) vai ficar servindo pra fazer guerrilha política, ao invés de fazer o serviço que lhe cabe, de fiscalizar as fronteiras? Até quando esta gastará com VANTs, mas não contratará mais policiais para efetivamente controlar as fronteiras?
E a tal da ABIN, até quando ficará sentada em cima de sua busanfa, vendo o circo pegar fogo e fazendo grampo ilegal em político de oposição???
ATÉ QUANDO TEREMOS DE AGUENTAR TUDO ISTO, SANTO DEUS!
“Quosque tandem abutere, Catilina, patientia nostra?”
Sinto discordar, mas isso tá parecendo história da Carochinha.
Meus amigos, como carioca da gema (e bem rodado), gostaria de esclarecer que, ao contrário do que muitos divulgam, traficante que é 100% traficante só quer uma coisa: paz pra vender seu pozinho. Além disso, a ação desses grupos se restringe a sua área de domínio, os morros e redondezas. Só ocorre confusão mesmo quando a polícia invade suas áreas ou quando há alguma disputa pelos pontos entre grupos rivais, como ocorreu recentemente. Todas as vezes que ocorreram ações terroristas no Rio (bombas etc.), fora dessas áreas, sempre foi coisa de policial bandido ou miliciano, e não de traficante de morro.
Com relação à realização de grandes eventos, Copa do Mundo, Olimpíadas etc., isso não me preocupa nem um pouco. Toda vez que isso ocorreu na cidade o “movimento” sempre ficou na moita nos morros esperando a coisa passar (apenas duas ou três semanas), isso ocorreu na Eco-92 (com dezenas de chefes de Estado na cidade), no Pan e por aí vai. Por quê? Elementar meu caro Watson, tudo pela tal “paz” que mencionei. A reação seria tão forte que poderia atrapalhar severamente os negócios, além de gerar grandes desequilíbrios de poder entre as facções. Ou seja, trafica não é bobo, é melhor “segurar a onda” por alguns poucos dias do que comprometer severamente as “contas” por um período muito longo.
Também concordo Keplerk.
O objetivo dos trafica é manter os ” negócios ” ativos e operantes, ou seja, movimentar a grana $$$…..e o policial bandido quer ganhar vantagem em cima desta lucratividade.