Polícia apreende armamento que pode ter sido usado para derrubar o helicóptero

Polícia Militar informou nesta segunda (19) que o capitão Marcelo de Carvalho Mendes, que era o copiloto do helicóptero que explodiu ao fazer um pouso forçado no sábado (17), já recebeu alta. O atirador de elite major Busnello, baleado na perna durante o confronto, também já foi liberado.

Outro ferido no acidente, o cabo da Polícia Militar Anderson dos Santos, permanece internado em estado estável no Hospital da Aeronáutica, na Ilha do Governador, subúrbio do Rio. Ele teve 9,5% do corpo queimado e precisou de cuidados especiais. Além das queimaduras, ele teve fraturas no fêmur provocadas por disparo de arma de fogo. O policial evolui bem e respira sem a ajuda de aparelhos. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o capitão Marcelo Vaz de Souza, que estava pilotando o helicóptero, já recebeu alta.

Os soldados Marcos Standler Macedo e Ediney Canazaro morreram na queda do helicóptero. O cabo Izo Gomes Patrício morreu nesta segunda no hospital. Ele estava internado no Hospital da Força Aérea, na Ilha do Governador, em estado gravíssimo, com queimaduras em 96% do corpo.

Operações sem data para terminar

As operações da Polícia Militar não têm data para acabar, e a Zona Norte do Rio permanecerá cercada. As informações são do major Oderlei Santos, relações públicas da PM. Durante as seis operações realizadas nesta segunda-feira, três suspeitos foram presos no Jacarezinho, subúrbio do Rio. A polícia apreendeu ainda drogas, munições e armamentos pesados. Ao todo, quatro mil policiais foram mobilizados. “Não tem prazo para término. A Polícia Militar vai atuar incansavelmente na busca e captura desses criminosos. Se eles resistirem, haverá confronto. E a polícia não vai recuar”, afirmou o major.

Os três suspeitos foram presos por policiais do 3º BPM no Jacarezinho, onde também foram apreendidos uma pistola .40, cem papelotes de cocaína e cem trouxinhas de maconha. Na região, também participaram da operação policiais do 14º BPM e da Companhia de Cães. Outras três motos foram apreendidas por policiais do Bope, em Manguinhos, também no subúrbio.

Armamento pode ter sido usado em tiroteio de sábado

Na Chatuba, em Mesquita, na Baixada Fluminense, policiais do 20 BPM apreenderam grande quantidade de entorpecentes, além de duas carabinas calibre 12, um rifle .30 antiaéreo, um fuzil 762 Madsen, uma submetralhadora URU e munições de diversos calibres. Segundo a polícia, parte do armamento apreendido pode ter sido usado para derrubar o helicóptero da PM, no tiroteio de sábado (17), no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio. Essa hipótese será agora investigada pela polícia.

Durante a ação na Chatuba foram apreendidos ainda dois coletes a prova de balas, uma espada de Samurai, sete uniformes falsos do Batalhão de Operações Especiais (Bope) e dois botijões de gás com fundo falso, que seriam usados para transportar armas e drogas.Segundo o major Oderlei, policiais estão de prontidão na capital, na Baixada Fluminense, na Zona Oeste e na Grande Niterói, na Região Metropolitana. Nesta segunda, dois mil foram mobilizados na capital e outros dois mil nas demais regiões. De acordo com o major, caso seja necessário, o mesmo efetivo poderá ser usado nesta terça-feira.

Ainda segundo a polícia, o tipo de helicóptero atingido pelos criminosos não possui caixa preta. Os restos da aeronave, no entanto, serão periciados.

FONTE: G1 / FOTO: Felipe Dana, AP

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Marine
Marine
15 anos atrás

La vem a historia de metralhadora .30 “anti-aerea”, midia desinformada e isso que da.

Outra alguem sabe informar que arma e essa que o policial esta usando com o carregador em cima dela?

SF!

Danilo
Danilo
15 anos atrás

É uma Madsen, convertida pra 7.62

Quantos seis querem que a arma .30 é uma BAR?

otavio
otavio
15 anos atrás

qual e a arma do ultimo policial da foto?

Marine
Marine
15 anos atrás

Danilo,

Muito obrigado, nao a tinha visto ainda em uso no Brasil.

Rodrigo
Rodrigo
15 anos atrás

É impressão minha ou o primeiro policial está mesmo usando uma Bren? Da 2º Guerra?

Rodrigo
Rodrigo
15 anos atrás

Ou será a Madsen, que é mais antiga ainda?

Rodrigo
Rodrigo
15 anos atrás

Deixa pra lá, nao tinha lido os comentários!

Luis
Luis
15 anos atrás

Os dois fuzis apreendidos eram dois Springfield-Armory M1 Garand, calibre 30-06(7,62x63mm). A submetralhadora era uma M3 Greasegun, cal .45 ACP.

José
José
15 anos atrás

Marine

Não só a midia não sabe, alguns leitores tb…. desculpe minha ignorancia mas .30 não é arma anti aerea é isso?

Danilo?

O que seria uma BAR?

Marine
Marine
15 anos atrás

Luis,

Pois e, M1 Garand agora com seus 8 cartuchos sao realmente “artilharia pesada” pra midia, nossa da ate pra derrubar A-10….

E cada uma…

Conde Edmundo Dantas
Conde Edmundo Dantas
15 anos atrás

Quando feriram um policial civil à bordo de um Esquilo (sem blindagem), a Polícia Civil reduziu drasticamente as operações com helicópteros, só os utilizando quando o risco era minimamente aceitável. As operações aéreas da PC só se intensificaram quando o B212 (blindado) passou a operar. A experiência da PC era de conhecimento do comando da PM e, assim mesmo, os helicópteros da PM continuaram ser usados indiscriminadamente. Isso revela que tem que ser apurada as responsabilidade dos “irresponsáveis” do comando da PM que permitiram que as operações aéreas da Polícia Militar carioca continuasse como se “nunca na história deste país” um policial tivesse sido atingido em pleno voo de policiamento sobre alguma favela do Rio.

EL
EL
15 anos atrás

Marine

Com o M1 Garand da pra derrubar um A-10 e ainda sobram 7 cartuchos.

Já que o assunto é a mídia:

Outro dia vi que um carro forte havia sido assaltado. A repórter disse que os bandidos utilizaram uma BATERIA ANTI-AÉREA contra o carro forte.

Nada mais a declarar

Challenger
Challenger
15 anos atrás

Exército veta compra de metralhadoras

Armas, que seriam usadas em helicópteros da Polícia Civil do Rio, já haviam sido testadas

Um mês antes da queda do helicóptero Phenix 3 da Polícia Militar, a Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) do Exército, em Brasília, vetou a compra de 12 metralhadoras americanas Minimi (M-249) pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio. A arma – usada pela Polícia Federal e por unidades da Marinha – já tinha sido testada por quatro meses nos helicópteros da instituição. A aquisição do armamento calibre 5.56 fazia parte de um planejamento da Polícia Civil para aumentar a segurança da tripulação nas aeronaves durante ações de combate ao tráfico.

Além de quatro meses de testes com a metralhadora americana Minimi, uma equipe da Core avaliou o emprego de outras armas de precisão para serem usadas nas aeronaves da coordenadoria. Um estudo técnico foi elaborado e levado no mês passado por dois representantes da Polícia Civil aos militares da DFPC do Exército, em Brasília. Apesar de comprovada a eficácia do equipamento, a compra foi vetada com base em uma portaria que proíbe o emprego desse tipo de arma por polícias estaduais.

Meses antes, a mesma portaria foi usada como argumento pelo Exército para impedir que o comando do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizasse a compra de coletes a prova de balas de uma empresa israelense. Embora o material analisado fosse melhor e mais leve que os similares nacionais, a compra não foi liberada sob o argumento de priorização do emprego de produtos confeccionados por empresas nacionais.

O Globo tentou ouvir o centro de comunicação do Exército, em Brasília, sobre o impasse nas compras das metralhadoras e dos coletes a prova de balas. Por telefone, um militar informou que não havia expediente ontem na diretoria de fiscalização de produtos controlados.

De acordo com o planejamento da Core, o modelo de metralhadora Minimi é mais leve e tem maior precisão em ações aéreas. Além da compra do armamento, a Polícia Civil conseguiu recursos junto à Secretaria de Segurança Pública para blindar totalmente um dos modelos Esquilo AS 350 B2. A aeronave ainda vai receber este ano um equipamento sofisticado capaz de captar imagens com nitidez a uma altitude de 3 mil pés (900 metros).

O equipamento, orçado em R$3,5 milhões, é composto de câmera, com capacidade de captar imagens à noite, centro de monitoramento, que será instalado na Coordenadoria de Inteligência da Polícia Civil, e palmtops, a partir dos quais as equipes em terra poderão acompanhar em tempo real as imagens geradas pela câmera instalada na aeronave. O emprego desse tipo de equipamento vai permitir o planejamento das ações de combate a facções criminosas, com menor risco aos policiais.

Fonte: O Globo

Danilo
Danilo
15 anos atrás

José, BR é a sigla para Browning Automatic Rifle. Dizendo bem por cima é o avô do M14. O BAR foi uma das armas utilizadas pelos americanos na 2ª Guerra.

Correção ao artigo do “O Globo”, Minimis são belgas, as M249 que são americanas. Estas por sua vez seriam otimas substitutas para as Madsen se usadas na sua versão 7.62. São mais leve e levam mais munição.

zé 1
zé 1
15 anos atrás

agora a mídia só fala em helicóptero blindado! como se fosse impossível de derrubá-lo.

Challenger
Challenger
15 anos atrás

A minimi e a M249, são a mesma coisa, são da FN Hestal.

Luis
Luis
15 anos atrás

BAR=> http://world.guns.ru/machine/mg36-e.htm
.30 é apenas o diâmetro do projétil.
Exitem: 7,62 x 63 (.30-06 Springfield)
7,62 x 51 (.308 Winchester)
7,62 x 54R (russo)
7,62 x 33 (.30 Carbine)
7,62 x 25 TT (russo)