Lula fala com Obama sobre risco iraniano
Líderes não querem isolar o país
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontrou na manhã desta sexta-feira rapidamente com o colega dos Estados Unidos, Barack Obama, em Pittsburgh (EUA), onde participam de reunião do G20. Conforme informações passadas pelo embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota, à agência de notícias France Presse, os dois conversaram sobre a segunda planta nuclear iraniana e concordaram que não é possível isolar o país.
Segundo o embaixador brasileiro, no encontro com Lula, Obama disse que “parece bom que o Brasil dialogue com o Irã”, em referência à visita que o presidente Mahmoud Ahmadinejad deverá fazer ao país, em novembro que vem.
Nesta quarta-feira (23), na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova York, Lula e Ahmadinejad tiveram um encontro no qual Lula defendeu o direito do Irã desenvolver energia nuclear para fins civis, desde que o país, assim como faz o Brasil, coopere com as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
No entanto, na manhã desta sexta-feira, Obama, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o premiê britânico, Gordon Brown, fizeram um comunicado de repúdio à admissão, por parte do Irã, de que o país possui uma planta de enriquecimento de urânio que, para as potências ocidentais, era secreta.
Com a revelação da nova planta iraniana, assessor diplomático do presidente Lula, Marco Aurélio Garcia, ressaltou que, se as denúncias estiverem certas, o Brasil condenará o Irã, mas sem “se unir àqueles que querem encurralar o Irã”. “Nós já sabemos o que resulta da política de encurralamento: resulta o Paquistão ou a Coreia do Norte”, dois países que têm armas nucleares.
No pronunciamento, Obama disse que “não é a primeira vez que o Irã esconde informações” sobre o seu programa nuclear, mas fez questão de ponderar que o país tem direito à energia nuclear, exceto que o tamanho e configuração da nova planta seriam “inconsistentes com um programa nuclear pacífico”.
Sem deixar de, como diz, “estender a mão”, Obama voltou a pedir que o Irã se engaje nos diálogos pela desnuclearização conduzidos pelo Grupo dos Seis (EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha) e que mostre “ações” na reunião marcada para o próximo dia 1º de outubro, na Alemanha.
Entre Obama e Brown, o presidente francês foi o que adotou o tom mais rigoroso em relação ao Irã. Sarkozy disse que o Irã “levou a comunidade internacional por um caminho perigoso” e que “tudo precisa ser colocado na mesa agora”. “Não podemos deixar os líderes iranianos ganharem tempo enquanto os motores estão em ação.”
Carta
Na carta dirigida ao diretor-geral da AIEA, Mohamed El Baradei, o governo iraniano confirma a existência da planta denunciara pelas potências ocidentais, mas afirma que só dará “outras informações complementares no devido tempo e de forma apropriada”, segundo os detalhes divulgados pelo porta-voz Marc Vidricaire, em comunicado.
O único dado técnico que Vidricaire adiantou é que o nível de enriquecimento de urânio seria de até 5%, condição que daria origem a um combustível pouco purificado, suficiente apenas para alimentar reatores nucleares de geração de eletricidade. O comunicado não dá detalhes sobre o conteúdo da carta, mas diz que “o organismo acredita ainda nenhum material nuclear tenha sido introduzido na instalação do Irã”.
O Irã já possui uma grande usina de enriquecimento de urânio conhecida, em Natanz, a 250 km de Teerã, na região central do país, cuja existência foi revelada em 2002.
O complexo já conhecido, que tem uma parte subterrânea, é monitorado atualmente pelos inspetores da AIEA. A agência divulgou um relatório recentemente no qual dizia que o regime iraniano reduziu a quantidade de enriquecimento de urânio pela primeira vez em alguns anos, mas advertiu que ainda não foram esclarecidas as metas nucleares.
FONTE: Folha Online (e France Presse, em Pittsburgh)
FOTOS: AP e PR
Essa política do Brasil em relação ao Irã , na verdade é pra proteger o nosso programa nuclear dos holofotes do mundo.
Nosso país vai passar a perna no mundo inteiro . É só ligar as ultimas noticías envolvento o tema nuclear.
Marco,
Não é tão simples assim não.
Fazer uma bomba nuclear não é nada trivial; passar a perna no mundo todo (especialmente nos países centrais que tem um sistema de espionagem e informação extremamente eficiente) é menos trivial ainda.
Ao que parece o Brasil resolver parceria em tudo inclusive com a bomba A que é o começo
sds
Não é a toa que a instalação da usina fica no interior de uma montanha e varios metros abaixo , pra escapar de bombardeio
O brasil deve ceder as centrífugas, e em troca o resultado que é a bombinha
Temos o teórico que formulou matematicamente uma bomba americana que deixou os USA meio nervoso além das centrífugas
sds
Usina no Irã é imprópria para uso civil.
Instalação não teria capacidade de produzir eletricidade, mas abrigaria centrífugas suficientes para enriquecer urânio.
Declaração conjunta de Estados Unidos, Grã-Bretanha e França na reunião do G-20 só foi possível porque os serviços secretos dos três países chegaram a informações semelhantes de que a usina de enriquecimento de urânio, na cidade de Qom, não só existe, como teria sido projetada para fins militares.
O fato de a usina abrigar 3 mil centrífugas para enriquecimento de urânio – uma quantidade reduzida para alimentar um programa civil, que necessita de milhares de centrífugas – também provoca o receio de que esconda um programa nuclear militar.
Uma verdadeira rede de espionagem foi organizada pelos três países para montar o quebra-cabeça sobre a usina de Qom, uma cidade de 1 milhão de habitantes localizada a 150 km de Teerã.
FOnte : http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090926/not_imp441296,0.php
po o que eu nao entendo e pq so esses paises tem direito de ter bombas nucleares, eles criticam, fazem sançoes. e nada adianta so vai aumentar a vontade deles terem bomba tbm. o certo pra mim seria nenhum pais do mundo ter bombas nucleares.uma coia que me revolta é q em vez deles criticarem o irã, pq eles msm nao acabam com suas bombas. ah mas ai eles nao querem, eles se acham superiores. esses caras sao hipocritas msm. pra mim o brasil tinha que ter armas nucleares sim tbm.
É muito simples, o Irã deve ter quantas bombas quiser, da mesma forma que os EUA, Russia, Inglaterra, França e etc… Ninguém tem moral o suficiente para condenar o Iran!!!! Além disso, ao deixarem que o Irã domine o ciclo nuclear, contribuirão para a paz no Oriente Médio!!!! É a única coisa que fará a paz reinar naquela região do mundo, é um estabelecimento de equilíbrio de forças, do contrário Israel continuará a dominar e cometer seus abusos, criando instabiligade naquela região do mundo. E o que é pior, com o consentimento dos EEUU!!!!
É isso, só isso, simples assim.
Sds. a todos
O Irã ter bomba nuclear não é uma questão de moral !
Existe uma “lógica” no fato dos EUA, Russia, China, UK, França, India possuirem a bomba, a origem remota na 2a Guerra Mundial e vai até a época da Guerra Fria, graças a essa “lógica” que as grandes potências não se enfrentaram (por causa da destruição mútua), impedindo a eclosão de qualquer guerra entre grandes nações.
O fato do Irã ou qualquer outro país que mantém apoio a grupos terroristas acabarem possuindo uma arma Nuclear bagunça essa “lógica”, pelo simples fato de provocar um fator de incerteza no equilíbrio nuclear, pois um terceiro agente (qualquer grupo terrorista) poderia adquire secretamente uma bomba atômica, por exemplo via Irã, e detonar num país que detenha um arsenal Nuclear provocando uma retaliação automática, antes mesmo de saberem se foram atacados por terroristas ou não.
Enfim, o nervosismo todo das grandes potências, principalmente dos EUA, é que se deixarem o Irã possuirem a bomba de forma ilegal, qualquer outro país também poderá ter o direito de possuir uma, assim chegará uma época que até paises como Haiti, Sudão, etc, possuirão uma bomba nuclear (com dinheiro qualquer um poderá comprar na “esquina” uma pequena bomba atômica), até traficante de droga como Beira-Mar poderão adquiri-los.
Concordo plenamente.