Estoques estratégicos praticamente se esgotaram

Depois das promessas de a Marinha receber novos submarinos e a Força aérea Brasileira (FAB) caças supersônicos, o Exército entrou na fila do reaparelhamento com um plano de gastos orçado em R$ 20 bilhões em dez anos. O Exército, de acordo com militares, enfrenta problemas de falta de munição e até diminuiu o expediente como forma de economizar recursos.

O pacote de reaparelhamento, que prevê gastos de pelo menos R$ 2 bilhões por ano será encomendado a empresas brasileiras. Mas, para vingar, o plano não poderá ser atingido pela tesoura do Ministério do Planejamento, responsável pelo contingenciamento do Orçamento da União.

A modernização do Exército passa pela troca dos 150 mil fuzis FAL, que estão com mais de 40 anos de uso, uma nova família de 400 blindados, modernização e repotencialização dos cerca de 1,5 mil carros de combate, compra de radares de baixo e de longo alcance, construção de 28 novos pelotões de fronteira – dentro do projeto Amazônia Protegida – e aquisição do sistema integrado de vigilância e monitoramento de fronteiras. O sistema integrado está incluído no acordo militar com a França e custará cerca de US$ 2,7 bilhões.

A situação orçamentária do Exército é considerada grave pelos militares. Do orçamento aprovado para este ano, de R$ 2,4 bilhões, R$ 580 milhões estão contingenciados trazendo complicações para as operações rotineiras.

HAITI

A tropa que substituirá os 1,3 mil militares que estão no Haiti, em fevereiro do próximo ano, poderá não estar suficientemente adestrada. De acordo com o Exército, são necessários R$ 90 milhões para treinar esse contingente, mas só R$ 58 milhões chegaram à Força até agora.

Uma das consequências disso é que os militares que embarcarão para o país caribenho, como integrantes da Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), deveriam haver disparado em exercícios militares pelo menos 200 tiros reais, mas só conseguiram efetuar até agora 50 disparos. O motivo é a falta munição.

Diante do constante aperto que o Exército vem enfrentando nos últimos anos, os estoques estratégicos foram sendo usados para treinamento e praticamente se esgotaram, o que é considerado uma temeridade pelos próprios militares. A Força está com problemas também em seu estoque de munição pesada.

Para segurar as despesas, o Exército já suspendeu o expediente nas manhãs de segunda-feira e tardes de sexta, e novas medidas ainda poderão ser anunciadas.

FONTE: Jornal de Penambuco, via Notimp

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

25 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Omega
Omega
15 anos atrás

Lamentável um país do tamanho do nosso, com as riquezas que tem, deixar qualquer força chegar neste estado. Qualquer força militar precisa ser moderna e também poder gastar balas, porque fica difícil se defender de outra forma.

O governo tem que fazer mais.

sds

jota
jota
15 anos atrás

Por essa e outras que eu acho que o Brasil deveria comprar os Gripen. Não adianta ter dinheiro para comprar se depois não tiver dinheiro para manter esses caças voando…

Patriota
Patriota
15 anos atrás

Esta na hora de liberar grana pro EB , precisamos substituir todo o arsenal do exército brasileiro, pois do jeito que esta o Brasil não vai ocupar uma vaga no CS da ONU nunca.

Sopa
Sopa
15 anos atrás

Tenho medo que o F-X2 seja igual a uma pessoa de baixa renda com nome limpo, financiar um Audi A8 4.2 Quattro, e depois de recebe-lo não ter dinheiro para por gasolina e pagar o IPVA !

É temeroso !!

RADAR
RADAR
15 anos atrás

temeroso é o eb não estar colocando seu nariz nesse projeto da defesa…tem que pedir, criar tumulto, ser ambicioso, crescer. tem que “peruar” a volta as linhas de produção do glorioso osório( possuindo somente duas unidades), ter aviação forte, e bons armamentos, projetar e produzir fuzis, tanques e outras viaturas nao é dificil, o comandante do eb tem que ter pulso mais firme…
sds

Fimex
Fimex
15 anos atrás

Alguem sabe algo sobre a “reconstrução” do Osorio ??? O projeto esta em mãos do EB e seria interessante ter esse poderoso MBT somente para as nossas Forças Armadas…

Bora Brasil, vamos crescer…

Igor
Igor
15 anos atrás

Isso confirma a minha desconfiança. Eu moro na frente de um batalhão há 8 anos. Nos primeiros quatro anos sempre tinha treinamento de madrugada, uma ou duas vezes por ano, aquele treinamento de tiros reais com vários tipos de armas. Era de acordar o bairro inteiro. Nos últimos quatro anos eles não ocorreram mais. O motivo deve ser esse, orçamento baixo, ainda contingenciado e principalmente falta de munição/equipamentos.
No começo do ano o exército adotou isso de segunda e sexta feira meio período, tudo para que os novos recrutas podessem dormir e almoçar nos quartéis. É Brincadeira né. O governo precisa atender também o exército com uma modernização bilionária e orçamentos decentes para as três forças.

Hornet
Hornet
15 anos atrás

Este texto saiu no Estadão ontem. Tudo é uma questão de leitura e enfoque.

A minha leitura é a seguinte: o EB está agora aguardando sua vez. Já se sabia, e o próprio EB sabia, que os projetos da MB e da FAB seriam realizados primeiros. O proprio Jobin já deu declaração nesta semana que agora é chegada a hora do EB, pois a MB e a FAB já estão encaminhadas.

Agora, que tanto o FX2 quanto os submarinos (etc.) da MB estão terminados ou em vias de terminar, chegou a vez do EB.

A matéria do Estadão chama a atenção para isso. Não para o sucateamento do EB, que requer um reaparelhamento tão grande quanto o da MB e da FAB. Dizer que o EB está sucateado é chover no molhado. Mas a questão não é essa.

E além disso, a matéria original do Estadão também dá destaque ao valor a ser investido no EB: algo em torno de 20 bilhões. Ou seja, algo próximo ao investido na MB (que até agora recebeu a maior fatia do bolo). E o destaque, a manchete da matér é essa:

“Depois da Marinha e FAB, Exército espera pacote de R$ 20 bi”

E a matéria dá destaque também (ficou faltando na matéria do blog esse complemento, talvez no Notimp não tivesse esse complemento, não sei) aos pontos sensíveis que serão contemplados com este investimento, dando prioridade a indústria nacional, e também a parceria com a França. Aqui está o complemento da matéria:

“Conheça as principais reivindicações do Exército

TIRO CERTO: Troca dos 150 mil fuzis FAL que estão com mais de 40 anos, por outros, mais modernos, fabricados no Brasil. O novo fuzil teria, por exemplo, luneta e equipamento de visão noturna.

BLINDAGEM: Nova família de 400 blindados, que estão sendo projetados e desenvolvidos aqui no Brasil e os primeiros protótipos serão entregues este ano pela Fiat-evenco

REFORMA: Modernização dos cerca de 1500 carros de combate Urutu, Cascavel e M-103 existentes

VIGILÂNCIA: Aquisição de radares M-60 e M-300, também desenvolvidos pelo Brasil, para atender a todos os grupos de artilharia e de fronteira. Seriam cerca de 300 radares terrestres de baixo alcance (60 quilômetros), que até a Petrobrás e Itaipu estão interessados em adquirir para proteger suas instalações, e cerca de 150 M-300 de 300 quilômetros de alcance.

REFORÇO NA FRONTEIRA: Instalação de 28 novos pelotões de fronteira para se juntar aos 21 existentes, dentro do projeto Amazônia protegida. São pelotões plenamente equipados para dar o alerta da ameaça externa e com capacidade para reagir ao ataque.

NOVO SIVAM: Aquisição de um sistema integrado de monitoramento de fronteiras, espécie de Sivam, para proteger fronteiras terrestre e marítima. Este pacote de equipamentos está no pacote com a França ao custo de US$ 2,7 bilhões.

abraços a todos

Hornet
Hornet
15 anos atrás
BVR
BVR
15 anos atrás

Ei !! Vc´s lembram de um deputado federal que estava “preocupadíssimo” com as questões referentes à defesa do país, lembram ??

Qual é nome mesmo????? Ita,…Ita…,ahhh, lembrei!!! Deputado Marcelo “Italhaço”. Aquele da CPI sobre a concorrência do FX2.

Cadê o Italhaço nessa hora para defender a necessidade de orçamento sem risco de corte pro EB????

Deputado que tem DNA político ruim é assim mesmo, só quer holofotes. Prestar serviços à nação que é bom (e obrigação de deputado sério) não quer.

Sds aos do Blog

falcon
15 anos atrás

aff e muito ruim ler estas noticias do aperto financeiro que o nosso Eb se encontra. Para um pais que almeja um assento permanente no conselho de segurança da ONU, e se tornar uma potencia, nao pode deixar seu exercito nesta penuria.

Musashi
Musashi
15 anos atrás

Os programas de reaparelhamento estão surgindo, e parecem andar. E espero que continuem nos próximos anos.
Oque falta agora, uma reforma no gerenciamento nas Forças, e continuidade do fluxo orçamentário.

Henrique
Henrique
15 anos atrás

Por isso que quando houve o caso do “sequestro” de nossas refinarias na Bolívia, quando falei para um colega Oficial do EB que deveríamos invadir aquela p… ele me disse que poderíamos “passar vergonha” até contra os Bolivianos.
Lamentável !! Para uma força que “comandou” o país por tantos anos não ter uma representação política efetiva é lamentável!
Vamos ver se este novos acordos militares conseguirão reerger nossas forças… espero que sim!
Abraços.

Adrik
Adrik
15 anos atrás

Vocês já viram o preço da munição no Brasil? Uma cartela contendo 10 cartuchos de baixo calibre (pistolas e revolveres) custa mais de 40 reais. Nos EUA os cidadãos acham um absurdo pagar mais do que u$25 uma caixa com 50 cartuxos…

Lá nos EUA compras militares de munição tem desconto devido a quantidade adquirida… Bem mais barato. Só no Brasil mesmo para se pagar quase 10 reais em uma bala de fuzil…

Mauricio R.
15 anos atrás

Em relação á nova familia de blindados sobre rodas do EB, decidida em licitação publica apesar do esperneio de Avibrás e Agrale, lá pela época da LAAD o site Defesanet publicou uma nota, em que se dizia haver pressões p/ o EB encerrar o projeto c/ a italiana Fiat-Iveco.
Seria o entreguismo frances, do governo petralha em ação???
Recentemente o EB engavetou um programa de modernização de seus M-113, e não M-103 que foi o ultimo carro de combate pesado americano como aparece na matéria, não havia nenhuma empresa francesa envolvída nesse projeto.
Prá que o EB necessita de 450 radares???
Tem tanto grupamento de artilharia AA assim, necessitando de equipamento???
Alem do que o equipamento nacional é um tanto insípido, não testado, então não faz mto sentido se mobiliar nessas qntidades c/ um equipamento que traz mais duvidas que confiabilidade de operação.
O mais prudente seria ter uma qntidade de um equipamento provado e consequentemente confiável, dentre os disponíveis no mercado.
E prá que Petrobrás e Itaipú tem que ter radar???
Não cabe á PF zelar pela segurança dessas instalações, em tempo de paz???
Qnto a esse “novo Sivam”, só pode ser frances ou como o governo petralha entregou o reaparelhamento das FFAA aos franceses, se quer quer mas será frances???

ARC
ARC
15 anos atrás

Quanto aos projetos de modernização chegarem ao EB eu acredito, mas o governo federal não pode deixar o EB nessa situação é vergonhoso, com o gasto que o governo projeta em investimentos, esquecer de manter as forças é muito grave. A Marinha e a Aeronáutica passam por problemas semelhantes com aviões e navios parados.

Lucas  Urbanski
Lucas Urbanski
15 anos atrás

Isso é uma verdadeira lástima, o governo deveria pensar um poquinho mais no exército do que só na FAB e MB, não digo que esta errado pensar na FAB e na MB mais também temos que pensar que o que realmente põe medo em uma invasão é um Exército bem preparado e equipado, as outras 2 forças também tem um papel gigante, mais sem o Exército não se ganha uma guerra.

fullcrum
fullcrum
15 anos atrás

Passar vergonha com os bola-vianos é ruim, se o militar acha isso, meus colegas n@um, pelo menos na FAB tinha o suficiente pra mandá-los para a pré-história, o que n@um seria mto.

luis
luis
15 anos atrás

É uma pena…..o que acontece com nosso EB, se tem algo que funciona é o EB.
Eu era militar da cavalaria que teoricamente é a arma mais cara do EB, e presenciei uma cena lastimável…referente a falta de verba.

Uma pena….

abraço a todos

Bruno
Bruno
15 anos atrás

se já eh assim com armamento , quando q eles vao investir na aviaçao do EB??

URUTAU
URUTAU
15 anos atrás

Bom Dia Senhores

é isto que podemos chamar de total incompetencia irresponsabilidade ato inconsequente retrocesso ou ate mesmo insanidade é um verdadeiro tiro no pé e o pior no nosso pé
diante disso pergunto aos senhores o que podemos esperar de homens publicos que pensam e agem dessa forma ?

Intervenção vai do pré-sal à mineração e eletricidade
13/09 – 08:04 – Agência Estado

ImprimirEnviarCorrigirFale Conosco

Depois do pré-sal, o governo se prepara para intervir pesadamente em outro setor: o de mineração. Está pronto o esboço de um novo código mineral, que prevê a criação de uma agência reguladora.

Depois do pré-sal, o governo se prepara para intervir pesadamente em outro setor: o de mineração. Está pronto o esboço de um novo código mineral, que prevê a criação de uma agência reguladora.

Ela ficará encarregada, por exemplo, de cobrar bônus de outorga quando uma mina for entregue para exploração. Hoje, até uma pessoa física sem qualquer experiência pode ganhar um alvará para explorar minério, pagando cerca de R$ 100. “É praticamente um pacote de cigarros”, comparou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A ideia é elevar fortemente esse valor.

Novos desenhos institucionais prevendo mais presença do Estado no petróleo e na mineração não são episódios isolados. O governo tem aumentado sua presença em outros setores, como eletricidade, fertilizantes, crédito bancário e transportes. Em alguns casos, a presença se dá na forma de um planejamento mais dirigido. Em outros, o Estado aparece mesmo como operador.

No curto prazo, além da mineração, a intervenção será mais sentida nos setores elétrico e de transportes rodoviários. Para economistas, como Nathan Blanche, em entrevista ao repórter Leandro Modé, o aumento da intervenção estatal na economia é um retrocesso.

A agência reguladora da mineração vai estabelecer que as mineradoras iniciem sua produção dentro um período inferior a cinco anos. Hoje, não há prazo, o que abre espaço a que empresas e pessoas físicas obtenham alvarás de exploração de minas apenas para vendê-las.

O ministro deixou claro o desejo de impor novas regras sobre os alvarás já expedidos, que hoje estão em mãos de empresas, muitas delas estrangeiras, e pessoas físicas. “Vamos ampliar o controle. Vamos tentar regular o que já foi concedido. Do ponto de vista legal, não sei como vai ser. Estamos estudando.” As regras para concessão de novos alvarás ficarão mais rígidas. Pessoas físicas não poderão mais obtê-los.

SDS Senhores

Jorge
Jorge
15 anos atrás

É triste ver como certos fãs do L..a (nefasto II) agem para defender a esquerda.

Passamos anos a fio [20(VINTE) ANOS] sem investimento sequer em tecnologia. Como exemplo, os engenheiros da extinta ENGESA, foram cada um para um lado, por falta de perspectiva na área.

Alguém lembra de algum esquerdista propondo manter esses profissionais em um instituto de pesquisa para que o seu conhecimento não se perdesse?

Em compensação a criação de cargos comissionados para os P….tas não faltaram, afinal como o MST e congêneres vai conseguir verba para manter o terrorismo de estado contra a maioria da população Brasileira.

Agora, tudo é lindo, o L..a (Nefasto II) sempre foi preocupadíssimo com as questões militares, etc. Comi$$ão por vendas. Imagine, ninguém la no P. pensa nisso.

Enquanto isso, contingenciamento de verbas corre solto. Eles, a esquerda, sabem como ninguém discursar uma coisa e agir de outra forma, no caso prejudicar a preparação dos militares que vão atuar no Haiti. Aliás, não são certos esquerdistas que caluniam os soldados do EB naquele país?

Dão aula para os corruptos aqui do Brasil, que perto deles, não passam de amadores.

Alexandre L
Alexandre L
15 anos atrás

Um absurdo!!! Só isso que tenho para comentar.

MarcosT
MarcosT
15 anos atrás

Me lembrei do filme “Circulo de Fogo”, onde na primeira parte do filme o exercito Russo entregava para seus recrutas, para uns as balas e para outros o fuzil.
Talvez teremos de adotar tática semelhante em caso de conflito.

Ou podemos “pelear” usando palavras de “baixo calão”, quem sabe o inimigo se ofende e se retira do campo de batalha.

ferrazfa
ferrazfa
15 anos atrás

Prezados Srs.
Não deixem de ver

Defesa@Net 20 Setembro 2009

Comentário da Semana de Gelio Fregapani
Assuntos: Antagonismos e conflitos internos

Se possível repassem…

Abços