General: Brasil não participa de corrida armamentista

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Augusto Heleno diz que poder militar brasileiro, a ser construído com investimento em tecnologia, corresponde à crescente importância estratégica do país no mundo

Dois dias depois do anúncio, pelo governo brasileiro, da compra de quatro submarinos e do início das negociações para a aquisição de 36 caças franceses Rafale, o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Augusto Heleno, negou que o país esteja envolvido em uma suposta corrida armamentista na América do Sul.

– Não participamos de nenhuma corrida armamentista. O que se busca é uma expressão de poder militar compatível com a expressão estratégica do país – disse Heleno ontem na Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

O Brasil tem se tornado cada vez mais relevante no cenário internacional, disse o general, tanto que apenas quatro países – Rússia, Estados Unidos, China e o próprio Brasil – contam, ao mesmo tempo, com área superior a 4 milhões de quilômetros quadrados, população que ultrapassa 100 milhões de habitantes e PIB maior que US$ 400 bilhões. Já a expressão do poder militar de um país está ligada ao poder tecnológico, área na qual o Exército brasileiro ainda conta com recursos modestos. Neste ano, lembrou, serão liberados para o setor cerca de R$ 80,2 milhões.

A prioridade do Exército tem sido para a chamada guerra cibernética, afirmou.
– Ninguém é capaz de se tornar invulnerável, mas temos que criar uma estratégia de proteção contra a guerra cibernética – disse, citando como possíveis alvos a serem protegidos bancos, usinas elétricas e empresas de telefonia.Entre as pesquisas que poderão beneficiar a aplicação militar e o uso civil, Augusto Heleno salientou as destinadas à produção de biodiesel na Amazônia e de fibra de carbono, necessária inclusive à exploração de petróleo.

FONTE: Jornal do Senado

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Jonas Rafael
Jonas Rafael
15 anos atrás

E tá certo ele. O que tem de corrida armamentista? Estamos substituindo nossos aviões por exemplo. O que querem? Que compremos 120 F-16 usados ao invés de FX-2? A única coisa em que avançamos é no desenvolvimento do Sub Nuc, o resto é reposição. E é natural que numa reposição se procure por armamento mais moderno. O que tem de errado? Se alguém começou uma escalada armamentsita foi o Chile e a Venezuela.

Invincible
Invincible
15 anos atrás

Gen. Heleno é o verdadeiro CARA.

Brasileiro de verdade… Patriota, Líder, Inteligente!

Pq será que tiraram ele do camando da Amazônia.

Roberto CR
Roberto CR
15 anos atrás

Finalmente uma observação importante:
“A prioridade do Exército tem sido para a chamada guerra cibernética, afirmou.”.

Aliás, este é um tema pouco explorado por aqui.

Abs

RL
RL
15 anos atrás

Concordo com os amigos.

Corrida armamentista ao meu ver não existe e sim, reposição de equipamentos já mega ultrapassados. Alias, se levar-mos em conta os artefatos que estão sendo substituidos eles não representam 10% do que verdadeiramente necessita de reposição imediata, como por exemplo, Tanques, embarcações, artilharia anti-aérea, veículos etc.

A grande novidade fica ai por conta do SNB e a transferência de tecnologia.
Tecnologia esta muito bem lembrada pelo amigo Roberto CR, quando indaga o assunto por não ser tão explorado quanto verdadeiramente deve ser. Este assunto é tão importante quanto a aquisição de novos aparelhos seja para Marinha, Exército ou Aeroáutica, pois esta ligada diretamente aos tres.

A tecnologia para uma guerra Cibernética.

Zeca
15 anos atrás

Acho já estamos atrasados nesta corrida, será que só nos blogs se vê que o mundo está se armando cada vez mais, inclusive na Am.Lat., ou estou ficando paranóico??

Repsol
Repsol
15 anos atrás

Jonas Rafael… certinho você, Chile só aumenta os esquadrões de f-16, compra tanques leopards 2a6, scorpenes etc.. e a Venezuela, precisa nem falar né.. o Brasil só comprou o Sub Nuc de diferente, o resto é só reposição.

Roberto CR
Roberto CR
15 anos atrás

Estava dando uma olhada no site do jornal argentino La Nacion e achei algumas matérias interessantes que sairam sobre o Brasil esta semana:

Entrevista com Sarkozy sobre acordos com o Brasil
(http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1171602)

Repsol (petrolífera) não reclama de partilha no Pré-sal porque regras são claras
(http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1172484)

Porque somos maiores segundo eles (os argentinos)
(http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1171961)

Acordo subnuc
(http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1172321)

Abs

Capitão planeta
Capitão planeta
15 anos atrás

Concordo.

Ou o Brasil se arma até os dentes, para dissuadir uma invasão e ocupação para rapinarem nossas riquesas;

Ou será fatalmente invadido e rapinado, pelos famigerados lobos em pele de cordeiros que governam a política externa dos EUA(A Elite dos Fabricantes e Comerciantes de armas e suprimentos Bélicos que lucram com as Guerras).

Lucas
Lucas
15 anos atrás

Deveriam falar isto das parcerias do Hugo Chavez, que comporu sukhoi Su 30, fez acordos com o Irã compra blindados,etc.
E ainda faltam que o Brasil é quem esta iniciando uma corrida armamentista,ah por favor, hipócritas vão achar alguma coisa pra criticar no governo, nada esta bom, nada a agrada a classe jornalística, se compramos submarinos, os ataques são pesados e infundados, se compramos caças, la vai outra onda de ataques por parte da escolha,etc.
Já esta dando no saco isto viu, tudo que o Brasil faz para os seus ditos “alidados” na américa do sul é ameaça,já que nos declaram tão perigosos assim deveríamos colocar um esquadrão dos novos Rafale F3 a 50km da fronteira com a Venezuela só pra ve-la “xiar”.

BVR
BVR
15 anos atrás

Roberto CR em 10 set, 2009 às 17:58,
Putz !!!! Aquele link que vc postou sobre porque nós somos grandes e eles não, se fosse de um jornal daqui já diriam que seria coisa da curiola do governo. Tratando-se de “los hermanos”, é um puta elogio ao Brasil.

Sobre a preocupação do Gal.Heleno, a guerra cibernética é o 4º campo de batalha, porque Rússia, China e os EUA tão mandando ver nessa área.

Lembram daquele apagão (acho que foi em 2001) que desceu sobre a região sudeste? Pois bem, um ataque cibernético ao ONS geraria um esquema daqueles ou pior.

Outra coisa (ainda quando era só um blog, no endereço velho), a gente comentava sobre a ação relâmpago russa na Geórgia e tinham informações que a ação russa havia começado semanas antes com ataques cibernéticos. Ou seja, é modalidade testada.

Temos que continuar a fazer o dever de casa direitinho, se não…

Sds aos do Blog
PS.: Oitentinha é muito pouquinho, né.

Roberto CR
Roberto CR
15 anos atrás

BVR em 11 set, 2009 às 1:30

“Putz…”
Pois é companheiro, dá pra acreditar!?!?!

Com relação ao caso que você cita sobre suposto ataque cibernético à Geórgia, a um provável precedente. A cerca de dois anos caiu todo o sistema de conexão a internet da (se não me engano) Lituânia por uns dois dias. Parou tudo: banco, empresa, escola, semáfor, etc. Nada funcionou e sistemas de gerenciamento a papel foram resuscitados. Na época o país estava com uma pendenga com a… Rússia. Não é confirmado oficialmente que foi a Rússia, mas eles nunca negaram totalmente a ação.

Imagina por estas plagas como seria, com as pessoas mal sabendo ligar o computador, e menos ainda em sistemas de segurança pro bichinho. E as empresas, mesmo as maiores, também não ficam muito atrás nisso. Talvez o Maurício R possa falar algo com mais propriedade pois, se não me engano, ele falou em outro post que essas era a área de atuação dele (informática).

Jonas Rafael
Jonas Rafael
15 anos atrás

Interessante esse lance da Lituânia. Vale notar que o aspecto geográfico nesse caso não conta nada. A rússia poderia atacar o Brasil com mesma facilidade do que a Lituãnia. Qualquer país minimamente desenvolvido está ao alcance da Internet hoje em dia, com a velocidade do pensamento. Imagina, pra que gastar os tubos mandando um porta-aviões se você pode detonar toda a infra dum país do outro lado do mundo com alguns hackers? rssss

DaGuerra
DaGuerra
15 anos atrás

É claro que estamos n’uma corrida, principalmente tecnológica e consequentemente envolvendo armas, apesar de muito distantes dos primeiros colocados, não podemos de maneira alguma perder de vista nossos “saudáveis competidores” e irmãos (ao menos em peso político) : EUA, RUSSIA, CHINA e INDIA. Quanto ao nosso “entorno”, devemos mantê-los civilizados, em paz e livres de perniciosas influência extra-panamericanas.

BVR
BVR
15 anos atrás

Pois é Roberto CR, certamente seria um cataclisma.

Aliás, esse seria um ótimo tópico pra gente “trabalhar” aqui no blog. Fica a sugestão aos administradores.

Sds aos do Blog.

BVR
BVR
15 anos atrás

Comentando off-topic (Hornet em 12 set, 2009 às 5:13).

Será que esse doido tá se referindo a Colômbia e as futuras bases dos EUA ????

Definitivamente, Chavez é um figuraça !!!!!

Sds aos do Blog.

Hornet
Hornet
15 anos atrás

um off-topic:

“O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta sexta-feira (11) que o país vai receber em breve mísseis de fabricação russa com alcance de 300 km. “Em breve alguns foguetinhos estarão chegando. E eles não falham”, disse Chávez na capital venezuelana, Caracas, após voltar de uma viagem de dez dias por países da África, Ásia e Europa, entre eles a Rússia.

Chávez disse que os mísseis são apenas para uso defensivo. “Não vamos atacar ninguém. Estes são apenas instrumentos de defesa, porque nós vamos defender nosso país de qualquer ameaça, venha de onde vier”, afirmou.”

http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1301851-5602,00-CHAVEZ+ANUNCIA+COMPRA+DE+MISSEIS+RUSSOS.html

abraços a todos