Não é missão do Exército combater o narcotráfico
Para o general, falta vontade política para tirar as Forças Armadas da obsolescência
Leandro Prazeres
Da equipe de A CRÍTICA
Ninguém fala mais alto que o general Luis Cláudio Mattos, 62, na sede do Comando Militar da Amazônia (CMA). Responsável por 26,3 mil homens espalhados pelo maior comando regional da América Latina, Mattos não impressiona pelo tom de sua voz, mas pelas palavras.
Em entrevista concedida à A CRÍTICA, ele se desarma. Diz que o combate ao narcotráfico não é “missão” do Exército, que falta vontade política do governo para reaparelhar as Forças Armadas e que, se pudesse, conduziria a política externa brasileira com mais firmeza.
Sobre as bases colombianas utilizadas pelos EUA e o aumento do poder bélico venezuelano Mattos se mostra tranquilo, mas revela que os serviços de inteligência brasileiros estão atentos a esses movimentos.
A CRÍTICA: O que muda para o Brasil a partir da utilização de bases colombianas pelos Estados Unidos?
General Luis Cláudio Matto: Não muda absolutamente nada. Isso é um problema interno de soberania da Colômbia. Não fizemos nenhuma modificação da nossa estratégia em razão desse fato específico.
A CRÍTICA: Essa declaração contrasta com as reclamações do Itamaraty sobre o assunto. Esse desconforto diplomático ainda não chegou aos militares?
General Luis Cláudio Matto: Na minha avaliação não há motivo para preocupação, mas eu entendo que a preocupação do Itamaraty é uma coisa perfeitamente aceitável. O que é bom frisar é que esse problema das bases não caracteriza nenhuma ameaça militar para nós. Se nossa inteligência tivesse dado conta disso, aí sim, adotaríamos uma outra atitude.
A CRÍTICA: Os serviços de Inteligência estão apurando os reais interesses por trás desse acordo?
General Luis Cláudio Matto: Não só a inteligência militar, mas a inteligência brasileira. Por isso que eu digo que não tenho preocupação. Esse trabalho nos abastece.
A CRÍTICA: Até que ponto o aumento do poderio bélico colombiano e venezuelano têm mudado a estratégia de Defesa brasileira na Amazônia?
General Luis Cláudio Matto: Nós vivemos numa conjuntura em que temos um relacionamento excelente com todos os nossos vizinhos. Evidentemente que nós não acompanhamos esse aumento do poder militar da Venezuela, da Colômbia e do Chile. Mas isso é problema interno de cada País. Se os países julgam que, em vez de resolver alguns problemas, é melhor aumentar o poder militar… é decisão soberana do País. Nós militares (brasileiros), particularmente, temos muitas carências que se fossem solucionadas talvez, os vizinhos encarassem como aumento do nosso poderio bélico, mas são carências que temos há muitos anos.
A CRÍTICA: A nova Estratégia Nacional de Defesa (END) prevê o deslocamento de unidade para a Amazônia. Isso não é reflexo desse aumento de poder militar dos nossos vizinhos?
General Luis Cláudio Matto: Não. Reflete uma preocupação que se tem há muito tempo de nós aumentarmos o nosso poder militar na Amazônia pra garantir a soberania. Se isso fosse motivado pelo aumento do poder do vizinho, isso teria que ocorrer com muito mais rapidez. Qual é o grande ganho da END para as forças armadas? É a colocação da Defesa Nacional na agenda. Antes, só se via as forças armadas como autoritárias e repressoras.
A CRÍTICA: Venezuela e Colômbia saíram da condição de países amigos para a condição de pontos de instabilidade na América do Sul?
General Luis Cláudio Matto: Eu acho que não. As Farcs, realmente, são um desconforto muito grande. Imagina você ter um movimento contra o governo se arrastando durante tanto tempo. Mas isso é um problema interno deles que podem nos afetar se as guerrilhas entrarem no nosso território. Por isso estamos vigilantes. A mesma coisa na Venezuela. As decisões de lá podem agradar ou desagradar. Será que está bom pra eles? O dinheiro do petróleo poderia ser colocado para o país crescer, prosperar, mas se o presidente (Hugo) Chávez resolveu aumentar o seu poder militar, é decisão soberana e são os venezuelanos que tem que avaliar.
A CRÍTICA: Quais as principais preocupações militares na Amazônia? Nossos vizinhos, o narcotráfico…
General Luis Cláudio Matto: Tudo isso nos incomoda. Mas o que nos incomoda mesmo é a vigilância da nossa fronteira. São 11 mil km. Nós temos preocupação com isso, estamos vigilantes na nossa fronteira. Temos dispositivos colocados na nossa fronteira e não tenho a menor dúvida de que farão face a qualquer tipo de ameaça; a nossa estratégia é preparada para isso. Temos forças presentes e forças que podem ser deslocadas rapidamente em caso de invasão. É importante dizer que uma invasão não acontece do dia pra noite.
Falta de aperfeiçoamento tecnológico nas Forças Armadas
A CRÍTICA: Há previsão de descontingenciamento dos recursos do projeto Calha Norte?
General Luis Cláudio Matto: Há pedidos e solicitações, mas não sei dizer se há previsão. Nós somos, modéstia a parte, bons planejadores. Para nós, o principal problema não é a quantidade de recursos, mas a regularidade. O que acontece hoje é que se faz um planejamento e a lei orçamentária contempla o Exército com recursos. Aí começa o ano e aquilo tudo fica contingenciado. Não adianta ficar conversando ou discutindo. Temos que tentar obter aquele recurso. O Chile tem a lei do cobre que destina um porcentual de tributos às Forças Armadas.
A CRÍTICA: O senhor acredita que isso poderia ser aplicado no Brasil com o Pré-Sal, por exemplo?
General Luis Cláudio Matto: Com certeza. É capaz de ter alguma coisa do Pré-Sal voltada para a Marinha. Poderíamos ter um pra cada Força Armada. Nós sabemos que é uma coisa que não aparece. Soberania não aparece. Defesa é algo que não aparece. Isso já foi pensado e visto. Vira Projeto de Lei. Mas na hora que bate no Congresso você imagina a discussão.
A CRÍTICA: Então falta vontade política para destinar mais recursos para as Forças Armadas?
General Luis Cláudio Matto: Poderia dizer que sim. Agora, tanto o Executivo quanto o Legislativo, eles pensam na alocação dos recursos de acordo com a sua vontade. Realmente, se houvesse uma vontade política de aporte de recursos, com toda certeza, eles apareceriam.
A CRÍTICA: Seu antecessor, General Heleno, disse que as Forças Armadas do Brasil estão obsoletas. O senhor concorda com ele? O que seria prioridade no reequipamento das Forças?
General Luis Cláudio Matto: Concordo totalmente com o Heleno. Por isso é que está acontecendo esse planejamento todo. Esse pensamento é para tirar as forças armadas da obsolescência. Temos planos pra cada área. Por exemplo, nós temos carência de blindados. Existe uma carência de artilharia antiaérea e são perfeitamente aplicáveis na Amazônia. Comunicações é outro exemplo. Nós conseguimos nos comunicar com todas as nossas tropas, mas existe uma necessidade muito grande de um aperfeiçoamento tecnológico nessa área.
A CRÍTICA: Como executar uma Estratégia Nacional de Defesa tão ousada com um orçamento tão minguado? O senhor teme que isso fique no papel?
General Luis Cláudio Matto: Esse é o grande problema. Vai depender de vontade política. Nós sabemos que nós não vamos poder colocar mais 28 pelotões de fronteira nesses 11 mil km da noite pro dia, mas nós já tínhamos alguns desses pelotões planejados, então se não tivermos dinheiro para os 28, vamos atender aqueles que já havíamos pensado.
A CRÍTICA: Fontes dos bastidores da Polícia Federal se queixam que, apesar de ter mais gente e mais equipamento, o Exército não cumpre seu papel de polícia na faixa de fronteira no combate ao narcotráfico…
General Luis Cláudio Matto: Se alguém falou isso é porque não conhece a nossa missão constitucional. Não é missão do exército o combate ao narcotráfico. Não é missão do Exército fazer missão humanitária, ajudar na seca e nem nas cheias, mas quando tem uma tragédia, veja lá se não tem um militar ajudando. O nosso dever é a defesa da Pátria. Foi criada uma lei nos dando poder de polícia para nos dar segurança quando, na fronteira, encontrássemos alguma ação suspeita, mas ninguém sai do quartel para combater o narcotráfico. Nem na fronteira. Não saímos do quartel pra fazer isso.
A CRÍTICA: Mas num cenário de relativa paz com nossos países vizinhos, o narcotráfico não é considerado uma questão de segurança nacional?
General Luis Cláudio Matto: Não vejo como uma ameaça à nossa soberania. É um mal que atinge o nosso País todo, mas não é segurança nacional, é segurança pública. Quando o narcotráfico atingir a nossa soberania, aí sim. Quando estiver incorporado a uma guerrilha que avança sobre o nosso território, aí sim. O narcotráfico não é um problema específico das forças armadas. Ele tem que ser combatido, mas temos que ter gente pra fazer isso. Mas não é por isso que vai pegar o Exército pra cumprir uma missão que não é nossa.
A CRÍTICA: Como o senhor avalia a política externa do governo brasileiro?
General Luis Cláudio Matto: Eu não posso te dar minha opinião como militar. Posso apenas dizer o que eu acho. Eu acho que a gente poderia ser menos flexível porque o Brasil é uma potência continental. Nós poderíamos, em determinados momentos, mostrar a nossa cara. Somos potência.
A CRÍTICA: O senhor acha que o Brasil poderia ter sido “menos flexível” na invasão de instalações da Petrobras pelo exército boliviano, por exemplo?
General Luis Cláudio Matto: Eu como brasileiro acho que poderíamos ter sido mais firmes. Eu não posso concordar ou discordar da política externa brasileira. Posso dar minha opinião e acho que poderíamos ter sido mais firmes, mostrado a cara da grandeza do Brasil. Muitos não têm noção da nossa grandeza. E não é grandeza militar, mas do País como um todo. Talvez, se o Brasil usasse a sua cara e o seu poder como grande País…enfim…eu conduziria diferente, mas isso é problema do governo.
FONTE: www.acritica.com.br / COLABOROU: Marcos Aurélio-am
Falou tudo nosso General Mattos, foi simplesmente lapidar em alguns aspectos, especialmente:
“O que é bom frisar é que esse problema das bases não caracteriza NENHUMA ameaça militar para nós” (frisei) e “Temos forças presentes e forças que podem ser deslocadas rapidamente em caso de invasão. É importante dizer que uma invasão não acontece do dia pra noite”.
Pra acabar com a palhaçada da esquerdopatia que domina o Itamaraty, e que tem lavado a cabeça de muitos brasileiros, que quer ver em meros 1.400 militares americanos em nosso vizinho uma “ameaça à nossa soberania”.
Percebam (os bem intencionados) como as críticas à instalação das tais bases seguem a cartilha da esquerdopatia bolivarianista e são notadamente feitas por aqueles a quem interessa criar caso ou denegrir a imagem dos EUA. As bases não são uma ameaça a nós, mas sim o dobre de morte das FARC e um recado ao Palhaço de Caracas e sua caterva de energúmenos.
No mais, é como eu sempre disse, o Brasil não é um Iraque, Afeganistão ou Vietnã. Temos tropas, armas, aliados e, principalmente, economia, para enfrentar qualquer invasão, até mesmo dos EUA. Poderíamos até não ganhar um conflito contra eles, mas os faríamos pagar caro pela vitória.
Por fim, qualquer militar tem o direito de pensar e exprimir o que quiser, contanto que cumpra suas ordens. Militar não é um ser à parte da sociedade. Militar também tem família. Também tem cérebro. Acho até que os generais brasileiros são é muito calados e pacíficos, por medo da perseguição revanchista da esquerdalha que governa o país nas últimas décadas.
Sds.
Esses generais da Amazônia são todos meio loucos de lingüiça… Se esse aí for substituido por ter dado com a língua nos dentes vai dar uma rebuliçozinho como ocorreu com o caso do Gal. Heleno.
Mas, concordo plenamente com o que ele disse, principalmente sobre a política externa do Brasil. Não podemos ser o gigante de liliput.
Senhores,
concordo com a opnião de que o Exército não deve ser usado para combater o narcotráfico, agora, de resto acho que o general extrapolou na fala, não deveria ter tecido certos comentarios.
O militar tem que ter a noção exata de até onde pode ir…
Grato.
Do recruta ao General, soldado não pensa, cumpre ordens!!! Isso ajuda militares a não falarem bobagens!!! Simples assim, não é
Sr. COMANDANTE MELK ????
Sds.
gostei muito do que ele falou. infelizmente, embora as intenções fossem boas, penso que falou demais. a verdade sim, mas não foi oportuno, visto a politicagem que infecta todos os setores públicos. nao duvido nada que ele seja transferido para uma posição de menor importancia. nao interessa ao governo militares desalinhados com seu pensamento (do governo).
tambem entendo que tem hora que não dá pra segurar o protesto.
pretendo entrar para o EB ano que vem, como sargento e espero encontrar uma força terrestre mais bem equipada e motivada (além de um salário justo, diga-se de passagem). penso também que a missão do EB deveria ser mudada um pouco e atuar mais, nao como polícia urbana, mas como polícia de fronteira e em situações de crise (como já acontece), além do que já faz construindo estradas e obras públicas.
outro ponto fundamental é, o mais rápido possível, criar concurso para soldado especialista do EB, formando profissionais, sem esquecer de manter o serviço obrigatório. louvável a proposta do serviço civil, constante no PND, de forma que TODOS cumpram seu dever perante a pátria e adquiram experiência de forma ou de outra. realmente louvável.
Em tempo: já era hora de tirar os paraquedistas do RJ e mudálos pra goiás ou minas gerais. Ficar formando tropa pra depois ensinar tecnicas militares pra traficante NÃO É LEGAL!
viva o general e o exército brasileiro!
UHU!
Tudo o que o general disse é verdade. Se ele extrapolou, só os seus superiores podem dizer. Mas, será que eles também não pensam igual? E, talvez, nossos próprios governantes também?
Enquando nossas forças depender de vontade política, nada mudará. O que deveríamos ter é percentual fixo do orçamento da União para reequipagem das FFAA. Algo como o que o Chile faz. Hoje qdo. se têm alguma crise de Defesa Civil, saúde, que monta barraca e organiza o atendimento a população são as três forças. Este investimento que o Estado faria, se reverteria de qquer forma para a População. Não acredito que os Comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha colocaria barreiras para esta maior interação entre a população e as Forças.
Acredito que ele estava muito lúcido na entrevista.
É como eu sempre falo,enquanto o brasil continuar presidencialista
com 1 milhão e partidos políticos e eleções a cada 2 anos,nossas forças armadas nunca serão levdas a sério pq simplesmente investimento em FFAA não dá votos ao menos informados a respeito.
abs 😉
Mais um que o Lula vai “puxar a orelha”??
APLAUSOS ao General!!!
E é muito bom que algumas pessoas em posição de destaque digam o que precisa ser dito!
Não seria missão do EB fazer o “cosme damião” mas , se empregado, realizar missões como a OPERAÇÃO TYRUNA no Afeganistão (DEFES@NET). Mas é claro, que o desgoverno LULA prefere gastar o dinheiro do contribuinte FINANCIANDO A AMPLIAÇÃO DAS PLANTAÇÕES DE COCA na bolívia.
Concordo com o general quando ele fala sobre o dever do exercito, não é dever constitucional das forças armadas agir como policia, o dever do exercito é defender o Brasil na ameaça de sua soberania. Soldado não recebe treinamento pra prender bandido, soldado recebe treinamento para lutar em uma guerra. Prender criminoso é dever da policia e não do exercito.
Um grande abraço.
Acho que já foi longe o tempo que o bom soldado é aquele que não pensa, só cumpre ordens.
E afinal ele é general, se ele não pensar quem vai pensar.
E não acho que ele falou demais, pois não falou nenhuma mentira e são coisas que todo mundo sabe.
Se ele falou demais??? Eu acho que falou foi pouco.
Sinceramente, ele só falou a verdade, falou o que todo mundo sabe.
Pena que ele tenha que falar estas coisas, mas vamos esperar estas palavras sejam ouvidas de alguma forma e que ele não seja mais um “transferido”.
Soldado pensa sim, no bom desempenho da sua missão, para desempenha-la corretamente, conforme a ordem, tendo sempre em mente, que, a autoridade de um termina onde começa a de outro. Êle raciocina e pensa como pode desempenhar melhor a sua missão e e se tiver uma sugestão, apresente-a ao seu SUPERIOR HIERÁRQUICO, mesmo que seja civil (se tiver a mesma quantidade de estrelas, que seja o mais antigo).
Certas coisas não se pode falar em público, corre-se o risco de ser mal ou maldosamente interpretado, especialmente quando se tem “jornalistas” de todo o tipo e da pior espécie por aí. Aliás,
ultimamente temos tido muitos exemplos desses palhaços escrevendo bobagens nos jornais. Portanto, pode-se pensar e falar, mas na hora certa e para a pessôa(s) certa(as), e desde que esteja autorizado a falar, mesmo que seja um General, a ordem é essa.
Sds.
É fato que as FFAA não devem sair cumprindo mandados de prisão contra traficantes, isso realmente não é função delas.
Mas é função delas combater grupos pára-militares nas fronteiras, bem como destruir instalações produtoras de droga, justamente porque coisas assim ensejam uma série de ilegalidades, tais como crimes ambientais, o próprio tráfico, contrabando, descaminho, etc… sem contar que favorecem a violação de fronteiras.
As FFAA estão, sim, no combate ao narcotráfico, mas dentro de suas funções constitucionais.
Caro Harpia:
As Forças Armadas e seus membros não seguem nenhuma “Lei da Mordaça” (aquela que o governo Lulla quis passar no Congresso para calar a boca do MP), e seus oficiais podem sim exprimir suas opiniões e convicções pessoais (que não representam a da instituição) sobre os diversos temas que permeiam o corpo social, a menos que tais temas sejam classificados no âmbito da FFAA à qual servem. No mais, este é um direito fundamental que é garantido a qualquer cidadão, nos termos da Constituição Federal (Art. 5o., inciso IV).
Chiem a esquerdalha o quanto quiser, mas militar também tem direito a falar, não é só a esquerdopatia que pode gritar. E quando um General de Exército fala, é bom que paisano preste muita atenção…
Sds.
Quanto ao exercito não exercer função de policia, concordo em parte, o exercito não deve prender bandidos, narcotraficantes, etc… nem se envolver em ações investigatórias contra estes criminosos,ou seja não deve se envolver no combate direto aos ilícitos.
Porém, deve trocar, de forma sistemática, infomaçãoes de inteligencia com os orgãos policiais competentes, que fazem a fiscalização e o combate ao narcotrafico e contrabando em nossas fronteiras, como a PF. Além de quando necessário, fornecer apoio logistico a PF, como transporte de agentes por exemplo…
Nestes tempos atuais, onde narcotrafico, guerrilhas, guerra assimétrica e ONGs se misturam, fica mais difícil distinguir de onde provém a “ameaça ao estado ” e a “ameaça a soberania nacional”.
Por isto uma troca de informações entre as FA e PF , pelo menos no que tange ao controle e fiscalização de nossas fronteiras, deve ser uma via de duas mão: FA > PF e PF > FA
Ainda mais agora, que a PF começa a se equipar com VANTs, esta colaboração de logistica e inteligência, que já acontece, tende a se tornar cada vez mais importante para as missões especificas: Tanto das forças policiais, como das FA.
Apenas completando. Além do que foi colocado acima, para se falar é necessário que se tenha todas as informações. Segue-se que informações podem não estar disponíveis para todos os oficiais, indistintamente, corre-se o risco de se cometer grandes erros. Temos que ter todas as informações, antes de tomarmos um posicionamento sobre um determinado assunto. Agora, quanto ao combate ao narcotráfico, embora tenhamos alguma preocupação à respeito do assunto, também concordo plenamente com o General, não é uma atribuição das FFAA, certamente é uma questão de segurança pública, é caso de polícia. Muito embora outros paises, sem citar nomes, podem usar o combate ao narcotráfico como justificativa ou como pretexto para invadirem a soberania nacional de outros países.
Sds.
Caro Felipe Cps,
Pode falar, sim, mas criteriosamente, uma vez que pode-se incorrer o risco de se expor e até ser ridicularizado tanto pelos seus “iguais”, como os desiguais; falar só para mostrar poder ??? Falando bobagem ??? Se é uma coisa que milico não precisa é disso !!!
Sds.
Esse comentário de que o exército não deve ser usado no cambate ao narcotráfico é absurdo, pois o exército deve ser empregado em quê sr.general?, em ficar cortando grama e pintando faixada de quartéis, o papel do exército no Brasil deve ser repensado e pararem com esta história de que nada é o papel do exército,essa doutrina está ultrapassada!! Tirem aquele monte de quartéis do RJ que só serve para armar o tráfico e treinar os seus soldados e mande todo mundo para onde precisa do exército. Estive em uma reunião com o então Pres.Collor e ele disse que se os americanos quisessem eles acertariam uma arvóre no meio da amazônia, então sr.general para com esta bobagem de bases americanas!
esta harpia tá mais pra franguinha…cacarejando besteira e cuidando da vida dos outros (??).deve estar preocupada com os ovos…de ouro…não do barbudo…
Caro Azul, branca e paitês, confesso que estou mais preocupado em enfiar meus ovos entre as pernas da sua mãezinha querida, já que vc parece ter sido criado com a vovó!
Cordiais Sds.
Pessoal, vamos quebrar o pau (sem ilações, rs), mas com respeito, mantendo o nível, rsrs. 🙂
Sds.
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Caro Harpia, qual foi a GRANDE, IMENSA, INCOMENSURÁVEL “bobagem” que o General Mattos falou? Gostaria que você me apontasse.
Falar que ele falou demais, sem apontar exatamente o quê é jogar pra torcida, coisa de comuna vagabundo (como uns e outros que às vezes vem evacuar por aqui – não estou me referindo a vc ok?) e não de uma ave tão poderosa.
Abs.
Falou, e disse muito bem dito.
Já vai longe o tempo em que o ex-presidente Gal. Ex. Ernesto Geisel destituiu um Gen. Exército alegando que não fora demitido pelo que dissera, mas porque dissera.
Senhores,
gostaria de explicar aos colegas do Blog um pouco mais sobre o problema que pode ser criado, quando um militar(No caso um Comandante de Área) exprime opnião pessoal “em público´´ a cerca de assuntos politicos e/ou com conotações neste mesmo sentido.
A constituição Brasileira estabelece que as Forças Armadas são Instituições Permanentes e Regulares, organizadas com base na Hierarquia e na Disciplina se destinam a Defesa da Pátria, a Garantia dos Poderes constituídos, da Lei e da Ordem.
Assim sendo, sabemos que os Militares, são formados, dentro duma ótica em que prevalece a Ética, a Educação, a Hierarquia, a Ordem, e a Disciplina.
Como bem sabemos, assuntos e/ou opinião politica tem o efeito de polarizar qualquer discussão, logo, é um agente desagregador.
E bem sabemos que tudo que é desagregador não é bom(Principalmente à aqueles que precisam de “unidade de espirito de corpo´´ para se manterem fortes e letais).
A profissão militar caracteriza-se por exigir do indivíduo inúmeros sacrifícios, inclusive o da própria vida em benefício da Pátria.
Esta peculiaridade dos militares os conduz a valorizar certos princípios que lhes são imprescindíveis. Valores, Deveres e Ética Militares são conceitos indissociáveis, convergentes e que se complementam para a obtenção de objetivos individuais e institucionais.
A carreira militar não é uma atividade inespecífica e descartável, um simples emprego, uma ocupação, mas um ofício absorvente e exclusivista, que os condiciona e “autolimita´´ até o fim.
As Instituições Militares possuem referenciais fixos, fundamentos imutáveis e universais. São os valores militares. As manifestações essenciais dos valores militares são:
Patriotismo
Civismo
Amor à profissão
Espirito de Corpo
Aprimoramento técnico-profissional
Esses valores influenciam, de forma consciente ou inconsciente, o comportamento e, em particular, a conduta pessoal de cada integrante da Instituição Militar.
A eficiência, a eficácia e mesmo a sobrevivência das Forças Armadas decorrem de um fervoroso culto a tais valores.
Quando um militar(oficial comandante) exprime opinião com conotação politica em “público´´, a tendência é a polarização de sua opinião no ceio da tropa, logo, abalando a coesão(O espírito de corpo) da Força. Porque o espírito de corpo reflete o grau de coesão da tropa e de camaradagem entre seus integrantes.
Um dos maiores pilares das Forças Armadas qual seja,
DISCIPLINA, entendida como:
. rigorosa obediência às leis, aos regulamentos, normas e disposições;
. correção de atitudes na vida pessoal e profissional;
. pronta obediência às ordens dos superiores;
. fiel cumprimento do dever.
– Hierarquia, traduzida como a ordenação da autoridade em diferentes níveis . É alicerçada:
. no culto à lealdade, à confiança e ao respeito entre chefes e subordinados;
. na compreensão recíproca de seus direitos e deveres;
. na liderança em todos os níveis.
Havendo a polarização no ceio da força, tudo isso vai para o ralo.
Gostaria de frisar que não se questiona aqui, o que há de mais sagrado que é ter opinião própria, mas sim o fato de oficiais militares externarem em “público´´ (Já que os mesmos tambem podem passar a opinião pública a sensação de que à sua fala reflete a vontade da instituição Militar) opinião pessoal com conotação politica, oque lhes é vedado inclusive(pelos motivos aqui colocados) pelo codigo militar.
Espero poder ter ajudado os colegas à compreenderem melhor o motivo de meu comentário anterior a este.
Grato.
Caro Felipe Cps,
Não estou dizendo que o General disse alguma bobagem, com certeza também concordo com tudo que êle disse. Todavia, acho que Generais nem sempre estão bem informados, especialmente no tocante à política. Muitas vezes falam equivocadamente, por não terem todas as informações à respeito de um determinado tema. Além disso, pseudo-jornalistas de jornalecos, muitas vezes leigos em determinados assuntos interpretam erroneamente uma informação e escrevem bobagens: às vezes até, deliberadamente distorcem informações, de acordo com quem estiver pagando a conta. Generais geralmente são pessoas bem informadas e exclarecidas, mas não são donos da verdade, podendo dizer grandes bobagens; ademais, tampouco são pagos para fazerem pronunciamentos políticos. Agora, quanto ao “post”, certamente concordo com o General, que, de quebra, sua crítica caiu muito bem aos norte-americanos que usam suas tropas no combate aos traficantes: que, “by the way” estão sobre o nosso pré-sal(IV Frota) coibindo o tráfico de drogas…rs..!
Sds.
Parabenizo o COMANDANTE MELK, pelos imprescindíveis exclarecimentos e pela revisão dos preceitos da vida militar e suas implicações na conduta das tropas, bem como na sociedade civil. Certamente, pronunciamentos políticos públicos podem prestar grandes desserviços à nação, contribuindo para intensificar faccionalizações na instituição militar, é um fator desagregador dentro e fora da instituição.
Sds.
Caro Felipe Cps,
Completanto, quero deixar bem claro que não sou comuna pois não vejo nenhuma razão para sê-lo – modo de produção totalmente incompatível com a própria natureza do ser humano e por isso mesmo não satisfazendo às necessidades de consumo da sociedade -, nem tampouco tenho simpatia por qualquer sistema que restrinja as sagradas liberdades individuais, tal qual essa mediocre ideologia. Todavia, vejo os entreguistas de direita neoliberal incubados ou não de plantão tão canalhas, imprestáveis e vagabundos quanto os comunistas, só tem prestado desserviços à nação brasileira e os maiores responsáveis pelo caos político e com o precário sistema de defesa deste País !!!!
Paz!
Harpia:
“que, “by the way” estão sobre o nosso pré-sal(IV Frota) coibindo o tráfico de drogas…rs..!”
Até você com essa história de 4a Frota? De novo? Amigo, conforme até o Poder Naval já noticiou, a tal 4a Frota está paradinha no mesmo lugar em que sempre esteve, inclusive antes de ser renomeada por George Bush de 4a Frota: NO MAR DO CARIBE! Caramba!!! E que diabos de frota é essa que está em cima do nosso pré-sal parceiro??? Tá de sacanagem, pô? Se vc continuar com essas bobagens vou parar de responder a seus comentários camarada…
No mais, acho um baratinho um certo povinho vermelhuxo (não me refiro a você), que mal COMANDA o teclado de seu computador (tanto que escreve tudo errado), sem o menor embasamento, ou a menor moral, e notadamente pendente à esquerdopatia, vir aqui falar mal de um General com no mínimo 35 anos de carreira bem sucedida e que comanda 25.000 homens, e que tem coragem e competência de vir a público expressar sua serena e certeira opinião, sem em nada prejudicar ou denegrir seus superiores ou desonrar sua corporação.
E por fim: você retira o “bobagem” então? Ótimo. Que bom, até porque novamente você não me apontou qualquer bobagem que o General Mattos falou.
Obrigado. Sds.
Você pode comandar muito bem o teclado, mas o seu cérebro parece apresentar alguma anomalia, uma vez que claramente você não consegue entender nada, alguma debilidade mental de sua parte o impede de fazê-lo. “By the way”, ainda bem que não é só você no blog, sào testemunhas que eu não afirmei que o General disse bobagem, isso é coisa do seu cérebro aparentemente atrofiado de vira-lata entreguista/gringo incubado, você não engana ninguém. Patético, responder ou não fica a seu critério…quem se dirigiu a mim foi você, olha a anomalia cerebral!
Sds até para vc
Senhor Harpia em 26 ago, 2009 às 16:35,
agradeço a sua deferência ao meu comentário, um grande abraço.
Grato.
Muito ruinzinho esse reporter. Não sabe do assunto e fez perguntas bestas e infantis.
Caro Harpia:
Sinto muito se você não entendeu o “que mal COMANDA o teclado de seu computador”. Não era a você que eu estava me dirigindo pois, pelo contrário, você escreve bastante bem. Foi uma fina ironia, a qual eu sinto muito que o colega não teve a argúcia de compreender.
Percebo que o colega não é de todo ruim em suas idéias. Apenas está, aparentemente (e lamentavelmente), sendo mal instruído ou se deixando levar, sem a necessária reflexão, por alguma doutrina maléfica.
No mais meu amigo, não sou nem entreguista nem gringo incubado. Jamais fui para fora da AS ou conheci a América ou a Europa (nem tenho vontade, pra ser honesto). Servi minha pátria mais de uma vez, não sou PSDBoso nem PeTralha (aliás não tenho filiação política), nem tenho doença ou atrofia mental alguma, pelo contrário: se é que isso conta alguma coisa, tenho graduação e pós-graduação, além de um conhecimento razoável de História, e sou razoavelmente bem-sucedido.
Apenas não aceito nem jamais aceitarei que, sob o pretexto falso de alguém ser supostamente nacionalista, ter de ter necessariamente alinhamento com certas doutrinas esquerdopatas que, para fins de angariar simpatizantes desesperados, fazem como alguns movimentos religiosos extremistas (Taleban, Al Qaeda, etc.), e elegem os EUA como o “Grande Satã”, coisa que qualquer pessoa de bom senso sabe estar bem longe da realidade (veja bem: desde já digo que estão longe de ser perfeitos os EUA).
Não aceito nem jamais aceitarei isso. O Brasil não precisa desse tipo de nacionalismo “galvãobuenês” e sim de verdadeiros patriotas. Precisamos sim de gente pragmática e sensata, e que enxergue a realidade, e não que fique vivendo à base de narcóticos devaneios marxistas oriundos da década de 20 do século passado, para dizer o mínimo.
Mas se o amigo quer seguir essa linha, ou fechar ouvidos à razão, é um problema seu. “4a Frota”? “Frota sobre o nosso pré-sal” (como se Deus tivesse “dado” o pré-sal, a 250 milhões de anos atrás, unicamente aos atuais brasileiros – coisa mais messianicamente disorcida…)? Cada um acredita no que quer.
Sds.
Comandante Melk, excelente comentário, muito esclarecedor!
Harpia, muito boas suas colocações, inclusive ao colocar no seu devido lugar certos dementes…e após ler o ultimo comentário do mesmo, fica claro. Você acertou na mosca! realmente, o elemento parece ter problemas mentais…
“como se Deus tivesse “dado” o pré-sal, a 250 milhões de anos atrás, unicamente aos atuais brasileiros – coisa mais messianicamente disorcida”
Aonde você quis~quer chegar com essa afirmação?…….Pensa da mesma forma no que desrespeito a Amazonia?……….
Cor Tau, o que quis dizer é que não somos o “povo escolhido por Deus” ou qualquer coisa messiânica do gênero. Tanto o pré-sal quanto a amazônia não é apenas nossa, mas pertencem também às gerações futuras de brasileiros. Não temos o direito, por exemplo, de queimar até à última floresta, ou trocar o pré-sal por bugigangas. É isso.
Sim, nao tudo é claro, fico desconfiado do fato de nao ser preocupado com as bases na colombia!!!!!
Pelo resto concordo plenamente!
Senhor XD em 27 ago, 2009 às 0:12,
agradeço ao amigo a deferência ao meu comentário, grande abraço.
Grato.
Caro COMANDANTE MELK em 26 ago, 2009 às 15:13,
concordo contigo em gênero, número e grau. Mas não posso deixar de dizer que o meio militar está indignado pelos baixos salários e a obsolência dos equipamentos. Isso indigna qualquer profissional.
Um abraço, amigo.
Senhor Walderson em 27 ago, 2009 às 19:23,
agradeço tambem ao amigo, a deferência ao meu cometário e quero dizer que compreendo perfeitamente a situação citada pelo colega.
Eu creio que ventos melhores virão, o Brasil esta se desenvolvendo e chegara o momento do país pagar essa divida de uma maior valorização do profissional militar. Um grande abraço ao amigo.
Grato
Sinceramente, não vejo necessidade do CMA, polemizar, e criar atrito, com os altos escalões do Governo, como fez o Gen Heleno, acho que é um desgaste desnecessario em suas carreiras.
Todos nós sabemos os motivos para absolencia das Forças Armadas, falta de vontade politica, antipatia de alguns politicos e setores da Imprensa em relação as Forças Armadas, e um joguinho eleitoreiro, mas no final que vai sair perdendo será ele mesmo.
Respeito os comentários dos colegas, mas acho que a mudança de estado da brigada pqd e mais por estratégia. Além disso o RJ e reserva estratégica regional, como se cita no PDN a manutenção dessas reservas. Sim tenho q adimitir q há pelo menos dois quartéis q poderiam ser pensados sua transferencia para a região norte do país, pois no RJ num total são alocados 5 batalhões de inf. tanto na capital com em outra duas cidades do interior. Então falar como se só no RJ e que tivesse traficante e q todo carioca serve não por amor a pátria mas para adiquirir experiencia para o crime é ridiculo. Trafico existe em quase todos garndes centros do Brasil, e “ex-soldados” podem em qlqr desses grande centros servir ou não a esses propositos. Não quero polemizar revanchismo inter-estadual, mas me imputesse ver pessoas falando mal do RJ