Último veterano britânico da Primeira Guerra é homenageado
Milhares de pessoas se reuniram nesta quinta-feira na cidade de Wells, no Reino Unido, para prestar uma homenagem póstuma para o britânico Harry Patch, o último soldado a combater nas trincheiras na Primeira Guerra e que morreu no último dia 25, aos 111 anos de idade, em um asilo. Ele queria ser enterrado sem honras de Estado. Mesmo assim, soldados britânicos, belgas, franceses e alemães carregaram o caixão pela cidade, em homenagem a Patch e a todos os soldados mortos naquele confronto. Grupos seguiram o caixão, em silêncio, durante a maior parte do trajeto.
Durante a cerimônia, o amigo Jim Ross prestou homenagem ao militar, que esperou chegar aos 100 anos para falar da experiência nas trincheiras e dos horrores da guerra. “Ele passou 80 anos encarcerando os horrores das trincheiras. Finalmente, libertou os demônios para que pudéssemos ouvir sua mensagem de paz e reconciliação”, afirmou Ross.
Patch combateu durante a famosa Batalha de Passchendaele, na Bélgica, em 1917, na qual morreram cerca de 500 mil soldados. Convocado para servir aos 18 anos, ele integrou a 7ª divisão de infantaria leve do Duque de Cornuália. Patch retornou ferido da guerra após ir para o front ocidental. No restante de sua vida, viveu calmamente como um encanador. Teve duas mulheres e dois filhos, todos já falecidos. Ele será enterrado em sua vila de Combe Down, 33 quilômetros a nordeste de Wells.Patch também era decano do Reino Unido desde a morte de Henry Allingham, aos 113 anos. Allingham era o decano da humanidade.
Estima-se que pelo menos 8,5 milhões de soldados morreram na guerra, que durou de 1914 a 1918. Patch não gostava de falar sobre suas experiências na guerra. Uma das poucas lembranças de Patch tornadas públicas é que ele não matou ninguém no confronto, atirando apenas na perna de um alemão, em uma ocasião. Sobre o campo de batalha, ele lembrou que era “lama, lama e mais lama, misturada com sangue”.
O principal comandante do Exército britânico, general Richard Dannatt, compareceu ao serviço fúnebre na Catedral Wells. Soldados de Alemanha, França e Bélgica também escoltaram o caixão.
Com a morte de Patch, restam apenas dois veteranos da Primeira Guerra Mundial em todo o mundo: o britânico Claude Choules, 108 anos, que mora atualmente em Perth, no oeste da Austrália, e o americano Frank Buckles, também com 108 anos. No entanto, nenhum dos dois combateu nas trincheiras. Choules era da Royal Navy e Buckles era enfermeiro antes de ser encarregado de vigiar e escoltar prisioneiros alemães.
Um canadense de 109 anos, John F. Babcock, que mora atualmente nos Estados Unidos, também é considerado veterano da Primeira Guerra, porém, ele não combateu. Ele ainda encerrava o seu treinamento quando a guerra acabou.
O Radiohead, que fez uma música em tributo ao “Último Tommy” (The Last Tommy), informou que o lucro com os downloads da música em homenagem irão para a Legião Britânica, uma organização nacional de veteranos.
FONTE: Folha Online/ Agência Estado – FOTO: James Wray
Para saber mais:
Descanse em paz veterano!
Vejam o respeito e a honra com que trataram esse veterano! Nossos pracinhas da segunda guerra, apesar de seus feitos patrióticos e elogios até dos comandantes americanos na guerra por sua coragem em combate são tratados com desleixo!!!
É assim que nosso governo trata aqueles que deram a vida por nós! Que enfrentaram o horrores da guerra e lutaram ou ainda continuam lutando contra as nefastas lembranças que enlouquecem a muitos!
São mal remunerados e esquecidos!
Vida longa e saúde a eles!
” E a COBRA FUMOU!!! “
Que descanse em paz mais este velho guerreiro, deste que foi possivelmente o conflito mais terrível da história, para os combatentes.
Que belo exemplo a ser copiado pelos paises envolvidos nesse massacre que foi a 1ª guerra. Pena que o Brasil não de a mínima pelos seus veteranos que vivem jogados como sapatos velhos, ou melhor coturnos velhos. Vamos acordar Brasil.
Descanse em Paz..
E os nossos veteranos da I Guerra?
Lembrem-se também dos navios de guerra que mandamos para escoltar os comboios. Dos médicos e enfermeiras que trabalharam na Europa.
Das baixas que tivemos, geradas pela gripe espanhola.
Tembém fizemos nossa parte naquele conflito mundial! Será que ainda temos algum sobrevivente?
Será que eles tiveram a mesma atenção que os combatentes da II Guerra?
Não foi na mesma escala, mas também demos nossa contribuição!!!
Encontre o paraíso guerreiro!
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é bom lembrar dos nossos praças…
Caro RodrigoBR:
Não é só o governo que trata nossos veteranos com desleixo. O mais grave é a sociedade como um todo, não os valorizar. Bem como não valoriza o mais importante dos profissionais, que é o professor. Estes formam todos os demais integrantes da sociedade, inclusive os combatentes. Bom final de semana a todos.
Em parte isso é culpa da ditatura, a populaçao ficou com asco de qualquer coisa que lembre o mundo militar, inclusive o respeito ao nossos veteranos
Em homenagem a ele, estou ouvindo agora a música Paschendale, do Iron Maiden.
“Só os mortos verão o fim da guerra” Platão tinha razão, esse soldado viveu 111 anos com as lembranças desse conflito lhe atormentando e a cada dia tendo que ver + soldados sendo mandados para o abatedouro, por causa de políticos interesseiros que não c importando em causar o armagedom.
“Guerras vem e vão, + os soldados são eternos” descanse em paz Harry Patch.