EUA lançam grande ofensiva contra o taleban no Afeganistão

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Com tanques e helicópteros, cerca de 4.000 fuzileiros navais e marinheiros americanos e 650 soldados afegãos avançaram nas primeiras horas desta quinta-feira em vilas afegãs sob domínio do grupo fundamentalista Taleban, na primeira grande operação feita sob a nova estratégia do governo de Barack Obama para estabilizar o Afeganistão.

A ofensiva foi lançada pouco depois da 1h (horário local) na Província de Helmand, um reduto taleban no sul do país que é a maior área produtora de papoula –flor utilizada para a produção de ópio– do mundo.

O objetivo é tirar os insurgentes do vale do rio Helmand, antes da eleição presidencial, marcada para o próximo dia 20 de agosto.

Apelidada de Operação Khanjar (Golpe de Espada), a iniciativa militar foi descrita pelos oficiais como a maior e mais ágil da da nova fase da guerra. Forças britânicas executaram missões semelhantes na semana passada para combater insurgentes em Helmand e na Província vizinha de Kandahar.

“O que torna a operação Khanjar diferentes das que ocorreram antes é o enorme tamanho da força utilizada, a velocidade com a qual ela vai avançar”, disse o general-de-brigada do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA Larry Nicholson, por meio de um comunicado. “Aonde nós chegarmos, nós ficaremos, e onde ficarmos, vamos manter [o controle], desenvolver e trabalhar para a transição de todas as responsabilidades de segurança para forças afegãs”.

O sul do Afeganistão é um reduto taleban, mas também uma região onde o presidente afegão, Hamid Karzai, que busca manter-se no cargo por mais um mandato, está buscando os votos de membros da etnia pashtun.

O Pentágono está mobilizando mais 21 mil homens no Afeganistão até as eleições e espera que o número total de soldados americanos no país chegue a 68 mil até o fim deste ano –o dobro do número que havia em 2008, mas metade do número de soldados americanos que ainda estão no Iraque.

O Taleban, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001 foi afastado do poder por uma coalizão internacional liderada pelos EUA que invadiu o país após os atentados de 11 de Setembro. Na época, dos ataques, atribuídos à rede terrorista Al Qaeda, o terrorista saudita e seu grupo eram “hóspedes” dos talebans. Nos dois últimos anos, o grupo conseguiu se fortalecer e contra-atacou, conseguindo o controle de grande parte do sul e do leste do país, e expandindo seus domínios para áreas tribais no Paquistão, o que obrigou os EUA a enviar mais tropas para o país.

No fim de março, Obama anunciou a nova estratégia para o Afeganistão e o Paquistão, colocando a luta contra a rede Al Qaeda e o grupo fundamentalista Taleban como prioridade da política de segurança nacional, reduzindo tropas e recursos para o Iraque.

O capitão Bill Pelletier, porta-voz do Corpo de Fuzileiros navais, disse que as tropas envolvidas na operação desta quinta-feira foram enviadas por ar e por terra durante a noite.

A operação busca pressionar os insurgentes “e mostrar o nosso compromisso com o povo afegão que […] vamos ficar por tempo suficiente para que criem as suas próprias instituições”, disse o porta-voz militar.

Segundo ele, as tropas vão se reunir com líderes locais, ouvir quais são as suas necessidades e agir em relação e elas.

“Não queremos que as pessoas da Província de Helmand nos vejam como um inimigo, queremos protegê-las contra o inimigo”, disse Pelletier.

Reverter o impulso da insurgência é um dos elementos fundamentais da nova estratégia americana, e milhares de soldados adicionais permitem aos comandantes avançar para novas áreas ao mesmo tempo em que permanecem em locais nos quais as tropas afegãs e internacionais não tinha presença permanente antes.

Embora os fuzileiros navais formem a maior parte da força de combate na ofensiva de Helmand, recentemente chegaram à região helicópteros do Exército americano, que também participam da operação.

O governador da Província de Helmand previu a operação seria “muito eficaz”.

“As forças de segurança vão construir bases para fornecer segurança para a população local para que ela possa realizar todas as atividades com este cenário favorável, e tocar sua vida em frente em paz”, disse o governador Gulab Mangal, de acordo com um comunicado do Pentágono.

A estratégia de Obama visa a aumentar o tamanho do exército afegão dos atuais 80 mil para 134 mil soldados até 2011 e ampliar significativamente o treinamento fornecido pelos soldados americanos para que os militares afegãos possam derrotar os insurgentes taleban e assumir o controle da guerra.

A Casa Branca também está tentando definir objetivos claros para a guerra, como uma forma de conseguir apoio popular para um conflito que parecia sem foco, proporcionar mais recursos para os combates e angariar mais apoio internacional.

Não há prazo para a retirada das tropas americanas do Afeganistão, e a Casa Branca não divulgou estimativas de quantos bilhões de dólares o plano vai custar.

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Marine
Marine
15 anos atrás

Brigadier General Nicholson….hahahaha, esse e um grande oficial, ja vi ele dando murros em mesa em reunioes com lideres tribais em Fallujah e ele tambem foi ferido la na primeira batalha em 2004! Sempre liderava na frente mesmo como Coronel na epoca…

Give them Hell brothers and provide them with a chance to die for their sick cause! No better friend, no worse enemy!

Semper Fidelis!!

Clésio Luiz
Clésio Luiz
15 anos atrás

Se os EUA não tivessem interferido na “invasão” soviética do Afeganistão, talvez hoje ele não precisa-se estar lá hoje.

É aquela velha história: você colhe o que planta.

tolo
tolo
15 anos atrás

petroleo ja temos! agora vamos nos prover da maior fonte de opio do mundo, e? um final feliz !kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Felipe Cps
Felipe Cps
15 anos atrás

Não entendi essa Clésio Luiz: quer dizer que você preferia um Afeganistão Soviético do que um Afeganistão livre e democrático?

O grande erro americano não foi ter apoiado os guerrilheiros afegãos e sim ter deixado de apoiar quando os russos se retiraram. Se Bush pai não tivesse retirado o aporte financeiro o Taleban jamais teria chegado ao poder. Aliás, tem um filme do Tom Hanks sobre o tema (não lembro o nome).

Abs.

EL
EL
15 anos atrás

Felipe Cps, o que você quer dizer com um Afeganistão livre e democrático? Penso que um dos maiores erros que todos nós cometemos é tentar impor o nosso pensamento de Estado ideal e uma cultura totalmente diferente como a árabe. Cada povo tem seu Estado, o que é bom para um povo, não é bom para outro. Dizer que aquele Estado é ruim, pois trata suas mulheres de um jeito e a religião influencia diretamente as leis é um grande erro. Devemos deixar o povo daquele Estado dizer o que é bom para eles e não tentar impor nossa concepção Ocidental.

O fato é que o Taleban conseguiu apaziguar conflitos entre etnias que lutavam pelo controle de certas regiões do país. Através do diálogo e da força, o Taleban conseguiu estabelecer limites para algumas etnias, como por exemplo, na exploração de mármore, onde o Taleban estipulou o quanto cada grupo poderia explorar das jazidas de mármores, conseguindo, além do apoio destas etnias, dinheiro.

Os EUA, desde o início do conflito, utilizaram muita força e pouco diálogo, porém, na cultura árabe, os pactos entre etnias são muito eficazes. Utilizando apenas a força, eles conseguiram fazer mais inimigos que amigos.

Outro ponto importante dos conflitos que os EUA travam é a privatização de suas forças militares, uma vez que o número de contratados (mercenários) é assustador. Os contratados, segundo os próprios militares americanos, são responsáveis pelo aumento da insatisfação da população para com as forças de ocupação, ou seja, contribuem para o surgimento de insurgentes. Os contratados agem com violência e abusam de poder, gerando insatisfação na população.

Marine
Marine
15 anos atrás

EL,

Nao entendi….Vc prefere um governo que regula o preco de marmore a um governo com direitos iguais a mulheres? Com autorizacao de que meninas possam finalmente ir a escola aprender a ler e escrever e fazerem 1+1? Governo em que possuir um celular nao lhe causa ser apedrejado a morte em praca publica?

Realmente nao acho que sua analogia foi feliz amigo, talvez vc possa nos explicar melhor sua posicao. Vc entao prefere o Taliban no poder?

Porque por mais que ajam aqueles contra a politica externa americana nao encontrei ninguem ainda que acha que o povo do Afeganistao tivesse um melhor futuro com o Taliban…Vc cita que cada povo tem o direito de escolher o melhor pra eles…Concordo, isso se chama liberdade e democracia! Dai a achar que o Taliban seja democratico e livre e um salto e tanto hein…

Vale lembrar que o povo do Afeganistao nao “escolheu” o Taliban, isso foi forcado “guela abaixo” neles, espero que vc nao ache que o Taliban e um estado islamico fundamental represente a vontade do povo afegao. Lembre-se que o povo afegao ja escolheu seu lider mais de uma vez e por consequencia o que querem e se chama Hamid Karzai.

Deixemos a politica de lado e comentemos as coisas com imparcialidade.

Sds a todos!

Marine
Marine
15 anos atrás

Clesio Luiz,

Entao os milhares de inocentes, inclusive muculmanos que morreram no 11 de Setembro colheram o que mereciam tambem?

Clésio Luiz
Clésio Luiz
15 anos atrás

Não pergunte isso pra mim, pergunte para os milhares de civis mortos em outros países após o 11 de setembro, por conta do desejo de vingança do governo americano.

Pergunte para os inocentes que o governo americano aprisionou e ainda mantém presos, sem julgamento, sem direito a nada. Pergunte pra eles. Será que eles colheram o que plantaram?

Se você acha que uma coisa não tem nada a ver com a outra, então não coloque as vítimas do atentado como conseqüência das decisões do seu governo.

Quando eu citei o plantar e colher, me referia as conseqüências que o governo dos EUA vão enfrentar cada vez que intervirem militarmente ao redor do mundo. Como você sabe, nada sai de graça nessa vida, toda ação gera uma reação.

A intervenção dos EUA na invasão soviética no Afeganistão não era pra outra coisa a não ser infernizar a vida da URSS, assim como essa fez com os EUA na guerra do Vietnã. Agora a Rússia dá o troco de novo, como aquela base no país vizinho que os EUA deixarão de utilizar.

Imagine que a invasão soviética tivesse sucesso. Imagine que o governo que eles apoiavam estivesse ainda hoje no poder. Será que seria necessário essa invasão americana no país agora? São essas questões que a gente tem que refletir.

Marine
Marine
15 anos atrás

Clesio Luiz,

Por favor nao use sua discordancia com a politica externa dos EUA como desculpa para sancionar erros dos dois lados. O fato e que ninguem dos que sofrem (soldados e civis) tem qualquer fracao na decisao que os leva aonde estao. Entao quando vc diz que estao colhendo o que plantaram eu pessoalmente acho meio frio e insensato afinal os que realmente estao sofrendo (soldados e civis) nao plantaram nada…

Se quiser reclamar contra o governo ate entendo mas por favor nao deseja mal aos que estao la acatando com as ordens de tal governo, caso contrario faca sua reclamacao:

The White House
1600 Pennsylvania Avenue NW
Washington, DC 20500

Sds!

EL
EL
15 anos atrás

Marine

No mundo há diversas culturas, as quais se distiguem umas das outras. A nossa culuta (ocidental) é diferente da cultura árabe, portanto, o que é ideal pra você, não é ideal para um árabe. Você não pode impor um pensamento igual para o mundo todo, cada povo tem um Estado próprio com características próprias. No momento em que este Estado não estiver satisfazendo as aspirações de seus cidadãos, eles mesmos é que devem modificá-lo. A modificação pode ocorrer de forma pacífica ou violenta, como em uma revolução, mas devemos deixá-los resolver suas desavenças.

Como os Estados Unidos podem chegar no Afeganistão e no Iraque dizendo que a cultura deles inferior? Que a forma de governo deles é inferior?

Quanto aos direitos das mulheres, estes têm de ser reivindicados por elas, pois só elas sabem o quanto a situação as agrada. Como você diz que as mulheres estão insatisfeitas com sua situação nos países em questão?

O dia que as mulheres não estiverem contentes com a situação delas, elas mesmas vão lutar pelos seus direitos. Um exemplo recente é o Irã, na semana passada as mulheres iranianas saíram às ruas reivindicando igualdade, é isto que eu estou querendo dizer.

Nenhum país pode chegar no Afeganistão e dizer que o tratamento dado as mulheres é ruim, pois na concepção daquele povo é normal.

Nós vivemos achando que nossa cultura é superior, você mesmo citou a pena de morte por apedrejamento, mas eu queria te perguntar, e a pena de morte nos EUA? Por que a pena de morte dos EUA é melhor que as dos países árabes?

Você busca a imparcialidade, mas quer impor seu ponto de vista a uma cultura milenar.

Acho que a democracia e liberdade que você se refere é igual a que o administrador do Iraque, Paul Bremer, promoveu no Iraque em 2003, quando os Marines tomavam escolas como quartel general, matavam civis para provocar a população e fazer com que os guerrilheiros fossem lutar em campo aberto, quando centenas de milhares de funcionários públicos foram demitidos (incluindo 400 mil soldados do exército iraquiano) e quando os contratados faziam a farra nas cidades iraquianas com seu grande poder de fogo.

Viva a democracia americana!!!!

RodrigoBR
RodrigoBR
15 anos atrás

E quem criou Bin Laden? Quem o armou e treinou foram os americanos para liderar a resistência no Afeganistão contra a URSS. Depois, quando acharam que não servia mais o traíram e agora estão aí com essa história que tenta criar uma imagem de que os EUA são inocentes e foram atacados sem motivo em 11 de setembro de 2001! Os americanos estão provando do próprio veneno!

PC
PC
15 anos atrás

Pelo que li, todos tem certa razão – e tb não tem razão.
Históricamente, toda grande nação é imperialista e os USA não seriam diferentes – já há muito tempo desenvolveram a política do big stick.
Como exemplo também, podemos citar a Inglaterra e seu ex-império, a China, a URSS – que nada mais era do que o novo império russo, a França – com suas possessões ultramarinas. Aliás, à exceção dos USA e do UK, todos eram ditaduras (a França era monarquia absolutista)em que o povo não participava.
Por outro lado, os talebans também não são anjinhos sofredores e sim uma bruta ditadura pois um país no qual seu povo não pode escolher sua representação e forma de governo, é uma ditadura.
Um país em que a mulher não tem direito a nada, podendo ter seu clitória removido (sexo não é para o prazer e sim para procriação e serviço ao marido) é no mínimo anacrônico – e não se diga que a mulher tem de lutar por seus direitos como se fosse algo fácil e de sua escolha pois lá, se sair à rua para reclamar, morre.
Para nós é fácil falar pois somos livres.
Sds

Felipe Cps
Felipe Cps
15 anos atrás

Nossa, fazia tempo que não lia tanta bobagem e anti-americanismo barato e demagogo aqui, chego a pensar que estão rareando cada vez mais pessoas inteligentes no mundo.

EL, Clésio Luiz e RodrigoBR, não vou nem perder meu tempo discutindo com vocês, só digo o seguinte: mudem-se para o Afeganistão e lutem por um Talebã ou entreguem o poder no Iraque para outro ditador do naipe do Saddam. Ou então virem logo hitleristas e lutem pela instauração do Quarto Reich. Tá mais a cara de vocês…

Relativistas axiológicos, todos vocês. Não entendem, ou não querem entender, que há valores que são universais, valem para todos os seres humanos. Liberdade, igualdade, etc., são iguais aqui ou em Marte! Como se uma mulher no Afeganistão, na Arábia, no Líbano, Irã ou Iraque valesse menos que uma no Ocidente. Como se uma vida lá valesse menos que uma cá. Falando assim vocês simplesmente justificam coisas como o holocausto, os gulags, e etc.

Mas já percebi que não adianta nada falar desse tipo de coisa com certo tipo de pessoas. Melhor voltarmos a discutir coisas mais simples…

Andre Luiz
Andre Luiz
15 anos atrás

Cuidado com o relativismo cultural

Estados democraticos e laicos sao melhores para o povo

Este papo politicamente correto que devemos tolerar a cultura X, J, Y onde eles gostam de apadrejar mulheres porque é tradiçao pode servir pra justificar qualquer coisa como o amigo ali citou

LeoPaiva
LeoPaiva
15 anos atrás

Senhores,

Acredito que devamos sempre analizar de forma pontual a situação do Afeganistão, os motivos reais que levaram a invasão, e a forma como essa foi e está sendo conduzida.

Só porque os EUA tem um histórico de invasões ilegais e criminosas, como Vietnam e Iraque, por exemplo, não significa que a invasão do Afeganistão também tenha sido desmotivada.

O talibã apoiava o terrorismo, o Bim Ladem e sua gang de assassinos covardes, e por isso precisavam ser depostos e presos, e eu fui a favor disso.

Agora, se a permanência dos EUA está sendo mantida de forma inadequada isso é outra estória, a política de querer resolver tudo com bombas inteligentes não vai funcionar, a bomba pode até ser inteligente mesmo, mas quem fez a pontaria e disparou pode não ser tão inteligente assim.

Todos conhecem aquele ditado :” Mantenha os amigos perto, e os inimigos mais perto ainda”.

Portanto é sempre bom lembrar aquele velho discurso politicamente correto, se os EUA investirem pesado na industrialização do país, na educação, no desenvolvimento social, terá mais sucesso que fazendo ofensivas militares.

Em cada vila bombardeada nascem sempre mais guerrilheiros, se morrem 5 guerrilheiros nascem 50, os parentes das vítimas inocentes, os viúvos, os órfãos e por aí vai.

Concluíndo, os EUA fizeram um bem à humanidade em depor os talibãns e perseguir os terroristas, apenas penso que deveriam sempre repensar no ”Day after” da invasão, como mantê-la da forma mais amigável possível com a população local, e assim ganhar aliados locais e não criar antipatia no povo.

Saudações a todos.

karlus73
karlus73
15 anos atrás

Mais uma vez por haver americanos na história lá está a cavalaria anti-americana.
Leio comentários que arrepia cada cm2 da minha pele, para alguns de vocês o melhor é deixar alguns povos a viver como autênticos selvagens sem respeito por nenhum ser humana.
Os americanas não as respeitam muita coisas, isso eu sei e movem-se por interesses pessoais , mas os vêm a cometer atrocidades ao seu próprio povo onde a palavra democracia está na ponta de uma AK47. Não vão buscar os soviéticos para a história, como um povo santo que eles ainda têm uma passado\presente mais negro do que muitas nações do mundo.
Amigo Felipe Cps estou contigo a 100%, é isso vão para esses países, convertem-se nas ideologias deles… e já agora fazem o mesmo do que eles, BOOOOOOOMMMMM… para defenderes a tua ideologia…
Mais uma nota os americanos não estão a impor nenhuma ideologia nova, nem querer criara um novo sistema político nesses países, naturalmente querem alguém no poder que seja de confiança dos EUA.
Sim, podem dizer que sou pró-americano… mas digo também que são o mal menor.

Bosco
Bosco
15 anos atrás

Eu passo!

karlus73
karlus73
15 anos atrás

Sorry
Faltou o não.

Os americanas não as respeitam muita coisas, isso eu sei e movem-se por interesses pessoais , mas __não__ os vêm a cometer atrocidades ao seu próprio povo onde a palavra democracia está na ponta de uma AK47

Noel
Noel
15 anos atrás

Nossa, quanto absurdo; prá quem acha normal o tratamento dispensado as mulheres no Afeganistão, pergunte a opinião da sua mãe, avó, tia, prima, esposa, irmã ou filha, o que elas acham?? Perguntem?? Externem prá elas sua opinião. É facil, quando não se tem o mesmo sangue, cometer e/ou aceitar atrocidades.
Outra coisa, o Afeganistão NÃO É ARABE; dem-se ao trabalho de fazer uma pesquisa sobre o país citado, como sua história(recente e passada), antes de escrever; tenho certeza que vão malhorar seus próprios argumentos, e não demonstrarão ignorância sobre o que escrevem.
Não queria me estender nesse assunto, mas só lembrando que, quem justifica tudo, baseado somente na autonomia e/ou livre arbítrio de um povo, teria que engolir calado, se essa mesma linha de raciocínio fosse aplicada aqui no Brasil, caso algum dos povos indígenas, pleiteasse independência, alegando incompatibilidade cultural, ou algo parecido.
Ah!! Prá encerrar. Essa linha de reciocínio tem que ser aplicada, tanto em se tratando de política mundial, nacional, ou doméstica; o cabra tem que aceitar também qualquer coisa dentro de sua própria casa, prá mulher, pro filho ou prá filha fazerem o que quiserem, podem botar o “bloco na rua”, “botar prá F****” mesmo, afinal todos tem direito a sua autonomia né, ou só vale pros outros???
Sobre a intervenção, ou invasão dos Estados Unidos, já justificaram ai em cima.

RodrigoBR
RodrigoBR
15 anos atrás

Felipe Cps,

Antes de criticar os outros da forma como o fez, devia analisar as suas próprias palavras:

“chego a pensar que estão rareando cada vez mais pessoas inteligentes no mundo.”

“mudem-se para o Afeganistão e lutem por um Talebã ou entreguem o poder no Iraque para outro ditador do naipe do Saddam.”

“Ou então virem logo hitleristas e lutem pela instauração do Quarto Reich. Tá mais a cara de vocês…”

“Mas já percebi que não adianta nada falar desse tipo de coisa com certo tipo de pessoas. Melhor voltarmos a discutir coisas mais simples…”

Todos esses argumentos e forma de se expressar eram usados por Hitler e seus “teleguiados” para justificar a superioridade da Raça Ariana, única que deveria existir. Só deveria haver uma forma de pensar e uma só verdade, onde todos eram obrigados aceitar.

Vc é só mais um teleguiado contemporâneo das “verdades” que os americanos pregam no mundo. Até a sua forma de escrever, insultando os autores de comentários divergentes a sua forma de pensar e justificando-a com idéias distorcidas e absurdas propositalmente, refletem a forma de agir dos EUA atualmente.

Está fazendo o que aqui Extremista americano? Devia estar lutando pela “liberdade mundial” lá no Afeganistão, dando a sua vida ou correndo o risco de ficar aleijado para consertar a @#@$#$% dos estrategistas de Washington.

Se lamentavelmente vc morrer, não esqueça que não passa de um número, um registro. Vá para o Afeganistão comer poeira, derreter no calor ou congelar no frio enquanto os estrategistas de Washington estão no ar-condicionado recebendo altos salários, brincando de War, contabilizando os “registros” e passeando nos shoppings ou no Caribe nas folgas!

Quando eles errarem (Bin Laden e Saddam), não precisam se preocupar, pois há teleguiados como vc para consertar a !@$@$$$# deles!

Vc também se tornará um piloto de testes (vulgo cobaia), das novas armas, veículos e equipamentos da indústria bélica americana! Assim vc estará contribuindo para aperfeiçoamento das armas e equipamentos que iremos adquirir para equiparem futuramente nossas forças armadas! Parabéns patriota!

Quando chegar ao Afeganistão, não esqueça de enviar um postal de Kabul para nós! 😉

LeoPaiva
LeoPaiva
15 anos atrás

Bosco,

O colega não deveria passar, se diz que passa é porque discorda de alguns, total ou parcialmente, assim sendo, poderia expor seus motivos e argumentos, que são sempre bem fundamentados.

Abração.

Jaique Sparro
Jaique Sparro
15 anos atrás

Engraçado ,pq os EUA e todos os países da OTAN ,não fizeram nada e UGANDA,Costa do Marfim,Libéria,Somália,Etiopia,Sudão e na ex-Iuguslávia,não são os paladinos da justiça e da democracia ou pq não havia priquezas naturais em abundância.
Assistam ao filme ou leiam o livro de De Mâos Dadas com o Diabo( eu acho q é esse o nome) q conta ahistória de um General canadense q luta praticamente sozinho em Ruanda e não consegue o apoio da ONU e de nenhum país pra enviar tropas e ajudá-lo a acabar com o massacredos hutus sobre os tutsis.

Marine
Marine
15 anos atrás

E impressionante como nao e possivel comentar nada sobre operacoes envolvendo os EUA sem aparecerem a galera que tem sempre que levar pro lado politico e anti-americano. Sera que ninguem consegue ver o tema deste post e comentar: Que tipo de equipamento estao usando agora? Qual a estrategia diferente desta vez? Como funciona uma operacao dessas? Aonde se passa tal operacao? Qual seu objetivo? Como sao as regras de engajamento pra proteger os civis? O Taliban atua de que forma?…

Nao tudo aqui sempre vira pro assunto imperialista americano porque e mais facil criticar e repetir a ladainha do que saber e conhecer algo realmente militar em um blog militar nao? E mais facil porque quantos aqui entendem ou querem entender um minimo sobre operacoes militares atuais, como funcionam e tal…E o pior e que se dizem de entusiastas militares.

Ninguem aqui pelo que vi defendeu a invasao do Afeganistao ou qualquer coisa a ver com os EUA. Mas tem gente que tem o discernimento de defender um governo como foi o Taliban so pra se sentir politicamento correto!

Como disse o Felipe CPS, existem direitos que sao universais e nao importa aonde no Universo, nao defende-los e aceitar o seu nao cumprimento so pra se sentir politicamente correto e utopico e nao possuir qualquer fibra moral, nao possuri nada que vc esteja disposto a defender. Fiquei impressionado que realmente existam os que pensam que o povo afegao estava melhor com o Taliban…Nao precisa concordar com nada que os EUA fazem mas pensar isso daquele regime?! Santa paciencia pessoal, vcs sao mais inteligentes do que isso!

Tem os ingenuos aqui mais uma vez que acham que naquela regiao do mundo basta mulheres irem a praca protestar pra conquistar seus direitos e pronto, ta resolvido! Mas os mesmo acusam Marines em geral (mais uma vez generalizando) de matar civis pra “provocar” o inimigo! Poxa amigo, se eu matei civil entao eu devo ter esquecido…

Vejam bem, nao estou debatendo a razao ou apoiando estarmos no Iraque, apenas quis dizer o pais tem a POSSIBILIDADE de um futuro melhor hoje do que tinha antes de 2001 e isso ninguem inteligente pode negar. Morreram civis la por causa dos EUA? Sim! Certos crimes foram cometidos? Com certeza! Enfim e uma guerra e infelizmente isso ocorre, ainda nao ha uma maneira de lutar uma guerra em utopia mas mantemos o debate ao assunto do post.

Gostaria de convidar entao os reais entusiastas e conhecidos no assunto a comentarmos o tema do post que e uma nova operacao/estrategia para o bem do povo da area.

Deixemos os leigos, idealistas e incapazes de comentar nada a nao ser criticas politicas de fora…Alias mandem suas reclamacoes aos seguintes enderecos porque o pessoal aqui ja esta de saco cheio dos temas descanbarem pro lado da ideologia sem ter nada a ver com o assunto tratado no post, e sempre a mesma ladainha e choramingacao…Se nao conhecerem nada sobre o assunto militar entao sugiro que tirem a mascarazinha de “entusiastas”.

The White House
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U.S. Department of State
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Marine
Marine
15 anos atrás

Entao vamos comecar nosso debate sobre o tema do post…

1- E a maior operacao militar no Afeganistao desde a queda do Taliban.

2- Ha um novo 4 estrelas no TO vindo de uma carreira unconvencional.

3- Ha uma nova diretriz/regra de engajamento para proteger civis que nao permite tropas da OTAN retornar fogo ou perseguir o Taliban e Al Qaeda se eles procurarem refugio em um vilarejo.

5- E uma das maiores operacoes Aeromoveis dos ultimos tempos.

Entao estao ai pelo menos 5 pontos SOBRE o tema que podemos debater so pra comecar…Agora so o leitor nao souber nada sobre o assunto e vier aqui so pra azucrinar e fazer conhecido sua opiniao politica que procure outro tema pois existem outros que preferem nao ter o blog sequestrado por vcs e gostariam de comentar sobre os assuntos temados.

Sds a todos!

RodrigoBR
RodrigoBR
15 anos atrás

Jaique Sparro,

Só no Sudão foram quase 1.000.000 de mortos, isso mesmo, um milhão! Cadê os EUA?

Cadê os EUA no apoio aos milhões de infectados com HIV ou moribundos com AIDS nos países Africanos? Há países africanos que a metade da população tem HIV/AIDS! Onde estão os remédios? Cadê a ajuda?

E a fome? Milhões de crianças morrendo de fome na África! Junte agora a imagem de uma imunda criança com AIDS e morta de fome!

Sem falar nas limpezas étnicas, como vc mencionou. Engraçado como uma limpeza étnica na ex-Iuguslávia tem mais importância, apesar de nem de longe se parecer com os “verdadeiros campos de concentração” que são muitos países africanos!

O Brasil foi um dos que colaborou de alguma forma, quebrando patentes e repassando o conhecimento de fabricação de remédios para AIDS aos países africanos(contra a vontade de muitos laboratórios americanos e europeus). Isso aconteceu no governo FHC, com Serra como ministro da saúde.

Onde estão os caridosos defensores e heróis da “Liberdade” lutando para salvar esses desprovidos desde nascimento ao mínimo de dignidade, de ter o direito de comer e de viver? De receber o remédio para sua doença?

Esses abençoados caridosos e defensores da liberdade resolveram doar (gastar) TRILHÕES de dólares na invasão, mais os milhares de soldados mortos, feridos e aleijados e seus tratamentos única e exclusivamente para socorrer os direitos das mulheres afegãs e tornarem o Iraque e o Afeganistão uma democracia!

Marine
Marine
15 anos atrás

Rodrigo BR,

Mande suas reclamacoes aos enderecos citados acima amigo e deixe o resto do pessoal comentar o tema que tal hein?!

Giovani
Giovani
15 anos atrás

O Taleban e a Al qaeda são uma praga, não da pra enfiar a cabeça na terra e fingir que não está acontecendo nada só porque a coisa é em outro paìs.

LeoPaiva
LeoPaiva
15 anos atrás

Marine,

Concordo contigo, alguns trazem apenas um comentário anti americano vazio, sem fundamentação apropriada, aquela conversa anti imperialista do ”politicamente correto”, colocando o Afeganistão na vala comum das conquistas imperialistas e bla bla bla.

Acontece que o Afeganistão é uma situação totalmente diferente do resto ( Iraque, Vietnam, etc.). Um governo como o do taliban, que apoia assassinos covardes, merece ser riscado do mapa (o governo não o país).

Só discordo de você quanto a essência puramente militar do tema, o próprio post coloca a operação militar no contexto geral da situação geopolítica, trata o tema também como assunto de segurança nacional dos EUA, e passa os objetivos, no médio e longo prazo, do novo governo americano, e qual vai ser a nova estratégia de permanência lá.

Sempre fui favorável a que regimes como o do taliban fossem derrubados, e aplaudi sua queda na invasão, mas, se alguns querem dar razão aos terroristas, paciência, não esquente a cabeça com isso.

Sds.

The Captain
The Captain
15 anos atrás

Galante, Poggio, Marcelo Ostra, Nunão; enfim todos vocês que construíram ou de alguma for contribuíram para a existência destes três extraordinários blogs sobre “ASSUNTOS MILITARES”, por favor, retomem o rumo das coisas e determinem coercitivamente, inclusive, que os post se mantenham dentro do contexto estratégico militar, como imagino vocês criaram e/ou contribuíram para a criação dos três blogs. Vamos acabar de uma vez por todas com “papo político ideológico” para que o magnífico articulista Yamamoto retorne ao Poder Naval e outros que conheci a partir de 2007, semelhante calibre.
Eu e boa parte da comunidade seremos imensamente gratos a vocês se retomarem o rumo das coisas.
Abraços

mig
mig
15 anos atrás

Ora, o tópico aborda além das questões militares/estratégicas, aspectos históricos e possíveis motivações do US para sua invasão do Afeganistão, como demonstra o trecho extraido do texto:

“O Taleban, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001 foi afastado do poder por uma coalizão internacional liderada pelos EUA que invadiu o país após os atentados de 11 de Setembro. Na época, dos ataques, atribuídos à rede terrorista Al Qaeda, o terrorista saudita e seu grupo eram “hóspedes” dos talebans. Nos dois últimos anos, o grupo conseguiu se fortalecer e contra-atacou, conseguindo o controle de grande parte do sul e do leste do país, e expandindo seus domínios para áreas tribais no Paquistão, o que obrigou os EUA a enviar mais tropas para o país.”

Então nada mais natural que se discutam as motivações que levaram as ações norte-americanas no afeganistão, o bom estrategista militar deve possuir além de conhecimentos da tática militar pura, uma boa visão da geopolítica, aliás, históricamente os anglo-saxões nos ultimos séculos(1º ingleses, depois norte-americanos… ) sempre foram mestres nesta arte de da geopolítica, aliada a propaganda e poder militar, as 3 juntas formam um “tripé” para suas ações militares. As quais
sempre visaram, antes de tudo, seus interesses estratégicos e financeiros, ou seja: Poder e dinheiro !

Aos que se sentem ofendidos por questionamentos e críticas as motivações dos norte-americanos para suas ações militares e dizem que estas são feitas por puro anti-americanismo e/ou por razões ideológicas, digo que acreditar piamente na propaganda anglo-saxão é também uma atitude de cegueira ideológica…

Guerras por democracia e liberdade existem sim, más sempre foram e são travadas pelos próprios povos de cada nação, na conquista de sua própria , liberdade, autodeterminação e expressão de ser, existem casos também onde nações podem ser ajudadas a se livrarem de tiranias e ditaduras por outras nações com culturas e valores semelhantes…

Más na maioria dos casos de guerra a motivação são as mesmas a milênios: disputas por recursos, territórios, dinheiro, poder e segurança própria. Passando muito longe de coisas como democracia e liberdade, que atualmente servem na maioria dos casos, apenas como recurso de propaganda e justificação ante o grande público.

mig
mig
15 anos atrás

Sobre as motivações da guerra americana no Afeganistão, deixando de lado ideologias, falemos de alguns números; e que cada um tire suas próprias conclusões…

Os números são atualizados somente até, no maximo, 2006:

Para começar, o governo talibã foi útil na implementação de um bem sucedido programa de erradicação de drogas, com o apoio e a colaboração das Nações Unidas.

Implementado em 2000-2001, o programa dos talibãs de erradicação de drogas levou a um declínio de 94 por cento no cultivo do ópio. Em 2001,sob o governo talibã, segundo os números da ONU, a produção do ópio caiu para 185 toneladas.

Imediatamente depois da invasão liderada pelos EUA em Outubro de 2001, a produção aumentou dramaticamente, já em 2002, ano seguinte a invasão, subiu para 3400 toneladas !

O Gabinete de Drogas e Crime das Nações Unidas (UNODC), com sede em Viena, calcula que a colheita de 2006 seja da ordem das 6 100 toneladas, 33 vezes superior ao nível de produção de 2001, com o governo talibã (3200% de aumento em 5 anos).

– Com base nos números de 2003, o tráfico de drogas constitui “a terceira maior mercadoria global em termos monetários, a seguir ao petróleo e ao comércio de armamento”. ( The Independent, 29 de Fevereiro de 2004).

– O Afeganistão e a Colômbia são as maiores economias produtoras de droga do mundo, que alimentam uma florescente economia do crime. Estes países estão fortemente militarizados. O comércio de drogas é protegido. Está amplamente documentado que a CIA desempenhou um papel central no desenvolvimento dos triângulos de drogas da América Latina e da Ásia.

– O FMI avaliou a lavagem de dinheiro global entre US$ 590 bilhões e US$ 1,5 trilhão de dólares por ano, representando 2 a 5 por cento do PIB global. ( Asian Banker, 15 de Agosto de 2003). Uma grande fatia da lavagem de dinheiro global conforme as estimativas do FMI está ligada ao comércio de narcóticos.

Negócio legal e comércio ilícito interligados

-Há poderosos interesses comerciais e financeiros por detrás dos narcóticos. Deste ponto de vista, o controlo geopolítico e militar das rotas da droga é tão estratégico como o do petróleo e das condutas do petróleo.

– Segundo a ONU, em 2006 o Afeganistão vai fornecer cerca de 92 por cento do abastecimento mundial de ópio, que é utilizado para fabricar heroína.

– As Nações Unidas calculam que em 2006, a contribuição do tráfico de droga na economia afegã seja da ordem dos US$ 2,7 bilhões. O que se esquecem de mencionar é que mais de 95 por cento das receitas geradas por este lucrativo contrabando vão parar nas organizações de negócios, ao crime organizado e às instituições bancarias e financeiras. Só uma pequena percentagem vai para os agricultores e comerciantes no país da produção.
(Ver também UNODC, The Opium Economy in Afghanistan, http://www.unodc.org/pdf/publications/afg_opium_economy_www.pdf , Viena, 2003, p. 7-8)

– “A heroína afegã vende-se no mercado internacional de narcóticos a um preço 100 vezes superior do que o que os agricultores obtêm pelo ópio vendido no terreno”. (Departamento de Estado dos EUA citado pela Voice of America (VOA), 27 de Fevereiro de 2004).

– Com base nos preços por atacado e a varejo nos mercados ocidentais, os ganhos gerados pelo comércio de droga afegã são colossais. Em Julho de 2006, na Grã-Bretanha, os preços na rua da heroína eram da ordem de 54 libras esterlinas por grama, ou seja 80 euros.

– *O comércio afegão de opiáceos (92 por cento da produção total mundial de opiáceos) constitui uma grande fatia do movimento mundial anual de narcóticos, que foi calculado pelas Nações Unidas na ordem dos US$ 400 a 500 bilhões(valores desatualizados! de 98/99).

*(Douglas Keh, Drug Money em Changing World, Technical document No. 4, 1998, Vienna UNDCP, p. 4. Ver também United Nations Drug Control Program, Report of the International Narcotics Control Board for 1999.

– Além disso, os números acima, incluindo os da lavagem de dinheiro, confirmam que o grosso das receitas associadas ao comércio global de narcóticos não é apropriado por grupos terroristas e pelas chefias militares, como sugere o relatório do UNODC. No caso do Afeganistão, o Gabinete de Drogas e Crime das Nações Unidas estima que apenas uns US$ 2,7 bilhões de dólares representam receitas no interior do Afeganistão.

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, “os lucros da droga do Afeganistão sustentam os talibãs e as suas tentativas terroristas contra os Estados Unidos, seus aliados e governo afegão”. (declaração da sub-comissão de operações estrangeiras, financiamento de exportações e programas relacionados da House Appropriations, 12 de Setembro de 2006).

No entanto, o que distingue os narcóticos do comércio de uma mercadoria legal é que os narcóticos constituem uma importante fonte de riqueza não só para o crime organizado mas também para o aparelho dos serviços de informações americanos, que são atores cada vez mais poderosos nas esferas da finança e da banca. Esta relação está documentada em diversos estudos, incluindo os escritos de Alfred McCoy. (Drug Fallout: the CIA’s Forty Year Complicity in the Narcotics Trade. The Progressive, 1 de Agosto de 1997).

Por outras palavras, as organizações de informações, os poderosos negócios, os traficantes de droga e o crime organizado andam a competir pelo controlo estratégico das rotas da heroína. Uma grande fatia destas receitas de muitos bilhões de dólares é depositada no sistema bancário ocidental. A maior parte dos grandes bancos internacionais juntamente com as suas filiais nos paraísos bancários off-shore lavam grandes quantidades de narco-dólares.

Este comércio só pode prosperar se os atores principais envolvidos nos narcóticos tiverem “amigos políticos altamente colocados”. As atividades legais e ilegais estão cada vez mais interligadas, a linha divisória entre “gente de negócios” e criminosos está esborratada. Por sua vez, a relação entre criminosos, políticos e membros da comunidade de informações corrompe as estruturas do Estado e o papel das suas instituições incluindo as forças armadas.

Para terminar, na Colombia a situação se repete, “apesar” da maciça ajuda norte-americana, a produção de drogas só aumentou.

Para quem acha que o dito acima é um absurdo, basta lembrar que não é exatamente uma novidade e ler um pouco a respeito das “guerras do ópio” que o Império Britânico impós a China no século dezenove…

pierre
pierre
15 anos atrás

É fácil escolher um bode expiatório pra justificar uma invasão americana. Os povos são diferentes, suas aspirações e culturas. É verdade também, que há direitos que poderíamos considerar universais e na verdade são ocidentais. O maior aliado árabe norte-americano no oriente médio é a Arábia Saudita uma monarquia absolutista onde a lei é regida pela religião e onde as mulheres são tão oprimidas quanto as do Afganistão porém não ouço falar de qualquer atitude libertadora neste caso.

Clésio Luiz
Clésio Luiz
15 anos atrás

Eu não desejo mal a nenhum dos dois lados. Eu que eu disse é apenas a constatação de um fato. Houveram ações e conseqüências dessas ações. É tudo o que eu disse.

Quanto a reclamar, não é problema meu. É problema dos cidadãos americanos colocar rédeas na intensões intervencionistas do seu governo. mas me parece que o americano médio é igualzinho ao brasileiro médio, leva tudo com a barriga. Não está nem aí pra nada, enquanto não mexerem com o bolso dele.

Enquanto o cidadão americano não tentar modificar o seu governo, ele sempre viverá com medo que algum maluco detone uma bomba em seu país. E ao invés de der o trabalho de lutar por uma América melhor, ele prefere o lado cômodo de ter suas liberdades privadas em nome do combate ao terrorismo.

Intervir militarmente no Afeganstão é empurrar o problema com a barriga para as próximas gerações. Isso nunca vai acabar. Ódio não se acaba com uma bala. Cada guerrilheiro daquele tem uma mãe, um irmão, uma irmã, um pai. Você acha que ter seu filho morto por um estrangeiro vai ser uma coisa que eles vão esquecer? Não vão não. No futuro, aquele garotinho vivendo na miséria será a vítima certa para os recrutadores dos terroristas. Ele se lembrará de como o pai/irmão/tio/primo foi morto por um americano invasor e vai abraçar de coração a causa do Taliban. Ele não vê um futuro melhor. Você mata Bin Landen hoje, amanhã aparecerá outro pra tomar lugar dele. É uma guerra que nunca será vencida, não importa o que os cabeças do governo achem. Violência gera violência.

Então como resolver o problema? É simples: engulam o orgulho e passem a ajudar o povo de lá, mandando comida em vez de bombas e balas. Pode parecer simplista e ingênuo, mas acabar com o terrorismo só é possível retirando os motivos que os outros povos tem pra odiar os EUA.

Vocês acham mesmo que esse povinho tem ódio dos EUA porque lá tem um bando de infiéis pagãos? Se fosse assim o Brasil seria alvo também deles. O ódio vem porque os EUA, direta ou indiretamente, contribuiu para a morte de muita gente lá. Só não vê quem não quer.

Se os EUA parassem agora de querer ser o dono do mundo, talvez daqui a a 50 anos eles pudessem se considerar livre de ameaças terroristas. Mas enquanto o orgulho governar suas atitudes, sempre haverá um Bin Landen disposto a infernizar a vida de vocês.

Mesmo que

CaesaR
CaesaR
15 anos atrás

Clésio Luiz em 02 jul, 2009 às 13:53

“pergunte para os milhares de civis mortos em outros países após o 11 de setembro, por conta do desejo de vingança do governo americano”

Isso que eu chamo colher o que se planta. Não se chuta um pittbull sem receber como troco uma bela mordida no traseiro. Se Bush com o maior exército do mundo não fosse atrás dos canalhas, seria defenestrado do poder.

Os EUA fazem agora o que todas as grandes nações fizeram e fazem para manter seu status e poder (menos o Brasil que abaixa as calças para qualquer Evo Morales da vida) e se a política externa varia de acordo com suas necessidades, que se dane, foi isso que fez dos EUA essa potência tão invejada pelos anti-americanos (ah como eu adoro ler argumentos patéticos kkkkk) que se aliam a qualquer tipo de gente para tentar ser do contra, seja Stalin, Hitler, Pol Pot, Fidel, Mao ou Bin Laden.

Mas poucos se dão ao trabalho de se informar sobre o islamismo fundamentalista que reza “converta-se ou morra”. E ai, vão rezar de bumbum prá cima ou tá difícil?

Super Hornet
Super Hornet
15 anos atrás

Senhores,

O segundo soldado da esquerda para direita, parece que carrega um “tubo” nas costas. Seria um “Lança-rojão”? Ele só me parece menor que um AT-4, será que é o modelo da época do Vietnã “revitalizado”?

Semper Fidelis

farid farah
farid farah
14 anos atrás

os americanos continuão os mesmos, com os melhores armamentos do mundo, contratam mercenários para matarem indiscriminadamente no afeganistão, iraque e aonde existirem exercitos miseraveis, sempre foram covardes, quero ver eles encararem os chineses, os russos. o mal que europeus fizeram na africa e aos arabes não há dinheiro que pague e vários 11 de setembro virão….