Lula confirma saída do ministro Mangabeira Unger do governo

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje a saída do ministro Mangabeira Unger da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Segundo o presidente, Mangabeira precisará deixar o governo para retomar sua função de professor na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Mangabeira não conseguiu ampliar a licença com a Universidade de Harvard.

O presidente não soube informar quando o ministro sairá do governo, mas afirmou que vai procurar o vice-presidente José Alencar para discutir a substituição. Lula e Mangabeira conversaram sobre a saída neste fim de semana.

Mangabeira divulgou nota no começo do mês negando a intenção de deixar o governo e informou que negociava a prorrogação da licença. No documento, o ministro chegou a afirmar que não existia “problema político ou programático na relação dele com o presidente e com o governo”.

O convite para Mangabeira integrar a equipe do presidente Lula foi considerado polêmico. Em artigo na “Folha de S.Paulo”, em 2005, Mangabeira disse que o governo Lula ocupava o topo do ranking da história da corrupção nacional: “Afirmo que o governo Lula é o mais corrupto de nossa história nacional. Corrupção tanto mais nefasta por servir à compra de congressistas, à politização da Polícia Federal e das agências reguladoras, ao achincalhamento dos partidos políticos e à tentativa de dobrar qualquer instituição do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos”.

A aproximação entre o presidente e Mangabeira começou durante a campanha presidencial de 2006 por pressão do vice-presidente.

A secretaria de Mangabeira precisou ser criada por Lula depois de o Senado rejeitar a sua existência por medida provisória. Lula depois recriou a pasta por projeto de lei.

Em sua passagem pelo governo, Mangabeira foi criticado pela equipe ambiental. O ministro Carlos Minc (Ambiente) chegou a reclamar dele para Lula. Minc disse que outros ministros pegavam suas “machadinhas” para ir ao Congresso “esquartejar” a lei ambiental.

Mangabeira foi escolhido por Lula para coordenar o PAS (Plano Amazônia Sustentável), motivo pelo qual foi apontado como pivô da demissão da senadora Marina Silva PT do Ministério do Meio Ambiente.

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Thiago
Thiago
15 anos atrás

A inteligência, o espírito de nação e de coragem de Mangabeira será insubstituível.
Perde o Governo, mas sobre tudo, perde o País.

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Daqui a pouco é o Jobin… o Saito… o FX2…. o PND… isso aqui ôh ôh….
Desculpa esfarrapada esta…, aliás como todas vindas do Governo, deste e dos passados!
E vamos torrar o pouco que resta com projetos infindados, onde os idealizadores pulam fora antes que se termine o proposto…
Vamos gastar 20 bilhões em um projeto de sub-nuclear, ao invés de arrendarmos um, e depois perceber que não podia… e acabar tendo que arrendar um, finalmente…
Vamos comprar tecnologia muito cara, defasada, no FX2, onde a EMBRAER vai aprender a fazer, se absorver esta TT, vai ter condições de, talvez desenvolver algo melhor, mas vai morrer no campo político, e enterrar o projeto, pois só o Brasil será o interessado potencial…
Mas continuo torcendo pelos otimistas! 🙂 eles devem vencer!

Abraços

Hornet
Hornet
15 anos atrás

Chicão,

venceremos sim…hehehe

abração

Ulisses
Ulisses
15 anos atrás

Hornet,vamos entrar em ação hehehe

Francisco,te pergunto,qual tecnologia é defasada?Por favor me responda isto,sim?Ai eu te respondo ta?Por favor,eu tive que dar uma pausa no Xbox 360 para escrever isso,é um sacrifício entanto,e se estivesse torcendo por nós,você seria um de nós,mas a RESISTENCE é um grupo que requer muito preparo e nem todos tem( 🙂 )

Um abração

Henrique
Henrique
15 anos atrás

O Mangabeira não é da mesma escola do PT, penso eu que ele tentou colocar em prática sua visão estratégica para o país mas depois que viu que com este governo + o congresso e o senado que temos seria uma “missão impossível” e desgastante demais.
Abraços.

Ago77
Ago77
15 anos atrás

Já vai tarde. Tentou implantar no Brasil uma visão estratégica copiada dos EUA, completamente divorciada da realidade brasileira.
Que tenha muita sorte em Harvard, não voltando tão cedo (pelo menos até aprender a falar português)

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Ulisses, pode ter certeza que torço pelos otimistas sim, a visão de vcs é a que eu gostaria que acontecesse, é lógico! por isso sou assim tão desgostoso com a situação! e Vive la RESISTENCE :), porém ainda não me convenci que das propostas do governo… para a realidade, para o aceitável, o palpável… tem muito paradoxo aí! deixam empresas da área de defesa praticamente quebrar para depois criar incentivos… porém para aprovar lei de insteresse próprio ele edita medidas e medidas… não consigo desatrelar o governo dos planos de defesa, e não sei como vcs conseguem…
Sobre tecnologia defasada, é simplesmente pq acredito que só esta será repassada! as sensíveis, as que fariam diferênça, não! ninguém ensina o pulo do gato! Além do mais vamos tenatr absorver uma geração que já não é mais o supra-sumo, furtividade por exemplo…

Abraço caro amigo!

Francisco

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Ulisses, o que vc quis dizer com preparo? sei que “não sou digno que entreis em minha morada”, mas também não sou bobo não :), não concordo com a visão de vcs sobre o PND, da sua concretização, por exemplo, mas respeito e torço por elas, pelo conteúdo, na realidade um sonho ao meu ver, o maior defeito do PND é ele ser utópico, dado as reais ações e cenários que temos, o Mangabeira deve ter percebido isso… as vezes parece que vcs esquecem que ter 50 Helis, ter 36 caças modernos, ter 300 MBTs.. 1/2 dúzia de subs, algumas fragatas não é nada se comparado a importância do Brasil e seu tamanho! é o mínimo dos mínimos! dadas as proporções econômica e geográfica, se o Brasil fosse do tamanho do Chile, a nossa polícia militar seria mais apropriada para nos defender pois não teríamos nem FAs… seriam 10 caças, 20 MBTs, 3 navios…

Abraço

Ulisses
Ulisses
15 anos atrás

Francisco

Veja bem,vou tentar resumir tudo isto só com uma porção de palavras:

O END é um programa de longo prazo,ou seja,não será para comprarmos isso ou aquilo como o Chile está fazendo,e lembrando que o Chile levou praticamente 10 anos até agora para ter tudo isso,eles quando começaram não diziam que iam comprar isso ou aquilo,eles começaram como um “planejamento”,entende?

Nosso “planejamento” começou apartir do lançamento do END,ou seja,o Chile começou 10 anos antes de nós!Eu sei que você vai pensar sobre essa ultima frase,você vai pensar”mas isso aqui hô hô”.Mas eu não.

Quando vemos os exemplos dos acordos com a França nós vemos quanto eles são “recém-nascidos”,não se pode ter um sub do dia para outro,afinal,Roma não foi construída em um só dia.Não se pode começar um planejamento prometendo que vai comprar “isso ou aquilo”,na verdade,nenhum país faz isso,eu repito, NENHUM PAÍS FAZ ISSO.

Lembro mais uma vez,nossa estratégia é muito nova e NENHUM programa foi cancelado.

Um forte abraço.

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Ulisses o que é o END? não é PND? o tô loko? aí tu quebra minha cabeça rsrsrs, eu já não ando bom das idéia, como tu pode ver rsrsr …
Vamos fazer o seguinte, vamos ver até onde vai o PND… o seu criador já dançou, mesmo antes de concretizar qualquer coisa! lembro que nada foi “realizado” de fato, tudo pode ser cancelado! digo isso pq:”isso aqui oh oh” rsrsrs
O que mais eu vejo de concreto, e acho correto, são as chamadas compras de prateleiras como os BlackHawks, por exemplo… quando forem fabricados os SC e os MI-35 eu volto para dar o braço a torcer… mas só um pouquinho, pois o que está prometido nada mais é do que o mínimo necessário… além do mais não sou contra o PND e saber fazer, e sim contra a utopia! os longos projetos que correm sérios ríscos de serem barrados por novos governantes…

Abraço querido amigo!

Ulisses
Ulisses
15 anos atrás

Francisco

Os subs e os EC725 são parte do END\PND,e estão sendo concretizados sim,não é uma afronta mas eu acho que vc pensa assim porque não se houve falar muito,mas moro aqui no RJ e tenho meu tio que é 2º sargento da MB e conhece colegas que estão envolvidos nesse “rolo”,e eles afirmam que está tudo sendo feito,não se pode falar sobre isso todo santo dia,portanto,estão sendo concretizados sim,se acha que não,me de uma razão.

Outro forte abraço.

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Ulisses, vou acreditar em ti! 🙂 (sobre os helis) , claro que, eu pelo menos, tenho informações, muitas delas, de imprensa não especializada e de blogs, além de poucas especializadas, e sou nutrido por estas fontes, não estou a par dos Helis, mas continuo achando que não é nada de mais, pelo nosso tamanho… vão repor os velhos UH-1 Hyue, já tava na hora…
O que nos falta é investir em poder dissuasório de ponta, como AAs modernas, de área e de ponto, MBTs e transportes blindados, Jeeps, artilharia propulsada para complementar as já existentes, mísseis de variados tipos, e helis de ataque natos! com helfires, Tows… além é claro de caças de ponta… e isto está demorado demais, corre o risco de ficar no papel, quem tudo quer nada consegue! este é meu temor!
E não concordo que o Brasil deva ter um Sub Nuclear, não pelo equipamento, mas pelo processo oneroso e sem-fim que já é e irá se tornar… não poderíamos arrendar 2 Subs Nuclear russos e fabricar uns 6 convencionais com AIP, como foi feito com o Ticuna? somando isso tudo, não custará o projeto nacional de um sub-nuclear que pode dar em nada!
Sobre o FX-2, na minha visão, temos que ter estes 36 caças com apenas códigos fontes para mudar aviônica e armas se necessário, o resto eu acho que poderá nos custar muito caro, e corre-se o risco desta tecnologia muito bem paga se perder…
Se vamos pensar grande, vamos agir como tal, e entrar num projeto conjunto e não exigir tecnologia entrando na obsoletalidade, pagando uma fortuna para isso, para que “alguns” (EMBARER) somente, ganhem por isso! e a FAB? e o Brasil? falo no sentido de defesa e não de ganho comercial para o Brasil.
Devemos colocar a EMBRAER com um parceiro que possa ensiná-la a fabricar o novo! não o recentemente ultrapassado. Temos Russia! Tínhamos os USA! podemos ter a frança! mas vamos querer, sozinhos, fazer o que não temops condição? um caça de 5ger?? e quem vai pagar por estes custos???

Abraço Bro!

Francisco AMX
Francisco AMX
15 anos atrás

Ah, e afinal de contas o que é o END??? sigla…

junglexpert
junglexpert
15 anos atrás

Sim o que é o END? Estratégia, Política, Programa para gastar dinheiro público?
Antes de tudo parabenizo os foristas pelo nível do debate.
Eu tenho uma opinião. Estratégia é comprar armas, distribuir tropas ou “usar a força para atingir os fins políticos”. Este usar para alguns se restringe somente o enfrentamento ou o combate. Mas como os príncipes renascentistas e outros mais que a História dos Homens e de suas lutas demosntraram a questão da estratégia implica em como nos armamos (poderia aqui fazer a referência do gosto de muitos: Sun Tzu, mas reduziria a estratégia a um livreto).
Pode ser até isto. Como nos armamos. E disto pode se deduzir duas estratégias.
Por um lado se considera que a arma é algo pronto e que não cabe debater sua origem: como e por quem foi feito – ou seja, temos dissociado origem da arma e estratégia. Estratégia é somente usar bem as armas prontas. Assim, a estratégia fica reduzido a um jogo de regras prontas como xadrez, go, truco o que se desejar. É simples, basta comprar armas e alocar tropas. Criar um bom sistema para executar estas ações. Estratégia se reduz a isto – comprar e usar bem.
Por outro lado podemos considerar que a forma como nos armamos pode ser a estratégia e neste caso a arma não é algo terminado – o brinquedo de fazer a guerra – e sim uma forma pensada e ampliada de que estratégia é também a opção de não fazê-la (isto seria a tal dissuasão que tanto os falsos profetas estrategistas cantam em versos?) e assim a estratégia fica ampliada para capacidade de se participar de um jogo em que nós podemos estabelecer as forças das peças, escolher o tabuleiro e escrever as regras. É complexo, temos que desenvolver e internar a competência de fazer as armas desde a concepção ao uso. Estratégia da Real Dissuasão se amplia com isto – saber bem.
Pois é. Prosseguindo, questiona-se o Brasil e suas Forças Armadas estão aptos a adotar a estratégia de comprar o cachorro no pet shop (END) ou saber criar e procriar o cão que cuidará o pátio (Real Dissuasão)…
Eu defendo que não temos a competência da Real Dissuasão, hoje. Já tivemos. Falta um Corpo de Engenheiros em cada Força Armada. Por mais respeitado que sejam o IME e o ITA no meio civil, estas são escolas marginalizadas nas Forças que fazem parte.
Na Marinha do Brasil os seus Oficiais são treinados para lidar com o navio, uma minoria irá conceber a força, desenhá-la e construí-la. Natural que seja desta forma. Com o reduzido efetivo e sendo uma Marinha de todas as águas e atribuições fica difícil fazer tudo bem feito. No Exército Brasileiro existe um divórcio entre a Engenharia da guerra e da paz (os esforços cortantes e momentos fletores para sustentar uma ponte são diferentes na construção e destruição). As Armas ditas técnicas (Engenharia, Comunicações e Material Bélico) estão muito longe de entender o que significa ciclo de vida de uma arma. O Quadro de Engenheiros é restrito (não era assim na década de 50), além de uma discussão ideológica infinda e pré-histórica da querela entre ser “tarimbeiro versus bacharel”. Na Força Aérea a mesma ladainha traduzida no discurso “profissional versus cientistas”.
Também, temos o distanciamento e pavor que a burguesa Academia brasileira tem sobre o assunto Estratégia. Para a maioria o problema da defesa do Brasil está resolvido se o Capitão Lúcio e o Luisão estiverem bem. Aqui parabenizo aos poucos cientistas que dedicam seus esforços neste assunto, prestando um bom serviço a nação, mesmo contrários as opiniões expressas aqui.
Além do mais, tem muita gente sabida, profundos conhecedores da sopa de letrinhas em Defesa, interessantes e mais do que isto interesseiras que defende que o melhor é sermos pragmáticos e escolhermos o que se “tem na prateleira”, indicando as melhores letrinhas.
Finalmente, não poderia deixar de ser abordada a questão das sopas de letrinhas em Defesa e a questão correlata “o problema do código fonte” ou da chave. Cabe uma interrogação: “Alguém se sentiria confortável se encomendasse a chave de sua casa para alguém suspeito ou interessado em seus bens?” Neste caso também se vislumbra a questão da Estratégia. A fábrica de armas, a capacidade, o potencial de causar dano e morte deve ser um monopólio estatal, ou não?
Um dia o cão de guarda envelhece, pode se tornar difícil comprar a ração e quem o criou de nascença pode ainda ter um truque que em vez de te defender pode até ficar contra você. Tudo é possível – o certo é que ele morrerá – e aí, retornaremos ao pet shop?