Policiais femininas trocam de emprego para defender ordem nas ruas do Estado de SP

A quantidade de mulheres na Polícia Militar (PM) do Estado de São Paulo não para de aumentar. Uma formatura de soldados temporários realizada na sexta-feira, 19, simultaneamente no interior e na capital constatou o fato: dos 1408 alunos distribuídos pela capital e interior, 593 representavam o público feminino.

Apesar do cargo ser temporário (dura dois anos), a maioria delas pretende continuar na carreira. Para isso, estão dispostas a enfrentar outro concurso, que as efetive na corporação.

Natalia Breneisem, 21 anos, era vendedora de roupas. As duas não esconderam a animação: “Aprendi muito e gostei do tratamento que tivemos na Polícia Militar”, disse Natalia, que já pensa no próximo concurso para efetivo.

A colega de sala Daiane Floriano, 22 anos, trabalhava em uma fábrica de lenços. Para ela, o curso de um mês para soldado efetivo foi “bem mais emocionante do que trabalhar na fábrica de lenços”. A jovem destacou valores que aprendeu no curso como “tratar as pessoas com respeito”.

Contribuição social

O Serviço Auxiliar Voluntário (SAV) foi criado em 2003 para admitir jovens de 18 a 23 anos para o serviço interno na Polícia Militar – administração, informática, atendimento telefônico e até serviços de enfermagem. O objetivo é substituir policiais militares que fazem o serviço administrativo na PM: desde 2003, mais de oito mil soldados efetivos puderam voltar para o serviço operacional.

Somente esta última turma possibilitou o remanejamento de 1.400 policiais militares para o serviço de rua, disse o comandante geral da PM, coronel Álvaro Batista Camilo. O curso de soldado temporário, ministrado pelo Centro de Formação de Soldados, em Pirituba, na zona oeste da Capital, tem duração seis semanas com aulas teóricas e seis de estágio supervisionado.

FONTE: http://www.saopaulo.sp.gov.br

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