M113B, o retorno?
O Exército criou uma comissão para o “aperfeiçoamento” da Viatura Blindada de Transporte de Tropas M113 B. A notícia vem após um processo de modernização frustrado na fase de propostas. A comissão é composta pelos mesmos militares que participaram do processo anterior:
PORTARIA Nº 049-EME, DE 28 DE MAIO DE 2009.
Constitui a Comissão Especial para o aperfeiçoamento da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 B (VBTP M113 B). O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, considerando o disposto no art. 4º da Lei Complementar nº 97, de 9 de junho de 1999, combinado com o inciso II do art. 20 da Estrutura Regimental do Comando do Exército, aprovada pelo Decreto nº 5.751, de 12 de abril de 2006, e no uso da atribuição que lhe confere a letra “h” do inciso IV, do art. 1º da Portaria nº 727, de 8 de outubro de 2007, combinado com o art. 5º, inciso VI, do Regulamento do Estado-Maior do Exército (R-173), aprovado pela Portaria nº 300, de 27 de maio de 2004, resolve:
Art. 1º Constituir a Comissão Especial para o aperfeiçoamento da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 B (VBTP M113 B).
Art. 2º A Comissão Especial terá a seguinte composição:
I – presidente: Gen Div SINCLAIR JAMES MAYER, da Diretoria de Manutenção; e
II – membros:
a) Cel R/1 WILLIAMS CARVALHO PESSÔA, da Secretaria de Economia e Finanças;
b) Cel FLÁVIO LUCENA DE ASSUNÇÃO, da Diretoria de Material;
c) Maj HEBER COSTA, do Comando de Operações Terrestres;
d) Maj LUCIANO VASCONCELOS ROCHA, da Diretoria de Material;
e) Maj FRANCISCO AIRTON GOMES, do Comando Logístico;
f) Maj IRANO CURVELLO LEITE, da Diretoria de Material;
g) Cap JEOVACIR BRAZ DA SILVA, do Comando Logístico;
h) 1º Ten WELLINGTON GOMES BORGES, da Diretoria de Material; e
i) 2º Sgt WILLIAM LIMA DOS SANTOS, da Diretoria de Material.
Art. 3º A Comissão Especial para o aperfeiçoamento da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal M113 B terá por finalidade selecionar a empresa a ser contratada para a execução do serviço de manutenção de 4º escalão das Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal M113 B.
Art. 4º O presidente da Comissão Especial poderá solicitar aos órgãos competentes da Força a emissão de pareceres, perícias e outros estudos julgados necessários aos seus trabalhos.
Art. 5º Determinar que, após cumprida a finalidade a que se propõe a constituição desta Comissão Especial, a mesma seja considerada desfeita.
Art. 6º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua publicação.
COLABOROU: Jorge Pereira Lee Junior
Fala serio, modernizar essas Me…das descartáveis, essa P…ria devia servir só pra alvo no míssil ati-carro da Mectron !!!
É brincadeira um coisa dessas !!!
Sds.
Me parece desperdicio de dinheiro e de tempo…
Pessoal, vou perguntar aos dois uma coisa:
Qual é a capacidade do M-113 em termos de proteção balística??????? seria muito inferior aos Urutu???????? ou ao Piranha basicão do CFN??????????? ou ao BTR-80 básico, seria + ou -????
pessoal, se vamos criticar, que sejam críticas construtivas, certo????
abraços.
Será que realmente valhe a pena modernizar estes blindados ou partir então para um projeto novo e nacional. Não vejo, considerando nossa capacidade industrial, problemas maiores em se criar um projeto de blindado melhor que este…aliás isto já deveri estar acontecendo há muito tempo…
Abraço.
Retificando: “vale a pena” ..
Realmente eu não disponho de dados tecnicos sobre o M-113
mas só de olhar o formato da viatura da pra ver que é um rico alvo
ambulante ou não…
Mas enfim é apenas uma opnião.
O que me incomoda mesmo é ver nossa industria de defesa que ficou no passado quando tinha tantos projetos interessantes.
O Charrua por exemplo seria perfeito entre outros
Essa Por…ria foi feito para o conflito do Veitnã, e seu uso lá era descartavel, e proteção zero um FAL atravesa o M-113 !
O mundo inteiro está modernizando seus M113 e nós iremos jogar fora os nosso?! O projeto da Austrália saiu os olhos da cara e irão bancar. O Chile acabou de comprar mais unidades, os EUA ainda usam mais de 10.000, etc… Calma gente, o que elee fazem, poucos conseguem chegar perto. Procurem um blindado (leve) que seja anfíbio, aerotransportável (KC390) e de barata manutenção!
Se for para ser radical, que gastemos dinheiro com o CHARRUA 2.0, aí sim, seria algo na mesmo linha e melhor. Mas lembrando, teríamos que gastar com gosto, assim como estamos fazendo com a MB e FAB.
Coitado do EB, largado as traças pelo governo!
As vozes contrarias, recomendo a leitura do artigo sobre a modernizacao desses excelentes carros.
http://www.defesa.ufjf.br
lucas lasota
Cara li e continuo achando um grande erro, pergunte alguem que já andou nele o inferno que é, aqui mesmo no blog tem depoimento de soldado falando desse “blindado” com estrutura de alumínio, se o soldado não morrer de calor morre intoxicado pelos gases do motor !
Sds.
Sopa, Vassili, Lucas e demais amigos. Vou postar de novo o que já falei aqui sobre o M-113, por ocasião do cancelamento do projeto de modernização. Cada um que tire suas próprias conclusões:
“A VERDADE SOBRE O M-113!
Como Oficial de Infantaria/R2, e Boina Preta por formação, tive oportunidade de treinar com o M-113, inclusive tendo feito curso de pilotagem e manutenção primária da VBTP. A verdade é que o M-113 é uma VBTP velha e péssima para os padrões atuais de proteção do Infante Blindado, bem como descolada da doutrina moderna de guerra.
Começa que o M-113 é feito de uma liga de alumínio que não oferece proteção alguma para os ocupantes. A única blindagem efetiva do M-113 é a frontal, todos os demais ângulos são frágeis e não protegem de um simples disparo de calibre 7,62 mm (FAL). Um projetil de .50 o atravessa, sai do outro lado, mata todo mundo dentro e ainda bota fogo na VBTP inteira.
Outro problema: quando o M-113 começa a pegar fogo, é praticamente impossível parar. Um único tiro e a VBTP inteira pega fogo, lentamente, sem que quase nada consiga abafar o incêndio. Isso porque o M-113 foi concebido para ser um blindado “descartável” dentro de um conceito de “usar e jogar fora” da guerra fria. Se quebrasse ou fosse alvejado? Salvava-se o que se pudesse (as lagartas, p.ex) e pegava-se um novo. Pra que se tenha idéia, durante o Vietnã os EUA chegaram a lançá-los de paraquedas! Isso demonstra que não tinham preocupação alguma com perdas de tal VBTP…
A torre externa do M-113 é uma piada. O atirador fica completamente exposto ao fogo inimigo e é até motivo de gozação na Infa Bld que num combate ele seria o primeiro a morrer. Ressalte-se que bem poucos dos sistemas de espelhos que permitem a visão interna do motorista funcionam (a maioria está simplesmente com uma espécie de mofo por dentro), motivo pelo qual o motorista do M-113 também tem que pilotar exposto, com a cabeça de fora da VBTP. Um alvo evidente para qualquer franco-atirador.
O barulho do motor e das lagartas do VBTP é horrível. Alguns comandantes faziam questão de que a ronda da Brigada à noite fosse feita de Blindado, uma brincadeira que só servia para espantar o gado, porque eventuais bandidos ouviam o Blindado chegando a quilômetros de distância.
Os M-113 do EB todos, com poucas exceções, estão quase caindo aos pedaços. Quero dizer com isso que eles não tem a menor capacidade operacional; de quarenta e tantos que tinha a Bda Inf Bld na qual servi apenas uns vinte rodavam. Os demais estavam entronizados no “estaleiro”, sem condições de rodagem. E quando eu afirmo “rodar” me refiro a desfilar no 7 de setembro. Tirando 2 ou 3 (pra ser bonzinho, vá lá) em cada 10, os demais, se forem colocados em campo, não duram 3 dias de operação.
As lagartas estavam todas gastas, sem ver substituição das sapatas de borracha (isso mesmo, o M-113 tem sapatas de borracha na lagarta) há décadas.
Boa parte dos blindados não tinha capacidade anfíbia, pois há necessidade de colocação de uma “saia” nas laterais, e a maioria destas se perdeu ou se quebrou, jamais tendo sido substituídas. Por conta disso, bem poucos M-113 ainda tem capacidade anfíbia, digamos, dois em cada dez.
O conforto para o combatente é nenhum. Na verdade, não podíamos usar de jeito nenhum a gloriosa Boina Preta dentro do Blindado. Como sequer os “pegadores” de lona prestavam, o Infante lá dentro fica solto, sacolejando de um lado pra outro como se estivesse em um touro mecânico e se o guerreiro estiver sem capacete racha o crânio em dois minutos. Imaginem 9 infantes lá dentro, com as comportas superiores fechadas, respirando óleo diesel (que escapa pra todo lado), amontoados que nem sardinha em lata, batendo em tudo e todos, com um calor infernal (porque o sistema de ar-condicionado é inexistente). Uma coisa tão tenebrosa que a hora mais feliz do treinamento era a que tinhamos que desembarcar da viatura, ainda que fosse EM MOVIMENTO!
Bem, em suma, apesar do esforço inumano das equipes de manutenção dos BIBs e outros que, verdade seja dita, operam verdadeiros milagres de adaptabilidade todo santo dia, a verdade é que o M-113 não tem conserto. Já era ruim quando foi lançado; é apenas um projeto barato de VBTP para a Guerra do Vietnã e para países do terceiro-mundo da Guerra Fria terem um arremedo de Força Blindada. Impressiona pelo barulho, tamanho e pelo calibre de sua .50 na torre, mas na prática faz pouco mais do que isso: assustar. Investir nele seria “gastar vela boa com defunto ruim”.
Isso porque, doutrinariamente falando, o emprego desse tipo de armamento é muito restrito atualmente. Num momento em que a Infantaria passa por profundas mudanças, uma VBTP como o M-113 não tem mais função, ou sua função é extremamente limitada.
Explique-se: o M-113 é uma arma de guerra convencional, que usa choque, movimento e poder de fogo para fazer pressão e incursão curta (sempre com apoio da Cavalaria Mecanizada e de Combate) em um Teatro de Operações alinhado, blindados contra blindados, CCs contra CCs, num campo de batalha regular, tanto que sua única blindagem efetiva se localiza na frente. E precisa de terreno limpo para progredir com eficácia, dificilmente opera em região montanhosa e é absolutamente inoperante em ambiente de selva. Para piorar, é extremamente vulnerável a ataque aéreo.
Não é uma arma para receber fogo pelas laterais ou retaguarda. Não serve para patrulhamento; seria um fiasco, por exemplo, no Haiti.
Uma Brigada de Infantaria Blindada somente poderia atuar com M-113 num cenário convencional, digamos, por exemplo, no Sul do Brasil; tanto é assim que os mesmos foram adquiridos quando a ameaça maior ao Brasil provinha da Argentina, durante a ditadura.
Assim amigos, para concluir, acho que o Exército acerta imensamente em não tornar a modernizar o M-113. Se é para gastar uma pequena fortuna com equipamento militar, penso que as prioridades do EB são outras, até por conta dos prováveis cenários futuros de guerra (selva e terrenos alagadiços): helicópteros e aviões de transporte de tropas. A Infantaria Blindada precisa de um vetor novo, ou é melhor que fiquemos com o M-113 para manutenção de doutrina, até termos dinheiro para viabilizar um novo vetor sobre lagartas para combate convencional.”
Concordo plenamente com o comentário acima, como alguns já sabem fui Sargento no 20BIB, e apesar de fazerem milagres com os M113, já deviam estar aposentados faz tempo, no máximo reaproveitados para as polícias em operações de inserção em áreas hostis.
Tenho absoluta certeza que hoje temos tecnologia e know how para executarmos um projeto mais adequado para nossas necessidades, sou Projetista e tenho curso de Mecânica industrial, tenho boa noção dessas coisas, e tudo isso sem precisar de IVECO ( o qual não gostei nada do projeto deles, muito alto, reto), falta capacidade de mobilização de projetos na área, isso mesmo, só não fazem por pura falta de empreendedorismo.
Faço votos para que não se gaste verba preciosa com equipamento obsoletos, vensamos tudo pra países mais necessitados e se faça novas aquisições, mesmo que temporariamente de prateleira, até termos nosso projeto rodando.
ignorem os erros de digitação acima, meu teclado está cterrível.
Abraços…
Cara, é muita B…..rice ir a frente com esse projeto que já foi cancelado antes !!
Prezados,
Calma. Saudosismo à parte, concordo que nossos M113 já cumpriram sua missão e há muito deveria ter sido substituída por outra viatura – que sabe uns MARDER – mas,a verdade é que o EB mal tem condições em manter as viaturas “rolando”, não por falta de capacidade tecnica, temos “de sobra”, serve o exemplo do Don D…
Talvez as autoridades perceberam que não valia a pena “salgar carne podre” e cancelaram a modernização. Mas as viaturas precisam a realizar serviços de manutenção para cumprirem com o mínimo do que se espera em performace. Convém lembrar que o que se busca é a atualização, não modernização das viaturas.
Como não temos $$$ para comprar viaturas adequadas ao “moderno” campo de batalha, temos que nos “virar” com o que temos, e para nos “virarmos”, precisamos botar dinheiro, pelo menos, na manutenção destes meios.
Faria um paralelo com o F-X. Na primeira tentativa, quase recebemos aeronaves ultrapassadas por causa de um forte lobby em favor do parceiro da EMBRAER, e o programa foi cancelado. Em seu lugar, adquirimos os F-2000 (Mirage 2000C/B) – gastamos $$$ para isso, teria sido bur__ice? – que, já represntou um salto de tecnologia, e agora temos o F-X2, com aeronaves mais capazes – não estou falando que concordo com as opções, mas em geral, são aeronaves muito mais capazes daquelas do que o primeiro F-X.
Parece que é isso que vai ocorrer, mas só quem viver, verá o que irá acontecer.
Abs.
Jorge Lee
Mas o Art 1º fala em aperfeiçoamento. Acho que querem fazer mais do que deixa-los funcionando.
Abaços
Roberto,
Uma vez que você tem peças que não são mais produzidas, ou que só encarecem a manutenção, faz sentido você trocá-las por outros modelos, “aperfeiçoando” o desempenho da viatura. Inegável que aperfeiçoar é uma palavra com um alcance muito menor do que modernizar, e não creio que se se trata de um eufemismo…
O que pode ocorrer é a substituição do grupo motopropulsor e do conjunto de suspensão para que a viatura acompanhe os CC Leopard.
Lembre-se que a finada modernização contemplava melhora de proteção da guarnição, adição de sensores óticos, entre outros os quais o grupo de motopropulsor só fazia parte.
abs.
tenho quase toda a certeza de que as forças armadas brasileira nao esta preparada pra enfrenter um conbati futuramente pois nao ha um treinamento especifico para esse tipo de conbate entre defender o brasilll
o futuro dos combates será nas grandes metropolis, por isso é importante a utilização de VBTP sobre rodas, mas não fica descartado a utilização de VBTP sobre lagarta. agora, se o EB não tem condições de adquirir um veiculo melhor, então, que reparem o que tem para que não ficarmos desprotegidos.
eu sou argento infante e sou operador e comandante de carro lagarta anfibio CLANF , do corpo de fuzileiros navais.
ADSUMUS!!!!!!!!!!!!!!!
MODERNIZAR UMA SUCATA VELHA QUE NEM APROVA DE BALA É. QUEM ESTA GASTANDO DINHEIRO COM ESSA SUCATA IMPRESTAVEL.