Haitianos querem fim da presença do Brasil
Representantes de movimentos sociais haitianos criticaram ontem a presença de tropas brasileiras no Haiti, à frente de uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). Em audiência pública promovida pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, o haitiano Frantz Dupuche, da Plataforma Haitiana em Defesa de um Desenvolvimento Alternativo (Papda) afirmou que o desempenho da Missão da ONU para a Estabilização do Haiti é um “fracasso” por não cumprir sua meta de estabilizar o país.
FONTE: JB Online / COLABOROU: José Adriano
NOTA do BLOG: Na sua opinião, já passou da hora do Brasil sair do Haiti?
Acredito que as forças militares deveriam voltar e fazer o que eles estão fazendo no Haiti aqui no Brasil.
Que tal começar furar poços no sertão nordestino?
Taí uma pergunta complicada de responder…gostaria de ouvir o Cinquini e saber o que ele acha disso.
Ele tem acompanhado mais de perto o assunto Haiti do que eu e acho que ele teria uma opinião mais embasada.
De qualquer modo, não acho um “fracasso” a missão do Haiti. Precisamos refletir um pouco sobre o que se entende por “estabilizar” um país…Não podemos achar ou supor que os Capacetes Azuis devam assumir o papel de polícia, pois não cabe isso a eles. Mas enfim…
abraços a todos
Na hora de colocar ordem lá e limpar a merd@!#@$# deles a nossa presença era bem-vinda.
Bando de ingratos.
Bem lembrado Adlermedrado,
Vamos mandar eles devolverem todo a comida enviada para lá.
Outra pergunta a Plataforma Haitiana em Defesa de um Desenvolvimento Alternativo (Papda) representa a opinião pública do Haiti?
E depois de devolverem toda a comida enviada para lá os militares podiam ou/e deviam rearmar e libertar para eles os criminosos que foram presos … Não foi um fracasso a missão da ONU lá? Então que façam eles próprios (haitianos) o que acham que deva ser feito …
Pelo que entendi, não representam não a opinião pública haitiana. Eles representam movimentos sociais, então devem ser ditas ONGs, e provavelmente representando interesses das pessoas das facções criminosas cujos membros foram presos pelos militares. Dúvido que representem a opinião pública.
Esperemos pela opinião do Cinquini que pelo já citado acima, é a pessoa aqui melhor embasada para explicar essa alegação de fracasso da Missão da ONU no Haiti.
Certamente o cara tem uma agenda que a presença do EB e dos Fusileiros Navais prejudica a implementação e por isso reivindica hipocritamente o fim da operação; agora convenhamos, o ordenamento jurídico que conhecemos no sul, partes do sudeste e centro oeste não alcança todo o Brasil geográfico. Em certos estados impera o fisiologosmo em detrimento da Constituição da República e da ordem jurídica, uma intervenção não seria má idéia.
fdccabral
Rapaz, não entendi o significado do que você escreveu. Poderia ser mais claro?
Abraços
Sinceramente, apenas pelo nome da dita organização (Papda), sinto que são “da esquerda”, tipo não estão contente nunca com a “situação”.
Pelo nome, fica uma leve ideia de comunismo barato, pois levam o nome de Alternativo no meio.
Eu não creio que ja chegou a hora da tropa brasileira sair do Haiti, ainda há muito para ser feito naquele país.
Críticas sempre surgem em uma situação como esta, mas devemos ter a paciência para discernir a crítica construtiva da pura e miserável crítica sem fundamento, onde esta não ajuda em nada nos esforços empregados no local.
Deixem que falem, estamos lá por um pedido da ONU, e não como invasores.
abraços.
No post anterior, fiz uma comparação com a nossa política brasileira, onde a classe governante recebe o nome de “situação”, e a oposição de “esquerda”.
abraços.
Meus Amigos
Apoio nossas tropas no Haiti(parece até um americano dizendo”apoio nossas tropas…”)
Eu não sei se o Haiti tem condições de se auto-governar e se tiver,poderá ser um governo “porco”(corrupção,fome,desemprego e etc…).
E ai quando isto acontecer,vamos ver Cuba II.
Abraços.
Acho interessante esse debate ai dentro do Brasil, me lembra de um outro que ocorre aqui…
Marine, aqui onde?
Sobre a pergunta do Blog. Sou da opinião de o Brasil nem devia estar la. Os EUA que começaram, então que terminasse. Mas já que estão lá, e fazendo tudo o necessário e possível para colocar ordem na casa, então no momento em que todas os objetivos da missão forem cumpridos será a hora de partirem. Não é uma força de ocupação, é uma força de paz.
Claro, se em algum momento a população desejar a saída da força de paz e a ONU tiver certeza de que esse desejo é legítimo e estiver sendo manifestado por forças comprovadamente representativas da população e não por ditas ONGs, representando interesse excusos. Daí também seria o momento da saída da força de paz, saída feita em coordenação com a população para evitar um vácuo de poder e que poderia ser ocupado por facções criminosas ou outras forças que não representem o desejo legítimo da população do Haiti. .
Não sei a fundo a situação política do Haiti, espero aprender mais com os participantes deste espaço. Mas quando lí a presente notícia na imprensa, chamou-me a atenção que um dos patrocinadores da presença do dito haitiano no Brasil, foi o MST. Acho desnecessário maiores comentários.
Acho que sim, apesar de o brasil estar fazendo um excelente trabalho, quanto mais tempo passar mais ficará desgastada a imagem das nossas forças armadas lá, na verdade estão atribuindo aos brasileiros missões que não são de sua responsabilidade, estabilizaçao economica, restruturação da policia local e trabalhos de infreestrutura hurbana,esquecendo que a missão do brasil é apenas manutençaõ da ordem e evitar uma guerra civil.
Alexandre,
Quis dizer aqui nos EUA. Esse debate do papel do pais, quando sair de outro, se devemos nos envolver em reconstruir uma nacao, estrategia de saida e tudo mais e velho aqui, acho interessante ver como o Brasil e a opiniao publica lida com isso.
Abs!
Eu acho que esta hora já está chegando, mas não sei se poderemos.
Porque deveríamos sair.
A força de manutenção da paz no Haiti, sob o comando brasileiro, as vezes me parece como a última cereja do bolo. Tem representação de forças armadas de vários países que almejam um lugarzinho ao sol na política internacional, e quase nenhuma representação dos países tradicionais em forças da ONU, que participaram da intervenção inicial no Haiti. Acompanhando o andamento da missão desde o princípio, é possível ver que, se o comando brasileiro vacilar (chegou perto no caso do suicídio do General Bacelar) chineses, paquistaneses, chilenos, e mesmo argentinos, irão se estapear pelo comando. À mim chegaram a ser patéticas algumas situações iniciais, como a pressão da China para assumir um comando que já havia sido delegado ao Brasil, ou algumas posições tomadas por participantes questionando o comando brasileiro. E temos a iniciativa unilateral dos EUA de criar sua própria base sem vínculo com o efetivo da ONU, o que me parece absurdo.
Tudo isso está tirando o foco da ação principal que deveria ser o apaziguamento do país e a sua volta “aos trilhos”. Mas os participantes estão fazendo política internacional. As críticas (sérias ou não), acabam apontando a responsabilidade sobre o responsável pela força, no caso o Brasil.
Se é para ficarmos lá, que as ações de outras agências internacionais sejam intensificadas, que se estruture realmente a economia do país, que o dinheiro (ajuda) prometido pela comunidade internacional chegue realmente ao Haiti. Que o comando da força mostre atitude também frente as cobranças das promesas internacionais. Ou, então, que o Brasil comece a tomar iniciativas unilaterais de ajuda direta a população haitiana, forçando mudança de comportamento dos demais membros.
Senão estaremos apagando incêndio com gasolina, e seremos responsabilizados por isso mesmo que tenhamos feito todo o esforço para que isto não ocorresse. Do jeito que está é um péssimo negócio ao país, e não me agrada ver os soldados brasileiros serem as buchas no meio da população.
Quanto ao não podemos.
Sair simplesmente não dá. Não somos o supra sumo do mundo ainda, mas não podemos mais nos comportar como uma criança chorona, reclamando o tempo todo. Assumimos uma responsabilidade e temos que ser coerentes com os compromissos assumidos pois a população de um país depende disso. Seria interessante sairmos para nos livrarmos do que acho que está se tornando uma situação que não apresenta resultados concretos, e nem apresenta perspectivas futuras de ser concluída em bom termo. Mas, então, toda força política criada pela país nos últimos anos iria para o ralo. E agora José?
Talvez esteja chegando a hora de sairmos, mas, em minha opinião, seremos as últimas botas a deixar o Haiti. Se sairmos.
Abraços
PS: ainda é bom lembrar da loteria que irá iniciar em 2010 no Brasil, também conhecida pela alcunha de eleição presidencial, que, entre outras coisas, vai definir o comportamento do Brasil neste tipo de situação. Lula aceitou o trabalho. Vamos ver o que dirão os candidatos a sua sucessão.
E agora? Pouco mais de um ano, um terremoto e uma epidemia de cólera, será que eles ainda querem a saída do Brasil de lá?