Rússia vai reduzir a sua presença militar na Abjasia e Ossétia do Sul
O Comandante do Estado Maior das Forças Armadas russas, o general do Exército Nikolai Makarov, declarou hoje que a Rússia planeja reduzir o número de soldados nas suas bases militares na Abjasia e Ossétia do Sul.
“O número de militares russos nestas bases será menor do que calculamos inicialmente (3.700 homens em cada uma)”, disse o general ao RIA Novosti em Le Bourget, sede da feria aeronáutica mas importante do mundo.
Segundo Makarov, “Abjasia e Ossétia do Sul têm exércitos próprios que devem cumprir suas missões”, já as tropas russas estão nestas repúblicas com o objetivo de “manter estável a situação na região e proteger a integridade territorial dos novos Estados independentes”.
O general precisou que a Rússia acondicionará, até o final do ano, uma “base na Abjasia na região de Gudauta e outra na Ossétia do Sul, nas imediações de Tsjinvali”.
Em agosto de 2008 o Exército da Geórgia invadiu o território da Ossétia do Sul e atacou Tsjinvali, a sua capital, e outras cidades com artilharia pesada, lança-misseis múltiplos “Grad”, tanques, bombardeio com aviões de combate, e franco-atiradores que dispararam contra a população civil. (NOTA: segundo a versão russa) Tsjinvali foi convertida em ruínas.
O conflito causou 1.500 mortos, segundo a Ossétia do Sul. A Georgia também planejava lançar um ataque massivo contra Abjasia. Na agressão da Georgia contra Tsjinvali morreram mais de dez efetivos de paz russos e dezenas deles ficaram feridos.
A Rússia enviou à região quase 10.000 militares para reforçar o contingente de paz que já tinha na região, com a missão de proteger os vizinhos locais, muito dos quais têm nacionalidade russa.
A operação de imposição da paz terminou no dia 12 de agosto e as partes implicadas acordaram, com a mediação da França, um plano para resolver o conflito.
A Rússia reconheceu a independência da Ossétia do Sul e Abjasia no dia 26 de agosto, atendendo uma solicitação dos povos e parlamentos destas repúblicas, auto-proclamadas como tal a 15 anos atrás, estabelecendo relações diplomáticas com as mesmas no dia 9 de setembro.
FONTE: RIA Novosti / COLABOROU: Paulo Cadavid Delgado