Dia da Vitória: resgatando nossa história
A paz conquistada após o término da Primeira Guerra Mundial foi efêmera, pois os resquícios desse embate combinado com profundas transformações ideológicas, políticas e econômicas ocorridas a nível mundial levariam nossa civilização a um conflito de dimensões globais e catastróficas, capaz de vitimar cerca de 50 milhões de pessoas.
Dentro desse contexto que precede a Segunda Guerra Mundial (1917-1939), podemos elencar alguns fatores que fecundaram o embrião da barbárie: o orgulho ferido dos alemães após a assinatura do espoliativo acordo conhecido como Tratado de Versalhes; a insatisfação italiana com os territórios adquiridos; a Revolução Russa e a expansão dos ideais comunistas; a crise no sistema capitalista mundial e o surgimento de doutrinas totalitárias, como o nazismo na Alemanha, o Fascismo na Itália e o Imperialismo japonês.
Em 09 de agosto de 1943 é criada a Força Expedicionária Brasileira, visando representar nosso país na guerra contra as Potências do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), consolidando a declaração de guerra formalizada pelo governo Vargas, motivada pelos covardes ataques alemães a navios da Marinha Mercante brasileira. Nos campos de batalha da Itália, cerca de 25.000 homens enfrentaram toda sorte de dificuldades, como o adestramento diminuto, armamentos precários, a falta de experiência em oposição a um inimigo calejado de batalhas, um terreno adverso e severas condições climáticas. A coragem, a fibra, o grande poder de adaptação e a ausência de choques raciais internos em um efetivo tão miscigenado surpreenderam o inimigo e as forças aliadas, atributos estes, forjados no calor das batalhas, como Monte Castello, Castelnuovo, Montese, Collecchio e Fornovo, que proporcionaram um misto de alegria pelas vitórias, coroadas com a captura de uma divisão alemã completa, com mais de 15.000 inimigos, e de tristeza, pelas 465 vidas ceifadas.
O dia 8 de maio faz alusão a vitória dos países aliados, obtida na Europa, em 1945. Vitória contra a intolerância, contra a opressão, contra o totalitarismo escravista e a discriminação racial. Vitória da liberdade, da democracia e da paz, conquistada e embebida em sangue de bravos brasileiros, que defenderam nossa honra e soberania com sua coragem, seus valores e seu patriotismo. Nosso respeito e eterna gratidão aos que nos deixaram e parabéns aos nossos pracinhas, filhos desta Pátria e que a ela entregaram em sacrifício seu bem mais precioso: a própria vida.
FONTE: http://www.anvfeb.com.br/ AUTOR: Sgt Alberto Luciano Cardoso da Rosa, licenciado em História pela Universidade Federal de Mato Grosso
Meus parabéns a todos os bravos homens que orgulharam nosso país na Segunda Guerra Mundial.
Alguém sabe onde posso achar o filme “e eles não voltaram”que conta a história da FEB?Agradeço desde já.
Abraços.
Este quadro que ilustra a matéria pertence ao acervo do Museu do Expedicionário de Curitiba. Retrata a rendição da 148a. Divisão de Infantaria alemã. Em frente ao Museu existe um canhão de 105 mm capturado junto com a 148a. DI.
Vale a visita.
De quando é esse quadro?
Os tanques Sherman não foram usados pelo EB na Itália.
O único tanque usado NA ITÁLIA foi o M-8, que era um Carro de Combate sobre rodas, usado em missões de reconhecimento (SE não estou enganado, um outro tipo tb. foi usado, mas não um tanque de combate, como o Sherman).
Não pretendo e não quero diminuir nossos feitos e nem os fatos. Gostaria sim de estar enganado; ou seja, de que a FEB os tivesse usado. Mas, “aumentá-los” não é benéfico à história e não é patriótico.
Abraços.
AMX,
e o que vc me diz sobre o quadro “Independencia ou morte” ?
Bonito, mas muito longe da realidade, alias, quadros normalmente nao tem compromisso com a Historia e sim com a estetica.
Há milhares de exemplos, em todos os paises e raramente retratam a verdade, alguns mais, alguns menos.
abraços
Dalton, com todo o respeito, mas é sabido que existe muuito tempo entre as datas em que os dois quadros foram feitos.
O primeiro “até” se justifica. Mas o segundo não. Foi recente.
A França tb. fez coisas do tipo qdo. da invasão da Normandia, mostrando pinturas publicadas em periódicos que levavam a crer que estavam entre os primeiros a desembarcar na Normandia e entre os primeiros blindados a entrar em Paris. Coisa que não foi verdade.
Isso apenas contribuiu para que tivessem a fama de medíocres.
Querer atribuir-se mais do que merece é sinal de fraqueza e frustração. E temos motivos suficientes para nos orgulhar de nosso desempenho. Não é necessário que um quadro nos “minta” (ainda mais em se pensando nas novas gerações).
Abraço.