Indústria brasileira mostra sua força na LAAD 2009
Maior evento de Defesa e Segurança da América Latina tem recorde de público e chega a 18,2 mil visitantes de 53 Países
Rio de Janeiro, 17 de abril de 2009 – Mais do que um espaço para se ter contato com que há de mais atual em tecnologia de Defesa, a sétima edição da LAAD – Latin America Aero and Defence, no Riocentro, se encerrou hoje mostrando a força da indústria nacional. Embora muitos países tenham participado do evento trazendo suas novidades, foram as empresas brasileiras – ao todo 93 – as grandes atrações da feira, fruto da expectativa da recém-lançada Estratégia Nacional de Defesa, do Governo Federal.
Recorde de público e de expositores – cerca de 18,2 mil visitantes e 336 empresas participantes, respectivamente –, a LAAD 2009 teve sua abertura prestigiada por diversas autoridades, como o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes.
Durante quatro dias os visitantes puderam conhecer projetos inovadores na área de defesa, na aviação, no combate terrestre e na atuação com frota marítima, desde navios altamente equipados a submarinos nucleares. “A LAAD confirma sua vocação de ser um importante fórum de debates e de apresentação do estado da arte em tecnologia de defesa. A LAAD 2011 acontecerá de 12 a 15 de abril, no RioCentro, e deverá, atrair a indústria mundial de defesa e reunir as maiores autoridades do setor”, afirma Sergio Jardim, diretor geral da Clarion Events, organizadora do evento.
Os estandes de empresas nacionais tiveram grandes procura. A CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos), por exemplo, localizada em Ribeirão Pires, em São Paulo, é segunda maior empresa de fabricação de munição do mundo. Além disso, produz coletes e carabinas. Muitos visitantes ficaram surpresos, pois achavam que o Brasil sequer produzia armas, menos ainda munição, segundo um dos gerentes da empresa.
A Emgepron (Empresa Gerencial de Produtos Navais), vinculada à Marinha do Brasil, comercializa sistemas navais, munições e navios de guerra e a Atech, que desenvolve tecnologia para as três forças, são outros dois exemplos bem-sucedidos de empresas nacionais.
Brasileira como a Emgepron e a Atech, a Avibras (Indústria Aeroespacial) também desenvolve produtos e presta serviços de Defesa. Sua escala abrange artilharia e sistemas de defesa aéreos, foguetes e mísseis. A empresa também fabrica veículos armados. O que muita gente não sabe é que ela atua também na área do transporte civil. Com uma divisão chamada Tectran fabrica equipamentos de telecomunicação, equipamento industrial eletrônico (Powertronics) e pintura.
Na área de explosivos, o destaque nacional da feira foi a empresa Britanite IBQ, que produz tecnologia e desenvolve bombas inteligentes, com sistemas guiados a laser, por satélite ou GPS, bombas e foguetes 70 mm de alta performance etc. Localizada em Curitiba, a empresa atende atualmente os mercados interno e externo. Toda esta tecnologia é usada inclusive pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Com expertise em armas não letais e de baixa letalidade, a Condor mostrou porque é uma das maiores empresas brasileiras do setor. No estande, apresentou ao público armas para lançamento de munições não-letais nos calibres 12, 37/38, 38.1 e 40 mm, que dão, segundo os instrutores, versatilidade às forças de segurança, nas ações de policiamento ostensivo, no combate à criminalidade e nas operações de controle de distúrbios.
Outro destaque brasileiro ficou por conta da produção tecnológica do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), que exibiu vídeos, simulações e maquetes como parte do elevado padrão de pesquisa, estudos técnicos e inovações em equipamentos como radares, armas e munições. Além disso, em parceria com a IVECO, está desenvolvendo o veículo VBTB, uma viatura blindada, de transporte médio e capacidade anfíbia.
A LAAD 2009 contou com delegações oficiais de mais de 40 países e teve um crescimento em área física de 15% em relação à sua última edição em 2007.
Gostaria que um dia fosse aberta ao mortais como nós!!! Nem que pagando ingresso, no problem!!!
“Muitos visitantes ficaram surpresos, pois achavam que o Brasil sequer produzia armas, menos ainda munição, segundo um dos gerentes da empresa”.
Esta frase prova que o marketing no exterior deve ser mais agressivo. ABINDE junto com o Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa, Fiesp, Firjan, devem promover em todas as feiras internacionais de defesa os nossos produtos, isto não é despesa, é investimento. Além do país exportar produtos de alto valor agregado, criaria empregos e mão-de-obra especializados , acho que o momento é propício para a retomada da indústria de defesa.
Excelente….missao cumprida!
Deixo apenas a dica do Prof. Expedito Bastos (www.defesa.ufjf.br) para uma melhor localizacao da laad. Um bom ponto seria o campo dos afonsos na zona oeste do rio de janeiro. area grande e eh um aeroporto.
Estamos fazendo bonito!
Eu fui la e realmente tava muito bacana!!
A ideia de se colocar a feira em um aeroporto é realmente excelente!!
Abraços!!!
Rodrigo, me diga como vc conseguiu? Vc é militar?
A metéria acima corrobora os meus coméntários em relação a esta LAAD. Deu prá ver pelas notícias divulgadas que o grande destaque deste feira foi a indústria de defesa nacional. Muito bom, pois até nós, brasileiros, estávamos com a idéia de que quase todo o parque industrial do setor de armamentos estava sucateado, com apenas uma ou outra empresa produzindo alguma coisa. E, como visto, é bem o contrário.
Espero qua a END tenha despertado de vez o gigante adormecido.
Saudações!
“Se queres paz, prepara-se para a guerra.”
A industria de defesa de um pais e o significado de independencia, porque e a ponta da lanca das industrias de um pais. Ela significa tudo de mais moderno e de alto valor agregado produzido no pais.
Outro dia estava observando um folder turistico que sao distribuidos nas embaixadas. Quando se falava sobre a industria nacional, sabe de quem falavam? Embraer e Vale do Rio Doce.
Esses blogs que comentamos, bem como todos aqueles que lutam pelo setor da defesa, fazem um favor para o Brasil. Temos que disseminar a ideia de que a industria de defesa e algo urgente para nosso desenvolvimento tecnologico e economico. E mister que se large o ranço daquelas vozes revanchistas que ate hoje se levantam sem propriedade o o pifio argumento que o brasil e um pais de paz e que a industria de defesa vai contra a indole brasileira.
O momento e agora senhores!
Bom saber q o BR ta preparado pra uma guerra estática com uma industria bélica formidável estaremos preparados pra terceira guerra mundial sem ter virado uma “Polônia da vida” (durante a ultima guerra mundial a Polônia foi derrotada em 1mes e meio d combate).