M4 Sherman em ritmo de aventura
Em 1968-69, o Brasil se balançava nos cinemas vendo o filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”. Nas ruas as coisas andavam bem agitadas também na relação do país com as Forças Armadas, mas isso já é uma outra história. Em compensação, a relação da produção do filme com as três Forças deve ter sido muito boa, pois nas sequências finais o personagem principal e seus amigos (e inimigos) vivem loucas aventuras em meio a um desembarque anfíbio da MB, do lançamento de paraquedistas pela FAB e de uma batalha de M4 Shermans em terra!
Infelizmente não foi possível, por questões técnicas, inserir o vídeo desse trecho final do filme diretamente aqui no Blog, mas você pode CLICAR AQUI PARA ASSISTIR esses 10 minutos eletrizantes. É claro, dê um desconto para os dois minutos e meio iniciais da sequência, em que o herói do filme, flutuando em pleno espaço, recebe o recado da Terra para reentrar na atmosfera (de paraquedas!). E curta toda a agitação e manobras (incluindo um combate entre os M4 Sherman e suas inusitadas guarnições) dos minutos seguintes.
Colaborou (cutucando a memória no post sobre os Sherman): Dalton
“Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”!!! Nossa! Esse filme é tosco.
Tem um certo valor histórico pra quem estuda e pesquisa a MPB (meu caso, por sinal)…mas o filme é horrível.
Este filme fez parte de uma estratégia de mercado para lançar o Robertão como um novo TED (terror das empregadas domésticas), só que agora desvinculado da Jovem Guarda, que já afundava por essa época (o filme é de 67), perdendo audiência cada vez mais pra MPB (que se fortalecia nos Festivais da Record)…enfim…outro papo este daqui.
Nunão e Dalton, vcs desenterraram os mortos, hein?…hehehe
“Eu sou terrível
Vou lhe dizer
Que ponho mesmo
Pra derreter
Estou com a razão no que digo
Não tenho medo nem do perigo
Minha caranga é máquina quente”
E dá-lhe Robertão!…hehehe
abraços a todos
Ah! E sem falar que o filme queria ser uma espécie de “A Hard Day’s Nigth”, dos Beatles, tupiniquim…e, evidentemente, virou um pastichão total.
enfim…
Mas vale, ao menos, pra ver as moças de mini-saia (bem anos 60 mesmo) no meio dos Sherman…hehehe
abraços a todos
Rapaz que imagens legais. Elas tinham tudo a ver com os filmens de aventura dosanos 60, sobretudo no período que se seguiu aos filmes de James Bond. Tinha de ter mulheres bonitas, automóveis, tomadas de ação e velocidade…tudo finalizand com umas boas tomadas de guerra, onde os mocinhos sempre venciam os caras do mal.
Além disso esse filme traz tomadas aéreas do Rio de Janeiro daquea época que são simplesmente impagáveis. Há até uma cena em que o Roberto Carlos, supostamnte pilotando u Hughes 300 da Vootec, passa por dentro do Túnel do Pasmado!
As tomadas dos Shermans, dos fuzileiros (com suas EDVPs, seus fuzís FS e os uniformes baseados na padronagem dos Marines, no final da II GM) e dos paraquedistas saltando dos C-119 são antológicas.
Existe também um filme “de espionagem” (paródia escancarada dos filmes de 007) com o ator Terry Thomas, que se passava no Rio de Janeiro. Ele termina numa perseguição automobilística na subida do Cristo Redentor,e quando os mocinhos estão prestes a se dar mal a cavalaria, digo os paraquedistas chegam, saltando em massa dos Vagões Voadores. Para nós que somos brasileiros e cariocas, Esse filme _ cujo nome sinceramente eunão sei e não consegui decobrir na filmografiado falecido ator inglês – tem cortes hilariantes.
Bem, como este é um Blog sobre as FFAA só me cabe fazer uma análise: os militares daquela época podiam ter mesmo alguns dos defeitos que os cleptocrata de esquerda não cansamde alardear; porém que eles sabiam aproximar o cidadão comum das Forças Armadas, isso eles sabiam. Embora uma produção dessas pudesse passar ao homem comum uma idéia de poderio militar profundamente ilusória, certamente elas também promoviam o orgulho cidadão pela posse de tal dispositivo militar, fraco mas prestigiado pela população. Se alguém duvida é só lembrar como ficavam cheias as mostras de material militar nas antigas EXPOEX, nos “open-day” das bases aéreas (onde era possível até executar pequenos vôos panorâmicos em C-47 ou C-91) ou as exibições dos navios da esquadra no Pier da Praça Mauá. As famílias, das mais diferentes classes, afluíam em massa e não havia quem saísse de lá sem um souvenir, um folder e a certza de que aquelas forças ram importantes para a manutenção da segurança do país e dos seus cidadãos.
Infelizmente esse sentido nós perdemos. Naquela época (em que os “novos” M-41 ainda não estavam completamente assimilados pelo EB) nós não podíamos sequer desafiar os canhões dos Firefly argentinos. O nosso Minas quase não saía do porto e os caças da FAB infelizmente não poderia sequer interceptar algum dos modernos jatos da nossa própria frota comercial a uma grande altitude…Porém o grande valor do qual sinto falta hoje é a MORAL, a ATITUDE,a VIBRAÇÃO que os soldados daquela época tinham e que conseguiam instilar nas pessoas comuns. Eles sabiam nos fazer co-partícipes de uma idéia de Brasil, que muito embora estivesse longe de ser perfeita ou ideal, estava ANOS LUZ à frente dessa cleptocracia em que nos transformamos.
Aliás, deixa eu me corrigir: o filme do Rei não se “inspirou” no “A Hard Day’s Nigth” (embora a Jovem Guarda sim, daí que saiu o tal de “iê, iê, iê”), mas em outro filme dos Beatles: o “Help” (de 1965)…que é um filme de aventura, musical, voltado para o público jovem, com cenas de tanques etc. Só que neste filme existe uma coisa de diferente: o non sense inglês (o humor cortante característico dos britâncos), que eu acho ótimo. Eles são críticos a eles mesmos, aos próprios ingleses. E como só o humor (o humor crítico) constrói…então…
aqui tem um tralier do filme dos Beatles em que aperecem os tanques (só que não são os Sherman) e tudo o mais:
http://www.youtube.com/watch?v=6M3skID44Gg
e aqui uma pequena cena, com os tanques em destaque:
http://www.youtube.com/watch?v=hWyKlXpstzo&feature=related
Chegaram a ver esse filme, Nunão e Dalton? Esse dos Beatles?
Não sei quanto a vcs, mas eu gosto mais do filme dos Beatles que o do Roberto Carlos: música melhor, compositores melhores, tanques melhores…hehehe
Mas foi legal vcs lembrarem deste filme do Roberto Carlos. Bem legal.
abraços
Rapaziada, dei muita risada!! ” quem é o inimigo? Num sei, é treinamento!” hahaha
Discordo quanto a achar o filme ruim, na verdade essa “ruindade” é uma virtude que está na moda entre os cinéfilos e eu pessoalmente acho muito divertido essas pérolas.
Valeu ver a gatinha de bota branca na metralhadora. Agora a crítica de que as forças armadas não estão integradas com as varias mídias hoje em dia é verdade. La na terra dos gringos quase todos os filmes tem uma participação qualquer de um militar. Aqui nosso complexo de inferioridade só consegue produzir bons filmes que falam de nossas piores mazelas (central do Brasil, carandirú,etc.)
Então valeu demais ver essas imagens de um tempo mais patriótico.
abraço a todos.
Muito bom o post no sentido em que foi feito: lembrar os Sherman, parte da história da arma blindada. Obrigado, Dalton.
Desculpem o tom sério da msg.
Esse filme é pura propaganda.
Nem tão barro, nem tão tijolo, as interpretações dadas pelos dois grupos (“esquerda” e “não esquerda”) sobre a época são equivocadas.
As posições maniqueístas sobre a época só contribuem para o desconhecimento.
Outra visão ao filme é o seu conteúdo altamente ideológico, de uma juventude despreocupada na época mais turbulenta do país. Rock, drogas e sexo sem conteúdo político, acusação recorrente a jovem guarda que ignorou a efervescência política.
Enquanto uns acusam todos os militares de torturadores, o que é uma inverdade maldosa de cunho político. Tentam denegrir as instituições, que vão muito além do regime militar e se confundem com a própria idéia de Brasil. Esquecem tb do vies totalitário dos grupos armados que eram combatidos.
Associar-se a país estrangeiro, recebendo dinheiro e treinamento é traição, usar de ações indiscriminadas contra civis é terrorismo, nada de heróico há na luta armada.
Contudo, da mesma forma que não podemos esquecer dos militares e civis mortos por terroristas, tb pessoas inocentes foram torturadas e mortas nos porões da ditadura.
Muitos que apenas amavam seu país e não concordavam com os rumos tomados, foram calados pela violência, ameaça ou asilo. Quantos militares foram para a reserva compulsoriamente por perseguição política?
Particularmente, na época tratada, a memória destes patriotas que almejavam o melhor para o Brasil e pagaram alto preço por isso, não me permite compartilhar dessa idéia de juventude despreocupada.
Por isso, a jovem guarda caiu e foi substituida pela MPB, porque esta refletia os anseios dos jovens da época.
O Blog não é político, o tema é controverso, desculpem…
Sugestão para próxima matéria.
Os M3 do EB na cultura nacional:
http://bp1.blogger.com/_awsF9FBebMs/R21N6zzPIfI/AAAAAAAAGZs/rN3GSAy8mEM/s1600-h/Sexy+2006.02+-+Morenas+Do+Tchan7.jpg
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Meus caros, como diria o Bosco…
Sou mais da opiniao do André. Por ser ruim, é que o filme tem seu charme, rs
O astronauta em questao, o Edward White, morreria dois anos depois em um estupido acidente envolvendo a Apolo 1, ele e outros dois astronautas. Fala-se muito em sabotagem do nosso programa espacial, pode até ser, mas, Russia e EUA nao chegaram onde chegaram sem mortes e erros e muito dinheiro jogado fora também.
Para mim, o filme nunca passou de entretenimento puro e simples. Do tipo que vc assiste, dá algumas gargalhadas e… esquece.
Os anos 60 foram incriveis, era apenas uma criança, e só nas decadas seguintes comecei a apreciar de verdade tudo o que aconteceu naquele periodo, seja em politica, televisao, musica, costumes e etc
Nao desculpe-se nao Abrivio. Um pouco de politica discutido aqui de forma saudavel tenho certeza que os editores do blog , neste caso o Nunao, apoiam.
Recordar é viver…acabo de recordar que tenho que trabalhar um pouco.
abraços
Valeu Nunao!!!!
Nossa, eu já tinha visto esse filme (nao sei aonde) quando era pequeno! E agora eu sei aonde os Trapalhões se insipiraram! rsss
Mas como disseram acima o filme tem um valor inestimável só peolo fato de ver os fuzileiros fazendo um desembarque anfíbio, os Shermans a pleno vapor e os PQDs saltando dos C-19.
Eu acho que tenhos umas fotos coloridas dos C-19 e o PQDs em terra rss, vou olhar o “baú” aqui rsss
Abração
“Sir em 30 mar, 2009 às 11:35
Sugestão para próxima matéria.
Os M3 do EB na cultura nacional:”
E que cultura nacional!!! Meu deus!!!!!!
Cinquini,
que nada…o filme tem um valor inestimável por mostrar essa mulherada de mini-saia…só isso!…kkkkkk
É um filme de época e como todo filme de época (e vc sabe bem), tem um certo valor histórico (se caráter sentimental ligado aos costumes e não propriamente estético) para a história do cinema brasileiro (e tangencialmente para a história da MPB).
E a relação que vc fez com os Trapalhões não está de toda errada, não. O diretor do filme do Robertão vinha das chanchadas dos anos 50. Não era um mau diretor, pra esse tipo de filme, mas também nunca almejou grandes voos estéticos…É tipo os filmes da Xuxa de hoje em dia. Aliás, Xuxa e Roberto Carlos…tudo a ver. E já que estamos falando de anos 60, Roberto Carlos e ditadura militar, então: plim, plim!
abração
ops. “se caráter” = de caráter….
Grande Mestre Hornet,
Além da mulherada de saia eu acho esse filme de validade histórica por mostrar equipamentos e fardas em uso, que apesar de serem da SGM, já estavamos na Guerra Fria. Aquele desembarque dos Fuzileiros é uma preciosidade sem tamanho! Coisa linda de se ver! Eu tive a oportunidade de ver esse tipo de farda camuflada na AMAN em um manequim exposto no corredor. Aliás, os corredores da AMAN são recheados de quipamentos antigos, de fato ali é um passeio ao passado.
Abração
Cinquini
Falando em Trapalhões, o Mussum era cabo da FAB antes de se aventurar no Samba aonde fez muito sucesso, mas isso vc deve saber pois sua área de pesquisa é música popular 🙂
Cacildes!!!!!!
Cinquini
Grande Gafanhoto Cinquini,
sim, sem dúvida. Acabou sendo um registro deste tipo de equipamento das nossas FAs, uma vez que a TV ainda engatinhava nesta época e o cinema ainda era um dos meios mais eficazes para se registrar os costumes e a vida de época em imagem e som. Concordo plenamente.
A parte da mulherada foi só uma zuação…hehehe
Sobre o Mussa…sabia sim…só no forévis!!!…hehehe
abração
É isso aí. Esse é o cinema nacional.
P… Sir, acabei te tomar uma porrada da dona Maria quando abri a primeira foto e babei o teclado.