SÃO PAULO – Um grupo de bandidos roubou sete fuzis do quartel do 6º Batalhão de Infantaria Leve, em Caçapava, no interior de São Paulo, no fim da noite de ontem. Segundo o Comando Militar do Sudeste, por volta das 23 horas o bando atacou dois postos de sentinela do batalhão do Exército, dando início a um tiroteio. Um militar acabou ferido durante o confronto, mas sem risco de morrer.
O Comando da Unidade determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) para a apuração do fato e iniciou as diligências para recuperar o armamento roubado. O IPM, cuja condução é sigilosa, nos termos do Artigo 16 do Código de Processo Penal Militar, tem prazo de 40 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.

História do 6º BIL

Criado em 1908, em Recife (PE), o 6º Batalhão de Infantaria Leve foi transferido para Curitiba, de onde combateu rebeldes da Guerra do Contestado -disputa territorial entre Paraná e Santa Catarina. Mais tarde, já em Caçapava (SP), estabeleceu-se em uma antiga fábrica de tecidos -onde, no primeiro juramento à bandeira, em 1918, teve como paraninfo Olavo Bilac. Desde então, a unidade participou das revoluções Paulista (1924) e Constitucionalista (1932), combateu comunistas na Intentona Comunista (1935) e esteve presente na Segunda Guerra Mundial. Posicionando-se na região de Queluz (SP), atuou ainda no golpe militar de 1964.

FONTE: Estadão/Folha de São Paulo

NOTA do BLOG: Essa não é a primeira vez que isso acontece e não será a última. O Exército precisa guardar suas unidades militares e suas armas, como se estivesse em guerra. Afinal, estamos praticamente numa guerra interna faz muito tempo, por causa do crescimento do crime organizado e da ousadia dos bandidos, apesar da vista grossa das nossas autoridades.

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15 anos atrás

[…] policiais civis e militares, ocuparam quatro bairros de Caçapava e de São José dos Campos para tentar recuperar os sete fuzis roubados no domingo de um quartel. Dois helicópteros estão sendo utilizados na operação. Embora o Tribunal Superior Militar afirme […]

angelo
angelo
15 anos atrás

Conversando com um militar da 3ª Divisão de Exercito, aqui na minha cidade, Santa Maria/RS, fiquei estupefato quando o mesmo comentou que os sentinelas da maioria das unidades “Tiram guarda” com o FAL desmuniciado. Um carregador cheio, fica junto ao cinto, e os soldados não tem autorização paera colocá-lo na arma sem ordem do Cmmt da Guarda ou Oficial de serviço. Os soldadinhos estão lá para enfeite. É muito triste o despreparo de nosso Exército…Em caso de ataque, terão de esperar ordens para reagir…é brincadeira. Abraços.

angelo
angelo
15 anos atrás

Correção: “Cmt” e não “Cmmt”

DaGuerra
DaGuerra
15 anos atrás

Queridão, se um militar, principalmente de carreira, atirar contra um mano desses, vai ficar o resto da vida enrolado, respondendo na justiça e se duvidar ele é que será condenado. O “direito dos mano” no dia seguinte, junto com a imprensa marronzista e ONG estarãona frente da OM relembrando a “ditadura e a tortura”.

VirtualXI
VirtualXI
15 anos atrás

Mais um tapa na cara do Exército Brasileiro.

Lucas
Lucas
15 anos atrás

existem quarteis que colocam soldados desarmados em algumas guaritas para nao ter problemas com roubo de armas. nao da para exigir mto dos sentinelas nessa situação a q são expostos.

getulio - São Paulo
getulio - São Paulo
15 anos atrás

Sem uma força profissional, como a dos americanos, voluntariado, pago, fica impossível vigiar estes quarteis. O soldado conscrito só quer dormir de madrugada, como ocorre em quartel militar, ou vigilância pública de todos os níveis de governo. Esta situação mostra a precariedade e falta de responsabilidade do governante, conforme consta da outra matéria, onde o exercito irá dispensar os conscritos antecipadamente ou convocar menos recrutas. Como pretende o Brasil estar no Conselho de Segurança da ONU? É melhor deixar para o Japão, a Austrália, ou até a Venezuela, pois quem não segurar o próprio quartel, como irá garantir a segurança de outros?.

getulio - São Paulo
getulio - São Paulo
15 anos atrás

Com a dispensa de recrutas o governo está dando sinais ao crime organizado (PCC em SP) que os quartés estão abandonados à própria sorte e despreparo dos que estão convocados. O que eu ouvia do quartel de Caçapava era que era uma força de elite do exército. Lamentável, falta esclarecer quem era o comandante daquela unidade.

Bandeira
15 anos atrás

Se nossas “otoridades” não ficarem mais expertas, não sei não, com o treinamento que dão ao pessoal (não sei como está agora, mas teve época que cada soldado dava de 03 a 05 tiros reais, durante todo o serviço militar)qualquer pivetinho manuseia melhor um fuzil que muitos dos nossos soldados, vamos melhorar a qualidade do treinamento, e acordar, pois não é mais bandidagem, e guerrilha urbana mesmo.

Henrique
Henrique
15 anos atrás

Isso é uma vergonha, quarteis mal guarnecidos ou isolados, soldados (sentinelas) mal treinados… o EB ainda vive no tempo que se amarrava cachorro com linguiça e esquece que o crime organizado é o verdadeiro inimigo deste país!
Do jeito que a coisa é (e sempre esteve) um grupo bem preparado de 20 a 30 miliantes é capaz de dominar um quartel inteiro, fazer a feira e ainda sair nos blindados ou viaturas do EB.
ACORDA MOCORONGOS !!
Abraço.

Felipe Cps
Felipe Cps
15 anos atrás

Putz, logo no 6o BIL, um dos melhores batalhões de SP? Que vergonha, meu Deus.

Off topic URGENTE, deu no Jornal Nacional: por cortes do orçamento, FFAA cortam 70% dos recrutas… É isso senhores, acabou, podemos entregar o país…

Noel
Noel
15 anos atrás

Olha, ocorrências como essa, acontecem a muitos anos, e as FFAA compreendem muito bem o risco que correm, porém por mais que se de instruções e orientões para o SV, o componente mais vulnerável da segurança sempre é o Soldado de SV, pois ele é AMADOR(já citei isso em outros posts), mesmo um SD PQDt ou Fuzileiro, é temporário, no máximo 6 anos na sua Força, os SD não especializados 4 anos, portanto o seu compromisso com a instituição, por melhor que seja o Soldado, é relativo e momentâneo, no último ano no serviço a cabeça do “cara” tá voltada prá o que ele vai fazer quando sair, e com razão, além do que alguns são cooptados pelo crime, o que pode comprometer a segurança da OM em que ele servia, afinal conhece a rotina, também não se pode impedir meliantes de serem incorporados, pois suas fichas corridas, como menores, não podem ser repassadas as Forças, isso ocorre mais no Rio, e um pouco em Sampa. Realmente na guerra moderna, o conscrito não tem vez.
Solução: profissionalizar o SD, porém isso nunca irá acontecer, pois entra o componente político-social e ai pega, e ainda tem muito milico, principalmente do EB, que ainda prefere o status atual.

RODRIGO
RODRIGO
15 anos atrás

O problema é que quem faz a guarda nao têm preparo para tal.Geralmente é um grupo de soldados “bisonhos” que estao de guarda sem capacidade para reagir a um ataque desses.É por isso,que acho que as FAs precisam ser profissionais,sem o alistamento obrigatório.Em menos de um ano,é impossível treinar um soldado para reagir a uma situaçao dessas…..!

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15 anos atrás

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15 anos atrás

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