Críticas à Estratégia Nacional de Defesa preocupam Jobim
BRASÍLIA – Informado de resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com o generalato, no Quartel-General, para saber da extensão das críticas e do nível de contaminação delas na caserna.
Na conversa, o general Enzo tranquilizou Jobim e disse que os documentos com críticas apresentados por três generais de Exército, o mais alto posto na hierarquia militar, eram pessoais Segundo ele, as críticas eram pontuais e foram apresentadas aos demais generais com objetivo de deixar registrados seus pontos de vista. Dois dos três generais que apresentaram suas críticas à Estratégia de Defesa, formulada pelo próprio Jobim, estão deixando o serviço ativo no próximo dia 31 de março.
Algumas das críticas dos generais passam pelo que chamam de temor de politização das Forças Armadas. Eles protestam contra o fato de que os militares poderão ser ainda “mais afastados dos círculos decisórios”.
Nos documentos, os generais deixam claro ainda a insatisfação com a parte que coube ao Exército no plano de Defesa, que “evidencia uma desproporção no que tange aos objetivos das Forças Armadas”, não prevendo para o Exército “nenhum projeto de modernidade, ao contrário do que ocorre em relação à Marinha e à Força Aérea”.
Os militares condenam ainda o artigo do plano de Defesa que unifica as compras pelo Ministério. Não usam esta expressão, mas temem que seja instaurada “a política do empurrômetro”, como alegam que ocorreu agora com a aquisição de 12 helicópteros de ataque russos para a FAB e 50 franceses, divididos pelas três Forças, fruto de acordos comerciais e políticos.
A maior crítica é aos helicópteros russos considerados de “não prioritários” e “impróprios”. Um dos documentos cita que essa centralização de compras permite “a introdução de idiossincrasias típicas da administração civil, como a corrupção e o tráfico de influência”, e lembra que a “a manutenção das referidas aeronaves terão um custo logístico que não estava programado no orçamento da Força”.
Os autores dos três documentos apresentados são os generais-de-Exército Luiz Cesário da Silveira Filho, que deixou o comando Militar do Leste; Paulo César de Castro, que também está indo para a reserva e deixa o Departamento de Ensino e Cultura do Exército, no final do mês; e Maynard Marques de Santa Rosa, que fica até 2010 na chefia do Departamento Geral de Pessoal. Os generais Cesário e Santa Rosa já haviam se desentendido anteriormente com o ministro Nelson Jobim. Procurado, o ministro da Defesa não se pronunciou.
Fonte: Tribuna da Imprensa/Agência Estado
O Exército, quando em vez, utiliza de “kamikazes” para mostrar suas insatisfações.
Esse foi um caso.
Vou postar aqui as minhas opniões que já tinha postado no tópico anterior.
Estratégia Nacional de Defesa é algo novo para nós. É sim um plano ambicioso más como disse um colega aqui, nasceu capado. Não hà uma reserva do PIB para ser aplicado nas Forças Armadas como era previsto no início da eleboração da END.
Só que agora a END já está pronta e portanto teremos que aplica-la como está. Más nada impede que daqui a alguns anos façamos uma revisão nela.
A Inglaterra, antes de 11/09 de 2001 fazia suas revisões estratégicas entre 12 e 15 anos. Após o ocorrido em 11/09 ela passou a fazer a cada 08 anos. Poderemos então fazer nossa próxima revisão assim que os comandantes de Forças Armadas apresentar esta nescessidade ao Ministro da Defesa que estiver ocupando o cargo e este se dirigir ao Presidente da República através de exposições de motivos. Simples.
Por enquanto, e isso é até normal, considero que alguns oficiais generais estão sentindo a perda de espaço do militar na gerência das Forças Armadas. E se vocês notarem somentos oficiais do Exército é que emitem suas opniões sobre os grandes temas Nacionais como aconteceu com o episódio Serra Raposa do Sol/General Heleno. E sempre o Exército esteve presente nas grandes decisões e momentos políticos da nação, vide o episódio da Proclamação da República.
Más acho que nossos Oficiais Generais – de todas as armas – precisam entender que numa Democracia – aquela que eles tanto defendem – o poder civíl sobrepuja o poder militar. É simples.
Más temos um problema sério. O Ministério da Defesa – quando da sua formação – o quador civil foi sendo preenchido por funcionários cedidos de outras pastas e ministérios que nada têm a ver com o assunto Defesa. O próprio MD já nasceu acéfalo de pessoal civil especializado. E até hoje – pelo menos acho eu – não houve concurso para complementar os quadros de especialistas civis de Defesa.
Ora! Como serão os civis que vão fazer compras de Material de Emprego Militar se não hà especialistas na área lotados no Ministério da Defesa?
Precisamos primeiramente estruturar o MD com todos os meios possíveis – pessoal e equipamento – para que possa cumprir suas obrigações com hesmero. Caso o contrário, teremos sim sérios problemas no que tange a aquisições de Material de Emprego Militar o que acarretará sérios problemas nos nossos meios operativos das 03 Forças.
É minha opnião.
Tá passando da hora de fritar esse aspone de ministro da defesa, juntamente c/ aquele dos olhos esbugalhados fez um tremendo de um serviço de porco.
Os militares, não somente os do EB, devem expor suas criticas ao END, diretamente ao comandante supremo e este que trate de atende-los.
Críticas fazem parte do processo democrático. Não vejo problema algum nas críticas feitas e a maneira como todos as receberam.
E concordo com relação às críticas feitas contra a aquisição dos Mil-35 pra FAB. Compra mal feita tem quer ser criticada sim.