Debate sobre a Estratégia Nacional de Defesa na Globonews
Exibido em 24/01/2009, o Globo News Painel, apresentado pelo jornalista William Waack, tratou sobre a END – Estratégia Nacional de Defesa, com a participação do Professor Dr. Salvador Raza, jornalista Roberto Godoy e o cientista político Luciano Dias. Vale a pena assistir aos dois vídeos e comentar aqui sua opinião.
INDICAÇÃO: Junior Cesar Mendes Takahasi
parabens Galante MUITO BOM TEMA EA DISCUSAO
Eu assisti os dois vídeos e gostei muito. No entanto, faço uma ressalva: o Luciano (cientista político) como “especialista” em defesa deve ser um grande guitarrista. O Godoy é o Godoy, todo mundo já conhece, mas até que não se saiu mal…até colocou algumas questões interessantes.
Mas o que vale a pena mesmo, na minha avaliação, são os comentários e as críticas do prof. Salvador Raza.
Sabiamente ele apontou os defeitos e as virtudes do END. Ele não é o tipo de “crítico burro” (pra não dizer outra coisa), que joga fora a criança junto com a água suja do banho. Sabe avaliar defeitos e apontar as virtudes. Ou seja, não é um palpiteiro…entende do assunto.
vale a pena ver. E acho até que este vídeo deveria ser postado nos outros blogs também (no aéreo e no naval), pois tem assunto para todos.
abraços a todos
Ainda sobre este assunto (discussão do END), saiu no site do Defesa Brasil esta nota:
“END é tema de debate em Brasília
04 de Março de 2009
Parlamentares, representantes dos governos estadual e federal e empresários irão se reunir em evento para debater a indústria bélica no Brasil
A Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara dos Deputados irão promover no dia 29 de abril de 2009, em Brasília, o Fórum Plano Estratégico de Defesa: Modernização e Apoio do Governo aos Fabricantes de Equipamentos de Defesa.
O encontro, que será realizado no Hotel Grand Bittar, irá reunir representantes dos governos estadual e federal e empresários do setor de equipamentos de defesa.
O objetivo do Fórum é debater com a sociedade e os empresários do setor a formulação do Plano Estratégico de Defesa e a importância do Plano para a soberania do país.
Durante o evento será discutida a formulação do Plano Estratégico de Defesa; a modernização dos equipamentos de defesa; o reaparelhamento das Forças Armadas; incentivos fiscais para as empresas brasileiras que exportam equipamentos; a reconstrução da indústria bélica nacional e seus desdobramentos econômicos e políticos; capacitação da indústria nacional de material de defesa para a independência tecnológica; a prioridade dos equipamentos de fabricação nacional para atender as necessidades dos comandos militares e a Agência Espacial Brasileira (AEB) e a segurança nacional.
O tema vem sendo discutido de forma ampla nos meios de comunicação após a criação, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 6 de setembro de 2007, de um grupo de trabalho para a formulação do Plano Estratégico de Defesa. Apelidado de PAC das Forças Armadas, o comitê irá corrigir as distorções existentes, como a perda da capacidade operacional das Forças, e elaborar o Plano Estratégico. Por meio do Ministério da Defesa, o governo reafirmou a decisão de ajudar a consolidar o setor para aumentar a independência brasileira na área de defesa.
Serviço:
Data: 29 de abril de 2009
Horário: 8h às 18h
Local: Hotel Grand Bittar
Endereço: SHS, Qd 5, Bl A, Brasília-DF
Informações: (61) 3216-9765”
Que bom que a sociedade de um modo geral começa a discutir o END e a Defesa. Acho isso um avanço e, no meu modo de ver, um avanço proporcionado pelo próprio END.
abraços a todos
Acontece que, o PND que aí está, já chegou “capado” para a opnião pública uma vez que, existia uma cláusula, ou seja lá o que for, que destinava 2,5% do PIB para a defesa. É claro que, “engessando” uma parcela do PIB para a defesa traría um custo político para o presidente. Mas se esse ponto fosse mantido, a sociedade estaria debatendo muito mais o PND do que está agora.
No vídeo, eu senti também a falta de uma citação ao SINAMOB, sistema esse que está intimamente ligado ao PND.
No mais, acho que os entrevistados foram cuidadosos em seus comentários uma vez que, a audiêincia do programa é composta na sua maioria por leigos e, para que haja um amplo debate com a sociedade civil, se faz necessária a não-utilização de termos muito técnicos.
Fico orgulhoso em trazer a minha contribuição para este espaço em que se encontram talvez, os melhores e maiores entusiastas do tema.
Concordo com o Hornet, nos vídeos, o cara que não é palpiteiro de jeito nenhum é o Salvador Raza.
Mas acredito que as discussões têm que se intensificar para que um orçamento fixo seja estabelecido para o reaparelhamento e a manutenção desse crescimento das FA’s no orçamento.
Parabens ao blog, ao William Waack e principalmente ao prof.Salvador Raza.O dr. Raza é “o cara”. SDS.
Preferia, para este debate, o Hornet, o Bosco, o Mauro, o Galante, o Wolf-pack e o Welington (para conhecer o Mauro! eles se adoram!) estes são meus colegas lá do Poder-Aéreo (fora os editores claro) que respeito bastante pelas visões políticas e técnicas! junto com diretores da extinta ENGESA, Avibrás, EMBRAER, entre outras! seria o debate do ANO!
Ah e claro eu como “ancora” para retaliar todo mundo! uhuhauhauh
Abraços
Francisco
” Falando ” em Bosco, por onde será que ele anda ?
Será que ele foi finalmente vencido pelos entusistas dos avioes invenciveis e dos submarinos que afundam porta-avioes americanos
toda semana ?
Espero que nao!
Acho que a melhor defesa naval é uma força moderna de submarinos que são dificilimos de detectare podem destruir navios a 50 km de distância e esquecer os porta-aviões porque a operação é caríssima e tem que ter caças modernos que são muito caros. Um submarino nuclear apoiado por submarinos a diesel mete medo em todos os navios até os porta-aviões, o U-212 da itália ficou a 7km de um porta-aviões nimitz escoltados por diversos navios e um submarino seawolf e não foi detectado, afundou o porta-aviões e fugiu, daí a importância dos submarinos, quanto aos tanques tem que trocar os canhões de 105mm que não são capazes de perfurar blindagens de tanques pesados modernos, devemos colocar canhões de 120mm e para defesa aérea do país além dos caças devemos comprar misseis de defesa de longo alcance como os s-400 da rússia com alcance de 300km, isso sim nos daria um poder de defesa fantástico essas combinações.
Boa pergunta, por onde andará o Bosco? Até eu que sou o empresário dele para assuntos andromedeanos e raios miniaturizantes não tenho tido notícias…hehe
Fracisco,
Ah! se fosse a gente debatendo, ia ser muito melhor…aí ia ser de alto nível mesmo…hehehe
abraços
Francisco AMX “Waack”…
kkkkkkkkkk… Essa foi boa. Tô até vendo esses caras sentados e debatendo na TV. kkkkkkkk…
Más pessoal! Faltou alguém nesse debate não é mesmo?
Chama-se Geraldo Cavagnari. Este sim podeira dar uma grande contribuição para este debate.
Abraços.
Poh Zero te deixei de fora! nada! tu seria o diretor do programa! 🙂
Abraço! Ah e continue expondo teuas idéias políticas, aprecio bastante!
Francisco
É o que o ministro Mangabeira Unger queria e esta se concretizando.
Na TV, jornais, revistas, internet (inclusive NÓS), participantes dos Blogs estamos levando adiante a discussão desse Plano.
Pelo meu ponto de vista, os debates em torno de pontos especificos que estão no Plano, servem como uma “maquiagem” do que é o seu verdadeiro foco, seu verdadeiro objetivo que é o de leva-lo como um todo para a sociedade brasileira.
E Nós aqui, temos participação nisso com nossos comentários, criticas, idéias, análises etc.
Não existe plano perfeito ou imperfeito.
Existe atitude. E a criação desse plano é resultado de uma atitude deste governo e que certamente será aperfeiçoado para o mais próximo da “perfeição necessária” ao povo brasileiro.
OBS – Desta vez eu não critiquei o governo, e sim dei um de acordo com ele.
rsrrs
Abraços e vamos continuar com nossas discussões.
As opiniões do Sr. LUCIANO DIAS, foram perfeitas!
Cavalheiros,
Vi com muito interesse as opinioes dos comentaristas e trago alguns pontos para que possamos debater aqui entre nos de maneira inteligente:
1-MB: Sera negacao do mar atraves apenas de subs sendo assim o poder aeronaval de projecao abandonado para um pais que tem o desejo de ingressar no cenario mundial?
2-O END em si e muito ambicioso? O que se tornara realidade e o que nao passa de sonho?
3- Existe uma disconeccao entre os meios desejados e a infraestrutura intelectual e industrial instalada para produzi-los?
4- Desejamos projecao de poder para defender os interesses do estado ou apenas operacoes de manuntencao da paz?
5- Politicos vao entender/se importar do assunto defesa quando?
6- O END fala da Amazonia em um aspecto muito brando, e apenas intencao e se for qual e essa intencao tendo em vista a dimensao da area pois nao se pode proteger tudo?
Aguardo o debate e sds!!
O Professor Salvador Ghelfi Raza é Capitão-de-Mar-e-Guerra e pelo menos até o ano passado era professor de uma universidade americana, nao me recordo do nome agora, ligada a temas relacionada com temas de Defesa e Relacoes Internacionais.
Marine,
vc destacou pontos importantes do debate. Apenas pra acrescentar, gostaria de destacar também 2 outros pontos, que achei importantes, abordados nos vídeos:
– a questão da tecnologia. Necessitamos de um complexo-industrial-militar para nos desenvolvermos tecnologicamente, ou não? A França estaria numa posição mais favorável para o Brasil fazer as parcerias de desenvolvimento tecnológico?
– A escolha da defesa em rede. Devemos optar pelo modelo dos EUA ou pelo modelo Suéco? Ou por um terceiro modelo, a ser criado ainda?
acho que estes pontos também valeriam a pena ser discutidos com os colegas do blog.
inté
Uma pergunta… Essa tal defesa em rede, a qual o professor se refere na entrevista, seria o sistema data-link dos caças?
Flamenguista,
é algo que vai além disso, embora a questão da tecnologia (como o data-link, por ex., seja importante também).
A atuação em rede a que se refere o END, salvo engano, trata-se de uma sistematização e de uma otimização dos meios e das capacidades das FAs. Ou seja, seria a capacidade de nossas FAs atuarem umas com as outras, tanto numa situação de combate real, como numa situação mais corriqueira de monitoramento e patrulhamento de nosso território (incluindo tudo: terra, ar e mar). Para se fazer isso, a padronização de sistemas, equipamentos e de meios é fundamental.
Neste aspecto, além de equipamentos adequados para isso, creio que deva haver uma mudança (que não será fácil) da própria mentalidade das 3 Forças, pois exigirá uma mudança no relacionamento entre elas. (Como sabemos, ainda existe muita “concorrência” e muita vaidade entre as 3 forças: “esse helicóptero é meu”. “Não, ele é meu, sou eu que uso helicóptero e só eu que posso usar”…hehehe….Aqui foi só uma piada pra ilustrar o tamanho da encrenca que ainda teremos que enfrentar aqui neste quesito).
Mas, além disso, além desta mudança comportamental (digamos assim) das FAs, existe também a questão tecnológica. A defesa centrada em rede é também a chamada “guerra da informação” (no sentido da informática). E é aqui, nesta parte da tecnologia, que o prof. Salvador comenta os dois modelos: o dos EUA e a da Suécia.
Não sei se consegui explicar direito, provavelmente os outros amigos do blog poderão explicar esta questão melhor do que fiz, mas é mais ou menos por aí….
abraços
Bem, para quem quiser saber mais sobre a o conceito de Defesa em Rede, achei um artigo que explica a questão de uma maneira mais detalhada:
(http://www.revistamilitar.pt/modules/articles/article.php?id=330)
De fato, conforme o prof. Salvador comentou, só existem dois modelos no mundo: o suéco e o norte-americano. (detalhe: são modelos de “network defense”, não se trata exatamente dos equipamentos usados, embora nos dois casos citados – Suécia e EUA – isso também aconteça).
Ao que parece, o END indica o modelo norte-americano para ser adotado no Brasil. Este modelo tem muitas vantagens (como por ex. o de ser adotado por vários países na Europa), mas para nós, e segundo o prof. Salvador comentou no vídeo, ele tem uma desvantagem crucial: é caro demais.
O outro modelo, o Suéco, não é tão ambicioso quanto o norte-americano mas parece que é bom também…só que também tem um problema (que está comentado no artigo citado no link acima): a neutralidade suéca pode se transformar, de algum modo, num fator limitador (ao que parece ele só é adotado na própria Suécia).
Então, ficamos com esse problema aí…como resolve? Sugestões? Opiniões?
abraços a todos
Pessoal. Só um adendo…
Estratégia Nacional de Defesa é algo novo para nós. É sim um plano ambicioso más como disse um colega aqui, nasceu capado. Não hà uma reserva do PIB para ser aplicado nas Forças Armadas como era previsto no início da eleboração da END.
Só que agora a END já está pronta e portanto teremos que aplica-la como está. Más nada impede que daqui a alguns anos façamos uma revisão nela.
A Inglaterra, antes de 11/09 de 2001 fazia suas revisões estratégicas entre 12 e 15 anos. Após o ocorrido em 11/09 ela passou a fazer a cada 08 anos. Poderemos então fazer nossa próxima revisão assim que os comandantes de Forças Armadas apresentar esta nescessidade ao Ministro da Defesa que estiver ocupando o cargo e este se dirigir ao Presidente da República através de exposições de motivos. Simples.
Por enquanto, e isso é até normal, considero que alguns oficiais generais estão sentindo a perda de espaço do militar na gerência das Forças Armadas. E se vocês notarem somentos oficiais do Exército é que emitem suas opniões sobre os grandes temas Nacionais como aconteceu com o episódio Serra Raposa do Sol/General Heleno. E sempre o Exército esteve presente nas grandes decisões e momentos políticos da nação, vide o episódio da Proclamação da República.
Más acho que nossos Oficiais Generais – de todas as armas – precisam entender que numa Democracia – aquela que eles tanto defendem – o poder civíl sobrepuja o poder militar. É simples.
Más temos um problema sério. O Ministério da Defesa – quando da sua formação – o quador civil foi sendo preenchido por funcionários cedidos de outras pastas e ministérios que nada têm a ver com o assunto Defesa. O próprio MD já nasceu acéfalo de pessoal civil especializado. E até hoje – pelo menos acho eu – não houve concurso para complementar os quadros de especialistas civis de Defesa.
Ora! Como serão os civis que vão fazer compras de Material de Emprego Militar se não hà especialistas na área lotados no Ministério da Defesa?
Precisamos primeiramente estruturar o MD com todos os meios possíveis – pessoal e equipamento – para que possa cumprir suas obrigações com hesmero. Caso o contrário, teremos sim sérios problemas no que tange a aquisições de Material de Emprego Militar o que acarretará sérios problemas nos nossos meios operativos das 03 Forças.
É minha opnião.
O Brasil não está preparado para participar do conselho de segurança da ONU.
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Especialista?
Só se for especialista em idiotice.
Onde já se viu realizar programa tendencioso chamar de debate?
Essa bandalha pensam todos os brasileiros são idiotas, pesam que TODOS acreditam nessa mentira descarada!
globo = lixo