“Vamos lutar contra o terrorismo com nossos valores e ideais”, diz Obama
Presidente norte-americano decreta fim de Guantánamo em um ano e assina medidas que proíbem a tortura e os maus-tratos nos interrogatórios e detenções
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assinou nesta quinta-feira, 22, em seu segundo dia de governo, um decreto que estabelece o fechamento da prisão de Guantánamo em um ano. O novo chefe de Estado também assinou outras duas ordens executivas que proíbem a tortura e os maus-tratos nos interrogatórios e o encarceramento de presos. Criada durante o governo George W. Bush em 2002, Guantánamo, localizada em uma base naval em Cuba, era usada para prender suspeitos de terrorismo do mundo todo sem uma acusação formal. O presidente afirmou que com estas ordens “os Estados Unidos têm como intenção prosseguir a luta atual contra o terrorismo de maneira vigilante, efetiva e de acordo com seus valores e seus ideais”. “Estamos decididos a vencer esta luta, e vencê-la em nossos termos”, explicou.
O fechamento da prisão militar, muito criticada por denúncias de tortura de presos, era uma das principais promessas de campanha de Obama. Segundo o jornal The New York Times, a medida executiva deve enviar ainda ordens diretas para que a Agência Central de Inteligência (CIA) feche todas as prisões secretas dos EUA. A ação, um dos primeiros passos para desmontar as políticas prisionais de Bush, deve reescrever as leis americanas para prisão de suspeitos de terrorismo. Ela pede a revisão imediata dos processos dos 248 presos mantidos na base naval em Cuba, e determinará se eles serão transferidos, libertados ou julgados.
Um rascunho da ordem de Obama foi obtido na quarta-feira pela agência de notícias Associated Press, e tratava das questões levantadas pelas detenções na prisão militar. O texto dizia que o fechamento de Guantánamo “aumentaria a segurança nacional e os interesses da polícia externa dos Estados Unidos e da justiça.” Na quarta-feira, após uma solicitação de Obama, juízes responsáveis por julgamentos militares na base confirmaram a suspensão por 120 dias das audiências dos processos contra seis réus mantidos na prisão – cinco deles acusados de envolvimento nos atentados de 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos. Segundo a BBC, os processos legais no campo de prisioneiros têm sido muito criticados porque os militares americanos estariam atuando ao mesmo tempo como carcereiros, juízes e jurados.
Considerada um símbolo de abuso dos direitos humanos, a prisão de Guantánamo desgastou a imagem dos EUA no mundo. A principal crítica aos julgamentos das comissões militares para os presos de Guantánamo era a possibilidade de serem aceitas provas ou confissões obtidas por coerção, por meio dos chamados “métodos aprimorados de interrogatório”, considerados tortura por muitos e defendido pelo governo Bush.
Destino dos presos
Após o fechamento da prisão, o novo governo deverá decidir para onde os presos serão mandados. Na quarta-feira, a Suíça anunciou que considerava receber esses detentos se isso ajudasse no fechamento de Guantánamo. Em nota, o governo suíço disse que a detenção de pessoas em Guantánamo está em conflito com as leis internacionais e que os suíços estão prontos para contribuir com a solução do problema no local. O porta-voz do Conselho Federal (Executivo), Oswald Sigg, deixou claro, no entanto, que as decisões de acolher ou não cada detido serão tomadas após análises “detalhadas e minuciosas” de cada caso.
Também na quarta-feira, o comissário de Justiça da União Europeia (UE), Jacques Barrot, elogiou as ações de Obama para o fim da prisão. “Eu estou feliz com o fato de que um dos primeiros atos do presidente Obama foi virar a página neste triste episódio da prisão de Guantánamo”, disse Barrot em comunicado. “Para mim é um símbolo muito forte. Em um Estado legítimo todos devem ter o direito à defesa”, acrescentou. O comissário da UE apontou que agora os prisioneiros de Guantánamo devem ter direito a todos os procedimentos legais, para que se saiba a verdade sobre suas ações. Para Barrot, lutar contra o terrorismo “deve ser uma prioridade para os Estados Unidos e a Europa, mas com total respeito aos direitos humanos.” Ainda nesta quinta-feira, Obama deve visitar o Departamento de Estado, para se encontrar com a nova chefe do departamento, Hillary Clinton, e seus principais conselheiros de segurança nacional.
Barack O Brahma…..
Sds.
Brrr…dá medo só de pensar neste fechamento de Guantánamo…imagina o PCC/CV tendo um curso de pós-graduação em terrorismo…será que novos”cumpanheru”, como battisti,vão desembarcar em solo pátrio??
Vou falar o que? O cara pegou a caneta e mandou parar com os processos em Guantanamo, congelou o salário do Executivo e disse que não vai tolerar o Lobe em Washington. O cara entrou e não perdeu tempo e nem sáliva e foi metralhando com a caneta. Se fosse nos Trópicos, haveria negociação, se montaria uma bancada para discutir o tema $$$$$$ e depois chegariam em um acordo para se manter a prisão e ainda cobrar pela estadia…
Parabéns ao Obama e aos E.U.A. O exemplo vem de cima.Respeitar para ser respeitado.
Por enquanto tudo são flores… não podemos esquecer que ele é americano e que não vai ajudar países como por exemplo o Brasil de graça, ainda mais sendo dos democratas.
Abraços.
Prezados coitadinhos detentos em Guantanamo,
Venham para o nosso querido Brasil!!!
Aqui terroristas e assassinos têm guarida garantida. E se bobear, rola um carguinho público…
Venham logo, nosso “sinistro farso genro” os aguarda de braços abertos.
A grandeza dos Estados Unidos da América, foram forjados em cima da liberdade, democracia e respeito as garantias individuais. O Pres. Obama, apenas recoloca o país nos trilhos. Inúmeros grandes americanos lutaram contra o racismo interno e contra ideologias totalitárias no exterior.Guantanamo representava a capitulação do estado de direito, ante as pressões da Al-Quaeda, que tinha como principal vitória, a institucionalização da tortura, de interrogatórios violentos e da prisão sem acusação formal.
Vergonha, igenuidade, utopia, negligencia, governo por opiniao publica, menos seguros…
Desde quando americanos tem alguma obrigação de “ajudar o Brasil?”
Obama não vai colocar nada nos trilhos. É um político extremamente demagogo de um partido (democrata) que historicamente tem feito mais pela destruição de seu próprio país do que todos os integrantes do “eixo-do-mal” combinados. De um modo geral os americanos caminham para a desintegração de sua (outrora magnífica, ainda impressionante) base econômica e social, mas isso vocês estão cansados de saber e não vou repetir essa ladainha.
Para os colegas interessados no processo de estabelecimento do Iron Wall de Jabotinsky e na concretização do estado de apartheid em Israel. Video com palestra de John Mearsheimer:
“Link
do Video”.
“John Mearsheimer”.