Iraque: Hora de sair
Em 20 de janeiro toma posse o novo Presidente dos Estados Unidos e provavelmente, a fantasia, a miopia política e a inocência estarão atingindo níveis “nunca antes vistos na história desse mundo”.
Com certeza haverá muitas mudanças, para melhor e outras para pior, mas algumas já estavam programadas bem antes do novo governo, como a retirada de boa parte das tropas no Iraque e o incremento nas operações no Afeganistão.
Correta ou não, a forma como o Iraque foi invadido é uma questão que cabe aos norte-americanos resolverem, mas com certeza, independentemente dos métodos ou motivos usados a deposição de Saddam Hussein e do regime do partido Baath, o Iraque estava na linha de visada dos interesses dos EUA e da sua estratégia para aquela região.
A bola agora está com os iraquianos e cabe a eles tentarem conduzir ao seu modo os destinos do país, “sob o olhar atento da águia” e da Casa Branca, independentemente do seu inquilino ser branco ou negro, careta ou fashion.
Abaixo, um trecho da edição do 1º trimestre de 1997 do Air & Space Power Journal. de autoria do Cel. Jeffery R. Barnett da USAF, que demonstra que, para boa parte dos militares americanos, operações como a Iraq Freedom têm um limite, um prazo de validade, onde a política e a diplomacia voltam à primeira página para cumprir a parte que lhes cabe.
“São deveras consistentes os registros de tolerância dos EUA a baixas em insurreições. Sem riscos claros aos interesses nacionais, o povo americano tem pouca tolerância a baixas dos EUA. As lições do Vietnã, do Líbano e da Somália são claras e diretas. Cientes desse fato, os insurretos pagariam um preço elevado – incluindo possivelmente ataques suicidas – para infligir baixas norte-americanas. No passado, tais ataques usualmente deflagraram crises
políticas nos EUA. Para resolver tais crises, os presidentes quase sempre ordenam retiradas e tornam-se aversivos à reintrodução de qualquer tipo de força militar – inclusive poder aéreo de alta tecnologia – em data posterior. Uma vez os EUA se retirem de uma guerra, é raro nela entrarem de novo. Ao visarem as forças terrestres americanas como alvo, os insurretos podem dissuadir os EUA do emprego de sua força aérea de alta tecnologia.
Será que isso significa que os EUA podem empregar poder aéreo de alta tecnologia para forçar/coagir/derrotar uma insurreição? Não, não podem. A meta de curto prazo dos EUA contra insurretos não deve ser nem a “vitória” nem a “coerção”.
Essas metas estão além do escopo de forças estrangeiras, sejam elas forças terrestres, aéreas ou navais. Como evidenciado pela longevidade do IRA e da OLP, os insurretos podem sempre reverter à estratégia defensiva e assim lutar pelo tempo que desejem (ou até serem mortos/capturados). Em última análise, somente forças governamentais autóctones podem exercer controle político a longo prazo sobre um país. Como potência estrangeira, os EUA jamais conseguirão forçar uma vitória completa sobre insurretos“.
Nota do Blog: Uma dica para os observadores, na futura administração dos EUA, é prestar atenção ao vice-presidente Joe Biden, que é um político que já demonstrou em passado recente sua aversão à venda de equipamentos militares modernos a países latinos-americanos e é francamente favorável à transformação das forças armadas da região em meras forças policiais. Além da timidez do Brasil em tratar com os EUA a aquisição de equipamentos modernos, mesmo quando é do interesse dos nossos soldados, agora podemos contar com mais esse grande aliado! 😉
O mundo todo espera do Sr. Obama muito mais “humanismo” em sua governabilidade, e isso obviamente alimenta esperanças de que o quadro que se viu e que ainda se vê, não volte a se repetir.
Quanto ao Brasil, o fato de existir dentro deste novo governo um outro Sr. chamado Joe Biden não coibirá nossas pretenções militares, que tem o foco em Defesa e não Ataque.
Acredito, que exatamente por este fato pontualmente referindo-me ao Sr. Biden, é que justificamos a diversidade de nossas fontes de suprimentos, compras, parcerias e principalmente transferências tencológias, de modo a nos desprendermos gradativamente desse cordão umbilical. Ao meu ver, não seria sadio que este cordão fosse cortado totalmente e de forma radical, pelo contrário, que se mantivesse por muitos anos, más que daqui para frente, o nivel de entendimento e relacionamento, seja de uma forma muito mais madura em todos os sentidos.
Gostei do novo apelido hein Ze,
Biden tambem ja chegou a dizer que o Iraque deveria ter sido dividido entre linhas etnicas com um pedaco do pais para shiitas, sunitas e curdos. E de lembrar tbm que foi um democrata (Al Gore) que dizia que a Amazonia pertencia ao mundo…
Sds!
O problema é que o remédio usado pelos USA para “democratizar” algumas ditaduras mundo afora, no seu fervor de levar a “Pax Americana”, costuma ser pior que a doença.
A diferença entre remédio e veneno costuma ser a dose.
É a velha estória da menininha que se apiedou do passarinho preso na gaiola e o liberta, para encontrá-lo morto congelado no dia seguinte.
Bosco,
pois é, bem lembrado…
Mas a vida do Obama na presidência vai ser moleza…ele só tem alguns probleminhas pra resolver, criados no governo anterior, mas nada de muito grave…
Só uma crise mundial do capitalismo, duas guerras no Oriente Médio, um déficit 3 vezes maior que o PIB, uma dívida externa crescente (acredite, o Brasil virou credor dos EUA…quando eu vi isso nos jornais, não acreditei…mas é verdade, e parece que somos o terceiro ou o quarto maior credor…onde chegamos…quer dizer, onde eles chegaram?!!!hehehehe)… e o probleminha de valorizar a “imagem” dos EUA, que parece que anda meio em baixa em alguns lugares…poucos lugares, diga-se…eu diria que é só naqueles lugares habitados por pessoas que insistem em não entender direito o espírito da “PAX” americana adotada nos últimos anos…Mas isso aí o Obama tira de letra…. nada que uns lexotans antes de dormir não resolvam….hehehehehe
um grande abraço
Marine,
Na verdade esse apelido é do tempo que éramos moleques, lá pelos idos de o M-14 ainda era o fuzil padrão hehehehe.
Quando éramos moleques o Ostra era chamado de “Bolha” na rua dele, só eu na nossa turma tinha o “green card” para chamá-lo assim os outros chamavam ele de “gordo”.
Na nossa turma na época do Petrovich uma vez o Galante (Bozó) colocou os seguintes apelidos.
Margaret Taco
Yuri Porcatchov
Leonid Cretinev
Idiamim Dodói
Ronald Brega
E mais dois, que não lembro para o Fidel e o Kadhafi hehehehe. Já viu que era tudo doente. Cada estupidez.
Isso daí é invenção do Bozó, como diz o Ostra é um apelido que não pegou, é antigo, ficou bobo e infantil.
PS: sobre o Bozó acho que não é preciso explicar de onde veio e de quem veio esse apelido.
Os gringos entraram triunfantes em Bagda, mas saem de lá sem muito o que comemorar. Ganhar a guerra foi a parte fácil.
Esta guerra mostra duas coisas: Que a democracia não é o melhor sistema político para todos (embora assim queira os EUA) e palavras como “liberdade” e “democracia” tem efeito ipnótico na população população norte-americana, que é capaz de tolerar qualquer abuso de direito em nome destas palavras mágicas, habilmente manipuladas pelos seus políticos.
A democracia, no meu modo de ver, ainda é a melhor forma de governo. Mas a história tem mostrado que ela só funciona quando é conquistada, e não quando é imposta. Aliás, imposição da democracia e da liberdade é uma contradição em termos. Mas enfim…
abraços a todos
A culpa toda é dos Japoneses!!!! Te juro!! isso é culpa dos Japas!!!! 😉
Dos Japas? Não entendi…
Qual é o mistério, Cinquini?
inté
Amigo Hornet,
A democracia não foi feita para todos, assim como a tirania não o é também. Estou dizendo isso por que existem povos que não conseguem viver dentro dos ditames da democracia pois simplesmente não tem capacidade para tal, vide os países africanos, árabes e alguns asiáticos, que vivem em conflito sem fim ou num estado que apenas pratica a democracia de fachada.
É como você disse, tem que ser conquistado, mas nestes países as pessoas não sentem necessidade de tal conquista, pois estão acostumadas à idéia de submissão e à existência de uma figura superior (humana ou divina) que lhes proporciona o que necessitam. Assim se você dizer para eles que devem conquistar as coisas que precisam vão achar que você está falando grego. Democracia so dá certo com um mínimo de desenvolvimento social e principalmente educacional. Sem estas bases não adianta querer força-la que acaba dando no dá por ai.
Se a democracia é dos males o menos pior, acho que para estes povos o menos pior não seria mesmo um governo centralizado e ditatorial, como o que se pratica nestes países, só que com um mínimo de consciência social (reconheço que esta última parte ja invade o domínio da utopia ou ao menos do idealismo).
Um abraço para você também.
O que vemos por essas bandas é uma desastrosa democracia que foi corrompida pelo poder econômico e pelo fisiologismo partidário em detrimento do espírito do conceito, sobrando apenas o pomposo termo.
A “democracia” tem que ser reinventada com urgência nesse século, sob pena de vermos generalizar um sentimento de descrença nela e uma dificuldade em aceitá-la, preferindo outras alternativas, o que causaria um retrocesso social a nível mundial, pra não dizer, civilizatório.
Caro Bosco,
A democracia é isso que está aí, e nunca vai sair disso, pois é o que este sistema de governo permite; esperar mais do que isso é divagar e lutar contra moinhos de vento. Veja a democracia ao longo da história, como a ateniense e a romana, que constantemente se transformava em tiranias pois de fato a democracia tem suas limitações, assim acho que não adianta querer concertar o que não se pode concertar. Não é por isso que se diz que dos males é o menos pior? ou seja, não dá para ficar melhor do que ela já é?
Não que eu seja contra a democracia, mas para que ela seja praticada de forma plena é pré-condição que a sociedade que a adota tenha um mínimo de desenvolvimento social e educacional, e foi aí que os EUA erraram, pois só pensaram na porrada e não no que viria depois. Os norte-americanos não são tontos, sabem de tudo isso de cor e salteado, só não se preocuparam com isto pois essa não era a prioridade.
Para garantir a situação do Iraq pós-guerra, os EUA deveriam fazer com que o Iraq fosse governado temporariamente por um sistema de governo centralizado e forte (numa espécie de autoritarismo), enquanto prepara a população para viver numa democracia num futuro, elevando o seu nível social até lá. O problema é que o governo Bush pegou o estandarte da liberdade de democracia para justificar a invasão ao Iraq, e ficaria complicado perante os seus cidadão sair de lá empossando um novo “ditador” no ligar de Saddan.
Excel,
sim…e eu estava concordando com vc, desde meu primeiro post. A idéia é essa mesma, não adianta impor a democracia em solo onde ela não vai perdurar, isso não faz sentido, pelos motivos que vc explicou.
Mas ainda vejo a democracia como o melhor sistema de governo…só que nem todos os povos vivem no século XXI, mesmo estando todos vivos por aí…A democracia tem que ser fruto de um processo, de um amadurecimento…Também não sei como é que se faz para transformar povos que vivem em sistemas de tribos (ou algo semelhante) da noite para o dia em democracias plenas…nem sei se tem como fazer isso…
um grande abraço
Galera,o nome Barack Obama na verdade é um apelido,o nome original dele é:BARATA NA BRAHMA!!!KKKKKKKKKKKKKK.
Como é que é? Bozó???? acho que o Galante adorava um joguinho de dados………. rs,rs,rs,rs.
Mas, não posso zoar muito não; pois como sou muito forte e vigoroso, olha alguns “nicknames” que já tive de aturar: Saco de osso, Ossada humana, Esqueleto, Pau-de-vira-tripa, entre outros muito poucos honrantes apelidos.
É a vida.
Quanto à foto da matéria, não seria o colega Marine lá pelos idos de 2004, nas ruas de Fallujah? Essa M-249 SAW fica bem em qualquer foto. Excelente equipamento. Mas a MAG tb é muito boa.
Vassily,
Eu nao! Aquilo ali e um certo ser inferior conhecido como PQD da 82nd Airborne…projeto de Marine…Rsrsrsrsrs
E aquela e uma M240B tambem fabricada pela FN mas no calibre 7,62×51 NATO sendo considerada uma metralhadora media e nao leve como e a SAW.
Sds!
Ulisses, você é ruim de inglês. Barack= barato;Obama= Brahma. Portanto, traduzindo fica: “Brahma barata” ou seja Kaizer. O cara na verdade é um nazista disfarçado. Obs: já escreví um monte de besteira, mas esta foi foda!!!
Marine,
Valeu pelas esplicações. Resumindo, a metranca da foto é a MAG, de ampla dotação no Exército Brasileiro.
82nd and 101nd Airborne, divisões com grande Histórias de combate, vide Operação Overlord. A Normandia “bebeu” o suor dessa galera.
Mas não se comparam ao USMC, isso concordo.