MRAP BAE RG-33L
O RG-33L, assim como o irmão menor (RG-33), é uma evolução do RG-31 Nyala, uma viatura blindada de transporte de tropas 4×4, com deslocamento de 7 toneladas, que equipa a Força de Defesa Nacional da África do Sul.
O RG-33L é um veiculo blindado 6×6, produzido pela BAe Systems Land Systems, protegido contra minas e dispositivos explosivos improvisados. O compartimento monocoque em V oferece proteção aos dois tripulantes e oito soldados transportados, todos instalados em assentos especiais, que ajudam a diminuir a onda de choque proveniente das explosões. O fundo em “V” do compartimento funciona como um defletor da explosão. O RG-33L é uma versão aumentada do RG-33 4×4 e como este, pode ser aerotransportado por aeronaves C-130 Hercules. Esses veículos se beneficiaram de todas as experiências oriundas das operações táticas no Iraque e no Afeganistão, onde os IED são o principal causador de baixas nas tropas norte-americanas. Em certos cenários, mesmo as versões blindadas dos HUMVEE, são incapazes de prover proteção à tropa nas operações.
O RG-33L pode ser encontrado nas versões de Transporte de Tropa, Ambulância, Comando e Controle, Escolta e Viatura de Equipes de Destruição de Material Explosivo (EOD).
O RG33L está equipado com uma rampa hidráulica, cúpula blindada com vidros à prova de bala para o metralhador, um braço robótico, equipamento de sobrevivência, suprimento de energia embarcado para sistemas C4I, assentos protegidos contra explosão de minas, ar condicionado, espaço dedicado para armazenagem de equipamentos, pode operar sistemas remotos e conduzir operações centradas em rede. O compartimento de transporte do RG33L fornece uma ótima visibilidade com a transparência blindada TRAP, aumentando a consciência situacional da tropa embarcada, o que é especialmente útil em terreno restrito, típico de operações militares em área urbana.
Os níveis de proteção dos veículos RG-33L dependem da configuração da blindagem, mas o modelo básico oferece proteção contra armas de pequeno e médio calibre, assim como, minas de sopro. Caso necessário, pode receber blindagem externa adicional. Em caso de avaria, o RG-33L pode ser recuperado e rebocado por outra viatura do mesmo modelo.
Até recentemente, já haviam sido produzidos ou entregues cerca de 1.726 unidades do RG-33L, custando cerca US$ 523.000 a unidade. Os usuários nos EUA são o Exército, o Corpo de Fuzileiros Navais e o Comando de Operações Especiais.
RG-33L – Ficha técnica
Comprimento: 8.5 metros
Largura: 2.2 metros
Altura: 3.4 metros
Peso: 24 toneladas
Tração: 6×6
Tropa embarcada: 2 tripulantes e 8 infantes
Motor: Cummins 400 Turbo Diesel de 400hp, com transmissão Allison 3200.
Velocidade máxima na estrada 104 km/h
Combustível: 302 litros de óleo diesel.
Bhaaaaaaa… Bem que nosso Exército merecia algo assim!!! Acho que esta na hora de trocar nossos mercedes bens por estas máquinas de transporte… rsrsrsrsr…
Bravo aos sul africanos que criaram o conceito.
Beleza de equipamento. Só que eu vejo um ponto fraco nesse conceito de carroceria em “V”: o veículo fica muito alto, tornando-se um alvo mais fácil de ser atingido pelas laterais.
Mesmo assim, sem dúvida que substituiu o Hummvee com maestria.
Só que fator “custo” de se manter tb nem se compara. Esse motor de 400CV deve beber bastante diesel, aumentando em muito os custos de operação. Agora, perguntem à um Marine ou soldado do U.S.Army se ele prefere o Hummvee ou o MRAP para fazer uma patrulha pelas ruas de Fallujah, e verão se o alto custo não compensa?????
Vassily,
Pois e, servi em Fallujah e apezar de ser um grande fa dos humvees, especialmente os M1114, realmente contra as IEDS nao da pra comparar pois o s MRAP foram desenvolvidos com a funcao anti-mina em mente entao nao e nem justo comparar com os humvees pois quando concebidos tinham uma missao completamente diferente.
Com relacao a altura desses veiculos como vc disse, o problema nao tem sido o veiculo ser alvejado mas sim o veiculo capotar pois o centro de gravidade ficou muito alto. entao em locais rurais aonde as estradas de terra e pontes muitas vezes nao aguentam o peso alguns veiculos acabam deslizando e as vezes capotando…
Sds!
Vi, uma vez, num documentário sobre o Merkawa (MBT Israelense) em que um dos responsáveis pelo projeto falava sobre minas anti tanques, e o cara disse que nada que anda sobre lagarta ou rodas no mundo militar resiste a uma mina com 10KG de TNT, nada. Na ocasião ele estava falando sobre a destruição de um gigante de 80Ton (merkawa 4), onde uma mina de 10kg explodiu em baixo do tanque e jogou a torre a 5m de altura! 15 ton. de aço! somente o motora sobreviveu. Minha pergunta é essa: Este “mercedin” resistiria a quanto de TNT? haja visto que 10kg á capaz de jogar uma torre de 15ton, com impacto indireto, a mais de 5m de altura! acho que 2KG de TNT fariam picadinho deste kminhão! estou certo?
Francisco,
Embora o aplauda pela sua linha de raciocinio, os variantes nessa equacao sao tantos que nao podemos dizer que o X aguentaria Y de TNT por causa de R…
As IEDs sao infinitamente diversas sendo desde municao de morteiro e artilharia ate explosivos caseiros e outros…O que se pode tirar da historia que voce menciona e de minha experiencia propria e que o mais terrivel a um blindado hoje e uma detonacao por debaixo do veiculo (“belly shot”) pelo fato de a grande maioria serem lisos nesse local. Ja o design em “V” possibilita que a forca da explosao seja desviada para os lados e para fora salvando o veiculo ao contrario dos de barriga lisa que nao tem como dissipar essa forca a nao ser para dentro do veiculo, causando sua perda total.
Vou mandar algumas fotos para o Ze e o Galante se quiserem postar aqui de alguns humvees nossos atingidos em angulos diferentes para que se possa fazer a comparacao…
Sds!
Existem minas para,digamos fundo de tanque,10kg,com cone de cobre,
chamadas minas de funcionamento horizontal,com detonador mais complexo,atua na chapa ,em geral fina do tanque,alguns usam ate
aluminio para economizar peso,o fundo é perfurado,com
um jato quimico/explosivo quente,inicisndo a ignição dos
estojos de projeteis,sistemas hidraulicos do tanque,dai
a força da explosão as vezes lançar a torre longe.
Alguns tanques que vão na frente,possuem uns discos,ou garras,
ripper,que revolvem as minas e etc,para os lados,mas um IED
bem afastado,e potente, fica mais dificil.sds..
Marine,na segunda foto de cima para baixo,tem um device a frente ,me parece um detector de minas ou um scanner lateral com alguma função,e repare tambem que as rodas estão ja mais afastadas ,deve ser para aumentar a estabilidade,devida a
altura da viatura blindada,melhoramentos,sds…
Paulo,
prefiro nao comentar o que aquilo deve ser por razoes de seguranca mas pode ter certeza que os melhoramentos sao constantes.
Sds!
Amigos,
Entre desenvolver o Urutu III ou desenvolver um MRAPezão destes, qual seria a melhor opção?
Os estudos que tomei conhecimento do Urutu III estavam muito simplórios para competir com os Patria AMV, Mowag PIRANHA III ou IV, BTR-90 entre outros.
Também não atenderiam as características de um MRAP, como p/ex. consciência situacional.
Acredito que está fora de foco.
Gostei muito dos MRAP RG-33 L. Está mais de acordo com a realidade das guerras assimétricas atuais.