A evolução dos equipamentos e dos custos para a proteção do combatente
Clicando no gráfico abaixo pode-se analisar como o número de mortes dos soldados americanos em conflitos caiu com o decorrer do tempo, devido à evolução dos equipamentos de combate e de proteção do combatente.
Quando os soldados brasileiros vão dispor destes equipamentos no estado-da-arte?
Infografia: AP/ Tradução: José da Silva
Excelente Galante,
Otimo artigo com base no que ja postei aqui antes sobre o equipamento utilizado hoje em dia.
Semper Fi!
Li em algum lugar,que 80% das fatalidades em uma operação militar,
provem de fogo de artilharia,morteiro,e minas.
Outros 10% de doenças,disturbios,acidentes.O restante
são provenientes de armas de pequeno calibre militares.
Com o aumento da proteção na Infantaria,será que mudou
o percentual significativamente?Isto em um conflito
classico,um irregular deve alterar o indice.
Me parece que as minas ainda são um obstaculo ,para
diminuir o indice,Marine,o que está sendo feito em
relação a minas,e IED? sds
É claro que o equipamento de proteção individual faz a diferença, mas como todas as outras forças, o ganho maior é daquele que toma a iniciativa, vê primeiro, atira primeiro, mata primeiro e consegue se manter oculto.
Mais do que dar proteção balística, os exércitos modernos atuais em geral, tomam a iniciativa e usam da surpresa tática (como já disse nosso amigo Marine inúmeras vezes) graças a um sistema aprimorado de comunicação, comando e inteligência.
No futuro próximo, com UAVs, comunicação em tempo real via data-link, fusão de sensores, visores térmicos de 4° geração, trajes stealth (com proteção IR e “invisíveis”), armas de precisão de maior alcance, um exército high-tech conseguirá ver e atirar primeiro com muito mais propriedade que hoje. No futuro, armas de precisão de longo alcance fornecerão (M-777, HIMARS, Netfire, etc) apoio de fogo instantâneo a nível de pelotão, que estará operando sempre dentro de uma bolha de segurança. Mais do que blindagem, a iniciativa e a surpresa é e será o fator determinante da sobrevivência no campo de batalha.
Um abraço a todos.
Ainda acho que a base de tudo na Infantaria,aonde vou,como vou,e
porque vou,sem isto…
Paulo,
Primeiro tem-se que saber que existem varios tipos de IEDs, algumas sao detonadas por controle remoto e sao derrotadas por modos ECM, outras sao “hard-wired” mas mais faceis de serem detectadas por olho nu pelo soldado bem treinado, outras sao detonadas por pressao e contato mas muitas vezes tbm sao faceis de serem detectadas e existem tbm as EFPs.
Como ja disse antes nao gosto de falar em TTPs principalmente com algo que possa afetar a vida de colegas meus mas o mais importante disso tudo e termos a mentalidade que muito embora a tecnologia ajuda, o mais importante na luta contra IEDs e a doutrina ofensiva do combatente e a inteligencia necessaria para localizar a cadeia logistica e os “bomb-makers” inimigos antes que eles possam plantar as IEDs na ruas. Temos que ser “proactive” ao inves de “reactive”.
Semper Fi!
Num futuro próximo a mira multiespectral de um rifle poderá tanto servir para acertar um infante inimigo como para guiar uma granada de artilharia, e inclusive mandar imagens em tempo real para o “centro de comando”. Tanto a mira do rifle quanto o “visor” do capacete, com imagens projetadas na viseira.
A mira obedecerá comandos “vocais” alterando seu modo de funcionamento para mira simples ou designador de alvos, enviando dados, selecionando o armamento disponível mais apropriado e até mesmo disparando sistemas de armas remotas de alta precisão.
O futuro nos reserva também os exoesqueletos. Bem! Já tô viajando demais na maionese. Este fica pra quando o Galante tocar no assunto.
Um abraço a todos.
Paulo,
“Shoot”, “Move” and “Communicate”!
Toda esta tecnologia tem um ponto vulnerável hoje em dia que são as baterias. Ainda são pesadas e com pouco tempo de duração.
Parece que a resposta está nas microcélulas de combustível que seriam recarregadas com “pilhas” contendo hidrogênio líquido. Esta tecnologia será revolucionária tanto no campo militar como no civil, em celulares, laptops, etc, se tornando o sonho de consumo da sociedade wire less, que anseia por mobilidade e “liberdade”.
Equipamentos elétricos e eletrônicos poderão funcionar por meses, bastando trocar a “pilha”.
Na vanguarda de todo este avanço está a “nanotecnologia”, que sem dúvida iniciará uma nova era, semelhante aos avanços conseguidos pelo domínio da eletricidade, do vôo, da energia atômica e da genética.
Excelente Sr. Moderador! Que beleza de gráfico, mostrando quão importante foi a evolução do armamento e equipamento individual do combatente da II WW, passando pelo Vietnan e chegando ao Iraque. O investimento é inversamente proporcional ao efetivo empregado e ao número de baixas. O que aguardará as tropas do futuro? E as nossas forças, hoje em algum lugar entre a Koreia e o Vietnan, acompanharão o ritmo?
So tem um problema, o grafico diz 28kg…28 o nariz deles! Rsrsrsrs…
Mas e comum os cientistas que desenvolvem esses equipamentos sobrestimarem o peso deles.
Marine,
também o monóculo de “visão noturna” está como sendo de “visão térmica”. Apenas um detalhe.
Bosco,
realmente, temos acesso a visao termica mas ainda sao pesados e nao tao “user-friendly” como a visao noturna no PVS-14 por exemplo.
Ok,Marine,obrigado,ja que vc citou o peso do sistema,
imagine quem for premiado com a placa base do morteiro.
Alias voces não estão usando ao inves do aço,uma liga
mais leve?sds
Gente, este topico é muito interessante, mais na minha opinião, eu creio que a tecnologia é muito boa mais, é bastante pesada, vocês já imaginaram as tropas num ambiente de combate na cidade? só para ter ideia, um vigilante que trabalha em carro forte no meio da muvuca que é a cidade com colete, revolver, espingarda calibre 12, munição de reserva, o peso é um grande dificultador para o dia a dia, já tive vários sinistros no trabalho e sempre no final do dia, que é quando a tropa está mais cansada, realmente é um problema!
Paulo,
Pra te falar a verdade nao sei te dizer o material da base porque nao sou 0341 Mortarman e sim 0311 Rifleman mas com certeza e especialmente em um morteiro 81mm o “felizardo” sera um rapaz muito feliz na marchas ja que so a plca da uns 13 kilos! Rsrsrsrsrs
1) A cooperação franco-brasileira a ser formalizada em dezembro próximo contempla algo definido como “soldado-do-futuro”. Acaso é uma concepção ao menos semelhante ao que se observa na evolução do esquema deste post ? Há um cronograma definido ?
2) No Brasil, esse assunto esbarra na controversa discussão da profissionalização das FFAA. Os “conscritos” neste país, com sabidas demandas sócio-econômicas, e nas palavras das próprias autoridades nacionais, são considerados um “nivelador-republicano”… Analisando semânticamente essa expressão, acredito que ela embute a missão delegada às FFAA para promover formação social-moral-civil aos jovens soldados… Assim, se ingressam sem as bases mínimas, como manipularão tecnologias como as descritas acima, pelos comentários dos blogueiros especialistas na matéria ?
3) Neste país, diante dessa política de “nivelador-republicano”, as FFAA ainda substituem o “trinômio família-escola-igreja(religião)”, o que não ocorre em países mais desenvolvidos em seu IDH. Partimos de uma soldadesca sem base gerais de formação. Isso é fato. E não tenho um juízo formado a respeito desse papel imposto às FFAA brasileiras. Ora acho contraproducente, impertinente, ora entendo inevitável.
4) Mas é certo, que não se espere de um soldado precariamente formado em seu aspecto cognitivo, psíquico, e moral, que um simples equipamento, por mais avançado que seja, ira substituí-lo num TO. O homem veste o uniforme, não o contrário.
Não adianta imaginar que apenas a coragem de nossos guerreiros será suficiente para neutralizar as ameaças de hoje. Haja visto no Iraque que tinha uma tropa muito bem treinada e mundialmente comentada como a guarda presidencial de Sadam. Estive no Iraque prestando serviços depois da 1 guerra e era deploravel ver soldados iraqueanos prisioneiros com um uniforme e equipamentos de fazer rir. Os americanos sempre bem armados e com equipamentos de proteção que fazia medo apenas de olhar para eles. Vi do lado americano jovens com cara de universitarios ganhando batalhas para homens iraquianos com cara de pitbull. O equipamento é sim de fundamental importancia, pois um soldado iraqueano não conseguia se esconder de um americano, pois estava sempre na mira do infra-vermelho e de todos os outros sistemas individuais que o soldado carregava. A teoria do item 4 acima serviu bem até a guerra do vietnan, mas hoje de nada serve um bom soldado sem um bom equipamento.
[” 4) Mas é certo, que não se espere de um soldado precariamente formado em seu aspecto cognitivo, psíquico, e moral, que um simples equipamento, por mais avançado que seja, ira substituí-lo num TO. O homem veste o uniforme, não o contrário. — Ozawa em 25 out, 2008 às 8:40 “]
BRAVO !! BRAVO !!!!! BRAVO !!!!!!!!!
… traduzindo para uma linguagem vulgar:
— SEMPRE será, o cão que abana o rabo, e não o contrário.
Caro Bonfim, com a devida vênia, penso que “a teoria do item 4” do meu post anterior seja contemporânea em todas as datas, ao menos até que o homem não seja substituído definitivamente no campo de batalha por andróides.
Ela, a dita teoria, conclui um raciocínio anterior, que, em absoluto, desmerece a evolução tecnológica do infante moderno, apenas, e tão somente, por sê-lo ainda um humano, e no contexto brasileiro, nivela essa tecnologia um degrau abaixo da evolução humana do soldado, este, ao fim, o definidor e decisor na utilização desse aparato tecnológico.
O uniforme de má qualidade,aparece mais no infravermelho,
parece que a tinta quando degrada com o tempo,aumenta a
detecção,fora outras situações que não sabemos.
Existe outro aspecto fundamental no desempenho de um soldado. Tropas a serviço de um ditador, tropas de “libertação” e tropas em defesa do solo pátrio, se esse solo for uma democracia. A tropa de pior desempenho será sempre aquela a serviço de um ditador. Vide os soldados italianos na II GG durante a invasão da Cecília pelos aliados e a tão “temida” Guarda Repúblicana do Sadam, por ocasião da retomada do Kwait pelas tropas da Coalisão.
Só para relembrar:
1) segundo o depoimento de um comandante aliado na Cecília, o maior perigo que suas tropas correram no desembarque naquela ilha foi serem “atropelados” pelos soldados italianos, que quando descobriram que os invasores eram ingleses e norte-americanos, sairam de seus abrigos e foram confraternizar com os aliados.
2) muito emblemático o que disse um soldado iraquiano quando os aliados chegaram no Kwait: “Por que demoraram?”
Admira citar marchas quando exércitos com este nível de proteção individual são Blindados,Mecanizados ou Aeromóveis.Interessante que cenas do Exército Colombiano operando em ambientes de selva mostram a infantaria usando capacetes e coletes, diferente de outros exércitos do continente onde os infantes não portam nada além de um gorro de abas largas.
Sicília chefe, “invasão da Cecília pelos aliados” parece um estupro coletivo de uma moça hehehe.
Ozawa,
Concordo com sua preocupacao, a ideia de se usar as FAs como nivelador social e nobre mas nao sei se e eficaz pois um conscrito com um ano de servico ainda e muito “verde”. Hoje em dia com base na tecnologia dos equipamentos e a necessidade de ser mestre nas TTPs um bom soldado de infantaria demora em media uns 3 anos para ser competente, tanto que a grande maioria de unidades de Op.Especiais requer um minimo de 3-4 anos para aqueles que desejam tentar ingressar nelas.
A tendencia entao conforme o nivel tecnologico continue a aumentar e as operacoes cada vez mais complicadas e sensiveis (Convencional/Assimetrica), em TOs variados e politicamente corretos e de que o soldado conscrito nao sera capaz de acompanhar isso tudo.
Sds.
Prezado Rodrigo
Desculpe a nossa falha. Eu estava com a sensação de que o nome não estava certo, mas a preguiça de conferir na enciclopédia falou mais alto.
Caro Marine
Tropas de alta tecnologia precisam ser, antes de tudo, profissionais. Para ser um soldado do futuro é preciso vestibular e não convocação obrigatória. Mas isso é muito caro e aqui no Brasil o serviço militar é antes de mais nada a única oportunidade (fora o narcotráfico) da maioria dos jovens ganharem algum dinheirinho.
Prezado Joao,
Mais uma vez e a realidade brasileira, infelizmente…
Não esquenta João, só estava contraindo um pouco. Quanto ao projeto soldado do futuro, não serve a desculpa que as forças são compostas majoritariamente por conscritos, pois existem várias unidades profissionais.
Apesar de ser totalmente favorável ao fim do serviço obrigatório e pela profissionalização, algumas opiniões parecem desconhecer o soldado Brasileiro. O nível não é esse que alguns atribuem e nem é essa motivação,fugir da miséria,que o faz servir nas fileiras. O soldado, apesar da conscrição,não é nenhum boçal, não devendo nada aos de “outras nações”,isso já na II WW. É inteligente,adaptável e profundamente observador das atitudes dos comandantes.
Caro DaGuerra
Quanto ao nível, concordo. Mas se como diz o Marine, exige 3 a 4 anos de treinamento, como em 9 meses será possível prepará-lo? E a um custo de 17 mil dólares por homem?
E aproveitando o gancho do Rodrigo, as unidades profissionais teriam de ser as primeiras. Mas daí vem o tal custo de 17 mil dólares por homem….
Certo Marine. Seu conhecimento do assunto, em situação real, e na vanguarda tecnológica do cenário em que atua, ilustra o que quis dizer apenas em brevíssima, e diminuta, teoria. E, reitero, não formei um juízo definitivo sobre o assunto “profissionalização” das FFAA aqui no Brasil.
O termo “unidades especiais”, como distinção do comum, já está, a meu ver, se tornando equivocado na espiral tecnológica que se encontra a guerra moderna. Ora, chegará o tempo, se já não chegou, em que todo soldado, por definição, terá de ser uma pessoa especial, especializada, pelos recursos que terá de operar. E isso, em geral, considerando meus post’s anteriores, e seu comentário a respeito, ainda nos falta.
Ozawa, Parabens pela sua argumentação de fino trato e coerente raciocinio, mas estive observando varios aspectos quando estava em trabalho no Iraque e via que a teoria muitas vezes tras o problema da eficiencia na pratica. Temos no Brasil bons guerreiros e os melhores se forem colocados num ambiente com condições iguais de zero tecnologia. Infelizmente é urgente a mudança de paradigma da eficiencia no TO antigo. Hoje temos sensores capazes de detectar do espaço movimentação de tropas mesmo que ele saiba fazer um bom esconderijo na TOA.
Por que vou??? não entendi ???
O EB ainda está na geração ” Vietnam”, e parece que empacou, não sai nem com reza braba dos russos ( vide blog naval).
Isso sem falar que, em um ou outro setor, estamos na geração ” IIGM”, já que ainda temos baterias de artilharia equipadas com Krupp 75mm ( vejam bem, da década de 30) de 70 anos atrás.
Dá uma ” meda” nas grandes potências!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Fora o PAC da Defesa-Soldado do Futuro, existe algum programa para substituir o Rifle de Assalto FN FAL utilizado nas três forças atualmente, exceção aos fuzileiros M16?