Ontem em entrevista ao Jornal Nacional, o comandante do GATE disse que seu Grupo não errou, que o erro foi do seqüestrador.
Mas se o objetivo da operação era preservar a vida das vítimas, a operação foi um grande fracasso.
Os erros foram muitos, dentre eles o do Governo do Estado, que teria proibido o uso de snipers, passando pelo Comandante do Batalhão responsável pelo GATE, que afirmou “Eu colocaria meu filho no lugar da Nayara”, a cobertura irresponsável da Mídia e a incursão desastrada, que não conseguiu impedir que o seqüestrador disparasse três vezes contra as vítimas.

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Ary
Ary
16 anos atrás

Bom, não sou vidente, mas desde o início eu vi que o caso ia terminar em tragédia. Primeiro que notei inúmeros erros por parte da polícia (e olha que não sou especialista na área), depois que esse rapaz parece ter sérios distúrbios mentais. A polícia de SP têm sido muito elogiada…mas pelos próprias autoridades e policias! O povo não confia nela.
Quando você fala em [i]sniper[/i] se refere a franco-atiradores/atiradores de elite, correto? Antes que um franco-atirador tivesse atigido fatalmente ou não o rapaz do que a moça que era uma pessoa inocente. Nossas forças policais são medíocres. Há de se registrar também a infame exploração comercial por parte das emissoras de tevê. Ah outra coisa, tenho notado que parece que a mídia tem explorado essa questão de doação de órgãos, dá a impressão que eles ficam esperando alguém “bater as botas” pra ia pegar os órgãos. Isso é rídiculo!

Matheus Felipe
Matheus Felipe
16 anos atrás

Muito bem colocado seu ponto de vista Mauro, porém ao meu ver você falhou ao usar a igreja como opção de lazer, vejo mais como uma busca espiritual com Deus, mas é claro que tem seus momentos de alegria, ainda mais se for em uma casa Salesiana 😀

Marine
Marine
16 anos atrás

Mauro,

Vc esta absolutamente certo…e triste o que a falta de educacao, cidadania e cultura faz a um povo com tanto potencial…

Sds.

Sergio
Sergio
16 anos atrás

Galante! Parabenz pelo “post”, perfeito seu comentário.

Walderson
Walderson
16 anos atrás

Parabéns,
Mauro e Galante.

Um abraço.

Alte Makarov
Alte Makarov
16 anos atrás

Muro e Galante:

Nem tudo está perdido! Quando sei que existem pessoas que têm esse ponto de vista, mantenho a fé em que as coisas podem melhorar.

edilson
edilson
16 anos atrás

senhores gostaria de chamar a atenção apenas para uma coisa.
sempre ouvi falar que o GATE é um dos mais bem treinados grupos de operações especiais.
se isto é verdade, não vem ao mérito…
sempre ouvi dizer que as operações táticas são planejadas pelos seus executores ou seja os comandantes dos Grupos de ops. esp. ou seja os comandantes os quais levam as autoridades superiores as informações e relatórios devidamente elaborados de forma a mostrar quais opções terão ou não ao seu dispor em caso crítico.
a pergunta é
porque o governador proibiu o uso dos snipers ?(caso isto seja verdade).
onde estavam os homens responsáveis pela coordenação da operação?
calaram-se diante do bate pé de alguma autoridade?
avaliaram bem a situação?
senhores não estou aqui crucificando ninguém mas acho que este é mais um mau exemplo de interferencia das ditas (Autoridades) em funções das quais eles não percebem nada.
se esta for confirmada seria mais um exemplo onde decisões políticas interferem em assuntos operacionais e acabam em trajédia.
continuo acreditando no proficionalismo dos homens do GATE, porém se estes recusaram-se a reafirmar a situação real perante o governador e seus “acessores”, estes infrigiram uma regra básica do respeito que eu tenho por eles.

sniper
sniper
16 anos atrás

É muito fácil criticar depois do fato consumado e tendo só como base o que foi visto pela televisão e pelos comentários dos ditos “especialista em segurança”.
Só quem estava lá e vivenciou o episódio com todas as váriaveis possíveis para enfretar o problema e tendo que decidir numa situação crítica e de strees é quem pode dar verdadeiramente um veredicto se houve erro ou não.

Ozawa
Ozawa
16 anos atrás

Não temos sequer o consolo de que os mesmos erros serão assimilados, analisados, revistos e corrigidos, não. Estaremos todos, lamentavelmente, aguardando a próxima tragédia espetacularizada numa sociedade midiática. A mídia parece querer “espremer a última gota de sangue”, reiterando comentários infundados, cogitando possibilidades infinitas, até a exaustão da atenção do espectador, até a próxima tragédia que lhe traga mais audiência.

Ozawa
Ozawa
16 anos atrás

A opinião abaixo, de um promotor de Justiça, Sr. Marcelo Lessa, talvez traduza a impressão média das pessoas sensatas. Necessária leitura, conquanto extensa:

O trágico fim do seqüestro de Santo André (SP) revela não um erro de conduta da polícia paulista no desenrolar da ocorrência, mas um erro de concepção na gestão deste tipo de crise.

É que dentro da estratégia utilizada para a gestão da crise – a de tentar preservar a vida do tomador de reféns (do seqüestrador) – a ação foi perfeita, tanto que ele saiu ileso, eis que só foi atingido com balas de borracha, mesmo após ter ferido as duas reféns e ter atirado contra os policiais que invadiram o apartamento. Invasão, esta, aliás, que, dentro desta maldita estratégia, era a última alternativa, visto que o propósito principal era negociar até o último instante, ainda que isto pudesse colocar, como efetivamente colocou, em risco a vida das reféns, presas que eram de uma pessoa momentaneamente perturbada e, portanto, imprevisível.

Por mais paradoxal que possa parecer, foi uma operação bem sucedida à luz da concepção na qual estava baseada – preservar a vida do seqüestrador. O problema é que o preço disto foi muito alto: uma refém com morte cerebral (é provável que já tenha morrido quando este artigo for publicado e estiver sendo lido) e outra ferida no rosto.

Esta tragédia lembra uma outra, igualmente fruto da equivocada concepção de preservar a vida do tomador de reféns. Refiro-me ao episódio do seqüestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro.

Tanto em um como em outro caso, a polícia teve várias chances de matar o seqüestrador, em momentos de distração em que o mesmo se colocou em linha de tiro (com uma dose de risco razoavelmente bem calculada em favor dos reféns), e simplesmente não quis. Neste caso de São Paulo ainda houve três noites em que, evidentemente, em 100 horas de seqüestro, ele tem que ter dormido (nenhum ser humano agüentaria ficar acordado e atento tanto tempo!). Mas a polícia, fiel à sua desgraçada concepção de gestão deste tipo de crise, não quis invadir, porque não era o objetivo matar o seqüestrador.

Neste caso não foi nem a última opção, porque, como visto, ele saiu vivo, ileso, já que a invasão, postergada até o último momento, fora feita com balas de borracha. Ou seja: a polícia deixou o desfecho do seqüestro ao bel talante do seqüestrador. E deu no que deu! Uma invasão tardia, meio que improvisada e, pior de tudo: inútil, absolutamente inútil!!

Pergunto: esta era a concepção correta de gestão deste tipo de crise? Preservar a vida do seqüestrador e arriscar a vida dos reféns é realmente o melhor a fazer? Parece-me óbvio ululante que não!

Não é possível que se assista mais, passivamente, à espera do seqüestrador se render, enquanto faz o que quer com seus reféns. É necessário que se mude urgentemente a concepção de gestão deste tipo de crise, que deve ser focada na invasão e na eliminação do seqüestrador. A negociação é até conveniente, mas desde que não seja a principal proposta de ação. A principal proposta de ação tem que ser a eliminação do seqüestrador, na primeira oportunidade que ele der para ser atingido. Isto parece óbvio, não?!

O Estado – a polícia, leia-se – tem que perder o pudor de matar o tomador de reféns numa situação como esta. Somente a vida dos reféns é que interessa; não a do seqüestrador, que foi quem se colocou voluntariamente nesta situação e, portanto, está agindo por sua conta e risco. Enquanto resiste à negociação, está legitimando qualquer ação do Estado tendente a eliminar sua vida para preservar a vida dos reféns. Esta deve ser a concepção de ação policial em crises como esta, para que tragédias assim não se repitam nunca mais.

Para tanto, é necessário deixar a hipocrisia de lado. Hipocrisia de parte da sociedade, de parte da Imprensa, de muitas entidades pseudo-defensoras dos Direitos Humanos (que, como o próprio nome sugere, são de todos, e não apenas dos criminosos, como deixam transparecer muitas dessas entidades), e de muitos operadores do Direito também. Neste ponto, o coronel que comandou a operação da PM paulista tem razão: se o seqüestrador fosse logo morto, muitas vozes histéricas surgiriam para criticar a polícia, penalizadas pela jovem vida que se foi (sem se dar conta de que foi tarde, foi dando motivos para tanto, foi para salvar outras vidas também jovens, que não tinham nada a ver com a paranóia dele. Eram jovens inocentes que não podiam ter pago a conta desta hipocrisia!).

O Estado não pode ter o pudor de matar tomador de reféns e cabe a todos nós apoiá-lo. E o primeiro apoio neste sentido deve vir do Ministério Público: cabe ao promotor natural, aquele que irá apreciar a conduta dos agentes policiais envolvidos na operação, dar a eles a garantia de que eles sequer serão processados por cumprirem o seu dever e matarem o seqüestrador. Era o que eu faria, com muito prazer, aliás, e inenarrável dose de satisfação pessoal, caso fosse o promotor natural num caso destes. Acho até que é disto que a polícia precisa em situações assim: ser blindada, para que possa agir firmemente e fazer o que tem que ser feito, ainda que isto possa desagradar à parcela hipócrita a que me referi acima, a quem não se pode dar ouvidos, porque criticar é fácil, mas quem tem a responsabilidade de agir não pode se demitir desta responsabilidade com receio de qualquer tipo de crítica, quanto mais uma crítica histérica e hipócrita.

Não se trata de um simples ponto de vista, de uma simples postura ideológica; trata-se da mais superficial lição de Direito Penal relativa à excludente da ilicitude denominada “legítima defesa de terceiro”. O Direito garante ao agente do Estado que matar o seqüestrador a plena licitude de sua conduta. Diria, aliás, que é um dever seu assim agir, para salvar a vida de inocentes que estejam subjugados pelo seqüestrador, vida dos quais, aliás, ele é agente garantidor.

Que se tire uma lição deste erro estratégico. Para que, da próxima vez, possamos comemorar a eliminação do seqüestrador ao invés de chorar a morte do(s) seqüestrado(s)!

Ozawa
Ozawa
16 anos atrás

A opinião abaixo, publicada em O GLOBO, da autoria de um promotor de Justiça, Sr. Marcelo Lessa, talvez traduza a impressão média das pessoas sensatas em meio a um amontoado de platitudes proferidas por ditas “autoridades”. Necessária leitura, conquanto extensa:

O trágico fim do seqüestro de Santo André (SP) revela não um erro de conduta da polícia paulista no desenrolar da ocorrência, mas um erro de concepção na gestão deste tipo de crise.

É que dentro da estratégia utilizada para a gestão da crise – a de tentar preservar a vida do tomador de reféns (do seqüestrador) – a ação foi perfeita, tanto que ele saiu ileso, eis que só foi atingido com balas de borracha, mesmo após ter ferido as duas reféns e ter atirado contra os policiais que invadiram o apartamento. Invasão, esta, aliás, que, dentro desta maldita estratégia, era a última alternativa, visto que o propósito principal era negociar até o último instante, ainda que isto pudesse colocar, como efetivamente colocou, em risco a vida das reféns, presas que eram de uma pessoa momentaneamente perturbada e, portanto, imprevisível.

Por mais paradoxal que possa parecer, foi uma operação bem sucedida à luz da concepção na qual estava baseada – preservar a vida do seqüestrador. O problema é que o preço disto foi muito alto: uma refém com morte cerebral (é provável que já tenha morrido quando este artigo for publicado e estiver sendo lido) e outra ferida no rosto.

Esta tragédia lembra uma outra, igualmente fruto da equivocada concepção de preservar a vida do tomador de reféns. Refiro-me ao episódio do seqüestro do ônibus 174, no Rio de Janeiro.

Tanto em um como em outro caso, a polícia teve várias chances de matar o seqüestrador, em momentos de distração em que o mesmo se colocou em linha de tiro (com uma dose de risco razoavelmente bem calculada em favor dos reféns), e simplesmente não quis. Neste caso de São Paulo ainda houve três noites em que, evidentemente, em 100 horas de seqüestro, ele tem que ter dormido (nenhum ser humano agüentaria ficar acordado e atento tanto tempo!). Mas a polícia, fiel à sua desgraçada concepção de gestão deste tipo de crise, não quis invadir, porque não era o objetivo matar o seqüestrador.

Neste caso não foi nem a última opção, porque, como visto, ele saiu vivo, ileso, já que a invasão, postergada até o último momento, fora feita com balas de borracha. Ou seja: a polícia deixou o desfecho do seqüestro ao bel talante do seqüestrador. E deu no que deu! Uma invasão tardia, meio que improvisada e, pior de tudo: inútil, absolutamente inútil!!

Pergunto: esta era a concepção correta de gestão deste tipo de crise? Preservar a vida do seqüestrador e arriscar a vida dos reféns é realmente o melhor a fazer? Parece-me óbvio ululante que não!

Não é possível que se assista mais, passivamente, à espera do seqüestrador se render, enquanto faz o que quer com seus reféns. É necessário que se mude urgentemente a concepção de gestão deste tipo de crise, que deve ser focada na invasão e na eliminação do seqüestrador. A negociação é até conveniente, mas desde que não seja a principal proposta de ação. A principal proposta de ação tem que ser a eliminação do seqüestrador, na primeira oportunidade que ele der para ser atingido. Isto parece óbvio, não?!

O Estado – a polícia, leia-se – tem que perder o pudor de matar o tomador de reféns numa situação como esta. Somente a vida dos reféns é que interessa; não a do seqüestrador, que foi quem se colocou voluntariamente nesta situação e, portanto, está agindo por sua conta e risco. Enquanto resiste à negociação, está legitimando qualquer ação do Estado tendente a eliminar sua vida para preservar a vida dos reféns. Esta deve ser a concepção de ação policial em crises como esta, para que tragédias assim não se repitam nunca mais.

Para tanto, é necessário deixar a hipocrisia de lado. Hipocrisia de parte da sociedade, de parte da Imprensa, de muitas entidades pseudo-defensoras dos Direitos Humanos (que, como o próprio nome sugere, são de todos, e não apenas dos criminosos, como deixam transparecer muitas dessas entidades), e de muitos operadores do Direito também. Neste ponto, o coronel que comandou a operação da PM paulista tem razão: se o seqüestrador fosse logo morto, muitas vozes histéricas surgiriam para criticar a polícia, penalizadas pela jovem vida que se foi (sem se dar conta de que foi tarde, foi dando motivos para tanto, foi para salvar outras vidas também jovens, que não tinham nada a ver com a paranóia dele. Eram jovens inocentes que não podiam ter pago a conta desta hipocrisia!).

O Estado não pode ter o pudor de matar tomador de reféns e cabe a todos nós apoiá-lo. E o primeiro apoio neste sentido deve vir do Ministério Público: cabe ao promotor natural, aquele que irá apreciar a conduta dos agentes policiais envolvidos na operação, dar a eles a garantia de que eles sequer serão processados por cumprirem o seu dever e matarem o seqüestrador. Era o que eu faria, com muito prazer, aliás, e inenarrável dose de satisfação pessoal, caso fosse o promotor natural num caso destes. Acho até que é disto que a polícia precisa em situações assim: ser blindada, para que possa agir firmemente e fazer o que tem que ser feito, ainda que isto possa desagradar à parcela hipócrita a que me referi acima, a quem não se pode dar ouvidos, porque criticar é fácil, mas quem tem a responsabilidade de agir não pode se demitir desta responsabilidade com receio de qualquer tipo de crítica, quanto mais uma crítica histérica e hipócrita.

Não se trata de um simples ponto de vista, de uma simples postura ideológica; trata-se da mais superficial lição de Direito Penal relativa à excludente da ilicitude denominada “legítima defesa de terceiro”. O Direito garante ao agente do Estado que matar o seqüestrador a plena licitude de sua conduta. Diria, aliás, que é um dever seu assim agir, para salvar a vida de inocentes que estejam subjugados pelo seqüestrador, vida dos quais, aliás, ele é agente garantidor.

Que se tire uma lição deste erro estratégico. Para que, da próxima vez, possamos comemorar a eliminação do seqüestrador ao invés de chorar a morte do(s) seqüestrado(s)!

Athos
Athos
16 anos atrás

Minha opinião para diminuir a violência ( eu disse diminuir)
Fechar os bares as 10 da noite.( tem cidades brasileiras que fizeram isso e o homicidio diminuiu.
Proibir carro com som andando pelas ruas.
Baile funk só aos sábados a tarde.
Maioridade aos 16 anos.
Reforma do Código penal com pena de morte para crimes hediondos.
A TV parar com esse programas idiotas que mostram miséria, bem como os roteiristas de filmes nacionais escolherem outro tema que não seja violência, favela como os recentes filmes brasileiros.
Voltar o ensino dos valores da Pátria , cantar o hino nacional nos eventos esportivos e na escola em todo o país.

E por fim a imprensa deveria recolher os menores nas ruas e manter com seus recursos instituições para idosos e viciados em drogas.( se não puderem não critiquem as igrejas evangélicas históricas que fazem isso embora grande parte da população desconhece , pois tem apenas a igreja universal e as neo pentecostais como modelo de igreja evangélica no Brasil pq manteem um canal de televisão que que faz com que o povo pense que ela é a maior. Não é.)

konner
konner
16 anos atrás

Eu diría que é uma — ‘SUBVERÇÃO de VALORES’ [ IMORAL ], pautar as ações da outoridade policial nestas circunstâncias à preservação da vida do agressor em detrimento [ conseqüentemente ], da vida dos que estão sendo agredidos.

—PARABÉNS — Sr. Marcelo Lessa.

Parabéns Ozawa, por sua iniciativa.

ricardo
ricardo
16 anos atrás

Rapaz, parece loucademia de polícia, uma refêm morta, a outra não morreu por sorte e o bandido sai sem sofrer um arranhão, seria comico se não fosse trajico!

Thanos
Thanos
16 anos atrás

A polícia teve plena justificativa pra agir quando o sequestrador disparou dois (dois!!!) tiros pela janela, contra curiosos que se encontravam ali…a proibição do uso de snipers foi uma atitude burra e injustificada. A sorte é que mais pessoas não sairam feridas…e perdeu se a grande oprtunidade de acabar com o caso ali mesmo!!!

Ulisses
Ulisses
16 anos atrás

Sou contra a pena de morte por motivos religiosos.Quem quiser me perguntar porque eu terei prazer em responder.

Abraços.

Luiz Marcelo
Luiz Marcelo
16 anos atrás

Ontem fiz duras críticas ao GATE, peço desculpas, pois acredito sim que estes homens tentaram de todas as formas salvar as duas garotas. Temos que nos colocar no lugar destas tropas, mal treinadas, sem equipamentos adequados. Alguém pode imaginar como vive cada um daqueles que realizaram a invasão? Alguém percebeu a reação desesperada do policial quando viu que tudo deu errado? Foi dramático e triste. Sinceramente, deu um aperto no coração. Queria muito e comentei durante toda a semana que a Polícia terminasse aquilo com um tiro e só. Um dia de sequestro é tempo suficiente para um marginal pensar no que está fazendo e se arrepender, e nada mais, independente de sua religião, cor, educação. Uma vez que ele assumiu esta atitude de risco e colocou duas ou mais pessoas sob a mira de uma arma, penso que ele também neste mesmo momento perdeu o valor por sua própria vida e de viver entre nós. A vida de duas garotas de 15 anos não têm preço e muito longe de ter o mesmo peso da vida de um rapaz como este. É o que penso.
Deve sim criticar o Governo do Estado de São Paulo, assim como a Mídia ávida por notícia, tragédia e IBOPE. Isso sim. Hoje a Folha de São Paulo mostra um equipamento que é visto em filmes policiais há mais de 15 anos – 1992 Jogos Patrioticos – Harrison Ford – a Polícia Inglesa antes de invadir um apartamento, faz uma sondagem com câmera com fibra ótica, sob a porta de uns componentes do IRA. A Folha diz que o equipamento custa entre 15.000 a 100.000 dolares. Não acredito neste custo. Eu mesmo tenho vontade de construir e vender a nossa polícia. Temos garotos nas universidade ganhando competições de robos e não este tipo básico de equipamentos nas Polícias Brasileira. Ontem falei que temos que trocar os músculos presentes nas Polícias por inteligência, bons salários, cursos frequentes de reciclagem, integração com outras polícias do mundo, etc. O Principal culpado é o Estado, depois a formação dos Policiais e depois a Mídia, que coloca agora o mesmo comandante que deixou o reporter realizar um furo de reportagem filmando sua negociação com o bandido, em uma situação muito dificil, desconfortante, um soldade que não está preparado para enfrentar uma câmera, mas é agora o alvo dela, com toda sua luz assassina, matando o Policial no seu íntimo. Ninguém mais que este Policial está sofrendo pela ação errada. Não houve tiro antes, como tudo leva a crer… E eu pergunto e daí? Se decidiu desencadear esta ação e ponto final. Faltou comando, coordenação, preparo prévio… Infelizmente precisamos em nossa sociedade mais que VONTADE, precisamos sair de uma atitude amadora, do faz tudo, do jeitinho, do jogo de cintura, para uma atitude mais profissional, certeira, sem chance para aqueles que não se enquandram nesta nova estrutura. Queiram ou não, as oportunidades existem para todos, e o caminho são os estudos e nada mais. Porém digo, estudar difícil, se for estudar, ler um livro, você terá que deixar de ir a uma festa, ou mesmo largar o futebolzinho de domingo do Lindemberg, o caminho é muito complicado, mas vale a pena. Isso deve ser valorizado na sociedade, inclusive de quem nos protege, governa, educa. O Brasil hoje é uma tragédia. O pai da garota responde por ações de grupos de extermínio em Alagoas. A linda Eloa não tem nada a ver com isso, pobre menina que foi se envolver com um motoboy. Ninguém merece, mas tudo isso são mostras que a sociedade não anda tão bem assim Senhor Presidente embora o país ande rápido… Falta muita coisa. Comandante Feliz não somos iguais aos Esatdos Unidos, mas também não devemos ser iguais ao Japão. O Sr. deveria ter autorizado o tiro que salvaria as duas meninas deste maníaco que logo, logo estará devolta entre nós, por ter bons antecedentes, trabalhador, mas louco, desiquilibrado e covarde. Porque atirar nas duas meninas a queima roupa, estando elas indefesas, porque atirar duas vezas na primeira garota e depois mirar na segunda e disparar em sua cabeça. Meu Deus, qual o sentimento que devemos ter por este ser?

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Alguns lances seriam cômicos se não tivessem sido trágicos:
Devolverem uma refém ao seqüestrador;
A refém devolvido ser menor de idade;
Levarem 15 segundos para entrar no apartamento depois da explosão das cargas de arrombamento (o que permitiu ao sequestrador disparar 4 vezes contra as reféns);
O primeiro policial a adentrar o cativeiro, portar uma espingarda de cano longo;
Usarem munição não letal;
Levarem, 30 segundos para derrubarem o seqüestrador;
Entrarem pela janela 30 segundos depois do “assalto” pela porta;
Usarem uma escada para entrar pela janela;
A escada ser curta;
Deixarem uma das reféns baleada no rosto se evadir do local correndo;
O assassino ter saído andando e não contido e carregado pelos policiais;
O médico que acompanhou a operação tática usar jaleco branco;
Os primeiros socorros às vítimas não terem sido prestados no local;
A Eloá ter chegado ao hospital sem que procedimentos de suporte de vida terem sido efetuados.

Isto demonstra uma total falta de treinamento, autoridade, comando e equipamento.
Quanto ao equipamento, que é um dos temas principais do blog, parece que a polícia está carente de alguns itens, tais como:
pistolas e submetralhadoras;
fuzis de precisão com mira telescópica;
equipamento de comunicação;
armas especiais como a Corner Shot;
equipamento para rapel (ou uma escada de tamanho adequado);
arma paralisante não letal como a Taser ou Stun Gun já que não havia técnica de contenção adequada por parte dos membros da equipe tática;
dispositivos de contenção como algemas, etc;
equipamento de proteção tais como coletes e capacetes (já que infelizmente havia sido permitido a Nayara se aproximar novamente do local do cativeiro para servir de interlocutora);
spray de pimenta;
equipamentos de vigilância, principalmente de escuta;
dispositivos explosivos para ruptura de paredes;
bombas paralisantes (clarão, estrondo, choque);
bombas de dispersão de balins de borracha;
granadas de gás lacrimogênio:
bombas de efeito moral;
benzodiazepínicos (para adicionar à comida fornecida)
baterias extras para celular
maca
equipamento médico de emergência;
equipamento de isolamento da área de modo a manter a população e a imprensa afastada;
etc…
Uma boa noite a todos!

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Ulisses,
sou “todo ouvidos” (e olhos) para saber o porque você é contra a pena de morte. Eu e os outros colegas do blog.
Um abraço!

Luís Marcelo,
concordo em grau, gênero e número com seu comentário. Mas alguns dos erros cometidos foram básicos demais, não tendo nada a ver com treinamento especial, ordem do governador, baixo salário.
Também nutro o maior respeito e sei da importância das forças policias na manutenção da lei e da ordem no país (apesar de constantes desvios de conduta de alguns de seus membros), mas não podemos ficar indiferentes frente a grosseiras e amadoras ações destes servidores públicos, que apesar do heroísmo e dos perigos a que estão sujeitos não estão acima do bem e do mal e são sim passíveis de crítica como qualquer um.
Se eles obedecem determinações políticas, se eles não possuem autoridade para afastarem a mídia, se estão presos à opinião pública e aos direitos humanos, se eles são bem ou mal treinados e pagos, se são bem ou mal equipados, nós, cidadãos de bem, só podemos lamentar. Explica mas não justifica.

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Correção:
“por que” e não “porque”

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Luiz Marcelo,
na sua vontade de poupar a polícia você ataca a classe dos motoboys que não tem nada a ver com o caso, menos ainda que o GATE.
“A linda Eloa não tem nada a ver com isso, pobre menina que foi se envolver com um motoboy”
Pelo seu texto coerente, sei que deve ter se equivocado e se expressado mal.
Um abraço!

AMX
AMX
16 anos atrás

Rapaziada,
não li nenhum dos comentários acima, pois já é tarde da noite (e apenas por isso).
No entanto, independente dos motivos, creio que pelo menos um deles é o fato de que, infelizmente, a imprensa se tornou tão poderosa no nosso país que fez até mesmo a PMSP se “acuar”.
Não digo por maldade. Mas, concordo com o cmte. do GATE qdo. ele disse pros messias…. qué dizê, pros jornalistas, algo como “os senhores estariam aqui me criticando se eu tivesse atirado nele e perguntando ‘mas por quê não houve negociação, por que não tentaram negociar, conversar?'”.
E, creio piamente que isso teria sim acontecido. Com certeza (espero) aquele Grupo não teria deixado de agir apenas por isso. Mas, repito: que esse pensamento passou pela cabeça da PM, ah passou.
E existem muitos outros exemplos da influência, negativa, que a imprensa tem em nosso país. Não tenho nada contra ela ou quem a ela pertence. E não quero desviar o assunto. Só que, pelo fato de declarar aquilo (e não me recordo muito de situações como essa, da declaração), me chaou muito a atenção.
Abraços.

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Na realidade, tudo se resume apenas em uma operação desastrosa e mal sucedida, onde as vítimas foram alvejadas e o meliante saiu ileso.
Isto acontece todos os dias no mundo inteiro.
A única coisa realmente dantesca e indesculpável, e sem paralelo na história das operações policiais mundo afora, é a permissão do retorno de uma refém recém libertada (menor de idade, diga-se de passagem!) ao cativeiro e que, no final, foi baleada pelo sequestrador. Isto sim foi o cúmulo do absurdo.
Uma abraço a todos!

Rodrigo
Rodrigo
16 anos atrás

Eu também sou contra a pena de morte por motivos religiosos (inquisição, fogueiras???), acho que só deve ser aplicadas a crimes hediondos.

Meirelles
Meirelles
16 anos atrás

Foi simplesmente INACREDITÁVEL essa ação da polícia.
Qualquer brasileiro decente sente-se envergonhado com a “melhor” policia do mais rico estado do país.
Tá certo que não foram só culpa deles,mas com certeza faltou comando,táticas e estratégias(se é que eles sabem o que é isso).Talvez tentaram fazer bonito para as câmeras,salvar as duas reféns e prender o sequestrador sem disparar um único tiro,mas,deu no que deu,e serviu para desqualificar ainda mais a polícia e mostrar que no Brasil malandro safado leva vantagem e dificilmente será ‘apagado’ diante da midia.Sem contar aquela desculpa extremamente esfarrapada dos policiais,um tiro antes da invasão…
dificil de engolir,bastava ver aquele policial colando a carga explosiva na porta…
Pô, 15 segundos eles levaram entre explodir a porta e invadir? se o
desgraçado tivesse com uma pistola seria bem pior,daria tempo de descarregar colocar outro pente e continuar atirando.E aquele policial lerdinho entrando pela janela? Sem condições.Só aqui no Brasil mesmo pra acontecer isso,afinal,5 dias é tempo mais que suficiente pra bolar uma estratégia que faria a diferença no final.

Sds.

Hornet
Hornet
16 anos atrás

Amigo Mauro,

citação de Orwell no post da outra matéria, agora referência a Cervantes neste post…vc não tá fraco, não hein?!!!rs.

Mas é bem isso que vc disse, o dia em que a maioria da população trocar a TV (e tudo o que deriva desta “caixinha SEM surpresas”, pois previsivelmente irritante) por um bom livro (notar o detalhe do BOM LIVRO, pois se for pra trocar a TV por porcaria travestida de literatura, fica na TV mesmo), 99% dos problemas brasileiros estarão resolvidos.

Hoje em dia não sei quantos milhões de brasileiros têm em seus lares, pelo menos, um aparelho de TV e passam em média 4 horas diárias vendo TV (média muito maior que em outros países, digamos, mais “educados” que o nosso). Por outro lado, o brasileiro lê muito pouco (a média é de menos de um livro a cada 4 meses por ano, um absurdo total!!! Em países como a França, ou mesmo os EUA, a média é de um livro por mês, para cada habitante!!!), sem falar que do pouco que lê, não entende muita coisa, pois a maioria dos brasileiros são semi-letrados e quase sempre só lêem “coisas” que nem dá pra chamar de livro (no sentido literário do livro). Imagina se pudéssemos inverter esta ordem: 4 horas de leitura diária (o que não é muito, diga-se) e 3 ou 4 programas de TV assistidos no decorrer do ano. Tudo bem, deixa eu ser mais realista: duas horas de TV ao dia e duas horas de leitura diária, com todo mundo tendo, ao lado de sua TV, uma pequena biblioteca em casa (fora as bibliotecas públicas, que deveriam existir em cada bairro de cada cidade do país todo). Já pensou que país seria esse?

mas como diz aquela piada…não sei se vc conhece…

Um vereador diz ao secretário de educação: amanhã é aniversário do prefeito, o que podemos dar de presente a ele? Um livro, talvez?

Responde o secretário de educação: Livro, não. O prefeito já tem um novinho. Vamos pensar em outra coisa!…….

um abraço com letras

BVR
BVR
16 anos atrás

Tô pasmo até agora com o acontecido.
Tudo tem que ser revisto. Absolutamente tudo.
Sds aos amigos do blog.

Hornet
Hornet
16 anos atrás

Só pra descontrair um pouco…Já que “todos erraram”, seria o caso então de cantarmos aquela velha canção…

A gente não sabemos
Escolher presidente
A gente não sabemos
Tomar conta da gente
A gente não sabemos
Nem escovar os dente
Tem gringo pensando
Que nóis é indigente…

Inútil!
A gente somos inútil!

A gente faz carro
E não sabe guiar
A gente faz trilho
E não tem trem prá botar
A gente faz filho
E não consegue criar
A gente pede grana
E não consegue pagar…

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

A gente faz música
E não consegue gravar
A gente escreve livro
E não consegue publicar
A gente escreve peça
E não consegue encenar
A gente joga bola
E não consegue ganhar…(essa parte, com o Dunga na seleção, continua atualíssima…rs.)

Inútil!
A gente somos inútil!
Inútil!
A gente somos inútil!

Apesar de a canção ser datada, esse humor do Ultraje a Rigor ainda é muito legal, muito inteligente.

abraços a todos

Hornet
Hornet
16 anos atrás

O problema de quando “todos erram” é que “ninguém erra” e, logo, ninguém é punido e tudo fica como “dantes no país de abrantes”…estão vamos lá: Inútil, a gente somos inútil…rs.rs.rs.

Apesar da brincadeira e do humor (sarcástico do Ultraje), não concordo com isso, não. Temos que aprender com nossos erros e para isso precisamos localizá-los e identificar os responsáveis por esses erros, sejam eles quem forem…não pra fazer “caça às bruxas” (quero crer que já passamos desta fase), mas para a sociedade ter uma resposta sobre a maneira que o seu rico dinheirinho está sendo empregado na segurança pública, que é um dever do Estado de Direito Democrático informar. Só isso. Vamos ver se dessa vez a coisa vai…duvido, mas não custa dar um voto de confiança à promotoria pública do Estado de SP.

abraços a todos

angelo
angelo
16 anos atrás

Os fatos ocorridos em Santo André, nada mais são que o resultado do pensamento dominante dos “iluminados” que nos governam atualmente. Sou policial a 23 anos. Quando entrei para a polícia, era o final do regime linha dura. Aí passamos a outra ideologia, quando houve um assombrozo aumento nos direitos e garantias individuais. Nada que eu seja contra, mas acho que exageramos quando vamos para uma ocorrência objetivando preservar a vida do meliante, em detrimento das vítimas. Estamos como policiais, extremamente preocupados em não algemar, não expor os presos as lentes da cameras da imprensa, não divulgar nomes, não usar força excessiva na contenção de criminosos, não desagradar as ONGs que preservam direitos humanos. Além disto tudo, continuamos ganhando salários ridiculos, independente se o governo for ARENA, MDB, PSDB ou PT. Treinamento? Não brinquem, em todo o tempo passado na polícia, fui submetido a dois treinamentos que não totalizaram 4 dias. Possuímos problemas graves, como alcoolismo, problemas de stress, os quais não são proporcionados tratamentos, etc. E os desvios de conduta? Estes na maioria das vezes nem são apurados. Mas hoje acredito que a polícia é um reflexo da cultura que possuímos, nossos valores e crenças. Vivemos em uma sociedade do “coitadinho”, onde todos são vítimas (principalmente marginais), onde muitos querem a “pena de morte”, menos para seus parentes e amigos, pois aí seria arbitrariedade do Estado. E o mais grave de tudo, op policial deve se manter equidistante de sentimentos, de ser emotivo. É muito preocupante quando polciais usam discursos de “pobre trabalhador apaixonado” ou “colocaria meu filho no lugar”, ou ainda “vitima de um sistema excludente”. Sempre pautei minha conduta profissional em resolver a ocorrência sem envolvimento emocional ou ideologico.

Luiz Marcelo
Luiz Marcelo
16 anos atrás

Desculpe os comentários sobre motoboy. Realmente sem sentido no texto. Acredito ainda que o principal culpado é a Mídia e o Governo do Estado mais rico da Nação. Eu lembro de um acontecimento ocorrido aqui no Paraná anos atrás. Acredito que o Grupo Tigre, não tenho certeza, na solução de caso de sequestro em uma casa. Eles construíram uma casa similar a do cativeiro e treinaram varias alternativas de invasão. O resultado foi um sucesso. Acredito que o treinamento do GATE seja igual aos da Polícia do Paraná. Deveriam ter colocado em prática tal treinamento e deixado bem longe a imprensa.