Osório: o tanque brasileiro que bateu o M1 Abrams
O EE-T1 Osório foi um carro de combate pesado (MBT – Main Battle Tank), desenvolvido na década de 80 pela empresa brasileira Engesa, produtora dos famosos EE-9 Cascavel e EE-11 Urutu, que estão em uso ainda em vários países. Projetado com financiamento próprio para fazer parte de uma concorrência para a Arábia Saudita, em Julho de 1987, um protótipo do Osório com canhão de 120mm competiu com o britânico Challenger, o americano M1 Abrams e o francês AMX-40, derrotando todos os oponentes. Em 1988, no Abu Dhabi, o Osório repetiu a façanha, desta vez derrotando também o MBT italiano C-1 Ariete.
Quando os Sauditas estavam prestes a fechar negócio, os EUA entraram em campo, alegando que o Brasil não respeitava acordos internacionais e, principalmente, que negociava com nações consideradas inimigas pelos EUA. A Arábia Saudita acabou não fechando o acordo com a ENGESA e terminou por comprar o M1 Abrams mesmo.
O restante da história quase todo mundo já conhece: a Engesa acabou falindo, porque investiu sozinha no projeto do carro e o Exército Brasileiro não tinha dinheiro para comprá-lo (cada um custava cerca de US$ 1 milhão). Anos depois da falência da empresa, dois dos protótipos do Osório quase viraram sucata, mas hoje estão preservados, aos cuidados do EB.
Não teria um modo, naquela época, do governo ter aberto um crédito suplementar ao então ministério do exército para que ele adquirisse uma quantidade razoável desse tanque? Essa história é muito triste, um exemplo emblemático de como o assunto defesa é tratado em nosso país.
Parabéns Galante pelo lançamento do blog!!
De início já dá para perceber que será um sicesso, assim como os demais.
Pois é, se tivessemos visão estratégica e recursos, hoje estaríamos produzindo aqui, e exportanto, o melhor carro de combate do mundo.
À época, acompanhei a concorrencia, li diversas matérias e assisti vídeos sobre a competição entre os melhores do mundo no deserto saudita. Não só batemos eles todos, mas o fizemos com larga vantagem. Um oficial frances que participou dos testes afirmou, logo depois, que o OSÓRIO era o único carro de combate realmente moderno aquela época, estando 10 anos a frente de qualquer outro modelo até então produzido.
Mesmo hoje ele se configuraria num temível oponente aos demais. Um orgulho da indústria e tecnologia nacionais.
É uma pena não termos sabido aproveitar…
Abraços a todos!!
Os EUA podem chorar à vontade.
O Osório é um orgulho da indústria nacional, sem dúvida, mas não podemos nos esquecer que o M1 Abrams foi derrotado principalmente porque a versão aprovada pelo congresso americano dispunha de um canhão de somente 105 mm. Com a política de defesa norte-americana, o M1 vem sendo continuamente melhorado, sua blindagem, que já era superior a do Osório, ficou ainda mais eficiente. Mesmo assim temos que ter orgulho de nossa indústria, que se fosse levada mais a sério por nossas autoridades, com certeza, teria hoje condições de desenvolver um MBT capaz de derrotar o Abrams. Mas, lembrando o que alguém disse certa vez, na década de 20, um gênio nasce a cada 100 anos, como podemos esperar que um político entenda ao mesmo tempo de saúde, educação, tecnologia, transporte e DEFESA?
só estudar neh? vc tem livros no congresso a vontade; internet que informam de tudo com informacoes boas e ruins (saber filtrar isso), e videos é o que nao falta, falar q é impossivel, isso é pra bobo acreditar ou preguiçosos mentais como muitos aqui.
Bateu o Abrams e o Challenger, mas em meados do 80´. Infelizmente toda a industria bélica brasileira foi ASSASSINADA pelos mesmos elementos que hoje fingem querer ressucitá-la. Com este crime de lesa-pátria, os armamentos deixaram de evoluir nos últimos 20 anos, ficando extramente defasados. O OSÓRIO foi um exemplo da capacidade do Brasileiro.
É só o Governo ter vontade política e querer, que a pendenga da ENGESA desata. Assim, o OSÓRIO com algumas modificações poderia ser novamente fabricado suprindo o Brasil com um poderoso carro de combate.
Realmente, o Sr. Alexandre Galante, é um visionário! Parabéns!
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Sr. Helder Pinto,
não é preciso o governante ser gênio e entender de tudo: é para isso que existem os vários ministros e os inúmeros assessores técnicos (para auxiliá-lo nessa tarefa).
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Na 1ª e na última fotos, é um torre GIAT francesa ?
Claro o Osorio hoje nao se compara ao M1-A2 mas tenho muito orgulho do Brasil e principalmente da Engesa de ter fabricado um veiculo de primeira linha ao nivel mundial!
Parabens!
Além do Osório, a Engesa nos deu o Cascavel e o Urutu (além da porta traseira, ele tem porta lateral também). Mas não devemos esquecer que ela ainda projetou e fez os protótipos do caça-carro Sucuri, do veículo de reconhecimento sobre rodas (4) Jararaca e do portador de armas Ogum, um blindado leve sobre esteiras, excelente para os FN e outras tropas de pronto emprego e deslocamento rápido.
Outro tanque que surgiu na época foi o Tamoyo (Bernardini), no mesmo nível do TAM.
Gostaria que o Blog abordasse todos estes blindados, na medida do possível.
Em tempo: parabéns por mais este Blog.
Senhores, sejamos realistas! Os principais sistemas do Osório, que faziam com que ele fosse o campeão que foi, eram IMPORTADOS (inclua-se sistemas óticos e telemetria, obus, suspensão e motor). Não foi tanto um triunfo da tecnologia nacional quanto da capacidade dos engenheiros de incorporarem tantos sistemas de países diferentes em um todo superbo e funcional. Acho que na verdade, a engesa deveria ter priorisado o Tamoio, este sim, um veículo cujas limitações poderiam ser desenvolvidas e que o Exército Brasileiro teria tido condições de comprar.
Ficar falando sobre o Osório é como lamentar a Copa de 82…
Olá, muito bons os 3 blogs. Só um comentário: creio que a Arabia Saudita comprou MBTs ingleses e não americanos, junto com outros armamentos (misseis terra-ar e aeronaves Tornado IDS e ADV) em um pacote (venda casada!!!) que ficou conhecido como Al Yamamah (que ficou envolto em varias denuncias de corrupção, com a BAe sendo investigada até hoje).
NatanBr, o Tamoio era da Bernardini e não da Engesa…
Orgulho da industria nacional? Como assim? Praticamente tudo do “nosso” Osorio era importado (ou de projeto externo), incluindo-se ai o canhao, a eletronica, transmissao, suspencao, etc…Ate o motor, apesar de ser fabricado no Brasil, era de origem alema.
Nao havia nada de singular ou excepcional no projeto do Osorio. ele simplismente era cronologicamente mais novo que os outros MBTs da epoca, que eram projetos dos anos 70, enquanto o Osorio era do comeco dos anos 80, e portanto pode tirar proveito da eletronica (toda europeia) que estava disponivel na epoca.
Peraí Camberiu, quer dizer que não teve mérito nenhum da Engesa? É como dizer que a Embraer também não faz nada demais, já que importa a maioria dos componentes dos seus aviões?
PS.: Lembrei nesses dias de você, com os EUA quase quebrando, e o FED tendo que ajudar as empresas falidas. E a mão invisível do mercado? rs
OSORIO 3
Parabéns Galante, pelo novo blog.
Fui um dos que “pediram” o blog.
O Osório sem dúvida foi um marco para a indústria de defesa, pois mostrou ao mundo que sabemos sim “fazer” um material de defesa de última geração.
Ressaltei o “fazer”, pois a criação de um produto militar envolve muito mais que apenas a capacidade de produção. Temos o custo humano de elaboração do projeto etc. Não podemos nos esquecer que o osório não passou da fase de protótipo, e nunca teve um suporte mais forte de nosso Ministério do Exército, à época. Não havia justificativa para produção própria.
Se o projeto fosse a frente, teríamos uma nacionalização das partes-chave do blindado.
Abs.
PS: galante e pessoasl, vcs postaram para aqueles que não confiavam no pay-pal e outros para efetivarem suas contribuições. Me encaixo neste grupo.
vcs poderiam passar via e-mail as instruções para depósito em banco?
O Osório foi sem duvida o melhor tanque da epoca e acho se o governo tivesse algumas dezenas salvaria a engesa,e claro como era um projeto novo poderia ter varias variantes osorio 1,2,3 como fazem com outros tanques e avioês,acho que poucos projetos são todos os itens nacionais a não ser o russos.Falar em russos os modelos T,seguem aprimorando a cada modelo. Achei que foi falta de visão o exercito o governo as autoridades não agirem rapido e deixar a coisa morrer ,so para relatar o que está acontecendo com os foguetes astros eu acho que fabricantes de armas no Brasil são verdadeiros Herois e estão a merce da Sorte Pois o governo deveria olhar com mais visão pois se querem transferencia de tecnologia tem que haver emprezas para absorver isto.
Caro João-Curitiba é verdade o Tamoyo havia sido projetado e construido dentro das especificações do exercito brasileiro, dizem que apesar de ser mais simples que o Osório, era um excelente carro e que se adequava perfeitamente as nossas necessidades, nem assim o Governo realizou encomendas. Se tivessem incentivado e produzido, hoje não estariamos importando carros de combate da década de 70. Sds
SOBRE:
Marcelo em 21 set, 2008 às 18:07
NatanBr, o Tamoio era da Bernardini e não da Engesa…
Marcelo, a Bernardini é uma empresa nacional também, precisa ser apenas engesa pra merecer seu apoio?
OK Marcelo, falha minha. Deveria ter colocado que o Tamoio era uma opção (e mais barata) para a realidade das FFAA.
Blogs Naval\Aéreo\Terrestre agora completou sobre os temas militares.
Osório o nosso orgulho, que poderia ter permitido ao Brasil a indenpendência no fabrico de tanques pesados,o que hoje não tem.O melhor MTB que poderíamos ter,ou melhor, podemos já que não deve ser tão difícil voltar a produzir ele,uma nova variante a partir do seu protótipo,tipo Osório 2.Disseram que o osório era inferior ao M1 Abrams na blindagem,mas com certeza se houvessem encomendas ele seria constantemente aperfeiçoado,a exemplo da diferença do leopard 1 para o que temos de melhor hoje em MTB: leopard 2A6,talvez hoje teríamos um osório 2 com blindagem reativa.
Preferia também um osório com componentes estrangeiros(centenas deles, que poderiam ser posteriormente nacionalizados) aos 240 totalmente estrangeiros e de segunda mão leopard 1A5 adquiridos pelo EB.
Muito bom o blog,Parabéns.
Sds.
mto boa a materia….por outro lado, nos faz mal saber dessas crueldades…
se quiserem saber mais sobre
http://www.defesa.ufjf.br
site do prof. expedito bastos, especialista em carros de combates brasileiros
Galante,
Parabéns por mais esta iniciativa. Ficou show de bola.
Voçê vai falar sobre todo o tema ( infantaria, artilharia e cavalaria) ou só sobre veículos?
Com certeza, teremos excelentes e controvérsas opniões, além de acaloradas discussões.
Como diria o Capitão Nascimento: obrigado, arigatô, gracias, thank-you.
Espero em breve ver uma matéria sobre o CIGS.
AMAZÕNIA!!!!!!! SELVA!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Vassily, vamos falar de TUDO!
Grande abraço
E POR CAUSA DESSE TIPO DE COISA QUE SINTO VERGONHA DE SER BRASILEIRO.
“PS.: Lembrei nesses dias de você, com os EUA quase quebrando, e o FED tendo que ajudar as empresas falidas. E a mão invisível do mercado? rs”
Aí alguem tem os 9 TRILHÕES USD em participações cruzadas do mercado, que o Merryl Linch tem?
Caso sim, bate lá na porta do FED e empresta!!!
A “mão invisível” do mercado agradece e remunera em “bonds” do governo americano…
Isto não é Varig, imagina o estrago no mercado,que um banco desses pode fazer???
Senhores foristas,a Engesa foi uma grande firma,o que houve
foi que grande parte do material exportado ia para o Oriente Medio,
e com a guerra Irã/Iraque,a Engesa não recebeu pelo armamento
vendido,varias firmas que trabalhavam por la tambem ficaram na
insolvencia,não foi somente a Engesa.A divida ficou enorme,e
se acabou.Prefiro não dizer mais nada do assunto e lembrar que
se hoje a Engesa começasse a funcionar teria um enorme sucesso.
O empresario dono da Engesa usava um 707 para vender,era
chamado de “tapete voador”,o Godoy as vezes ia junto.
Para vender mais ,eles tinham uma area com um toldo com todo
conforto,tinha comprador de varios continentes,e faziam um show
como poucos,passavam do lado rugindo dois Osorios a toda,
faziam demostração de tiro real,o cascavel,urutu,jararaca,ogum,
lança chamas,foguetes,lança pontes,e tinham a linha civil,com
caminhões e jipes.Senhores isto era a Engesa….
Prezado Julio.
O Tamoyo levava de 10 X 0 do Osório. O Osório 41 t, canhões 105/120/155 mm. O Tamoyo 30 t, canhões 90/105 mm. Sem falar nos sistemas. Mas pelo menos o Tamoyo na versão 90 mm era 100% nacional. Apenas o canhão 105 mm era o L7 inglês. Levou 7 anos sendo desenvolvido. Só para comparar, a Argentina, para fazer o TAM, precisou comprar o projeto da alemã Thyssen Henschell. A propósito, a Bernardini ainda existe?
João-Curitiba, que eu saiba a Bernardini acabou falindo…na década de 90. Eu tenho conhecimento que o Osório era superior em sistemas e também em poder de fogo, mas o Tamoyo estava dentro dos padrões do EB e era sucessor do M41. Entendo que o Tamoyo estava mais próximo da nossa realidade do que o Osório que era o sonho dos generais. Queriam o Osório e renegaram o Tamoyo. Ficaram sem nenhum. Sds
Independentemente de ter os componentes importados ou não, niguém fez algo parecido, e Engesa tem o mérito por isso, sim. E o corpo técnico de nossa indústria tem condições de fazer ainda melhor. A Embraer, para citar um exemplo aeronáutico, também faz o mesmo hoje com aviônica de um fornecedor, turbinas de outro, etc. Aliás, a indústria de defesa francesa e russa, estão entre as poucas que produzem equipamentos com índice de nacionalização próximo de 100%.
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Voltando ao assunto anterior, há, sim, o ministro da defesa, técnicos, especialistas militares, etc, porém, depois de toda a análise TÉCNICA, a aprovação de qualquer orçamento fica nas mãos de nossos “GÊNIOS” do congresso.
Quem dera, por uma loucura, alguem la do congresso ou mesmo o Ministro da Defesa, liderasse uma frente para abrir uma linha de montagem de carros de combates pesados… rsrsrsrs… quem sabe um “New Osório”… heheehehehe…Carro de combate admirável, pena que o governo na época não deu atenção para ele !!!!!!!!
O F 35 também conta, segundo comentários, com vários ítens produzidos no exteriore, nem por isso deixa de ser apontado como armamento americano. P’ra desqualificar produto brasileiro tem sempre “indivívuos” comprometidos com “objetivos inconfessáveis”, tal qual na época da destruição da indústria bélica. Como sugestão, poderíamos também abordar as forças públicas e agências que estão na linha de frente no combate aos narcoterroristas e outras “organizações” que estão minando nossa nacionalidade,intituições e território.
Inclusive quando servi no 2ºRCC em Pirassununga-SP, um deles estava lá em perfeitas condições, desfilava junto aos Leopard, lógicamente não praticava exercícios militares, mas era bem bonito mesmo!!!
Era superior ao Leopard, e olha como é o Brasil depois de vários anos compramos um CC usado e inferior ao que nós mesmos produzimos, isto só no Brasil mesmo!!!
Tenho algumas fotos se houver interesse me avise.
Abraços
Brasil!!!
Não se pode comparar o Osório com o Tamoio, pois são categorias bem distintas, como disse o Julio, o Tamoio era para substituir o M-41 e o Osório era o carro de combate de 1ª linha no estado da arte, sem dúvida alguma milhões de vezes mais capaz. Mas o Tamoio também tem seus méritos, não há dúvidas. Os dois com certeza seriam muito, mas muito melhores do que M-60 e Leopard 1 dos museus americanos e alemães. Foram excelentes tanques na década de 70, mas hoje só serve para dar problema. Acho quase impossível a retomada do projeto Osório, mas sem dúvida alguma seria uma grande GUINADA na defesa do Brasil, pois teríamos um excelente carro de combate, mesmo não sendo o melhor hoje em dia, mas IMPONDO respeito a seus adversários, muito mais que as peças de museu atualmente. Sds.
Dizem que o projeto não seguiu porque a Arábia Saudita cancelou a compra… mas o Brasil não comprou nenhum também, o que demonstra que, se sobra técnica e técnicos no país, faltam políticos com visão…
Deveras lamentavel a falta d visão d nosso lado e, a falta d etica do outro lado. Pois sem apoio do governo e das forças armadas, perdemos muito em desenvolvimento tecnologico. Todos nós temos nossa cota de responsabilidade. Temos a capacidade mas, não temos o devido apoio.
Do outro lado, quanto mais “civilizado” (paises desenvolvidos), menos respeito tem com os demais (paises em desenvolvimento).
Nosso governo de nada adianta, pois, não faz nada para diminuir (quando o correto é acabar) com a corrupção.
Com isso muito de nossos esforços vão para o ralo. Com o q pagamos, teriamos um Brasil melhor, não apenas nas FAs como tbm na Sociedade.
Que não fosse a maior ou uma das maiores FAs, mas, uma bem equipada tanto em material como em pessoal.
Com cultura e respeito ao próximo.
Espero q nosso Brasil se cure.
Salve nosso grande EE-T1 Osório.
Osório seria uma problema logisticamente falando, mobilidade comprometida
As forças armadas do Brasil, como um todo, foram vitimadas pelo descaso governamental por muitas décadas.
A década de 80, especificamente, tínhamos uma das mais férteis industria bélica do mundo, onde exportávamos diversos veículos blindados sobre rodas, foguetes, bombas e armas leves.
Nessa época uma empresa chamada ‘Engesa’ tinha uma posição de destaque no ‘cenário internacional’ devido a seus produtos de ‘qualidade’ e de ‘preço’ extremamente competitivo.
Os engenheiros da Engesa colocaram as mãos à obra e projetaram e construiram o que naquela época foi considerado o mais poderoso carro de combate do mundo, o EE-T1 Osório.
O primeiro protótipo:
— PT-1 – estava armado com um canhão inglês L-7 de 105 mm muito comum naquela época, para se ter melhores chances no mercado internacional.
— PT-2 – o segundo protótipo, foi armado com um potente canhão francês da marca GIAT de 120 mm e alma lisa.
Essa versão foi apresentada para os potenciais clientes, entre eles a Arábia Saudita, onde o Osório concorreu, e superou o norte americano M-1 Abrams, porém não foi encomendado por pressão política de Washington, mas isso é passado; ou não !? — em fim.
Para proteção, o Osório estava equipado com, dentre outras coisas, uma blindagem desenvolvida pela Engesa que era formada por um composto de aço, cerâmica, alumínio e fibra de carbono.
Esse material, somado aos ângulos do desenho do Osório lhe garantiram uma plena capacidade contra projéteis do tipo HEAT (alto explosivo), além de um reduzido peso que chegou a 42 toneladas na versão mais pesada (Um tanque M-1Abrams pesa 70 toneladas aproximadamente, se não me engano).
É certo que o tempo do Osório passou, e caso fosse decidido reabrir uma linha de montagem deste tanque, ele deveria, antes passar por algumas pequenas atualizações pois dos anos 80 para os dias de hoje muita coisa mudou.
Obs.: Parabéns aos amigos do blog, por propor estas discussões no âmbito das Três Armas.
CorsarioDF, como vc acho totalmente inviável retomar o projeto do Osório, apesar de acreditar que temos engenheiros capacitados a desenvolver um excelente projeto. Sds
Mauro, sds, se me lembro bem o Osório foi desenvolvido pela Engesa para participar da concorrencia na Arabia Saudita. O projeto era muito bom, tanto que na parte técnica venceu a concorrencia. O grande erro da engesa foi tentar se aventurar num produto que ela não tinha projeção. Deveria ter ficado somente nos carros sobre rodas e dado presseguimento ao desenvolvimento do Sucuri e outros projetos. A Bernardini já estava desenvolvendo o projeto do Tamoyo e era para o EB, por este motivo também acho pouco provável que o EB viesse a encomendar o Osório, além do preço.
Bom. Épocas são épocas.
Já passou, já foi. Agora não adianta se lamentar.
Se o Osório tinha peças importadas ou não, atualmente isso pouco importa. Porque diferentemente daquela época, hoje temos um pátio tecnológico que nos permita desenvolver softwares capazes de compor a tecnologia desse carro.
Acredito que seria muito conveniente partimos sim para o desenvolvimento dele com caracteristicas mais atuais, pois temos total capacidade.
O que impede, mais uma vez é a iniciativa política.
Empresas capacitadas nós temos, pessoal altamente competente também, mãos hábeis em utiliza-los idem. Então, o que falta são cabeças pensantes para fazer justiça a tudo isso.
Concordo com o amigo Meirelles.
Antes os nossos construidos aqui, do que comprarmos uma porrada de tanques fabricados lá fora.
Abs.
Parabéns, Konner. Como sempre a enciclopédia.
Um abraço, amigo.
Um abraço a todos.
Sr. Luciano,
com todo e respeito que o Sr. merece, se tem tanta vergonha de ser brasileiro, vá para o exterior. Lá é que é bom. Olha, na boa, camarada, não tenho nada contra o Sr., mas penso sinceramente que não é o lugar para expressar sua vergonha de ser brasileiro. Aqui, somos um bando de entusiastas de um assunto que demanda, no mínimo, uma boa dose de nacionalismo e patriotismo. Então, peço apenas um pouco de respeito, inclusive com o trabalho dos amigos que garimpam notícias que nos interessam.
Obrigado. Um abraço pra vc tb.
Que eu lembre, há apenas 2 exemplares do Osório, estocados pelo Exército Brasileiro. Eles fizeram parte da massa falida da Engesa e acabaram com o governo.
Alguém daqui tem como checar isso?
http://www.youtube.com/watch?v=UV185buLnUo
Como teria a mobilidade comprometida? Hoje temos CC velhos mais pesados e de dimensões maiores que o OSÒRIO.Os tuneis ficaram mais largos, as pontes foram reforçadas? O erro foi ter uma industria voltada apenas para exportação para acumular divisas, a mesma lorota que estamos ouvindo falar hoje novamente.
[“Walderson em 22 set, 2008 às 18:30”]
BRAVO !! BRAVO !!!! BRAVO !!!!!!
http://br.youtube.com/watch?v=hFUuQy1yBD0&NR=1
Igor, muito obrigado pela indicação do vídeo! Sensacional!!! Vou colocar no ar agora junto ao post do Osório.
Não lembro em que número da Tecnologia & Defesa, o presidente da Engesa, esclareceu alguns pontos no tocante ao Osório:
1- Não se destinava ao mercado interno;
2- Era a concretização de um antigo sonho ainda da época de sua juventude;
3- A exportação à Arábia Saudita, dependia de financiamento a ser concedido pelo governo americano, o qual por ação do congresso americano, não pode financiar o veículo, num momento em que o desemprego campeava por lá.
E muitas outras considerações.
Parece que um Osório esta na unidade do exército em Pirassununga/SP, Quando tem “Portões Abertos” na AFA de Pirassununga, ele sempre esta em exposição, pelo menos quando fui 2 vezes.
A retomada do projeto Osório é muito improvável, pois não está entre as prioridades do Exército, que privilegia a artilharia AA, Urutu III, equipamentos de comunicação e outros. Li em algum lugar que a guerra de movimento, em que os tanques têm um papel fundamental, só pode ser travada na região sul do Brasil. Talvez isso é que tenha determinado a opção pelos antigos Leopard 1A5 alemães, já que o teatro de operações desse tipo veículo é limitado em nosso país.