Na foto acima, o local da Queda do Super 64, alguns dias mais tarde
Em 3 de outubro de 1993, há exatamente 15 anos, ocorreu aquele que foi considerado, até então, o combate urbano em curta distancia mais violento desde a Guerra do Vietnã, envolvendo unidades de infantaria
Equipes da Força Delta, e elementos do SEAL, com a cobertura dos Rangers e apoio de Pararescues da USAF, foram enviados ao centro de Mogadíscio para capturar o General Muhammed Farah Aideed, líder de uma das facções políticas, a Aliança Nacional Somali (SNA), que estava em luta na Somália.
Alguns eventos que antecederam a ação
Em 5 de junho de 1993, forças da SNA de Aideed emboscaram soldados paquistaneses que integravam a UNOSOM II, matando 24 e ferindo outros 44 homens. O Conselho de Segurança da ONU baixou a Resolução 837, que adota uma postura militar mais agressiva em relação a Aideed. Entre outras medidas, entre 7 de junho e 14 de julho foram usados quatro gunships AC-130 Spectre, que voaram um total de 32 missões de interdição, reconhecimento e operações psicológicas, sendo oito dessas sortidas de combate sobre as ruas de Mogadíscio, usando seus canhões de 105 mm e 40 mm, destruindo inclusive dois depósitos de armas e a Rádio Mogadíscio, usada para propaganda de Aideed.
Em 17 de junho, foi autorizada a detenção de Aideed e oferecida uma recompensa de US$ 25.000, o que só serviu para piorar o clima político, com aumento de choques de tropas da ONU e dos EUA, com a sua milícia. Em 12 de julho, a Força de Reação Rápida atacou QG de Aideed com helicópteros de ataque. Depois desse ataque a multidão hostil matou quatro jornalistas ocidentais que cobriam a ação, mostrando seus corpos para o mundo ver. Imediatamente o Comando da Força da ONUSOM II colocou a sua inteligência e capacidade operacional para localizar, capturar e deter Aideed e qualquer um de seus apoiadores, que foram responsabilizados pelos ataques de junho e julho.
A FT 3-25 (Aviação) do U.S. Army foi designada o elemento de Comando e Controle e estabeleceu três equipes para realizar as operações de captura: Team Attack, Team Snatch, e Team Secure. Formada por helicópteros de Ataque, Escolta e Transporte com snipers e um pelotão de escolta que realizariam uma vigilância continua, executando um ataque a seu comboio e escolta quando ele estivesse trafegando pela cidade e mais vulnerável. O Team Attack destruiria os veículos líder e de retaguarda do comboio, o Team Snatch então capturaria Aideed e a equipe Secure criaria um perímetro para impedir a entrada de civis e a fuga dos alvos do local da emboscada. Alerta o General passou a ser mais discreto nos seus deslocamentos pela cidade.
Em 8 de agosto, uma viatura da Policia Militar (1) foi destruída por uma mina, na rua Jialle-Siaad, matando quatro militares americanos a bordo. A situação piorou, e o Secretário-Geral da ONU Boutros-Boutros Ghali pediu ao Presidente Bill Clinton, recém empossado, ajuda para capturar Aideed.
Em 28 de agosto, começou a chegar à Somália a Força-Tarefa Combinada de Operações Especiais (JSOTF) ou Força-Tarefa Ranger, sob o comando do Major-General William F. Garrison. A FT era formada por elementos da Força Delta, do 2º Batalhão do 75º Regimento de Rangers (2/75), dos ParaRescue da USAF e SEAL da Marinha.
Em 8 de setembro, soldados americanos e paquistaneses estavam retirando bloqueios das ruas em um lugar conhecido como Fabrica de Cigarros, quando foram atacados pela milícia usando canhões sem recuo de 106mm, RPG e armas portáteis.
Em agosto e setembro, realizaram seis missões em Mogadíscio, todas com sucesso. Em 21 de setembro, numa dessas incursões, foi capturado Osman Atto um dos assessores mais próximos de Aideed, A ação ocorreu sem sobressaltos, mas os homens da Força-Tarefa enfrentaram pela primeira vez fogo pesado de armas portáteis e de RPGs. O fogo foi devolvido por unidades em terra e no ar. Mais tarde, no mesmo dia, essa unidade foi novamente atacada pela milícia, usando uma multidão de cerca de 1000 pessoas como escudo. Seis homens da UNOSOM II foram feridos.
Outros soldados que estavam desbloqueando as ruas foram atacados nos dias 16 e 21 de setembro. No ataque do dia 21, os paquistaneses perderam um VBI e sofreram nove baixas, entre elas, dois mortos.
Em 25 de setembro um helicóptero UH-60 Black Hawk americano foi abatido, causando a morte de três homens, um do 25º Regimento de Aviação (10ª Div) e dois do 101º Regimento de Aviação (101ª Div), forças americanas e paquistaneses garantiram o local da queda e evacuaram as baixas sob fogo. O que causou preocupação aos americanos, foi o fato dos somalis terem derrubado o helicóptero usando um simples RPG, normalmente usado para atacar veículos blindados. Isso não era um bom prenúncio para incursões da FT Ranger usando helicópteros.
Área da operação, com os pontos de queda:
Após assistir ao filme que relata esta batalha eu passei a acreditar nos filmes americanos em que meia dúzia de marines ou de soldados do exercito conseguem acertar centenas de inimigos.
No final desta batalha (de acordo com as legendas finais do filme “Falcão Negro em Perigo”) se não me falha a memória, foram mortos 26 americanos e 1000 (mil) somalis (quantos eram inocentes e vítimas de balas perdidas, de “dano colateral” ou de escudo humano eu não sei), o que demonstra claramente a superioridade (treinamento, doutrina, comando, comunicação, etc) e o poder de fogo americano frente à milícias ferozes mas desorganizadas.
No filme são 19 americanos e mais de mil somalis, o que ao meu ver foi uma carnificina, mas causada pelos americanos…Mas sempre tem a bandeira americana tremulando ao fundo…
Para quem gostou do filme, compre também o livro, no qual o filme é baseado, é muito melhor.
Bosco,
Na batalha em si mesmo foram 18 baixas fatais americanas mais o SFC Rierson que faleceu em um ataque de morteiros 2 dias depois…Ela virou lenda principalmente no 75th Rangers, 160th SOAR e na Delta.
Vc esta certo quando coloca a enfase no treinamento, doutrina e tal…so para se ter uma ideia uma vez durante um dos varios treinamentos CQB disparamos mais de 1.500 5.56mm de nossas M4 em apenas tres dias e obviamente esse nivel de treinamento se sobre-sai quando e coisa e pra valer!
Sao por essa e muitas outras razoes que disse antes que tropas de elite/FE sao unidades carissimas de se manter e os melhores sao os que tem verba pra treinar, treinar e treinar, infelizmente machismo so nao basta.
“Hope is neither a method nor a course of action”!
Agora realmente o livro e dos melhores em se tratando de combate urbano atual…
Pois é…e ainda temos entendidos que acham que as FFAA Brasileiras devem dispensar determinados vetores que não se coadunam com nossa política e “inclinação” nacional. Será que nossos administradores pensam no CS e participações nas forças da ONU munidos de: FUTEBOL,SAMBA E NOVELAS? Era uma missão simples, no final, uma revolta de grandes proporções. Risco contornado no HAITI pelo alto grau de profissionalismo dos SOLDADOS E FUZILEIROS brasileiros.
Vinícius, obrigado.
Havia me esquecido dos números exatos.
Marine,
sem querer polemizar, mas os americanos não respondem ao “fogo” de maneira desproporcional não?
Sei que você se reserva em não discutir TTPs, e tenho grande respeito por você, pelos “Marines” e pelos USA, mas tem hora que parece que vocês exageram um pouco na dose.
Eu sei que os americanos dão muito valor aos seus compatriotas, isto é lógico e plenamente aceitável, mas tem hora que exageram na dose principalmente quando tá na reta a “turminha” do 3° mundo, ou seja, nós..rsrs…
Um abraço meu caro.
Só pra por mais lenha na fogueira, um dia destes li que os projéteis Excalibur de 155mm guiados por GPS, serão ótimos contra “snipers”, em operações urbanas.
Quem pode, pode! Quem não pode bate palma.
DaGuerra,
sobre o que comentou, eu sou contra a MB operar um NAe e sou contra o programa do submarino nuclear.
Não porque o Brasil não precise destes vetores, e nem por achar que sejam pouco eficazes ou dispensáveis.
Sou contra porque na atual conjuntura não temos sequer o básico, pra que inventar moda?
O projeto do submarino nuclear vai levar milhões e temo não dê em nada. O São Paulo não tem avião, se tivesse, eles não teriam armas. Não tem armas de auto-defesa (agora vai ter 2 lançadores manuais do Mistral), não tem escoltas de superfície e nem de submarinos. Não temos navios de apoio suficientes para operar com eficiência um NAe, etc…
Vamos ter forças armadas enxutas, compactas, defensivas, versáteis, de alto nível primeiro e depois vamos pensar em projeção de poder, em termos porta-aviões, submarinos nucleares, bombas nucleares, ICBMs, SLBMs, mísseis de cruzeiro, nave estelar Enterprise e torpedos fotônicos.
Um abraço.
Não vi o filme e nem li o livro. Mas já assisti vários documentários na tv fechada. Muito massa a história.
Veja o filme e se possivel leia o livro. No final da segunda parte vao algumas dicas.
O filme assista com som original, sem dublagem, porque dublado o “Quartel General” do Nunão corre solto.
Bosco, obrigado por comentar minha amadora opinião.
Nós podemos “achar” livremente, sem consequências. Agora, os “entendidos” da administração arriscarem a vida de rapazes brasileiros no exterior com extrema irresponsabilidade, chutando planos mirabolantes que em nada ajudam na proficiência das FFAA, merecem todas críticas de QUALQUER CIDADÃO INTERESSADO. Alguém aqui lembra da vergonha que o Brasil passou em SUEZ quando suas forças foram apanhadas no fogo cruzado árabe-israelense? Mudando, não vejo FALCÃO NEGRO como um filme ufanista americano, pelo contrário, em várias cenas fica patente a crítica aos “vícios” das forças do EUA em operações pelo mundo e a incompreensão destes relativa às populações estrangeiras, principalmente de países pobres.
O fato mostra que dentro de perímetro urbano, com casas de ambos os lados de ruas, a tecnologia perde boa parte da sua utilidade. Ajuda, é claro, mas o que conta mais é a capacidade de raciocínio rápido do soldado, adicionado à um extensivo treinamento de guerra urbana.
Zé,
O filme deve ser visto necessariamente na versão original, pois o linguajar é muito técnico/militar.
Bosco,
Para responder sua pergunta com relacao a exagero, nao sou ingenuo a te dizer que nun ca houve exageiro na historia dos EUA, isso e logico que ja houve. com relacao a Mogadishu em si diria que nao e agora segue a explicacao:
Vou te dar como exemplo nossas rules of engagement em 2006 na aerea de fallujah e ramadi.
1- Marines so podem “return fire” se forem disparados primeiro.
2- “If under fire” Marines TEM que estabelecer PID (Identificao Positiva) de que o alvo e um combatente.
3- “if under fire” Marines tbm TEM que estabelecer POO ( Primary Origin of Fire) para que assim saibam da onde esta vindo os disparos.
Parece tudo muito facil e sensato, tipico dos advogados que criam as regras sentadinhos tranquilos dentro de seus escritorios do Departamento de Estado na Embaixada em Baghdad mas eles mesmos nao fazem patrulhas pra saber se essas regras sao realistas p/ o soldado patrulhando todo dia.
Entao agora vamos colocar tudo isso em um cenario para que possamos entender como funciona, vou te dar o exemplo de um engajamento em que fui condecorado:
Certa vez haviamos encontrado um local de ponto de origem de morteiros inimigos, chamamos uma equipe EOD (Explosive Ordnance Disposal) para que viessem e desarmasem a municao que se encontrava la e enquanto esperavamos ouvi uma rajada de AK-47 vindo da minha direita inclusive com o som “crack” em que se pode notar que esta perto de vc, tbm senti pedacos do muro em que estava perto cainda no meu capacete e ombros…o miseravel errou minha cabeca por uns 30cm! Rsrsrsrs
Imediatamente procurei por cobertura perto de um Humvee mas ninguem viu de que janela das centenas delas na aerea (imagine a mesma coisa em uma favela, vc tem centenas de janelas e portas e nao sabe de onde vem)os disparos tinham vindo e obviamente nao vimos o insurgente que fez os disparos. Entao esta toda a equipe procurando ver de onde veio mas nao podemos retornar fogo porque nao temos PID (nao vimos quem fez o disparo) e tbm nao temos POO (nao sabemos de onde veio). Pra incurtar a historia, deduzi da onde veio os disparos e liderei o pelotao a um assalto na casa.
Mas o ponto disso tudo e que somos profissionais disciplinados e nao teriamos disparado a esmo so por frustracao em aereas que suspeitavamos porque muitas dessas casas teriam civis dentro entao o profissional acaba se colocando em risco para seguir as regras e preservar a vida humana inocente. Agora se durante esse confronto tivessemos levados baixas ai vc ha de convir que ha um certo instinto natural humano de mandar chumbo pra qualquer lado de raiva mas mesmo assim posso te dizer que meu pelotao nao o teria feito mas tbm nao posso falar por outros pelotoes la…
Pra resumir, em Mogadishu nao houve exageiro porque existiam ROEs (rules of engagement) probindo isso, claro que houve fogo cruzado e escudos humanos mas a vasta maioria dos que morreram eram combatentes e infelizmente os somalis civis muitas vezes iam a rua “assistir” o combate o que obviamente custou a vida de alguns e chego a apostar que muito mais civis morreram por fogo indiscriminado dos proprios rebeldes somalis do que dos americanos.
O que temos que manter em mente e que a batalha acabou virando um Deus nos acuda mas mesmo assim um soldado de elite como os Rangers e Delta tem maior disciplina e treinamento em que nao necessitam de fogo indiscriminado para atingir seus objetivos, nos nao damos rajadas, fazemos disparos controlados e de precisao o que causa maior baixas no inimigo e menos baixas colaterais.
Entendo que essa grande diferenca de baixas de 18-1000 causa alguns a achar que houve exagero mas realmente isso se atribui ao apoio de fogo dos “little birds” e suas miniguns e disparos efetivos americanos que se pode relacionar com melhor treinbamento e doutrina como vc mesmo havia dito antes.
Espero que tenha respondido suas duvidas e se sinta a vontade se precisar de mais esclarecimentos.
Sds.
Certa vez eu vi uma entrevista do Colin Powell e ele disse que “a intervenção na Somália foi o maior erro dos EUA desde a Guerra do Vietnã”.
Ta ai um cara que eu respeito e gosto de ouvir as opiniões.
Bom, o Colin Powell disse isso bem antes do Afeganistão e Iraque rsrs
É Marine, você sem dúvida é um bom profissional e leal à causa que abraçou.
Pelo visto, do ponto de vista doutrinário, as suas “regras de engajamento” são mais sensatas (e humanas) que as usadas pelos nossos policiais quando respondem ao fogo vindo das favelas, que se seguissem as determinações do USMC, teríamos um número bem menor de baixas. E olha que aqui as casas são de madeira e não como as do Iraque.
É comum vermos na TV em horário nobre, fogo automático “supressivo” morro acima, sem um alvo definido, em resposta ao fogo dos traficantes. Mas isto já é outra história.
Como disse o Mauro, suas explicações são ótimas e sempre bem vindas.
Um abraço.
Mauro,
concordo com vc, especialmente no final do filme quendo o operador do Delta diz que os civis acham que ele e doido e nao entendem o porque ele faz o que faz e ele disse que eles nunca entednderiam porque nunca passaram pelo o que ele passou e ele faz o que faz pelo colega ao lado dele…realmente refletiu meu pensamento por completo! O filme tbm mostra principalmente nos “Delat boys” o que eu pessoalmente considero as maiores qualidades e atributos para um guerreio: Cabeca fria, maturidade/disciplina e “situational awareness”.
Sds.
Mauro,
não é que você me deu uma boa idéia. Se tivéssemos mísseis anti-navios lançados da costa, caças armados com mísseis, aviões de patrulha marítima, e “apenas” submarinos convencionais, não precisaríamos de fragatas e corvetas.Uhhhmmmmmmmmm……………
É claro que continuaríamos a precisar de NaPas…rss…
Um abraço meu caro.
Bosco,
Exatamente! Entendo o porque deles fazerem isso mas nao tem jeito, pode ser hoje ou amanha mas isso vai causar baixas colaterais, esse negocio de fogo supressivo e para “full contact” com o inimigo, com civis no meio a situacao complica muito e infelizmente subindo morro nao se pode evacuar a populacao…entao quem paga mais uma vez e o pobre…
Dizemos aqui que na maioria das vezes fogo sem alvo definido e desperdicio de municao.
Sds.
Pois é Marine, mas nos assaltos aos morros, os policiais deveriam “subir” com cobertura de franco atiradores com rifles de precisão com miras telescópicas, apoiados por um observador com um bom binóculo. E não com cobertura de fogo automático indiscriminado como é comum em operações de guerra clássica, onde o que está do lado de lá só pode ser inimigo.
É claro que excessos sempre vão ocorrer em operações deste tipo, mas o que é inaceitável é o que parece ser um “padrão” de operação e não a exceção.
Mas como disse antes, aí já é outra história. Nós como todos os outros povos da terra e da história humana temos nossos “esqueletos no armário” e vamos levar décadas para nos aperfeiçoarmos.
Um abraço meu caro.
Bosco,
Concordo com vc mas ai vem a velha historia de ter o orcamento para treinar o pessoal e comprar o equipamento necessario sem contar que as taticas e especialmente a doutrina esta errada. Como vc disse e outra historia e com certeza muito mais complicada do que temos espaco e tempo para esse blog.
Sds.
Senhores um detalhe sobre possivel baixas civis e exagero em ações , alguem ja treinou de forma seria CDC, isto responde a questão da policia em favelas
Já fiz patrulha em favela, passando por vielas estreitas, sem horizonte, sendo visualizado por todos os lados e com o CU NA MÃO, nao por medo necesariamente de acontecer algo comigo, mas sim o que fazer se o bixo pegar, vc nao tem horizonte, tudo pe apertado, tudo é ncanalizado e nada e a prova de projeteis
Duvidas, e um bom exemplo, ver como morreu o SGT Dominic Pila
MO
Marine, muito obrigado pelas suas considerações!
Realmente é um privilégio pra gente receber essas informações de um cara que esteve lá na prática, com o traseiro na reta!
Grande abraço!
Galante,
Muito obrigado mas como meu pai dizia…”Tem doido pra tudo”!Rsrsrsrsrs….
Sds.
É muito fácil criticar as ações policiais ou militares com a bunda sentada aqui numa cadeira! Quero ver neguinho criticar os “efeitos colaterais” se estivesse com um fuzil na mão e entrando em ambiente hostil!
Simulador de combate do computador ou videogame é muito bom, mas mesmo assim se vc levar um “pipoco” vc pode jogar novamente, na vida real isso não ocorre não!
Abração
Bosco, nao estou te criticando, em partes concordo com vc, o que eu quis dizer e acabei não falando, é que cada caso é um caso e por isso deve ser analisado com calma, sei que não adianta entrar “metralhando”. A minha crítca foi mais para a turma que pensa que aréa de conflito é “video game”.
Abração 🙂
Se tiver civis inocentes dentro de casas de madeira, talvez eu preferisse levar um tiro na bunda, que colocar a vida dos que eu jurei proteger (e que pagam o meu salário) em risco.
Operações urbanas militares com tropas de ocupação é uma coisa. Operações policiais em centros urbanos é outra completamente diferente. Se você vai amarelar e começar a atirar para todo lado porque o “tempo esquentou” e você está em ambiente hostil, não deveria ter si tornado policial e sim ficar comentando em blogs na internet. É o preço que se paga em ser o defensor das leis. Qualquer comportamento diferente não diferencia os que protegem a sociedade e sua leis dos que a afrontam.
Ser policial é um ofício para poucos e cheio de riscos, riscos estes que são assumidos voluntariamente. A recompensa é a consciência tranqüila e saber que fez a diferença, mesmo colocando sua vida em risco.
Bosco,
por essas e por outras e que nao abrimos fogo indiscriminado la. No final das contas e vc tem que se encarar todo o dia no espelho quer teja a consciencia limpa ou nao…
Sds.
Cinquini,
eu não critiquei “ações policiais”.
Não acho que fogo supressivo com armas automáticas favela acima para responder ao fogo dos traficantes e permitir o avanço da tropa, pondo em risco moradores inocentes, seja “ação policial”.
Sem falar que tais ações de assalto (de alto risco para a população) nos morros é apenas e tão somente para mostrar serviço, e são totalmente ineficazes, já que no outro dia o morro novamente está nas mãos dos traficantes.
O que eu entendo que seria válido neste tipo de operação é que o morro, depois de “recuperado” pelo poder público por força de uma ação policial, não volte a ser terra de ninguém e que o Estado assumisse suas obrigações para com seus cidadãos no sentido de inserir novamente estas comunidades dentro do Estado de Direito.
Em geral não é o que ocorre. No outro dia a polícia desce o morro com alguns corpos e tudo volta a ser como antes no “quartel de Abrantes”. até que, sabe-se lá por que, alguns meses depois novas operações cinematográficas são feitas, ad eternum.
De acordo com o topico,a ONU autorizou a intervenção na Somalia na epoca,devido a aquela região estar sempre as voltas com ditadores
e chefes de tribo,que cercam os adversarios induzindo-os a fome.
Varios esforços humanitarios na epoca recorreram a força para
tentar melhorar os indices humanos na região.
No Congo ,tribos exploram minas de tantalo,usado em computadores,
escravizando povos da area,a França interviu na area para acabar
com o drama,e parcialmente obteve exito,os diamantes do Zaire,
o qual foi feito um filme recentemente sobre o assunto.
Tambem no Haiti ,uma região mais facil de controlar,ilha,com
problemas de violencia e fome,tambem com tutela da ONU.
Africa região de vastos depositos de minerais,petroleo,e recursos
humanos,terra dos super animais,sempre as voltas com conflitos,
e tragedias,até quando?…..
Não sabia que os SeAL participaram…
Acabei de ler o livro e estava pesquisando o assunto na internet quando encontrei este site. Quero parabenizar a todos pelo alto nível da discussão. Não sou militar mas me interesso por essa parte da história.
Vou virar visitador do site.
Marine, você participou do evento?
Sempre gostei deste filme e já o assisti algumas vezes. Comecei a ler o livro esta semana e não consigo parar.
Aprendi a ter um repeito maior ainda pelos militares que se colocam em uma situação de risco como estas ou muitas outras que vemos por aí.
Claro que, segundo relatos no livro, muitas atrocidades ocorreram tb, mas o q me chama atenção é o fato do orgulho que os soldados tem. Da forma como são descritos os Rangers e os Deltas.
Agora entendo melhor pq meninos recém saídos do ensino médio acabam se alistando.
O que mais impressiona, é a coordenação da ação entre os rangers e deltas. observaram que tudo que foi planejado anteriormente, foi feito milimitricamente e correto. Salvo a “surpresa”, de que as tropas inimigas estavam a esperar pelos americanos, o que ocasionou mudanças de planos e mesmo assim a tropa adestrada consegue evadir com o minimo de baixas possiveis. O ícone dos filmes de Guerra, tratando desde planejamento, até o debrifing no final da operação. Além de ser uma referência para todas as tropas de Operações Especiais no mundo.