A Raytheon recebeu a aprovação do US Army para compras de longo prazo, não excedendo US$ 18 milhões, para começar a produção em baixa escala do Surface Launched Medium Range Air-to-Air Missile (SLAMRAAM), versão antiaérea do míssil BVR AMRAAM.
A aprovação confirma a confiança do Exército dos EUA na arma e na capacidade que ela trará aos combatentes. A verba será usada para adquirir componentes chave de comando e controle para o sistema.
O SLAMRAAM é um sistema de defesa antiaérea concebido para enfrentar mísseis de cruzeiro, UAVs (VANT) e uma ampla gama de ameaças aéreas. Ele proverá os combatentes do US Army com um sistema de alta mobilidade ligado em rede e distribuído geograficamente com capacidade integrada de controle de fogo contra ameaças aéreas.
Ótimo. Quando chegarão no EB? 😀
Esse míssil fará a ponte entre o Stinger de curto alcance e os sistemas Patriot e MEADS (no futuro) de grande alcance.
Provavelmente no futuro irá substituir o sistema Avenger e o Stinger será usado apenas quando disparado do ombro.
É um sistema interessante. Ele uniu o radar Sentinel (de uso comum no USA e no USMC), o veículo Humvee (usado em todo o mundo) e o míssil AMRAAM (compatível também com o AIM-9X), amplamente usado pelas forças armadas americanas e em todo o mundo e desenvolveram um sistema com baixo custo altamente atraente inclusive para exportação.
Na boa, iriam ficar lidões se levados nas costas dos URUTU III.
O Brasil precisa de muitos destes!
A foto do post deixou de fora o terceiro elemento do sistema que é o posto de controle.
O sistema tem uma alto nível de sobrevivência (redundância, conectividade, etc) já que os veículos lançadores e o posto de comando não estão sujeitos a ataque por mísseis anti-radar.
O radar Sentinel é operado por controle remoto e caso seja atingido não causa baixas.
(http://chockblock.files.wordpress.com/2009/05/slamraam-launcher-sentinel-ifcs-2-big.jpg)
(http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://chockblock.files.wordpress.com/2009/06/hpi_hawk63.jpg&imgrefurl=http:/)
Me desculpem. As duas tentativas de postar a foto do posto de comando não deram certo.
Bosco,
O conceito deste sistema é o mesmo do SPYDER israelense.
Certamente mais sofisticado, mas estam imitando as soluções da calejada IDF…
Ivan
Ivan,
por incrível que pareça esse sistema é mais “antigo” que o Spyder. Saiu na frente, mas o Spyder foi oferecido no mercado antes.
Mas salvo engano o SLAMRAAM já é usado a algum tempo na proteção de Washington.
O que foi copiado do Spyder foi a combinação (opcional) de usar o Sidewinder, ficando 4 Amraams e 2 AIM-9X por lançador aumentando a letalidade do sistema.
O padrão parece ser de 5 Amraams num lançador conteirável que não altera a elevação e que não precisa ser “apontado” com precisão já que o míssil pode atingir alvos situados a mais de 70° para cada lado. Sua atualização intermitente (feita pelo radar giratório Sentinel) é feita por data-link e na fase terminal o míssil usa seu próprio radar com capacidade de “ver para baixo”.
Parece crescer a tendência de se usar mísseis ar-ar padrão em sistemas sup-ar. Os EUA já usam esse conceito há muito tempo na forma do Chaparral e do Sparrow SAM/Sea Sparrow.
A França com o VL-MICA, Itália com o Spada/Albatroz e Israel com os Derbys e Pythons (Spyder).
O Reino Unido também quer um míssil sup-ar baseado no ASRAAM (CAMM) para substituir os Rapier e o Sea Wolf e a Alemanha está concluindo o desenvolvimento do SL Iris-T.
Um abraço meu amigo.
Bosco, não seria “viável” algo parecido com o SABER60 do EB com o Piranha II, se este se tornar realmente operacional e apesar de seu baixo alcance??
Roberto,
eu acho que seria interessante sim a combinação do Saber com o Piranha. Poderíamos criar um lançador conteirável montado em um veículo como o antigo Chaparral americano.
No futuro poderia até ser feito uma versão do A-Darter de lançamento vertical.
Tais mísseis poderiam substituir todos os armamentos antiaéreos hoje existente, desde os canhões (40 e 35 mm) até os mísseis (Mistral e Igla), inclusive no futuro poderia substituir os mísseis de defesa de ponto da Marinha.
Um abraço.
Bosco,
Eu não conhecia o SLAMRAAM e portanto não sabia que era anterior ao SPYDER israelense. Pois é, propaganda é a alma do negócio… he he he. Obrigado professor.
Quanto ao Chaparral eu sou fã daquele sistema até hoje e fico pensando se aquele mesmo veículo ainda seria viável com mísseis Piranha II ou III.
Já a idéia do A-Darter VLS é muito interessante, mas a Africa do Sul já desenvolveu o Umkhonto.
Há notícias que o Brasil em 2004 se interessou em adquirir este sistema de armas para o São Paulo e que a Suécia expressou interesse no Umkhonto-IR para as corvetas furtivas Visby.
Prefiro um investimento em uma versão VLS do Umkhonto, desenvolvido no Brasil, com versões navais e terrestres. No curtíssimo alcance o EB poderia ficar como mísseis manpads Iglas, Mistrals e Stingers.
Abç,
Ivan.
Fora de tempo:
Boscão, deu um tempo do AEREO?
Ivan.
Bosco, por falar nisso, e o SABER200, como anda seu desenvolvimento ? Vou abusar… rsrsrs
O piranha II já esta em testes de campo ou ainda ta na bancada ? A última noticia que li era de 2008 com os testes de bancada…
E o A-Darter, a Dennel ja se capitalizou ou ainda esta se re-estruturando ?
JACUBAO em 03 mar, 2010 às 17:43
“Na boa, iriam ficar lidões se levados nas costas dos URUTU III.”
Putz… Também, fiquei imaginando um sistema destes com o desenvolvimento do R-Darte (S-Darte e T-Darte?) com uns oitos, radar Saber, no UrutuIII:
http://www.forte.jor.br/2009/12/18/exercito-brasileiro-e-iveco-assinam-contrato-de-producao-da-vbtp-mr/.
Ou no curto algo com o A-Darte (uns seis), radar Saber, na plataforma da Avibrás (o GF agora é sócio) Guará:
http://www.defesanet.com.br/imagens/reed/laad2003/imagens/veiculos/foto3.jpg
Tudo data linkado com os R-99
Abs.
Ivan,
eu falei sobre o A-Darter ter uma versão sup-ar de lançamento vertical por já sair pronto. O TVC e a capacidade de travar após o disparo (LOAL) em alvos bem fora da linha de visada (HOBS) já o faz ser um natural candidato ao lançamento vertical, assim como o AIM-9X, Irist-T, MICA, R-73, etc.
O problema é que mísseis desse porte (menos de 100 kg) têm seu alcance muito reduzido quando lançados verticalmente, sendo preferível um lançador conteirável que já faz o míssil se dirigir diretamente ao alvo não desperdiçando combustível (já reduzido) para se por em direção ao alvo.
O menor míssil sup-ar de lançamento vertical que eu saiba é o Barak que pesa quase 100 kg, todos os outros são bem mais “parrudos” ou com booster. O mais leve, fora o Barak, é o VL-MICA com 120 kg.
Outra alternativa para não reduzir o alcance dos mísseis lançados verticalmente seria o lançamento a frio muito usado pelos russos, como no sistema TOR (míssil SA-15), que disparo o míssil de modo pneumático e seu sistema inercial o coloca em posição com auxílio de foguetes de controle de “atitude” e só então, quando já voltado para o alvo é que seu motor foguete é acionado.
Claro que embora seja um sistema bem interessante, ajudando a manter o alcance a níveis interessantes, não serviria para o hipotético A-Darter VL BR, já que esse sistema precisa de um míssil específico.
O Umkhonto pesa 130 kg e como você bem lembrou já está pronto e seria uma alternativa bem mais interessante. O Brasil, que tem uma parceria com a Denel, deveria entrar de cabeça nesse míssil e no R-Darter.
Roberto,
não sei a quantas anda o Saber nem nossos mísseis ar-ar. Se não me falha a memória o A-Darter parece que estará fazendo seus testes reais em 2012. Provavelmente deve estar operacional em 2015 mais ou menos.
Um abraço aos dois amigos.
Uma deficiencia deste sistema e a exposicao dos misseis as interperies, reduzindo o seu prazo de validade.
Sao misseis muito caros e em grande quantidade. Por nao estarem em conteiners o seu prazo de validade e diminuido, aumentando o seu custo de operacao.
Quando digo que o A-Darter estará “pronto” para uma versão sup-ar de lançamento vertical falta dizer que seria necessário um “software” específico, muito provavelmente.
Aqui uma lista dos mísseis sup-ar de “pequeno” porte lançados verticalmente para comparar com o A-Darter que pesará menos de 90 kg.
Barak – 96 kg
MICA – 120 kg
Umkhonto – 130 kg
SL Iris-T – 140 kg
Sea Wolf – 140 kg (booster)
SA-15 – 170 kg
Sea Sparrow – 245 kg
ESSM – 280 kg
PAC-3 – 320 kg
Aster 15 – 350 kg (booster)
Lucas,
interessante que os mísseis AMRAAM já existem em uma versão em container. É a versão NASAMS usada pela Noruega.
Também acho que seria mais adequado se fosse protegida por um container.
Mas deve ter um motivo por não ter sido escolhido essa opção.
Um abraço.
Bosco e Lucas, um chute meu, mas eles não devem estar em container para uma maior agilidade de uso; em containers com certeza seu peso de manuseio seria maior, o que poderia diminuir sua velocidade de resposta.
Roberto,
deve ter a ver também com a facilidade de manejo e a quantidade de mísseis transportados pelo lançador.
Um AMRAAM pesa 152 kg em média e um container acrescenta perto de 50% de peso ao conjunto, ficando em torno de 220 kg o míssil mais o container.
O sistema padrão parece ter 5 AMRAAMs que pesam em torno de 750 kg.
Colocando esse valor como limite para se ter uma boa mobilidade, com container, apenas 3 poderiam ser levados pelo Humvee, o que deve ter sido considerado baixo.
Já o sistema NASAMS auto-rebocado da Noruega é mais usado para a defesa de alvos de alto valor e não para a defesa de forças de manobra, por isso tem menos mobilidade e pode se dar ao luxo de ser mais pesado, contando com 6 mísseis AMRAAM em containers.
O sistema SLAMRAAM está sendo testado também no caminhão usado no sistema de foguetes HIMARS. Em conjunto com esse veículo (caminhão) ele tem 6 mísseis em containers.
Um abraço.