Índia confirma compra do SAM SPYDER

O Ministério da Defesa indiano confirmou que assinou um contrato com a empresa Rafael de Israel para o fornecimento do sistema SPYDER de defesa antiaérea de reação rápida.
Foi informado também que o desenvolvimento do SAM indiano Trishul foi encerrado, devido à sua incapacidade de cumprir determinados requisitos operacionais críticos.
Segundo algumas fontes, serão adquiridos 18 baterias SPYDER por  US$ 260 milhões, com entregas entre 2011 e 2012.
A Rafael e a Elta Radar Division da Israel Aircraft Industries criaram o SPYDER (PYthon 5 e DERby Air Defence Missile System), sistema que emprega caminhões equipados com mísseis ar-ar de última geração adaptados para a função superfície-ar.
Os lançadores empregam mísseis ultra-ágeis Python 5, guiados por calor, e Derby 4, guiador por radar.
Na versão SPYDER-SR, cada unidade móvel leva quatro mísseis para pronto uso, que podem ser lançados em dois modos: lock on before launch (LOBL) e lock on after launch (LOAL). O alcance é de 15km, contra alvos a altitudes de 20m até 9.000m.
Na versão que está em desenvolvimento, a SPYDER-MR, o lançador leva 8 mísseis. O alcance será maior, de  50km a até 16km de altitude, graças ao emprego de boosters nos mísseis.
Uma bateria SPYDER típica consiste de um unidade móvel de comando e controle (CCU) e quatro unidades móveis de disparo (MFU). A CCU móvel está equipada com um radar de vigilância e duas estações de operação, com um link de dados com os quatro MFUs.

NOTA DO BLOG: No Brasil, noticia-se que serão gastos mais de R$ 1 bilhão nos Jogos Mundiais Militares, enquanto não existe por aqui nenhum sistema antiaéreo semelhante a esse da notícia. Nosso país de dimensões continentais e com imensas vulnerabilidades estratégicas, depende ainda de mísseis de curto alcance, lançados de ombro, para sua proteção antiaérea.

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Invincible
Invincible
16 anos atrás

Não sei nem o que dizer… É tão absurdo!

Quem diria… O ministério da defesa promovendo o turismo. Vamos pedir para o Carlos Minc comprar uns caças para a FAB. Ou melhor!!! Quem sabe o Henrique Meireles não compra um Sub…

Acho que to começando a acreditar na histório de que o Lula não sabia de nada sobre o mensalão…

Consigo concluir uma coisa.

– Alguns países desenvolveram o seu sistema político-econômico baseados no capitalismo.
– Outros países desenvolveram-se baseados no socielismo.
– Agora o nosso país conseguiu algo nunca visto na história moderna da humanidade. O Brasil conseguiu implantar uma ANARQUIA. Hoje não se sabe ao certo quem é que está mandando no país. Não sabemos se é uma ditadura ou uma democracia. Não da para saber quais partidos são de esquerda ou de direita. Não existe hierarquia.
O Brasil hoje vive uma situação confusa de falta de ideologia, falta de objetividade, falta de controle sobre seus próprios atos. O Brasil parece um país que não sabe aonde quer chegar. E o pior de tudo é que o Brasil não é algo distante. O Brasil é a nossa realidade.

Corsario-DF
Corsario-DF
16 anos atrás

Esse sim é um sistema interessante, pois poderíamos montá-lo no chassi do Astro, o míssil mais caro (Derby) já é operado pela FAB, enquanto poderíamos adaptar o MAA-1B Piranha, ou mesmo o futuro A-Dart, no lugar do Phinthon 5 (nada contra esse míssil, pelo contrário o admiro muito, mas para economizar e manter a tecnologia nacional), aí sim teríamos um sistema de defesa AA de mais respeito, pois do jeito que tá até “teco-teco” sai inculome de um ataque a uma base aérea.

Mas eu acho mais importante do que isso é “REALIZAR AS OLIMPÍADAS MILITARES” pois a nossa política de boa vizinhança vai fazer com que nenhum país pegue (ou roube mesmo) as nossas riquezas, pois a gente é “bonzinhos”. Brincadeira essa república das bananas.

Sds.

Corsario-DF
Corsario-DF
16 anos atrás

Ótimo comentário Invinvible, eu concordo plenamente com você. Estamos igualzinhos a bússola do nosso amigo Jack Sparrow…

Invincible
Invincible
16 anos atrás

Corsario-DF,

Você disse bem… Pq não investir em um sistema de míssil anti-aéreo feito no Brasil. Aproveitar o Piranha. Já é alguma coisa.

Sobre essa notícia de Jogos Militares to começando a achar que é contra-informação.

Talvez alguém queira saber o alcance do tema ou talvez alguém queira provocar o governo.

TOMARA QUE SEJA ISSO! Foi a única opção que me venho na cabeça. Agora se isso for verdade eu jogo a toalha.

O PIOR É QUE O PESSOAL NÃO SABE FAZER CONTA. JUSTIFICANDO QUE O EVENTO TRARIA 7 MIL TURISTAS PARA A CIDADE.

ORAS! AO CUSTO DE 1,3 BI ESSES 7 MIL TURISTAS PRECISARIAM GASTAR +OU- 180 MIL CADA UM.

QUE TURISTAS SÃO ESSES? O PESSOAL QUE SAI NA FORBES???

RL
RL
16 anos atrás

Gente, temos tudo ai na mão para fazer um sistema no minimo a altura dos demais no mercado.

Radar:
SABER M60 ou futuramente SABER M200.

Veículos lançadores, municiadores e de estações de comando:
AV-VBL – AV-VCC ou mesmo o Guará.

Misseis:
Piranha MAA-1B e futuramente o A-Darter.

Carecemos apenas de um software designidor de alvos, algo que acredito a Eletroeletronica, Atech, Mectron e a própria Avibrás tem total capacidade para desenvolver.

Por último que deveria ser o primeiro tópico, ficamos com a maior carência de todas.

VONTADE POLITICA.

Claudio
Claudio
16 anos atrás

Segundo o site Área Militar a compra pelo Paquistão do MAR-1 visa anular estas futuras baterias antiaéreas.

Tóna
Tóna
16 anos atrás

Acho que a nota do blog fala por todos nós que aqui nos expressamos!

XR
XR
16 anos atrás

Há algum tempo vem sendo noticiada uma provável parceria brasileira no desenvolvimento do míssil VL Umkontho-R cujo alcance seria da ordem de 20 km, sem a presença de bossters.Se tal fato realmente se consumar (acho que a maioria torçe para isso) poderíamos desenvolver um sistema similar ao Spyder, utilizando tal míssil mais o A-darter,ou mesmo o Umkontho-IR, que seriam mais ágeis que o MAA-1B.Talvez a melhor plataforma na seja a do sistema ASTROS, mas sim uma de menor porte, de menor custo e maior mobilidade(caminhões WV Worker militarizados,por ex.),uma eventual futura adição de boosters elevaria a efetividade do sistema.Isso, claro, pensando em um futuro a médio prazo, de imediato a aquisição do Spyder seria extremamente bem vinda.
Por que não empregar o $ do “Pan militar” no desenvolvimento conjunto do T-darter, da Umbani,dentre outros, haja visto que os sul africanos procuram parceiros para esses projetos promissores e ausentes (ao menos em quantidade suficiente) em nossas forças?!?!

DaGuerra
DaGuerra
16 anos atrás

Viva a MOTHER RUSSIA! TOR,BUK e S300/400, só por precaução,já que interesses são…digamos,mutáveis.

Magick One
Magick One
16 anos atrás

“O Piranha foi concebido para fazer parte de uma família de mísseis. Ele também teria versões superfície-ar lançadas de terra ou navios além da versão ar-ar. O Exército e a Marinha parecem ter desistido destas versões.

A versão terrestre seria montada no blindado sobre lagartas Charrua e usada para defesa de colunas blindadas em movimento. Uma versão mais atual foi proposta para equipar o blindado sobre rodas Urutu. O Exército achou duvidoso o uso de um sistema ainda não testado.

Uma versão rebocada seria usada para defesa de alvos importantes como bases aéreas, postos de comando, pontes, usinas elétricas etc. O MAA-1A Piranha terrestre seria apoiado pelo FILA para vigilância e designação de alvos.”

“A primeira proposta do MAA-1A Piranha antiaéreo era equipada com um motor acelerador para compensar a perda de energia usada para acelerar o míssil. O alcance chega a cair em até 70% na versão terrestre.”

“A versão terrestre atual com o lançador é chamada SIMDABA (Sistema de Mísseis de Defesa Aérea de Baixa Altitude).”

http://sistemadearmas.sites.uol.com.br/aam/maa1b.html

RT
RT
16 anos atrás

Precisamos de um sistema defesa anti-aérea decente urgente, seja ele de concepção 100% nacional, 50% ou até mesmo todo adquirido no exterior, o que não dá é no seculo 21 com caças modernos voando por todo mundo e o brasil com baterias anti-aéreas ultrapassadas (sucatas).

Paulo Taubaté
Paulo Taubaté
16 anos atrás

Não se preocupem.

Nossos atletas do lançamento de dardo estão em ponto de bala.

Seu alcance (dos nossos “atretas”) está na casa das centenas de quilômetros, batendo em muito os PAC-3 e S-300.

Já para a defesa de curta distância, na categoria do Spider, Chaparral, SA-8, SA-9, Rapier, Crotale, temos os atletasdo arco e flecha e/ou balestra.

Sendo assim, o investimento estaria mais que justificado.

RT
RT
16 anos atrás

Paulo, vc tem toda razão e se tudo isso falhar os nossos soldados podem ser municiados com estilingues, com pedras ou bolinhas de vidro (isso se não ferir nenhuma convenção ou acordo internacional).

XR
XR
16 anos atrás

RT e Paulo Taubaté, só temos que torçer para que nossos “atretas” sejam bons de mira tanto no arco quanto no estilingue!!!rs
Abs

Baschera
Baschera
16 anos atrás

Caros Colegas,
Este sistema israelense SPYDER estava sendo negociado pela India desde 2006 e parece que foi rapidamente cocluído após a notícia da venda dos MAR-1 ao Paquistão.
Quanto há um sistema similar “nacional”, vou colacar aqui parte de um artigo de abril de 2007, postado no Defesanet e assinado por Alexandre Beraldi, os que o conhecem sabem que o mesmo dispença apresentações. Eis a parte do texto :

“A Mectron foi procurada pelas três forças para projetar um míssil terra-ar de defesa aérea que será de uso comum ao Exército, Marinha e Força Aérea. Os requisitos estão sendo elaborados pelas três forças e os estudos estão em fase inicial. Não foi revelado se a arma será de curto ou médio alcance, ou o tipo de sistema de guiamento a ser utilizado.”

O que o texto acima se refere é o MSA-1 (Míssil Ar-Superfície), cuja informação eu já havia disponibilizado no tópico sobre o MAR-1.
Mas, para os que não tem memória de elefante, repito abaixo, o extrato de licença de licitação do Exército Brasileiro, liberando a pequena quantia inicial para a fase de estudos no MSA-1.

COMANDO DO EXÉRCITO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CENTRO TECNOLÓGICO DO EXÉRCITO

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 109/2007
Nº Processo: DISP 02/2007-CTEx . Objeto: Serviço de produção de um
lote experimental (100 kg) de grãos propelentes tipo base dupla, baseados
em nitricelulose com calor de combustão de 1050 cal/g para primeiro
estágio do Míssil Solo-Ar (MSA). Total de Itens Licitados: 00001 . Fundamento
Legal: Artigo 24, inciso VIII, da Lei 8.666/93 . Justificativa:
Entidade da Administração Pública criada para este fim antes de 1993.
Declaração de Dispensa em 24/07/2007 . WALTER ANTÔNIO MACHADO
– TC . ORDENADOR DE DESPESAS DO CTEx . Ratificação
em 24/07/2007 . GEN BDA ALÉSSIO RIBEIRO SOUTO . CHEFE DO
CTEx . Valor: R$ 120.000,00 . Contratada :INDUSTRIA DE MATERIAL
BELICO DO BRASIL IMBEL . Valor: R$ 120.000,00(SIDEC – 25/07/2007) 160291-00001-2007NE900001.

Então, não se preocupem, um dia sai…….
Sds.

Vassily Zaitsev
Vassily Zaitsev
16 anos atrás

Paint Ball tb. Como os nossos “atretas” são bons de mira, põe tinta preta nas bolinhas. O piloto, ao ver as manchas pretas, acha que foi atingido, entra em desespero, ejeta e é capturado, pronto, ganhamos todas as guerras.

abraços.

Baschera
Baschera
16 anos atrás

Senhores,
O sistema SPYDER israelense estava sendo negociado desde 2006 pela Índia e Israel. A recente confirmação da venda de míssil MAR-1 ao Paquistão, parece ter acelerado e destravado as negociações.
Para os que não tem “memória de elefante” lembro que o Brasil já tem em andamento um sistema de míssil anti-aéreo em andamento.
A notícia é de abril 2007 (LAAD 2007) e em artigo de Alexandre Beraldi para o DefesaNet, o mesmo já mencionava….
“A Mectron foi procurada pelas três forças para projetar um míssil terra-ar de defesa aérea que será de uso comum ao Exército, Marinha e Força Aérea. Os requisitos estão sendo elaborados pelas três forças e os estudos estão em fase inicial. Não foi revelado se a arma será de curto ou médio alcance, ou o tipo de sistema de guiamento a ser utilizado.”

Quando do tópico sobre o míssil MAR-1 vendido ao Paquistão, eu já havia disponibilizado a notícia abaixo, publicada no DOU, trata-se do MSA-1 (Míssil Superfície-Ar) o qual está em fase de estudo :

COMANDO DO EXÉRCITO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CENTRO TECNOLÓGICO DO EXÉRCITO

EXTRATO DE DISPENSA DE LICITAÇÃO Nº 109/2007
Nº Processo: DISP 02/2007-CTEx . Objeto: Serviço de produção de um
lote experimental (100 kg) de grãos propelentes tipo base dupla, baseados
em nitricelulose com calor de combustão de 1050 cal/g para primeiro
estágio do Míssil Solo-Ar (MSA). Total de Itens Licitados: 00001 . Fundamento
Legal: Artigo 24, inciso VIII, da Lei 8.666/93 . Justificativa:
Entidade da Administração Pública criada para este fim antes de 1993.
Declaração de Dispensa em 24/07/2007 . WALTER ANTÔNIO MACHADO
– TC . ORDENADOR DE DESPESAS DO CTEx . Ratificação
em 24/07/2007 . GEN BDA ALÉSSIO RIBEIRO SOUTO . CHEFE DO
CTEx . Valor: R$ 120.000,00 . Contratada :INDUSTRIA DE MATERIAL
BELICO DO BRASIL IMBEL . Valor: R$ 120.000,00(SIDEC – 25/07/2007) 160291-00001-2007NE900001

Então, não se preocupem, um dia sai……
Sds.

XR
XR
16 anos atrás

Baschera, não sei se estou correto, mas acho que li em algum lugar, não sei aonde, que o MSA-1 seria um manpad, isto procede?

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Num passado recente caças voando a baixíssimo nível buscando proteção do relevo ou do horizonte radar, só eram passíveis de serem engajados por outro caça com capacidade de ver e disparar para baixo, e de preferência com apoio de um sistema AWACS. A menos é claro que tivessem o azar de passarem sobre um AAA ou um SAM em prontidão disposto num “corredor” de caças.
Hoje, os mísseis com capacidade LOAL e ligados em rede podem efetivamente abater caças nessas circunstâncias fora da linha de visada. Desde é claro, que possuam um sensor aerotransportado dando apoio e atualizando a posição do alvo.
Os sistemas mampads terão utilidade cada vez menor, servindo apenas para cobrirem furos na defesa. Os mísseis CLOS também estão com os dias contados, tanto em terra como no mar.
O presente pertence aos mísseis com sekeer próprio (ativo ou passivo), ligados em rede e capacidade nlos.

XR
XR
16 anos atrás

Bosco, obrigado pelo esclarecimento.
Abs

Bosco
Bosco
16 anos atrás

XR,
na realidade meu comentário foi em sentido geral mas com certeza tem a ver com sua pergunta.
Se o Brasil estiver antenado com o resto do mundo ele deve projetar um míssil sup-ar com características avançadas.
Poderíamos resumi-las como:
Ser feito de preferência a partir de uma estrutura de míssil ar-ar
Com sekeer automático, seja IIR ou radar ativo, ou os 2 modelos como no caso do sistema Spyder
Capacidade LOAL (travamento após o disparo)
Lançamento vertical
Capacidade NLOS (fora da linha de visão)
Motor foguete com baixa emissão de fumaça
Alta capacidade de manobra (proporcionada por um sistema TVC?)
Alcance na faixa de 15 km
altitude na faixa de 10 km
Data-link
Integração com vários sensores tanto terrestres quanto aéreos
GPS integrado ao míssil
Alta mobilidade devido à montagem sobre veículos sobre rodas
Versão naval e terrestre (além da versão ar-ar da qual foi originada)
Capacidade de ser efetiva contra alvos no solo (?)
Versão com booster de maior alcance/altitude
Previsão para receber atualizações como motor ramjet sólido, sekeer duplo (IIR e RA no mesmo míssil), etc.

Vários sistemas estão sendo desenvolvidos com essas características como o VL-MICA, o SLAMRAAM, o próprio Spyder, versão sup-ar do Iris-T, do ASRAAM, etc.
Sistema como esses podem cobrir todas (ou quase todas) as lacunas de defesa aérea das forças armadas de um país juntamente com caças avançados. Ficando faltando apenas um sistema anti ATBM (que ainda não é necessário no nosso TO). Um mampads também seria bem vindo para tapar possíveis “furos”.
Viajei na maionese?
Um abraço meu caro.

Bosco
Bosco
16 anos atrás

Correção: “sekeer” não e sim “seeker”

XR
XR
16 anos atrás

Bosco,
Viajou não.
Completamente pertinente seu comentário.
Abraços