Artilharia Autopropulsada: vem aí o AMX-D30 EP ‘Vulcano’, peruano
Por Roberto Lopes
Especial para o Forças Terrestres
A Artilharia Autopropulsada do Exército do Peru (EP) ganhará, em breve, um reforço.
O Comando da Força Terrestre aprovou um plano de instalar os canhões de 122 mm dos antigos obuses rebocados russos modelo 2A18 (D-30), no chassis de um lote de carros de combate leves, de origem francesa, AMX-13.
O resultado dessa modificação foi batizado de obuseiro autopropulsado AMX-D30 EP Vulcano.
Os peruanos dispõem de 30 ou 40 peças D-30, mantidos por sua Artilharia de Campanha. Essas armas têm um alcance efetivo de 15,4 km, e máximo de 21,9 km (usando munição especial). Entregue ao Peru no início dos anos de 1980, o obus, famoso por sua robustez, teve seu projeto (da década de 1960) inspirado nas lições colhidas pela Artilharia Russa durante a 2ª Guerra Mundial.
O EP possui cerca de 100 viaturas sobre esteiras AMX-13, mas boa parte delas já teve suas torres removidas para dar espaço a diferentes combinações de armamento: lançadores de mísseis anti-tanque russos Kornet-E e 9M14 Matyulka (codinome Otan: AT-3 Sagger) e metralhadoras pesadas, de fabricação americana, calibre 12,7 mm.
Agora, a empresa peruana Diseños Casanave Corporation S.A.C. – parceira industrial dos principais projetos dos generais peruanos – vai adaptar o D-30 no antigo receptáculo da torre do AMX-13, e dotar a viatura com alguns outros sistemas atualizados, como o novo visor noturno TVN-5, para o motorista, e um equipamento de comunicações digital VHF-FM R-030U.
Doutrina – O EP opera uma dúzia de obuseiros autopropulsados de tecnologia americana M-109 A2 (fabricados na década de 1980), e os estudos realizados para o projeto Vulcano chegaram a considerar a hipótese de os AMX-13 também receberem uma peça de 155 mm. Mas a conclusão foi de que o aproveitamento dos canhões D-30 de 122 mm – reputados como de excelente funcionamento em sua categoria – justificavam plenamente o investimento (de valor estimado em quase 1 milhão de dólares por blindado modificado).
Além disso, os militares peruanos desenvolveram toda uma doutrina de artilharia de foguetes do calibre 122 mm: eles receberam os lançadores múltiplos chineses Norinco Tipo 90B (que começaram seus testes de campo, no Peru, ano passado), dotados de colmeia de 40 tubos, e as viaturas russas BM-21, também equipadas com 40 tubos lançadores de projetis de 122,4 mm, o que proporciona fogo de saturação de Artilharia a distâncias de até 40 km.
Eu gosto deste tipo de adaptação onde a criatividade e boa vontade driblam as dificuldades econômicas.
Engraçado, hoje cedo eu estava lendo sobre o amx-13.
MUITO BOM!
Otimização de materiais, reaproveitamento, reuso… custo lá em baixo!
Normalmente esse tipo de solucao quando colocado sob stress para de funcionar rapidinho.
Equipamento para guerra e’ uma coisa…agora o resto….
Abraços
No, EB, o certo era pegar os m105, com cano modernizado e aprimorado para melhorar o alcance e precisão, colocar em cima de um caminhão, montado num eixo rotativo, com carregamento automático, colocar todos os sistemas que tem num m109a5+ e pronto ta ai um wheeled self-propelled howitzer de baixo custo.
http://worlddefencenews.blogspot.com/2013/10/army-of-south-korea-plans-to-purchase.html.
Tipo esse da CS
É o tipo de solução que me agrada pois traduz o aproveitamento racional dos recursos disponíveis
Frankenstein interessante.
Deixa essa criatividade de lado, engolhe o orgulho, pega um pires com a mão e vá lá no tio Sam pedir uns M198 (pra ontem)
Mais efetivos que gambiarras
Resta saber se Eua está disposto através do FMS, a atender o peru,o Brasil é cliente antigo é recorrente,digamos mais alinhado,O peru compra muito equipamento russo,já o fez bastante no passado.Mas não deixa de ser interressante, o Brasil tem por exemplo o chassi do m-60 que poderia servi,mas lembrando que dispomos de uns 100 canhões autopropulsinado acho que a quantidade é bastante,é nos deixa mais tranquilo.
Solução duvidosa..
D-30 é um exemplo de eficiência praticamente em tudo (custo , peso , manutenção praticamente nula , uma linha enorme de munições , ângulos de elevação e etc ).
Colocar D-30 num AMX ta mais para “botar assento na vaca” : nem cavalgar nem tirar leite..
Péssima ideia. Ideia de pobre mesmo…Quer uma D-30 AP ? Vai buscar algumas 2S1 na Russia (ou nos outros países) que ja faz tempo que foram retirados do serviço e estão nos galpões em conservação.E deixe D-30 como ta pois nenhuma VANTAGEM nessa solução grotesca vejo não : não tem blindagem , perde elevação , perde cadencia de tiro , não traz melhoramentos em controle de tiro e etc. Resumindo : uma b..sta grande!
Um grande abraço!
As vezes, não há dinheiro pra um 2S1 usado, e o exercito precisa de um AP, que que se faz ? Se faz uma gambiarra mesmo, é o q tem.
A realidade que não é um AP! Se trata de um auto-carregado-nas-costas!Sem função de um e sem opção do outro.E detalhe : 2S1 atravessa um rio ou pântano..
Scub o que vc fala não tem coerência, eles(peruanos) ja tem experiência com os amx-13 e tbm com D-30, pronto so juntaram 1+1, e o 2S1 não é nenhuma maravilha da tecnologia e hj é obsoleto. Não vejo nenhum empecilho desse AP made in Peru não funcionar.
Amigo AugustL !
Maravilha ou não mas a Russia na larga e esta desenvolvendo 2S1M pois entende bem as vantagens (e desvantagens , é claro) do projeto original que por sinal DE LONGE o melhor carro da classe.
Coerência? Hmmm.Sei..
Viu como vai ser carregada essa jaca e de onde vai tirar a munição ? Acha isso COERENTE? Ja o 2S1 possui uma “cesta” da torre e mecanismo de carregamento que nem CC e muitos APs modernos tem. Alem disso a munição sempre fica disponível atras e do lado de único (!) carregador. Viu tb os ângulos de tiro disponíveis nesse simbiose doido? Isso é tudo menos um obus. Imagine um impulso (lateral) com tiro nas direções de 45 ou 15 minutos. E etc etc (sistema de mira , alinhamento , rebate dos gases do freio de cano)..
Por tanto , EU que não vejo com esse troço vai funcionar. Atirar ate vai no estilo “nigga shooting” – pra la. Mas funcionar? Tenho certeza que não.
OBS : Da pra ver que nunca carregou um projetil desses que pesa mais de 20 quilos. E isso que é falta de coerência.
Estão querendo reinventar o AMX 13 Mk F3, só que com um 122mm…
Esse projeto não tem serventia, apenas, de reequipar o EP, mas também treinar sua engenharia e assim, se for exitoso, trabalhar novos projetos.
Acho isso, o reaproveitamento de armas de guerra, algo que deveria ocorrer com mais frequência.
Principalmente por países pobres.
Como o nosso.
Mas aqui o sujeito faz cara de nojo quando se fala em reformar M60, M113, etc.
Imagine falar em um projeto desses…
Essa matéria do link que postei é interessante.
Mostra o reaproveitamento de tanques na Ucrânia.
Mostra como o lixo as vezes vira o luxo de alguns exércitos.
Na Ucrânia, Síria e Iraque isso virou rotina…
https://motherboard.vice.com/pt_br/article/ae75ep/um-tour-pela-fbrica-de-tanques-mad-max-na-ucrnia
Na guerra civil espanhola houve também muitos blindados feitos em oficinas, algumas amostras podem ser vistas aqui:
http://historiaupf.blogspot.com.br/2014/01/vehiculos-blindados-artesanales-de-la.html
Isso vai ter um belo deslocamento lateral…
Pra fazer a mira tem que manobrar o tank e corre o risco da “torre” se soltar quando do lançamento de projéteis.
Ampliem a foto da “torre”. Tosca demais.
É muito engraçado o pensamento de alguns por aqui, se fosse o Brasil que estivesse fazendo uma gambiarra dessa, estariam metendo a lenha e dizendo que o Brasil não é sério, que somos a maior economia da américa do sul e que isso é uma vergonha, etc, etc, etc… Mas como é o Perú, então vamos elogiar esse lixo que querem chamar de obus auto propulsado. Lembra a gambiarra que o chile fez nos seus blindados leopard 2A4, quando pegaram giroscópios do modelo anterior e mais velho, leopard 1av e colocaram no modelo maior 2a4, lembrem-se que os leo 1a do chile foram retirados do norte do chile porque já estavam em péssimas condições, então isso foi um grande mico da tigre, o mesmo que pegar um “carburador” de um gol 1.6 ano 70 e colocar num gol 1.8 ano 80, pode até rodar, mas o desempenho será pior. Mas aqui é sempre assim, se for alguma gambiarra de Países vizinhos, ai é um bom investimento, mas no Brasil, até equipamento novo eles dizem que não presta.
Pensei se poderia, aproveitar os chassis dos Leo Belgas (os com condições de rodar) e adaptar uma torre hitfact de 105mm, criando assim um caça tanques
No futuro estas mesmas torres poderiam ser aproveitadas para os Guarani 8×8.
Só por curiosidade. os M108 podem ser modernizados como estes peruanos foram?
E sei que a Avibras fez um acordo com o fabricante do CAESAR pra poder fazer um semelhante no Brasil mas não sei que pé esta este projeto. alguém sabe?