Sistema da Saab integra simulações em grande exercício do Exército Brasileiro

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FT SU Bld pronta para o cumprimento da missão

FT SU Bld pronta para o cumprimento da missão

FT SU Bld pronta para o cumprimento da missão. Viaturas e pessoal calçados com simuladores laser instrumentados, o que permitiu o acompanhamento das ações em tempo real
FT SU Bld pronta para o cumprimento da missão. Viaturas e pessoal calçados com simuladores laser instrumentados, o que permitiu o acompanhamento das ações em tempo real

 

O dia 23 de setembro  encerrou um dos maiores exercícios de simulação integrada da América Latina, denominado Operação Centauro 2015, do qual participaram 386 militares, desde o dia 14 de setembro. Ao utilizar o software Wise, da Saab, a Força Terrestre integrou as simulações Viva, Virtual e Construtiva, que foram realizadas em locais diferentes, no Rio Grande do Sul. O evento contou com a participação de autoridades brasileiras e representantes de exércitos de países vizinhos.

Estiveram presentes, entre outras autoridades, o Comandante de Operações Terrestres (COTER), General de Exército Araken de Albuquerque, o Comandante Militar do Sul (CMS), General de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, o Comandante da 3ª Divisão de Exército (3ª DE), General de Divisão José Carlos Cardoso, o 1º Subchefe do COTER, General de Brigada José Eduardo Pereira, e o Comandante da 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª Bda Inf Bld), General de Brigada Fábio Benvenutti Castro. Representantes dos Exércitos da Colômbia e Argentina estiveram presentes, assim como do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

Militar da FT SU Bld traja o simulador pessoal BT47 e realiza o tiro com o simulador do AT4 em uma VBTP M113
Militar da FT SU Bld traja o simulador pessoal BT47 e realiza o tiro com o simulador do AT4 em uma VBTP M113

 

As simulações Viva – que ocorreu no Centro de Instrução Barão de São Borja (CIBSB), na cidade de Rosário do Sul –, Virtual – que desenvolveu-se no Centro de Instrução de Blindados (CI Bld), em Santa Maria – e Construiva – que foi conduzida no Centro de Adestramento Simulado de Postos de Combate (CAS-PC), também em Santa Maria, distante cerca de 150 quilômetros da Viva –, foram integradas a partir do software Wise, da Saab, que converte e converge os dados dos três tipos de simulação, formando uma ação em ambiente único, ou seja, o que acontece numa das simulações, afeta as demais.

Militar da FOROP/CAAdEx, em seu uniforme peculiar e trajando o simulador pessoal BT47, conduz o simulador do AT4 para sua posição de tiro
Militar da FOROP/CAAdEx, em seu uniforme peculiar e trajando o simulador pessoal BT47, conduz o simulador do AT4 para sua posição de tiro

 

“A simulação é o futuro do adestramento, pois podemos verificar os problemas de posicionamento da tropa e corrigi-los”, explica o General Mourão. “Com a integração das simulações, a tropa viva tem melhores condições de cumprir a missão”, complementa.

“Esse exercício coloca o Exército Brasileiro em um patamar de modernidade muito avançado, no qual pudemos integrar três tipos de simulação no mesmo cenário e o impacto causado foi o mais positivo possível”, aponta o Coronel Paulo Eduardo Ribeiro, Chefe da Divisão de Simulação de Combate do COTER. “A gente pretende que, num futuro próximo, a Força Terrestre esteja usando essa ferramenta para capacitação e melhoria do treinamento de seu pessoal”.

“A Saab tem uma relação antiga com o Exército Brasileiro. Estamos certos de que o uso da simulação pelas Forças Terrestres traz muitos ganhos, pois é realístico, possibilita o feedback imediato e uma avaliação detalhada das ações”, aponta Marianna Silva, diretora geral da Saab no Brasil, que esteve presente no treinamento.

Saab - 3

 

Além do Wise, a Saab trouxe da Suécia 1,5 tonelada de equipamentos, como o EXCON Desdobrável e seis simuladores BT46, que foram instalados em VBC Leopard 1A5 BR. Todo o material foi facilmente integrado aos demais equipamentos da Saab que dotam o Centro de Avaliação de Adestramento do Exército (CAAdEx), sediado no Rio de Janeiro (RJ). Seis técnicos da Saab prestaram apoio direto à tropa durante todo o exercício.

DIVULGAÇÃO: Publicis Consultants/Saab

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VESPÃO
VESPÃO
9 anos atrás

Lindas imagens , de encher os olhos

Mauricio R.
Mauricio R.
9 anos atrás

Brinquedinho bonitinho.

Colombelli
Colombelli
9 anos atrás

Há dois pelotões CC representando dois esquadrões com os respectivos comandantes, bem como dois pelotões de fuzileiros representando duas cia com os respectivos comandantes de cia.

Os marruás são do pelotão de reconhecimento. Ao fundo, se pode ver elementos de engenharia sendo um GC ( blindado) para cada cia de fuzileiros mais um veiculo próprio de engenharia.

Por fim, a cobertura AA é feita por dois Gepard.

Renato.B
Renato.B
9 anos atrás

Isso é muito, mas muito legal mesmo. A quantidade de dados que uma integração dessas pode oferecer é imensa. Uma “fotografia” do EB em diferentes níveis de profundidade. Do operacional ao estratégico.

Fico feliz que um projeto desses continuou andando mesmo com os cortes, o impacto de longo prazo pode ser bem interessante.

joao.filho
joao.filho
9 anos atrás

Belissimas fotos!!! Ja virou meu background. Obrigado.

Vader
9 anos atrás

Muito legal. Pena que seja uma fração tão pequena.

Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás
Wellington Góes
Wellington Góes
9 anos atrás

Quero pontuar algumas coisas que achei interessante no vídeo sobre a Operação Centauro.

1 – O uso do Gepard acompanhando a coluna blindada, dando-lhe cobertura aérea em todo o seu deslocamento, algo até então inexistente no EB;

2 – O uso de munição tipo Flecha de 105mm, o que, se não me engano, equivaleria em poder de penetração às munições de 120mm;

3 – o uso do sistema de simulação de combate da SAAB, isto dará ao EB capacidade de avaliar melhor a proficiência das tripulações dos CC (no acerto de alvos já no primeiro tiro) e dos infantes quanto a acuidade dos seus tiros e a capacidade de manter-se vivo no TO.

Colombelli
Colombelli
9 anos atrás

Quanto ao uso do Gepard na função de proteção de colunas blinadas, embora tenha sido concebido pra isso e adquirido por nós com a indicação desta utilização, reputo um erro.

Com o pouco material que temos para defesa antiaérea estratégica e com as centenas de alvos que temos a cobrir, deveria ser relegados a esta função, vale dizer, defesa de pontos sensíveis.

Sua utilização no nosso caso em defesa de colunas blindadas é um total desperdício. Não temos aqui a condição que os alemães enfrentariam em face da URSS quando conceberam o Gepard, com um campo de batalha saturado de helicópteros e aviões com meios anti-tanques.

As ameaças que uma coluna blindada pode enfrentar em qualquer hipótese de conflito que concebamos abstratamente para nós são facilmente debeladas pelas armas do CC e VBTP. Na foto do exercício, vemos uma representação de dois esquadrões CC e dois esquadrões ou cia de fuzileiros blindados com um terço do efetivo em campo. Se estivessem completos, a coluna teria pelo menos 30 metralhadoras .50 e mais 30 de 7,62 em condições de fogo AA mais do que suficiente para repelir um ataque aéreo.

Outrossim, a possibilidade que enfrentássemos um ataque aéreo em tais condições é remota. Não vale a pena atacar uma coluna dispersa com bombas burras. Em campo, em formação tática de combate ou em deslocamento tático, há regras rígidas de dispersão. Ataques aéreos contra colunas seriam um desperdício.

Eu colocaria em operação no máximo 08 Gepard por brigada blindada e poria os demais em defesa estratégica, inclusive porque 08 conseguem cobrir uma área muito boa de gurda chuva AA, cabendo nela uma brigada em movimento. Obviamente por questões logisticas, nenhum mal háa na concentração destes meios em duas baterias orgânicas de brigadas e não nos GAAAex.

Quanto á munição flecha, o Bosco, com a precisão usual, trouxe há algum tempo em outro tópico, informações completas sobre pesos, velocidades e energias de boca para calibres 105, 120 e 125mm. Obviamente que um projétil de 120 mm tem mais poder que um de 105, seja cinético ou quimico. Mas isso não é relevante. relevante e se o adversário que vamos enfrentar pode ser batido com o que dispomos.

No nosso caso, o 105mm bate facilmente os CC argentinos, com fraca blindagem. Os CC Venezuelanos igualmente podem ser batidos a despeito da blindagem ERA, que não é tão eficaz contra projéteis cinéticos. Os T-55 do Peru idem. Ou seja, o 105 cumpre atualmente a missão.

Por fim, a simulação feita no Saicã ( cuja poeira eu conheço bem) demonstrou algumas deficiências, especialmente na defesa aproximada dos CC e VBTP contra infantaria a pé.

A solução é usar os VBTP em dois escalões em linha. O primeiro, logo atras dos CC provê proteção na retaguarda destes com a .50 e também para a sua própria retaguarda mediante os atiradores do GC nas escotilhas. A segunda linha de VBTP de 50 a 100 metros atras faz o mesmo, protegendo a sua frente e retaguarda da coluna à frente e a sua própria retaguarda do mesmo modo.

Um VBTP ou um CC com escolhida fechada e cego pode ser parado por um fuzileiro a pé facilmente. Com escotilhas abertas pode receber uma granada de mão. É preciso proteção contra o homem a pé, escondido no seu abrigo individual onde é relativamente imune ao armamento dos CC e blindados.

Apesar da péssima camuflagem dos abrigos no exercício, elementos oriundos deles conseguiram atingir os elementos da formação blindada. quando da sua passagem ou logo apos neutralizando alguns veiculos.