Argentinos planejam substituir AML-90 Panhard por blindado chinês com canhão de 105mm
O Exército argentino está ampliando os seus estudos de obtenção do blindado de transporte de pessoal sobre rodas Norinco VN-1 – versão de exportação da conhecida viatura chinesa de combate da Infantaria ZBL-09, de 21 toneladas.
Depois que a Subsecretaria do Serviço Logístico do Ministério da Defesa da Argentina assinou, a 15 de maio último, em Buenos Aires, com a China North Industries Group (Norinco), um contrato para a importação de 110 exemplares do VN-1– alguns dotados de torre para canhão de 30 mm e outros equipados com torre para metralhadora de 12,7 mm –, os generais argentinos já pensam em uma segunda e até em uma terceira encomenda da mesma viatura.
O segundo lote teria 108 carros, e o último entre 70 e 90 unidades. O menor deverá ter seus veículos artilhados com um canhão de 105 mm. Eles irão mobiliar as unidades hoje equipadas com o modelo francês Panhard AML-90 – viatura 4×4 cujo projeto remonta ao fim da década de 1950, e que, em 1982, os argentinos levaram às Ilhas Malvinas.
O VN-1 é um carro anfíbio guarnecido por três tripulantes que transporta até 11 militares completamente equipados. Sua blindagem protege os ocupantes do veículo de projetis perfurantes de 7,62 mm (de um fuzil FAL ou similar) e, na parte frontal – onde se acomoda o condutor –, de munição de 12,7 mm.
A primeira partida, de 110 viaturas, seguirá diretamente para a Brigada Mecanizada X Teniente General Nicolás Levalle, sediada na cidade de Santa Rosa, Província de La Pampa, no centro-sul do país.
A Brigada enquadra três regimentos de Infantaria mecanizados, um regimento de cavalaria ligeiro, um grupo de artilharia e quatro unidades menores, de apoio.
Down payment – O contrato firmado no Edifício Libertador – sede do Ministério da Defesa – para regular a primeira compra, de 110 carros, foi assistido por representantes da Direção da Norinco e pelo secretário argentino de Ciência, Tecnologia e Produção para a Defesa, Santiago López. Mas ele só começará a gerar responsabilidades para o fabricante, depois que o governo de Buenos Aires depositar na conta da empresa chinesa um down payment de 6,5 milhões de dólares. O valor total do contrato não foi divulgado.
Esse documento prevê também entendimentos para que os argentinos possam abrir uma linha de produção do VN-1 em seu território – possivelmente a cargo do Estaleiro Tandanor (ainda que este local não esteja identificado no acordo ajustado entre as partes).
Analistas argentinos de assuntos militares calculam que o Exército de seu país poderia absorver até 700 viaturas VN-1, mas temem que esse número não seja alcançado em função das repetidas ofertas de blindados M-113 usados (e baratos), feitas pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Os mesmos observadores esperam que a força terrestre compre alguns exemplares do VN-1 equipado com canhões antiaéreos, já que, na atualidade, os militares argentinos não dispõem de baterias antiaéreas móveis, capazes de proteger uma coluna de veículos em deslocamento.
Guarani ou Norinco ??
frente a frente, qual leva a melhor ?? (mesmo um sendo 6×6 e o outro 8×8, …)
Off topic pertinente:
http://www.defensa.com/index.php?option=com_content&view=article&id=15660:rusia-ofrece-a-peru-la-coproduccion-del-btr-80&catid=212:sitdef-2015-channel&Itemid=695
Rùssia oferece ao Perú produção do BTR-80.
Os peruanos já receberam propostas do LAV III, BTR-80A e Pandur II (veículos novos de fabrica) YPR-765A1, Marder, M-113, BMR-600 BTR-80, BMP-3 (veículos usados).
Aí surge a pergunta, cadê a proposta do Guarani?
Prezado wwolf22
Respondendo indiretamente à sua pergunta, o blindado chinês foi testado pelos militares argentinos e reprovado por falta de qualidade. O Guarani tem boas condições de se sair bem por lá.
Guilherme, não consigo entender!!!
Em função do que você escreve, a mensagem do Sr. Roberto Lopes, fica cancelada?
Corrigindo:
Em vez de:
Em função do que você escreve, a mensagem do Sr. Roberto Lopes, fica cancelada?
Ler:
Em função do que você escreve, a mensagem do Sr. Roberto Lopes fica cancelada?
Poggio, devo concordar com o mestre Bacchi aqui. Ficou totalmente conflitante com a matéria. Ademais, essas decisões são políticas. Por mais que o carro xing-ling tenha soltado todas as suas pecinhas, se a Beiçola quiser ele é que será o escolhido. E a julgar pelo crescente capachismo argentino ante a grana dos chineses, é o mais provável que aconteça.
E com o BNDES aqui muito visado, acho difícil ele financiar o Guarani para os argentinos.
Bom dia a todos.
Como fica claro, o Guilherme cometeu um equívoco.
O carro rejeitado pelos argentino foi o Guarani, por dois motivos (técnicos e industriais): insuficiência de tração e falta de disposição da Iveco de acenar com a possibilidade de montar uma linha de produção da viatura em território argentino.
Nada disso significa que a tecnologia italiana em veículos blindados é inferior à chinesa.
De qualquer forma, também é preciso dizer que as últimas manifestações conhecidas de oficiais argentinos (a 17 de maio) a respeito da viatura chinesa sobre rodas WZ-551 são todas bem elogiosas. Inclusive quanto à capacidade anfíbia desse carro.
O Exército argentino mantém na ativa a sua seção de carros WZ-551.
Bacchi
O que foi me dito diz respeito a um outro blindado chinês 6×6 concorrente direto do atual Guarani. Não se trata deste citado na reportagem.
O 6X6 chinês mais conhecido é o WZ 551 da Norinco introduzido em 1986. Não conheço outro mais moderno.
Tem vários derivados dos quais o mais interessante considero ser o PTL-02 mobiliado com canhão de 100m (caça carros?).
Acredito que o VN-1 está destinado a substituir o WZ 551.
Tenho pouca informação sobre o mesmo, mas me parece um bom produto. Ao nível do Guarani 6X6.
Pelo que recordo a queixa argentina do Guarani foi ser 6×6, nada mais, tanto que iam adquirir um lote para missões de paz e aguardariam a versão 8×8.
O que está por trás da adoção do carro chinês é politica, puramente isso, pois a qualidade……, basta lembrar os radares do equador e umas fardas que desbotam que um certo país comprou. Deles eu não compraria nem um parafuso
A argentina esta quebrada, mas tem, junto com o Brasil, as duas maiores extensões de terras agricultáveis do mundo. Na África, os chineses conseguem minério, mas a comida será daqui, por bem ou por mal. A Argentina acha um parceiro que é capaz de lhe estender a mão e a China uma porta oficial de entrada, pois a inoficial faz tempo que estão abrindo com interpostas pessoas ( ver aquisições de terras na Argentina poe empresas de fachada). Fora isso, Argentina ainda chama a atenção dos EUA.
Alguns poderão achar paranóia, mas lhe afirmo como muitas vezes já fiz: se um dia uma potencia agressora atacar o Brasil esta será a China, não os EUA. E o trampolim para isso já começa a se delinear. se nosso governo não fosse cego ideologicamente deveria aproveitar e aproximar-se dos EUA o quanto antes. E vai o recado ao General Villas Boas: General, pense duas vezes antes de tirar uma brigada C MEc do seu torrão natal, como esta sendo cogitado, pois é capaz de ela ter de voltar antes do que o senhor pensa.