Exército colombiano escolhe 8×8 com canhão de 105mm para substituir o Cascavel
O Exército colombiano vai substituir os blindados de reconhecimento sobre rodas EE-9 Cascavel, dotados de canhão de 90 mm, pelo novíssimo LAV III 8×8, equipado com uma peça de artilharia de 105 mm.
O LAV III, de 17 toneladas, é fabricado pela divisão de sistemas terrestres do grupo empresarial americano General Dynamics. Seu projeto começou a ser desenvolvido no início da década de 1990, quando a viatura brasileira Cascavel, de 11 toneladas, já havia completado mais de 15 anos de sucesso no mercado internacional dos veículos blindados leves.
No começo do ano, a imprensa colombiana pensou que a delegação da General Dynamics aguardada em Bogotá no mês de fevereiro, estava incumbida de dar prosseguimento a conversações anteriores sobre a transferência de um lote de tanques pesados Abrams para a força terrestre local.
Nada transpirou acerca dessas tratativas – se é que elas existiram –, mas sabe-se agora que os militares colombianos solicitaram uma dúzia de LAV III dotados da arma de 105 mm. O lote será alocado à chamada Força Tarefa de Armas Combinadas Médias (FLUTAM), sediada na província de La Guajira – extremo noroeste do território colombiano –, junto à fronteira com a Venezuela.
A chegada a La Guajira dos primeiros carros 8×8, em meados de 2016, permitirá que os oficiais da FLUTAM transfiram para a reserva ou até desincorporem os blindados Cascavel que apresentam maior desgaste.
Spike – Além das 12 unidades dotadas de torre com canhão de 105mm, os colombianos mencionaram ao pessoal da General Dynamics sua intenção de reconfigurar o armamento de algumas das 32 viaturas LAV III compradas por 84 milhões de dólares, em 2013, à empresa americana.
Atualmente esses blindados transportam uma estação de operação remota Rafael Samson RCWS MINI, para metralhadoras de 14,5mm e 12,7mm. Os militares colombianos querem substituir o equipamento por um lançador de mísseis antitanque Rafael Spike LR. Os colombianos já obtiveram, junto ao fabricante israelense, dois desses lançadores para testes.
O Spike, que na versão LR possui alcance de até 4.000 metros, funciona nos modos fire-and-forget (“dispare e esqueça”) e fire, observe and update (“dispare, observe e melhore”).
O governo de Bogotá também solicitou à General Dynamics, juntamente com os 12 veículos armados com canhão, outros 26 carros LAV III para o transporte de tropas.
Nesse momento, a Força Tarefa de La Guajira conta, para o transporte de combatentes, com os veículos Engesa EE-11 Urutu, e com dois modelos de blindados de fabricação americana: o M-113 modernizado na versão A2, e o Guardian M1117, de 13,5 toneladas, largamente empregado pelos Marines estadunidenses.
A Colômbia é o novo Chile.
E, pelo jeito, ainda que em pequena quantidade, terá seu blindado 8×8 com canhão 105 mm antes do Brasil.
Por fim, após escolher (adotar?) o Spike em seus Blackhawks, a Colômbia quer adotar em seus blindados. Sem dúvida, uma ótima escolha, tanto pela qualidade do produto, quanto pela padronização e possibilidade de negociar melhores preços em razão da escala.
Ufanismos à parte, a escolha do Stryker foi a lógica, afinal de contas o exército colombiano já utiliza as VBTPs LAV III, adquiridas para substituir compassadamente os M113 e Urutus.
A compra desta dúzia de “caça-tanques” tira o EC do sufoco, permitindo que o mesmo respire enquanto escolhe seu “novo” MBT. Ao mesmo tempo, tal veículo 8×8 deve substituir aos poucos o Cascavel.
Mais um exército que poderia optar pelo Guarani se a versão 8×8 tivesse sido desenvolvida desde o início. Volto a afirmar, quantitativo é bom, mas tem um limite, achei equivocado o EB optar por 2 mil e poucos blindados 6×6 mais ou menos, quando 1.500 8×8 estaria bom demais. Até aonde eu soube, o EB pensou em número de eixo e rodas, ou seja, 2.000 unidades de blindados 6×6 são 6.000 eixos e 12.000 rodas. Já 1.500 blindados 8×8 também são 6.000 eixos e 12.000 rodas, mas daí eu pergunto aos amigos, qual seria a melhor opção da visão de… Read more »
6×6 ou 8×8, tanto faz, se o Guarani tem problemas é em relação a sua proteção,pois, sua blindagem é fraca e não possui sistema de defesa ativa, e mesmo que possua modularidade para adicionar esses itens, em época de conflito provavelmente não haverá tempo e dinheiro pra isso. Por sua vez um lançador RPG custa no mercado negro 1200,00 doletas e a granada não custa 300 dólares cada,já o blindado da IVECO custa R$ 2,6 milhões fora as vidas humanas dentro do veículo. As vezes penso que o Guarani é um substituto de luxo do M-113…
Rafael Bastos 20 de março de 2015 at 0:35
Guarani com blindagem fraca? Desculpa cara, mas nenhum blindado moderno sobre rodas tem blindagem melhor que o Guarani se não estiver utilizando blindagem adicional! Todos, sem excessão, utilizam blindagem adicional modular para ampliar suas capacidades, o próprio LAV III, usado pelo US Army, se não tiver com blindagem adicional tem o mesmo nível do Guarani, aliás, o Giuarani por ser um projeto mais recente tem melhor proteção contra minas de até 6Kg.
Ah, e o Guarani já vem pronto para utilizar blindagem adicional modular, incluindo grades, blindagem ativa e espaçada.
Lyw, excelente comentário. Eu ia escrever exatamente isto. e você se antecipou.
Eu fico impressionado como se criou um clima de derrotismo em relação ao Guarani.
Não se projetou um VBCI para Batalhão de Infantaria Blindado – projetou-se um VBTP para Batalhão de Infantaria Mecanizado e se fez um excelente trabalho!!!
Bom dia Lyw, caro Bacchi e demais Senhores do fórum! Caro Reginaldo o teu comentário quanto ao Guarani é muito apropriado e acrescento ainda que, esse derrotismo, “achissimo”, vem em grande parte, porque muitos comentaristas vão pelas ideias de outros que tal como eles mesmos, pouco ou nada sabem do que estão falando. Quando o tema é MBT, VBTP e outras viaturas não especializadas, salvando-se poucos comentários e discussões realmente de peso, embasadas em conhecimento seja ele prático, vivenciado ou mesmo teórico más que foi pesquisado a fundo, os demais são tão somente para dar volume ao numero de acessos… Read more »
Rafael Bastos,
Se desejar acesse o link abaixo e tire suas próprias conclusões quanto a VBTP-SR.
http://www.infodefensa.com/latam/2015/02/16/noticia-colombia-pierde-blindado-m1117-ataque-terrorista-dejado-muertos.html
Na verdade uma boa leitura para todos nós.
CM
NOTA: Também entendo que uma viatura 8×8 é fundamental para o EB.
Rafael, Um VBTP em geral não entra diretamente em combate e é protegido pela infantaria desembarcada, e sua proteção, além de poder ser incrementada, como disse o Lyw, também depende da ponto 50 que ele leva para autodefesa. Se um RPG tem alcance de 300 metros, uma ponto 50 tem de 1500 metros. E ainda há o fato desses veículos se protegerem mutuamente, um cobrindo o outro. A proteção blindada é muito mais direcionada a tiros de armas de fogo efetuados a grandes distâncias e a fragmentos de projéteis de morteiro e obuses, que propriamente a defesa contra projéteis de… Read more »
O Rafael deve estar comparando o Guarani com um Namer israelense….rsrs
“O Rafael deve estar comparando o Guarani com um Namer israelense….rsrs”
Não, ele está comparando o “Guarani” c/ qualquer outro blindado que combateu, no Iraque e no Afeganistão.
“…o Giuarani por ser um projeto mais recente tem melhor proteção contra minas de até 6Kg.”
Se fosse um veículo do porte do Dingo, RG-32, eu até acreditava.
“Se um RPG tem alcance de 300 metros, uma ponto 50 tem de 1500 metros. E ainda há o fato desses veículos se protegerem mutuamente, um cobrindo o outro.”
Diz isso p/ os soldados que perdertam um pedaço, nas centenas de milhares de emboscadas, tanto no Iraque, como no Afegasnistão.
Mauricio R. 20 de março de 2015 at 14:45
“Se fosse um veículo do porte do Dingo, RG-32, eu até acreditava.”
Então isso aqui é tudo mentira:
http://www.forte.jor.br/2011/07/27/vbtp-guarani-realizou-testes-antiminas/
“Diz isso p/ os soldados que perdertam um pedaço, nas centenas de milhares de emboscadas, tanto no Iraque, como no Afegasnistão.”
Dependendo do tamanho da mina ou outra arma que se utilize, isto pode acontecer você estando em qualquer veículo blindado já construído no mundo.
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
E se o que foi o combate no Iraque ou no Afeganistão, lhes parecer datado, velho, tem experiência frequinha aqui; vinda da Ucrânia:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/03/must-read-about-role-of-armor-in-battle.html)
OFF TOPIC…
…mas nem tanto!!!
Ventilação forçada:
(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2015/03/colombian-army-to-acquire-us-army.html)
A meu ver,”somente” mais uma venda q o Brasil perde….
No “quintal de nossa casa”…. onde ja eram clientes nossos…
Fazer o q ne?
Que tal fazer um matéria comparativa na revista sobre o Guarani e os outros 6X6 como por exemplo o Pandur.
Fica a sugestão
Eu não acredito que a Colombia, tendo varias opções, vá escolher algo do Brasil.
Acho correto a Colombia agir desta maneira.
A antipatia e nojo que o governo brasileiro tem demonstrado pelo governo da Colombia é patente.
O governo da Colombia é inimigo das FARC, amigas do peito do governo brasileiro.
Os Cascaveis e Urutus foram vendidos antes do PT tomar o governo, e a venda dos Tucanos foi um verdadeiro milagre.
Primeiro, Para a gente vender um blindado para a Colômbia, primeiro a gente precisa tê-lo. Não temos um com canhão 105mm. Aliás, sequer tínhamos o Guarani quando a Colômbia fechou a compra dos primeiros LAVs e cujas entregas se deram antes das unidades do lote experimental para o EB. Fora que eles compraram, anteriormente, a viatura americana 4×4, Commando Adv APC. Enfim, os americanos há muito já dominaram o fornecimento de blindados para a Colômbia, até pela cooperação e ajuda econômica dos EUA na guerra às drogas. Então mesmo que o PT não estivesse no poder, o Brasil não venderia… Read more »
Rafael Oliveira, muito obrigado por sua opinião.
Muito complementar.
O Guarani é um VBTP 6X6.
A Colômbia queria um VBCI 8X8.
Não são produtos compatíveis.