Fz Ass 5.56 IA2 – foto Alexandre Galante
Sistema de Armas Imbel A2 - 1
Sistema de Armas Imbel A2

Por Claudio Queiroz

Exclusivo - VinhetaNo final de maio de 2014 uma equipe do Forças Terrestres/Forças de Defesa visitou a fábrica da Imbel em Itajubá-MG para conhecer de perto o novo Fuzil IA2 e trazer informações, fotos e impressões a respeito desta nova arma em primeira mão. A seguir, você pode ler um pouco do que vimos por lá. Uma matéria mais completa será publicada na próxima edição impressa da revista Forças de Defesa.

Desde 2009, tem chegado ao conhecimento do público o desenvolvimento de uma nova classe de fuzis 100% nacional produzida pela Imbel, que desde o princípio teve como foco trazer aos soldados brasileiros, sejam eles das Forças Armadas ou das Forças de Segurança Pública, um armamento que fosse o mais atual, prático, seguro e confiável.

Este armamento desenvolvido e aprimorado nos últimos anos foi chamado de IA2, mas não se trata apenas de um fuzil, na verdade é um sistema de armas em dois calibres, com dois modelos específicos de cada calibre.

O primeiro calibre desenvolvido foi justamente o onipresente 5.56X45mm NATO(nominal), em duas versões com comprimento de canos diferentes, porém posteriormente foi optado por um tamanho somente para as duas versões. O segundo calibre é o tradicional e potente 7.62X51mm NATO(nominal), também em duas versões e comprimentos de canos diferentes.
Importante destacar, que muito tem se falado a respeito deste sistema de armas, inclusive muitos mitos e informações erradas. Esta matéria vai desfazer as dúvidas e esclarecer as características do IA2.

Fuzil IMBEL A2 5.56X45mm NATO

FZ Ass 5.56 IMBEL A2 – foto Ricardo Pereira
FZ Ass 5.56 IMBEL A2 – foto Ricardo Pereira

Primeiro integrante deste sistema de armas, o FZ Ass 5,56 IMBEL A2 foi um desenvolvimento posterior ao MD97, que foi o primeiro fuzil com caixa de culatra em liga de alumínio e sistema de trancamento por ferrolho rotativo (menos de 28 graus) e engrazadores múltiplos (7 no total), que não foi um pedido do Exército, mas ganhou força com o interesse da Força Nacional de Segurança.

Anteriormente, nos inícios dos anos 1990, o Exército tinha solicitado que a Fábrica de Itajubá/Imbel desenvolvesse um FAL em calibre 5.56X45mm para atender às necessidades de uso pela Força quando em operação com forças amigas que faziam uso deste calibre menos potente. O pedido resultou na família IMBEL MD-2, que apesar de apresentar a mesma robustez e confiabilidade do M964 em calibre 7.62X51mm, tinha por característica de concepção e fabricação um peso elevado para a classe de arma, inclusive sendo mais pesado que o original M964. Este fato não é um demérito dos projetistas, já que a arma foi projetada em curtíssimo espaço de tempo.

O Fuzil IA2 5.56X45mm, partiu da base do MD97 para a sua concepção, onde foram empregadas novas técnicas de projeto, desenvolvimento e produção. O projeto foi feito tendo como norma os ROB (Requisitos Operacionais Básicos) fornecidos pelo Exército Brasileiro para esta classe de armas. Posteriormente, depois de ter sido aprovado em testes, e com todo o ferramental pronto para a produção, o projeto foi alterado para atender aos ROC (Requisitos Operacionais Conjuntos) do Ministério da Defesa, que planejou a aquisição da mesma arma para todas as três Forças de Defesa Brasileiras.

Tendo os novos ROC em mãos, o corpo técnico da Fábrica de Itajubá/Imbel partiu para que o projeto anterior e já aprovado nos rigorosos testes do Centro de Avaliações do Exército (CAEx) se adequasse aos mesmos.
Isto foi conseguido com louvor e muita dedicação, inclusive tendo superado em muito alguns requisitos dos testes estabelecidos. Para titulo de exemplo, foi nos informado que uma arma já ultrapassou os 18.000 tiros em regime de testes sem apresentar falhas e se mantendo dentro dos padrões estabelecidos.

Dados técnicos:
Fz Ass 5,56 IMBEL A2

  • Capacidade de tiros: 30;
  • Peso sem carregador: 3.380g;
  • Comprimento total: 850 mm;
  • Comprimento com coronha rebatida: 600 mm;
  • Comprimento do cano: 350 mm;
  • Funcionamento: A e SA;
  • Tecla de segurança: S(segurança); I(intermitente-Semi Auto) e A(automático-rajada);

Aqui cabem alguns detalhes, o corpo técnico em concordância com os usuários finais optou por questão de robustez, confiabilidade facilidade de produção e manutenção, por suprimir a opção de tiros múltiplos controlados (Burst).

Como dito anteriormente, apesar de ter sido tomado como base o MD97, o atual A2 5.56mm pode ser considerado um novo fuzil, pois no seu desenvolvimento foi aproveitado o que de mais moderno se tinha em mãos para os estudos de engenharia e as soluções. Entre as soluções adotadas, um novo sistema de recuperação dos gases, novos materiais sintéticos, nova ergonomia, e nova metodologia de limpeza padrão.

Destacamos também outras inovações importantes:

  • Novo conceito em fixação do cano a caixa da arma, completamente aprimorado e muito diferente ao empregado anteriormente.
  • Novo conceito e construção do sistema de embolo e pistão do recuperador de gases, tendo este hoje uma metodologia de limpeza sem par no mundo (pelo menos conhecido até o momento); para a limpeza do dia a dia pós-utilização, não é mais necessária a desmontagem da arma, bastando somente a retirada do embolo recuperador de gases, com um simples pequeno movimento rotatório. Tendo feito isto e mantido o ferrolho em posição aberta, o que é automático quando a arma está desmuniciada (carregador vazio), basta utilizar a escova que acompanha a arma para realizar a limpeza no cilindro de recuperação, câmara e cabeça do ferrolho. Para se ter uma ideia, levamos mais tempo lendo o procedimento de limpeza que executando.
Procedimento de retirada do embolo – foto Ricardo Pereira
Procedimento de retirada do embolo – foto Ricardo Pereira

Mesmo tendo este conceito facilitador para a limpeza (podendo ser chamada de limpeza de primeiro escalão), os projetistas se preocuparam em proporcionar ao usuário um fuzil que fosse o mais prático, simples e funcional na desmontagem para uma manutenção mais profunda e completa, como lubrificação do sistema de disparo, do transportador do ferrolho.

Para isto, basta que a arma esteja com o transportador/ferrolho à frente (para evitar compressão da mola recuperadora), premir um pino cativo na parte posterior lateral da arma e proceder o basculamento do conjunto superior e inferior compreendido pelo sistema de disparo (pistol grip, guarda mato, martelo e outros).
Feito isto, a parte superior da arma pode ser deslizada para trás em seu trilho guia, sem riscos de peças saltantes.

Retirada a haste e mola de recuperação, junto ao seu conjunto da parte superior, pode-se remover o transportador para a desmontagem do mesmo se existir a necessidade, o que é raro, pois não existe acúmulo de material da combustão nesta parte e muito pequena na extremidade frontal. O sistema de recuperação de gases foi projetado para que isto não ocorra.

Para a desmontagem do transportador e a retirada do ferrolho rotativo, existe um único pino, e seus componentes são projetados de tal maneira que a remontagem não seja possível se não estiverem na devida posição. Ou seja, é um processo à prova de alunos, “bisonhos”, “raros” e outras espécies que povoam as fileiras de soldados.

Não existe a necessidade de desmontagem do sistema de recuperação de gases com frequência para limpeza, bastando o processo relatado acima, mas para a lubrificação periódica o mesmo pode ser alcançado de forma simples e prática. Basta retirar um pino com travamento elástico do conjunto guarda-mão inferior e guarda-mão superior (não existe mais telha e guarda-mão), mover e desencaixar um do outro e pronto, já se tem acesso ao conjunto.

Na foto abaixo vê-se a arma desmontada, inclusive com suas duas partes articuladas soltas.

Ca Ass 5,56 IMBEL A2 – foto Ricardo Pereira
Ca Ass 5,56 IMBEL A2 – foto Ricardo Pereira

No calibre 5,56mm foram desenvolvidas e estão em linha de produção duas versões, o fuzil de emprego militar conforme descrito acima e a carabina de emprego policial, que não possui o regime automático e o retém de baioneta, mantendo todas as outras configurações, detalhes e facilidades do fuzil.

Dados técnicos:
Ca 5,56 IMBEL A2

  • Capacidade de tiros: 30;
  • Peso sem carregador: 3.380g;
  • Comprimento total: 850 mm;
  • Comprimento com coronha rebatida: 600 mm;
  • Comprimento do cano: 350 mm;
  • Funcionamento: SA;
  • Tecla de segurança: S(segurança); I(intermitente-Semi Auto);

O fuzil IA2 7.62X51mm, outro componente do Sistema de Armas IMBEL IA2, foi o que ficou mais tempo sem informações a respeito, não por problemas, mas sim pela ordem de desenvolvimento, que priorizou o calibre 5.56X45mm.

A fábrica de Itajubá/Imbel aproveitou todo o conhecimento adquirido no desenvolvimento dos fuzis e carabinas IA2 5.56 para empregar no mais potente fuzil.

Utilizando-se do sistema fabril, manufatura com parâmetros e especificações muito rígidas, o corpo de engenheiros conseguiu chegar a um produto final que tem tudo para se tornar um ícone na história dos fuzis em calibre 7.62X51mm.

Para se evitar erros ou até mesmo falhas de desenvolvimento, o corpo técnico optou por usar o sistema de trancamento basculante empregado no FAL M964, um sistema robusto e confiável, já em uso há décadas no Exército Brasileiro e de outros países mundo afora.

Um detalhe importante é que esta versão do IA2 passou por rigorosos testes de resistência e confiabilidade conforme exigência do Exército Brasileiro, diferentemente do FAL, que por motivos técnicos à época nunca foi testado com este rigor.

Com a premissa de se fazer um sistema de armas moderno, leve e funcional, a equipe de desenvolvimento adotou um projeto ergonômico, novos materiais e usinagem na construção deste novo armamento que resultou numa arma estável, segura e muito funcional, dividindo com seu irmão menos potente muitas das soluções, como o sistema de limpeza do embolo e ferrolho.

O Fz IA2 7.62X51mm utiliza os mesmos conjuntos de guarda mão, pistol grip integrado ao guarda-mato, coronha rebatível, que diferentemente do que foi amplamente divulgado não está sendo entregue à tropa com a versão regulável em comprimento. Optou-se por uma coronha fixa por questões de resistência e facilidade de produção (a versão anterior, apesar de ter se mostrado resistente, tinha uma manufatura que encareceria o produto final). Esta decisão foi tomada após estudos em relação à estatura média do usuário final.

Outro detalhe que chama a atenção é a ausência de possibilidade ambidestra em todas as armas. Em um primeiro momento isto seria um retrocesso, mas depois de se analisar que somente menos de 10% da tropa seria beneficiada com esta solução, a mesma foi dispensada do projeto, com isto se reduziu mais ainda o custo.
Conforme o sistema em calibre 5.56X45mm, a Imbel também desenvolveu duas versões, um Fuzil Militar e uma Carabina Policial, com as mesmas diferenças do Sistema de Armas IA2 5.56.

Fz Ass 7,62 IMBEL A2 – foto Ricardo Pereira
Fz Ass 7,62 IMBEL A2 – foto: Ricardo Pereira

Dados técnicos:
Fz Ass 7,62 IMBEL A2

  • Capacidade de tiros: 20; carregador padrão FAL;
  • Peso sem carregador: 4.030g; como comparação o Para FAL M964A1 tem 4.500g;
  • Comprimento total: 920 mm;
  • Comprimento com coronha rebatida: 670 mm;
  • Comprimento do cano: 390 mm;
  • Funcionamento: A e SA;
  • Tecla de segurança: S(segurança); I(intermitente-Semi Auto) e A(automático-rajada);

Ca 7,62 IMBEL A2

  • Capacidade de tiros: 20; carregador padrão FAL;
  • Peso sem carregador: 3.760g;
  • Comprimento total: 800 mm;
  • Comprimento com coronha rebatida: 550 mm;
  • Comprimento do cano: 265 mm;
  • Funcionamento: SA;
  • Tecla de segurança: S(segurança); I(intermitente-Semi Auto);
Faca Baioneta AMZ – foto Ricardo Pereira
Faca Baioneta AMZ – foto Ricardo Pereira

Faz parte do Sistema de Armas IA2 dois modelos de facas de combate-baioneta, cuja diferença entre si é o tamanho da lâmina, haja vista o teatro de operações no qual se empregará estas armas.

Faca Baioneta IA2, comprimento total de 296 mm, lâmina de 4,5 mm, espessura com um comprimento de 178 mm e largura de 33 mm, seu peso é 380g sem bainha e 570g com a mesma.

Faca Baioneta AMZ, desenvolvida para servir ao combatente amazônico, possuindo um tamanho maior com comprimento total de 365 mm, lâmina de 4,5 mm espessura com um comprimento de 247 mm e largura de 47 mm; seu peso é de 520g sem bainha e 780g com a mesma.

Os dois modelos descritos estão disponíveis para comercialização no mercado civil, com o sistema de retém retirado e o guarda-mão modificado.

Ca 7.62mm IA2 – foto Alexandre Galante
Carabina 7.62mm IA2 – foto Alexandre Galante

Testando o IA2

Depois de ter conhecido todos os detalhes técnicos e funcionais do Sistema de Armas IA2, partimos para comprovar os acertos do projeto no Estande de Tiro Tenente Marcos Carneiro, na Fábrica de Itajubá.

Começamos a sequência de testes com a Ca 7.62mm IA2, municiada com um carregador com 10 tiros CBC.
A primeira impressão com a arma é que ela demonstra uma robustez que exigiria um peso maior que o apresentado, mérito do processo de fabricação que fez grande uso de usinagem para redução de peso com retirada de material onde não era necessário.

Tivemos a oportunidade de experimentar em todas as armas o disparo como destro e como canhoto, e apesar do conjunto não ser projetado especificamente para atiradores canhotos, as armas em nenhum momento geraram qualquer tipo de problemas para o uso, com suas ejeções ocorrendo de forma segura e longe do rosto quando do tiro como canhoto.

Arma devidamente segura em mão, empunhadura feita, posição de tiro idem, alvo no visual, fogo à vontade.
Optamos por fazer disparos pausados para analisar o comportamento desta potente carabina, que foi projetada para Close Quarters Combat (CQC), Close Quarters Battle (CQB), literalmente uma arma para combates em locais confinados, apertados.

A posição de disparo, o conforto é muito superior ao encontrado no M964 FAL, mesmo para uma arma com tamanho de cano reduzido como esta.

O funcionamento da mesma é bem intuitiva, com a alavanca de manejo de boas proporções, sistema de liberação do transportador simples e funcional, bastando um pequeno movimento à retaguarda para ocorrer o destravamento e alimentação do cartucho na arma. Tecla de segurança com bom tamanho e com um movimento total nas versões automáticas de menos de 180graus.

A reação quando se executa o primeiro disparo com esta carabina é ter em mão uma arma extremamente potente para o seu perfil de operações, gerando um estampido acima da média do calibre (consequência do curto cano) e um flash de boas proporções, mas isto não é um demérito para ela, pelo contrário, pois como é uma carabina policial é mais um agente desmotivador aos confrontantes.

A estabilidade e conforto no tiro é algo que chama a atenção, pois seu recuo é proporcional ao calibre e à pressão da soleira no ombro muito confortável, não apresentando uma tendência de subida acentuada, pelo contrário, seu eficiente freio de boca de desenho Imbel faz com que a arma tenha uma reduzida tendência de subida. Nestes testes não nos preocupamos em analisar a precisão da arma, pois demandaria tempo em ajustes e fugiria do escopo da matéria (ficará para outra vez), mas a informação que nos passada é que o agrupamento está dentro do que se espera para esta classe de armas internacionalmente.

Ca 7.62mm IA2 – foto Ricardo Pereira
Ca 7.62mm IA2 – foto: Ricardo Pereira

A arma seguinte que foi testada foi o Fz Ass 7.62 IA2, municiada da mesma forma que a carabina, ou seja carregador sempre com 10 tiros CBC. As impressões foram as mesmas que dos disparos da carabina, só demonstrando uma menor tendência à subida (cano mais longo) um recuo também confortável, estampido de disparo mais comedido, mas ainda característico do calibre (muito bom de se ouvir) e uma controlabilidade acima da média para armas deste calibre. Algo que chama muito a atenção é o alto controle na produção para o acabamento, onde estão sendo usados requisitos bem rígidos e com pequenas margens de diferença, bem diferente do passado.

Fz Ass 7.62mm IA2 – foto Alexandre Galante
Fz Ass 7.62mm IA2 – foto: Alexandre Galante

Findados os testes com o Fz Ass 7.62mm IA2, partimos para sentir em mãos a arma que foi escolhida para substituir na grande totalidade o vetusto IMBEL FAL M964 em todas suas versões, o Fz Ass 5.56 IA2, sempre com carregador municiado com 10 tiros CBC. Equipada com uma mira holográfica Red Dot Aimpoint Pro devidamente e facilmente instalada no trilho picatinny superior posterior.

Como os dois modelos em 5.56X45mm têm o mesmo conjunto mecânico, comprimento de cano, com diferença apenas no regime automático do fuzil, optamos por proceder aos testes com o último.

Assim como já tínhamos percebido com as outras armas, este fuzil se mostrou muito bem acertado, com uma ergonomia se não perfeita próxima ao ideal (algo difícil de encontrar até nos mais afamados), com um acerto mecânico perfeito, bom controle de tiro, em todos os regimes, sem tendência a subir ou recuo pronunciado, algo mais fácil de alcançar com o calibre menor.

Sua robustez proporciona uma arma segura e forte, sem ser pesada. Passa a sensação de uma verdadeira ferramenta de combate, muito diferente dos novos fuzis de plástico, que tendem a ser ou demonstrar uma fragilidade no uso diário.

Podemos dizer que foi um prazer enorme retornar a um estande de tiro para sentirmos nas mãos uma arma 100% nacional e tão bem acertada, fazendo uso de modernas técnicas e conceitos, como trilhos picatinny posicionados em cada lado da arma, estes muito usados para fixação de acessórios, como a mira utilizada.

Fz Ass 5.56 IA2 – foto Alexandre Galante
Fz Ass 5.56 IA2 – foto Alexandre Galante

O corpo técnico da Imbel optou por uma solução inovadora, com baixo risco, que foi utilizá-los não de forma integral aos componentes da arma e sim com acessórios de fábrica removíveis conforme a escolha do usuário. Por exemplo, caso o usuário (soldado ou Força Militar) queira um fuzil ainda mais leve, pode optar por remover todos os trilhos da arma, só fazendo uso das miras metálicas.

As miras, de novo desenho com uma boa proteção a massa(regulável verticalmente) e alça de mira, esta com regulagem simples em azimute e elevação em duas posições(150 e 250 metros). A elevação para a distância é feita de forma simples, com o rebatimento para frente ou para trás através de botão lateral, conforme as distâncias de engajamento. Em azimute (lateral) é necessário o uso de ferramentas e certa experiência no manuseio. As armas são entregues com seu sistema de mira aberto, devidamente calibrado e zerado.

Outros pontos fortes do Sistema de Armas IA2 são a boa pega do novo pistol grip, com seu guarda-mato integrado e construído em material sintético, proporcionando um conforto no disparo e até mesmo no transporte.

Sua nova coronha, apesar de não ser regulável em comprimento, proporciona um bom conforto, e seu sistema de travamento e destravamento é muito simples, não necessitando o acionamento de nenhum tipo de botão para se dobrar, bastando deslocar no eixo e rebater. Simplicidade funcional, com durabilidade.

AGRADECIMENTOS: ao Exército Brasileiro e à IMBEL; Paulo Cezar Silveira de Almeida – Cel R/1; Capitão Afonseca, Major Renaldo e o Coronel Sapper.

Matéria feita em parceria com o site Assuntos Militares  – www.assuntosmilitares.jor.br

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a.cancado
a.cancado
10 anos atrás

O cara de óculos NÃO SABE atirar. E não gosto do jeito que os militares brasileiros seguram a parte frontal das armas, sejam submetralhadoras ou fuzis…Não vejo NENHUMA OUTRA FORÇA ARMADA DO PLANETA onde os soldados seguram suas armas pelo carregador…Quem SABE atirar, sabe que não se pode ter estabilidade dessa maneira…Quanto ao fuzil em si, me parece que seria fantástico dez, quinze anos atrás; Hoje, me parece totalmente ultrapassado, se comparado a modelos em uso atualmente……

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  a.cancado
3 anos atrás

cancado, estou cansado de escrever isso aqui, reparou que a Imbel colocou um reparo de plásticona frente do carregador para que os danados dos soldados possam empunhar pelo carregador? é inacreditável !!!!! Uma verdadeira ABERRAÇÃO. È a pior envergadura possível, não só desestabiliza o tiro como pode danificar o fuzil, lamentável. mas tem mais fotos do civil empunhando corretamente, só os soldados é que empunham pelo carregador.

Alexandre Galante
Admin
10 anos atrás

Cançado, o militar de óculos é engenheiro.

Luis
Luis
10 anos atrás

DUVIDO que seja melhor do que um HK G36, HK 41X, SIG 55X, CZ 805, até mesmo o Galil ACE.

Pra começar, deveria ter sido feito em 2 calibres e 3 comprimentos de cano pra cada calibre. A versão 7.62×51 é uma recauchutagem do FAL M964. E os fuzis modernos tem carregador em polímero e controles ambidestros.

E uma correção: IMBEL M968 é o chamado ‘Mosquefal’, o FN FAL brasileiro é o M964, quando começou a ser usado pelo EB (1964).

Alexandre
Alexandre
Responder para  Luis
5 anos atrás

Jamais, este imbel ia2 n chega nem aos pés do Fuzil Colt M4a1 norte-americano.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Alexandre
3 anos atrás

cara, feito pela INbel só pode ser um lixo, como todas as armas da Inbel, elas saem da fábrica não terminadas, vc tem que mandar pra um armeiro terminar a arma, a Imbel parou no tempo, é uma estatal das piores que existem, cabide de empregos, não supre o mercado interno e nem as forças armdas, não sei pq não privatizam essa meleca.

Emerson Cosme
Emerson Cosme
10 anos atrás

Não sou entendido no assunto, mas acredito que o equipamento atenda nossas necessidades e esteja dentro de nossa realidade. Podemos até estar um passo-ou passos, atrás dos grandes fabricantes, mas não acho que seja algo tão inferior assim, não acho que os requisitos tenham negligenciado ou ignorado os avanços na área,nem que investimos dinheiro à toa….

Alexandre
Alexandre
Responder para  Emerson Cosme
5 anos atrás

Lamento dizer, mas não atende.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

A versão 5,56 mm, segurada pelo engenheiro, tem um ressalto no acoplamento do carregador que possibilita um ponto de apoio sem prejuízo da estabilidade do fuzil ou sem sobrecarregar mecanicamente a junção do carregador com o fuzil.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Bosco Jr
3 anos atrás

Tá de brincadeira, né, Bosco, logo vc q é o mais técnico por aqui. Vou fingir q não li o seu coment.

Bosco Jr
Bosco Jr
10 anos atrás

Luis,
Salvo engano o IA2 pode usar os carregadores em polímero do M-16.
E ele não precisa ser melhor que os que você citou, só tem que ser bom o suficiente.
Um abraço.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Bosco Jr
3 anos atrás

Vou repetir o que o sultão falou quando colocou fogo na biblioteca de Alexandria: Se o IA2 é igual aos outros fuzis e não acrescenta nada, então é supérfluo e merece ser destruído; se não é melhor que os outros, é totalmente desnecessário , então merece ser destruído.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Antes de mais nada, quero agradecer aos leitores por expressarem suas opiniões a respeito da matéria.
Um agradecimento em especial ao Luis, pois realmente no escrever troquei a nomenclatura do FAL Brasileiro, valeu pela dica, já foi corrigido.
Ao Cançado, se o cara de óculos que se refere é o de óculos escuro, este cara sou eu, prazer. E discordo de você em julgar-me se sei ou não atirar somente vendo as fotos. Mas respeito sua opinião.
Quanto a esta “mania” dos soldados brasileiros segurar os fuzis pelo carregador, isto é consequência da introdução de um fuzil, no caso o FAL com dimensões acima do que seria o ideal para a estatura média da tropa, com isto ficou condicionada no seio dela o apoio no carregador. Mas os fuzis IA2 5.56X41NATO foram projetados para se usar a parte frontal do receptáculo do carregador como um grip de apoio, isto em nada gerando prejuízo ou qualquer tipo de dano futuro ao conjunto.
Quanto ao Luis dizer que duvida que ele seja melhor que os que citou, meu ponto de vista é que ele o é por um simples motivo, ele é nacional, feito aqui, projetado por brasileiros e dentro do que se propõe foi aprovado com louvor e com margem de sobra.
Não é um fuzil de ultima geração como um SCAR(que tem particularidades ruins também) mas é muito mais robusto e inclusive no quesito desmontagem para manutenção superior ao HK G36, haja visto não fazer uso massivo de pinos de retenção e possuir um corpo muito mais robusto que o alemão, como dito é uma arma que foi feita para ser robusta e uma verdadeira ferramenta de combate, se precisar abrir um coco(ou uma cabeça adversária em um combate corpo a corpo).
Quanto aos HK415/416, estes são AR-15(patente caiu em 2010) com um novo Upper onde se optou por um novo sistema de recuperação de gazes, novos conceitos ergonômicos(pistol grip e guarda mão novos), ou seja um fuzil que somente trás vantagens ao original projetado na década de 40-50, mas que em muito melhorou o conjunto.
No caso do carregador em polímero ele está pronto para fazer uso de qualquer um em padrão NATO, inclusive estive com um em mãos para testes, mas foi escolhido o em aço estampado por questão de robustez, pois estamos falando de um sistema de armas que será usado pelo Exercito Brasileiro pelo menos nos próximos 40 anos.
Em relação ao ambi destro, existe estudos e desenvolvimento para atender clientes que assim o queiram, mas o cliente lançador e main contractor não quis depois de ter feitos estudos e entender que atenderia somente uns 10% da tropa. Mas se reparem eu fiz meus disparos de forma canhota e em nenhum momento foi gerado dificuldades ou qualquer tipo de outro problema.
E para finalizar, o IA2 7.62X51NATO não uma simples recauchutagem do M964(FAL) e sim uma nova arma tendo como base o conceito de trancamento original, nova caixa de culatra, novo cano, sistema de fixação do mesmo, novo sistema de recuperação de gases, novo sistema de limpeza, novos conceitos ergonômicos e muito mais. Para simplificar ele está para o FAL o que o HK 415 está para o AR-15/M-16.

ernani
ernani
10 anos atrás

Antes de mais nada, digo que não sou expert em armas e não reparei se os militares das Forças Armadas seguram o fuzil pelo carregador. Eu sou Policial Militar, não seguro o fuzil assim, mas muitos dos meus companheiros assim o fazem pelo seguinte motivo: os fuzis colt (carabinas) que importamos dos EUA possuem carregadores que originalmente foram projetados para serem descartáveis, mas aqui devem durar “para sempre”. Então, num embate dentro de uma comunidade, não podemos perdê-lo, motivo pelo qual seguram-no todo o tempo para agilizar sua troca e para, ao trocá-lo, não cair no chão e ser danificado ou perdido, porque deverá retornar intacto ao batalhão ou ser indenizado.
Quanto aos novos modelos, ainda não tive a oportunidade de usá-los, mas sou a favor do seu desenvolvimento pela IMBEL.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  ernani
3 anos atrás

Todas as fotos dos nossos soldados, fotos publicitárias, eles aparecem empunhando pelo carregador, o que não se faz, até o navais fazem, é um horror de ver.

GBento
GBento
10 anos atrás

Claudio Marcos, vendo o vídeo, acho que o a.cancado estava falando do engenheiro do EB, mas só acho.
E apesar de não ser o assunto do post, vc poderia dizer quais são as particularidades ruins do SCAR?
Saudações.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

GBento, obrigado pela dica, por isso fiz a indagação. Quanto as particularidades que digo serem ruins, uma no meu ponto de vista(ou seja minha opinião) é que seu transportador do ferrolho ser demasiado longo e ter sua alavanca de manejo solidaria ao mesmo. Isto no dia a dia pode vir a gerar alguns ferimentos ao usuário. Outro detalhe é ele não ser totalmente ambidestro, pois sua janela de ejeção estar localizada em um lado somente. Seu mecanismo de liberação do transportador/ferrolho é idêntico ao da família AR-15, uma vantagem(ser comum aos usuários) e desvantagem, pois o processo de municiar demanda uma operação a mais.

Clésio Luiz
Clésio Luiz
10 anos atrás

Acho que o pessoal deveria procurar ler o texto e entender o que foi escrito. E depois disso procurar raciocinar antes de postar. Isso evita as críticas gratuitas que se viu acima.

Parabens ao Cláudio pela reportagem.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Como “atirador de fim de semana” a 14 anos (não aqui no Brasil, pois a legislação, lenga-lenga, mi mi enfim deixa quieto), já ter disparado mais de 5 mil vezes e com mais de 50 tipos/modelos de armas e conversado com operadores e ex-operadores de 7 forças armadas sobre o que seria um fuzil ideal, tive uma única resposta que foi comum a todos: o fuzil ideal vai ser sempre aquele que na hora “H” não te deixa na mão.

Parece meio óbvio, mas não é. Isso pode ocorrer por vários motivos que não o do operador como: falha de projeto, munição fora das especificações, resistência, contaminação, etc. Se a IMBEL e CBC conseguiram isso, ponto pra elas e para o EB.

Mas eu mesmo já achincalhei esse projeto aki e ainda não teve muita coisa que pudesse mudar minha opinião e a IMBEL tinha que ser mandada para a iniciativa privada, mas isso é outra história. MAS só o fato de se justificar que “o cara de óculos é engenheiro” e por isso ele “não sabe atirar” (e não sabe mesmo) é o fim. No ramo de armas de fogo, o cozinheiro, em 99% dos casos, tem que ser um gourmet, enfim, coisas de nossa terra.

Vou esperar a matéria da próxima edição e ter mais dados para comentar com mais propriedade. SE fosse possível, poderiam levar uns 5 convidados com credenciais para um stand e degustarem a coisa, poderiam ser 2 civis com experiência e 3 operadores, poderiam levar um operador do BOPE e ai colher alguma opinião mais crível, e assim matéria não ficaria com akela cara de informe publicitário que existem em TODAS as publicações de defesa no Brasil onde a excessão é a Forças de Defesa, disparada a melhor publicação do setor na história editorial do Brasil.

Sds.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Oganza
3 anos atrás

Vc escreveu muita coisa boa, realmente por ser engenheiro não quer dizer que o cara não saiba atirar, mas não acho que seja isso que o cancado falou exatamente, o cara não sabe atirar, e por acaso é engenheiro, ele não disse que só os soldados sabem atirar, eu pelo menos não entendi isso no texto dele. Eu sou professor e atirador nos finais de semana também, e me considero melhor que 90% dos PMs que eu conheço, já atirei mais que a maioria deles.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Cláudio Queiroz,

com todo o respeito, mas “se precisar abrir um côco”… rsrs isso não é mérito nenhum… o côco que resistir a coronhada de uma Glock (que “é de plástico”), é melhor vc jogar a Glock fora e ficar com o côco. kkkkkk. E janela de ejeção ambidestras em fuzis de assalto só é realmente necessária (mas não imprescindível) em designs bullpups.

E por fim, esse lance da “alavanca de manejo ser solidária ao transportador do ferrolho” ao meu ver, só é problema se vc estiver em ambientes confinados com elementos “tocando” na arma influenciando ou até impedindo o seu curso natural (aconteceu comigo), como apoiar/encostar lateralmente o fuzil no flanco de um tronco de árvore em ambiente de mata, por exemplo, mas causar ferimentos? Isso é mau uso do equipamento, é como dar 30 disparos e colar o dedo na janela de ejeção com o ferrolho fechado e não querer se queimar.

Pergunta:
O IA2 possui tecla de ejeção que não a do receptor?

Ps.:

1 – pode até ser zerada de fábrica, mas qualquer operador ou “atirador de fim de semana” que não tiver as ferramentas ou não souber zerar a sua arma, NÃO deveria estar com uma arma. Sem falar que até o “olho dominante” influencia nessa operação.

2 – Gostaria muito de ver umas tabelas bem completas na matéria, como materiais de fabricação, tipo de aço, tratamento, o que é estampado, martelado a frio, usinado, etc. seria bem legal.

3 – Um ficha técnica com o mesmo detalhamento das banhonetas seria muuuuito legal tb.

Como provavelmente nunca darei um tiro com o IA2, assim como nunca cheguei perto de um MD-97, coloquem muuuuitas fotos rsrsrsrs.

Obrigado. Sds.

wwolf22
wwolf22
10 anos atrás

os militares que estão destacados na Antartida usarão o IA2 ??? ele foi testado la ???? pois a Antartida eh muito diferente de um container refrigerado…
sera possivel lancar granadas atraves do cano ??(nao estou me referindo ao lançador de granadas 40mm que fica abaixo do cano).

thomas_dw
thomas_dw
10 anos atrás

Me parece ser um projeto simples usando ideias consagradas ja a algum tempo – deve se comparar bem com modelos dos anos 90, o cano do fuzil nao pode ser substitudo pelo soldado e nao me parece completamente ambidestro, os materiais nao sao os mais modernos, mas os mais faceis de fabricar.

Uma boa arma, o que o Exercito pretende fazer depois dela é o que importa.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  thomas_dw
3 anos atrás

Um boa arma se estivesse em operação há 20 anos, hoje não faz sentido, estamos sempre muito atrás do outros. NMHO.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Prezados, tentarei responder aqui, mas muito mais será publicado na próxima edição impressa.
Oganza, quando se refere a tecla de ejeção, está se referindo a tecla de liberação do retém do carregador ? Se sim a resposta é que o corpo técnico em estudos de campo e feedback do maior utilizador do MD-97 que é a SENASP-FN optaram por inserir uma alavanca facilmente alcançável pelos dedo indicador, ou o polegar do atirador, indiferente de ser destro ou sinistro(canhoto).
Quanto a regulagem fina dos sistemas de pontaria, temos que lembrar que esta arma será usado na maioria das vezes por soldados conscritos, e diferentemente do uso por tropa profissional que tem um domínio maior para os ajustes finos eles dependem da ajuda do armeiro da OM. Quanto a questão de “olho dominante” é o meu caso, sou destro e meu olho de visada é o esquerdo, ou seja é que se diz no quartel, o cara é torto para tiro, rsrsrs.
Os dados de produção e técnicas fabris tentaremos colocar o máximo na Revista Forças de Defesa, assim como mais fotos.
wwolf22, os testes em câmara fria a -40 graus Celsius foi feita dentro de parâmetros condicionados internacionalmente por todos os fabricantes, e quanto ao uso na Antartica isto não é uma condicionante, apesar de estar devidamente testada e aprovada para isto, assim como também em outros lugares como Moscou, que no inverno bate os -50 graus Celsius.
Dentro do processo de desenvolvimento foi optado por se retirar a capacidade de lançamento de granadas de bocal, pois o ganho(na verdade perda, pois o fuzil que irá lançar a granada precisa ter seu sistema de gazes alterado e sua munição trocada, ficando indisponível para o serviço de tiro) operacional não justificaria esta funcionalidade, optando-se pelos lançadores de 40 mm sobe o cano.
thomas_dw, sim o projeto é simples e se aproveitou o máximo de materiais que fossem seguros, duráveis e que proporcionasse um ganho operacional sem acréscimo de custos finais. Este é o grande diferencial, não se buscou uma arma com materiais que a colocaria no patamar de uma de ficção cientifica e sim uma que fosse moderna, parelha e que atendesse a necessidade da tropa e da força. Um exemplo internacional é o HK XM8, que fez uso massivo de novos materiais, novos desenhos e que com isto seu custo ficou proibitivo inclusive para o US-Army, morrendo e entrando para a história.
Abraços

thomas_dw
thomas_dw
10 anos atrás

Claudio, voce chegou a testar o Tavor ? qual a sua opiniao dos Bullpup ?

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

thomas_dw, eu não tive a oportunidade de testá-lo, pois a parceria Taurus IWI foi desfeita antes que pudesse, mas gosto do conceito da arma, pois se consegue com isto uma arma compacta sem ter que diminuir o comprimento do cano, mas existe algumas restrições de uso pelas forças por motivos diversos.
Eu até hoje sinto que poderíamos ter tido um dos melhores e mais modernos fuzis nos idos de 80 com o LAPA 5.56X41NATO projetado pelo Neumo Suzano, que é até hoje considerado o mais equilibrado no quesito estabilidade e distribuição de peso, este eu tive o prazer de manusear em um acaso da sorte. Mas o tempo era outro, outras mentalidades e a oportunidade foi perdida.
Quanto ao TAVOR, ele foi desenvolvido tendo como base o IMI Galil que por sua vez foi um desenvolvimento baseado no finlandês RK 62 que é um AK47 com algumas modificações. Vendo esta cronologia hereditária e sabedores que os anteriores são armas testadas e aprovadas em combates, com seus acertos e erros, podemos dizer que o TAVOR é uma arma acertada e tem tudo para ser o que suas “irmãs ou mães” são, somente usando conceitos e processos modernos, trazendo grandes vantagens para o utilizador, mas hoje o próprio Galil ainda é fabricado e muito modernizado, sendo produzido pela IWI.

thomas_dw
thomas_dw
10 anos atrás

mais 3 perguntas :

quanto tempo um fuzil como o A2 deve durar ? nos EUA em dez anos de uso um fuzil esta pronto para ser descartado

qual sua opiniao sobre o HK416 ?

o EB pretende adotar alguma mira óptica com padrão ?

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

So uma ressalva. Não confundir a pegada no carregador com a pegada no chanfro do carregador.

As armas em calibre 5.56mm ambas apresentam um chanfro no receptáculo do carregador ( porção distal ou posterior) que permite o encaixa da mão. Aparenta estar pegando no carregador, mas não é. O apoio é dado pela sentada da arma no dedo indicador e anular. Isso não é errado, pelo contrário, permite melhor controle pois é possivel fazer pressão contra o ombro. Assim eu fazia quando fui membro da equipe de tiro da 6a Brigada de Infantaria. A pegada exclusiva no carregador é sim errada, sobretudo porque com o tempo ele fica bambo e instável além de forçar o seu retém.

Quanto ao ajuste fino da pontaria, é feito, no caso do FAL, com um chave de clicar ( equipamento mais raro no EB e uma espécie de distintivo que os atiradores gostam de usar no suspensório). É uma simples chavinha de metal com um lado para ajustar a alça e outro para ajustar a massa. Mais de 95% do efetivo do EB não sabe fazer isso e não sabe sua alça de combate para cada distância. A minha era 3a 24m, com variação de 05 clics na massa para cada 100 metros e correção de até 03 clics na alça para vento. Não é necessário armeiro para fazer isso, mas na pratica so ele faz, pois o recruta nem sabe do que se trata e so o armeiro tem a chavinha ( o “skeptron” do poder oculto de regular o fuzil). A chave deveria ser parte do equipamento individual.

Sobre o engenheiro, nada está desabonando sua técnica de postura e pegada na arma. O que há nitidamente nele é a falta de costume de atirar, coisa justificável que se contorna em pouco tempo com pratica. Pessoas desacostumadas costumam apresentar “nega”, “antecipação” ou “gatilhada”. Testes aprofundados foram feitos pelas FE, estes sim mais acostumados a atirar.

Carlos Crispim
Carlos Crispim
Responder para  Colombelli
3 anos atrás

Perfeito. Mas os nossos soldados seguram pelo carregador mesmo, não é pelo chamfro do receptáculo, que até colocaram um ressalto para se um segundo “guarda-mão”. Uma aberração brasileira.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

A propósito, uma curiosidade que alguns não conheçam. Na foto do IA2 desmontado é possivel ver no punho o estojo de manutenção que vem dentro dele.

E o engenheiro a que me refiro é o do video. O civil de óculos efetivamente esta segurando a arma sem firmeza.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Colombelli, obrigado por nos enriquecer com estas informações, existe sim um kit completo de ferramentas e material para limpeza dentro do punho(pistol grip) inclusive com a chave para esta regulagem.
Quanto a minha pega nas fotos de forma menos firme, foi proposital para se analisar o comportamento da arma nestas condições, inclusive relato que a mesma é muito confortável no momento do disparo, sem tendencias a subida e mesmo não fazendo a pressão necessária da soleira ao ombro, não existe desconforto.
Este projeto foi pensado para ser o mais resistente e livre de falhas, por isso para se evitar um desalinhamento do carregador com o transportador no ato de alimentar a arma, foi instalado uma trava metálica para reter o carregador(além da trava do mesmo padrão M-16), isto evita que o costume de se bater na parte inferior do carregador faça ele amassar a reentrância do retém e ele subir além do normal, ocasionando falha de funcionamento.
thomas_dw, o fuzil tem uma expectativa de vida estimada de 40 anos, basta ver que nas fileiras do Exército Brasileiro temos FAL produzidos no início dos anos 70(ou 40 anos), por isso a escolha de um carregador em aço ao invés de alumínio, mas padrão STANAG 4179.
O HK 416 conforme disse acima é uma evolução do AR15/M16, apresentando muitas melhoras e confiabilidade, meu ponto de vista que será uma arma campeã substituindo inclusive o original em algumas fileiras mundo afora.
Quanto ao EB distribuir miras óticas como padrão, existe em processo final de estudos o soldado do futuro, futuro combatente e outras nomenclaturas, onde as armas serão equipadas com miras eletrônicas(podendo ser Optovac/Sagem, AEL ou outra).

thomas_dw
thomas_dw
10 anos atrás

quantos tiros um fuzil como este deve ser capaz de disparar durante as sua vida util ?

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Segundo informações, os testes solicitavam que o mesmo mantivesse um mínimo de alteração de suas especificações e medidas após 10.000 tiros, mas conforme a matéria existe um sem alteração que já fez 18.000 tiros e se mantém dentro destas especificações e medidas.
Porém no desenvolvimento foram dados mais de 80.000 tiros para ajustes e acertos.
A SENASP-FN tem MD-97 com mais de 10.000 tiros em treinos e operações e funcionando perfeitamente, sendo que os mesmos recebem apoio do fabricante para a manutenção em ultimo escalão.
Mas podemos deduzir que um número próximo a 20.000 tiros em toda a sua vida útil em período de paz seja o razoável, mas em conflito este número pode ser atingido de forma muito mais rápido, assim como a reposição de armamento por atrito de combate.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Claudio, agora está explicada a pega “sem firmeza”.

Fico contente se cada arma vier com sua chave de regulagem. Depois falta so ensinar oficiais e praças a usá-la. Poucos sabem. A minha chave do FAL passei solenemente ao sargento Menezes no dia 30 de junho de 1997.

Quanto as miras óticas, não creio que venham a ser de dotação geral no EB sobretudo pelo preço. Já é um parto se conseguir um cantil e suspensório para cada homem, imagine uma mira ótica que demanda manutenção e é cara. Quiçá algumas tropas profissionais venham a recebê-las.

Pela experiência que tenho, creio que para tropas inexperientes e sem muito treinamento de tiro, as miras óticas fazem enorme diferença, pois dispensam a necessidade de uma mesma “fotografia” ( linha de mira) a cada vez para regularidade e regulação do tiro. Atiradores experiências conseguem fazer isso facilmente a ponto de não ser raro em um tiro de pé, sem apoio, a 200 metros se “furar” o buraco do tiro anterior com mira mecânica em segundo disparo. Ai deixa de haver vantagem significativa. Eu dispensaria mira ótica que me parece tiram um pouco do campo de visão.

Quanto aos tiros por arma, em tese é mantido um controle rígido dos disparos por arma no EB, mas isso não é seguido à risca. Um fuzil em mãos de recrutas dá de 14 a 24 tiros por ano, ou seja, sob este ponto de vista estariam novos os FAL, tendo em média menos de 1000 tiros. O que detona o cano é umidade e exercícios de campo.

Os fuzis das equipes de tiro dão de 800 a 1000 tiros por ano, as vezes um pouco mais se ao atirador se gradua para competir pela Brigada respectiva ou DE, a maioria das vezes sem registro dos disparos e são armas que não fazem campo, tendo integridade estrutural mantida. O 261100 comigo deu em torno de 3200 tidos em dois anos e meio. Conversando com atiradores bem mais antigos nivel 6a brigada e 3a DE, constatei que por volta dos 10.000 tiros começava a parecer certa imprecisão aos 300 metros. Conheci fuzis que tinham 11.000 tiros. Nesta altura eram abandonados pelos atiradores por mais novos ou menos usados.

Em combate e levando em conta a dotação de munição 7,62mm diária, um solado consome 10.000 tiros em pouco mais de três meses. Tropas amadoras podem detonar um cano em menos de um mês com rajadas longas e completa falta de disciplina de fogo. So amadores fazem o que se em conflitos mundo a fora, dando longas rajadas sem nem saber em que. Profissionais devem se pautar pelo one shot, one kill.

PS: quem segurar pelo carregador na linha de fogo, vai tomar uma “pirulitada” (pirulitos de madeira usados pra segurança, com verde de um lado e vermelho de outro) no capacete, por parte do sargento de tiro.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

A propósito Thomas, nossos netos, quem os tiver, atirarão com o IA2. Nos EUA as armas não ficam tanto tempo em serviço principalmente por conta da quantidade de disparos.

Lá de fato se treina tiro de verdade, conforme aliás, esclareceu aqui o Marine certa feita dando conta dos treinos ordinários no USMC. No Brasil, um oficial ou sargento pode passar toda sua carreira militar dando menos de 500 tiros.

Mas tenha certeza, depois de 15 anos na tropa, um fuzil fica escangalhado. É campo com pistas recheadas de barro, batidas, solavancos e claro, o recruta tem sempre que ficar brincando com a arma de alguma forma quando está na “hora”, sem o que fazer. Por exemplo, ache uma baioneta com ponta no EB (salvo nos fuzis das equipes de tiro) e lhe darei um prêmio. O recruta é por natureza destrutivo.

Armas com mais de 15 anos de uso nestas condições perdem muito de suas capacidades. Quem quiser, aproveite agora que as tropas estão fazendo segurança na copa e se aproxime de um soldado para ver como está o fuzil. É de chorar.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Claudio Queiroz,

vlw, mas se eu entendi direito (no caso de um destro por exemplo), quer dizer que ele não pode ejetar o carregador enquanto pega outro com a mão esquerda, tendo que fazer isso em 3 movimentos articulados ao invés de 2 movimentos?

Se for isso, hummmm tá bom não, isso se transforma em desvantagem tática em um tiroteio. Pois akela alavanca que se vê no vídeo, para ser alcançada confortavelmente pelo indicador “do gatilho”, só com mãos de jogador de basquete… =/

Ok, conscritos. Mas eu tenho uma dúvida:
O EB não convoca TODOS reservistas nos 5 anos subsequentes ao seu alistamento? Desculpa ai, mas se essa molecada não fizer 100 disparos (o que é MUUUUITO POUCO) em cada convocação estamos muuuuito pior do que eu pensava. Agora SE eles retornam a OM durante os ditos 5 anos, desculpa ai de novo, eles TEM a obrigação de saber zerar suas armas sim, o resto é desculpa de amarelão como dizia meu Pai.

No mais, espero MUITO essa matéria.

Obrigadão.

Sds.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Colombelli,

como sempre me elucidando sobre o di-a-dia da caserna Tupiniquim.

Mas:
“equipamento mais raro no EB e uma espécie de distintivo que os atiradores gostam de usar no suspensório”

“95% do efetivo não sabe fazer isso…”

“só o armeiro tem a chavinha”

MEU DEUS… isso é um disparate completo, um absurdo. Ainda hoje é assim? Não melhorou nem 10%?

Pois é, esse engenheiro é dakeles cozinheiros que que não provam o que cozinha. Realmente é uma infelicidade não termos liberdade para prática de tiro no Brasil… =/

Sds.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Oganza. A alavanca de liberação do carregador é a que está entre o guarda mato e a parte posterior do receptáculo. Podendo ser manuseada pelo indicador ou polegar da mão que está segurando o carregador.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Claudio Queiroz,

vlw. Como eu imaginava, em se tratando da arma e em algumas situações táticas a falta de uma tecla de ejeção acionada pela “mão do gatilho” é um problema muito sério.

E digam o que disserem, essa padronização só será realmente efetiva se TODAS as unidades receberem o IA2 e passarem a efetuar mais de 250 disparos por ano, pois eles tem que adquirir MEMÓRIA MUSCULAR sobre o equipamento. Como o Colombelli informou: “sargento pode passar toda sua carreira militar dando menos de 500 tiros.” 🙁

Ai vemos algumas unidades de “elite” com armas “importadas” com mecanismos diferentes, botões diferentes em locais diferentes. A memória muscular desse soldado é completamente diferente da de um sargento de pelotão. Então eles vão para uma missão de paz, se encontrando sobre fogo e um tiroteio, por conta de alguma situação (arma danificada, companheiro ferido, etc), um tem que assumir a arma do outro para que possam sair dali… no way… tudo irá se tornar um complicador tático.

Ano passado, participamos do encontro do Game Wardens Meeting em Baton Rouge, Lousiana. Um amigo apareceu com um Steyr AUG A4, lindo, leve, equilibrado, preciso… fiz 25 disparos na raia e pedir para ele me emprestar durante o evento. Arranjo feito, encostei o meu xodó (um P.O.F. P308 G4 com barrel de 14,5”). Resultado: Atrasei a equipe no percurso em 9 segundos. Cometi erros, me embananei no recarregamento, no CQC não estava com as posturas adequadas, o que atrapalhou minha visada, etc… etc. O problema era a pura e simples falta da MEMÓRIA MUSCULAR para akele equipamento.

Sds.

thomas_dw
thomas_dw
10 anos atrás

“A propósito Thomas, nossos netos, quem os tiver, atirarão com o IA2. Nos EUA as armas não ficam tanto tempo em serviço principalmente por conta da quantidade de disparos.

Lá de fato se treina tiro de verdade, conforme aliás, esclareceu aqui o Marine certa feita dando conta dos treinos ordinários no USMC. No Brasil, um oficial ou sargento pode passar toda sua carreira militar dando menos de 500 tiros. ”

500 tiros … deste jeito o fuzil dura para sempre …

M@K
M@K
10 anos atrás

Parabéns a equipe de reportagem do Forças Terrestres/Forças de Defesa, pela matéria. Há tempos vasculhava na internet uma matéria aprofundada como essa sobre o IA2 e vocês saíram na frente. Muito Bom… Aqui no Rio Grande do Sul parece que a nossa Brigada Militar irá adotar uma outra arma em calibre 5,56 fabricada pela gaúcha Taurus, baseada no M4 ( como já publicado neste post). Mas não sei…acho o projeto do IA2 melhor. O que os colegas acham…Valeu 😀

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Desculpem amigos se as informações são chocantes, mas são ( ou pelo menos eram) a mais pura verdade.

O recruta faz, depois da IPT ( instrução preparatória para o tiro) 04 tiros em 03 posições e mais 04 ou 06 tiros noturnos na fase tiro básico de combate. A fase avançada nunca é feita, onde seriam feitos tiros a 100 e 200 metros e tiro em grupo. Fica em regra nestes 16 ou 18 tiros e só. Esta é a realidade. Os exercício de mobilização da reserva raramente são feitos e nunca envolvem realização de tiro. Estes são os tiros que o fuzil dá na vida toda. Não fossem os campos que arrebentam a arma ela duraria, se fosse so pelo desgaste do cano, séculos.

Os sargentos e oficiais so fazem o TAT anual, que são 10 tiros a 25 metros de fuzil para os sargentos e 10 tiros de pistola a 15 metros para os oficiais. Quem não piruar, não atira mais do que isso e tem muita gente que passa anos ( profissionais isso) sem atirar mais que o TAT e ainda o fazem de má vontade estes 10 tiros.

A chave de clicar do FAL é uma raridade. Não existe nos pelotões. So armeira da companhia a tem. É uma chavinha que custaria quanto muito 3 reais. A minha eu ganhei, não lembro exatamente de quem, mas foi na equipe de tiro do 29 BIB. Acho que tenha sido do Sub Rodolfo que era lendário atirador. Os recrutas nem, a conhecem. Nem na escola nos foi mostrada uma ou como ela funcionaria.

Não creio que as coisas tenham mudado hoje assim como não tinham mudado ( exceto para pior) nos vinte anos antes que eu estive lá.

Inclusive sugiro um teste aos colegas. Quem conhecer um ex militar, recruta ou profissional, do EB ou mesmo militar da ativa que não seja de unidade das FE, experimente perguntar pra ele qual é sua alça de combate. Duvido que 5% venha a saber. A alça de combate nada mais é do que a regulagem da alça/massa para cada distância e tipo de munição própria de cada atirador e que é expressa em 05 numeros, correspondendo à metragem na massa e aos clics na massa.

Fecha massa, tiro sobre. Abre massa, tiro desce. O FAl tem 04 tipos de comprimentos de massa. Puxa alça pra um lado, o tiro vai pra este lado. Pra isso tem que afrouxar x clics em um lado e apertar os mesmos no passo oposto. A alça do FAL pode ser regulada com uma chave de fenda pequena, mas a massa tem dois encaixes proprios bem pequenos que so a chave de clicar preenche corretamente. É possivel movimenta-la com outras ferramentas ou mesmo sem uma, mas muito dificil isso.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

M@k, eu fui um dos primeiros a escrever sobre os novos CT 556 e ART 556 da Taurus, assim que foram demonstrados ao público especializado, mas segundo me informaram os mesmos não foram muito bem nos testes de durabilidade e confiabilidade, apresentando problemas no transportador do ferrolho, pois optaram por fazer um projeto interessante de amortecimento, algo como um sistema inercial, que infelizmente apresentou problemas.
Maiores informações não tenho como relatar.
Me foi dito que tendo este contra tempo a direção optou por partir para os onipresentes projetos AR-15, pois como dito acima a patente da Colt deixou de vigorar, sendo disponibilizada para outras empresas que o queiram produzir(como a Sig Sauer e H&K já o fazem).
Agora não sei informar se será um AR-15 identico ao original ou algo nos moldes que a H&K fez, ou ainda um projeto mixando suas soluções de ergonomias e processos fábris no clássico conjunto.
Abaixo segue um link para auxiliar aos leitores a entender o que é uma chave de ajuste do FAL.
http://www.sobizu.com.br/config/imagens_conteudo/produtos/imagensGRD/GRD_123_GRD_198_CHAVE%20DE%20CLIACAR.JPG

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Claudio, so mais um aporte aos colegas acerca da mística chavinha.

A extremidade da direita regula a massa e pode ser substituida por uma chave de fenda normal. A parte central, com duas saliências, é usada na massa de mira. Já a extremidade esquerda e inferior, é usada no anel regulador do cilindro de gases, o qual pode, porém, em regra, ser movimentado facilmente com a mão.

Claudio Marcos de Queiroz Correa
Claudio Marcos de Queiroz Correa
10 anos atrás

Perfeito, acabei esquecendo de informar isto. Agora uma curiosidade de armeiro e tempos de caserna, a extremidade dupla também servia para abrir depósito dos antigos orelhões a ficha, talvez seja por isso a raridade dela.
Mais uma vez obrigado pelas informações.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Colombelli,

por acaso é essa a dita cuja, que custa 5,00 dinheiros? 😮
https://www.deltatatico.com.br/produto-59-chave-de-ajuste-fal

Só para constar rsrsrs

no P.O.F. P308 c/ barrel de 14,5”
que já tem mais de 1.300 disparos comigo (tudo contabilizado na caderneta)

até 200 yards eu uso a mesma regulagem, tanto para iron sight quanto para a Almpoint de visada rápida com munição .308 Remington: +3 em elevação e -1 em contra azimute. As variações entre 25 até as 200 yards vou fazendo no instinto, com o tempo elas foram ficando intuitivas e deu para fixar uma regulagem.

Acima disso até 500 yards +/- sem vento com suporte e deitado é 0 em azimute e -1 em elevação. Assim consigo agrupamentos em 5 seconds shots de 5,5 pol

Mas a Almpoint tem um acessório a parte que permite ter as marcações dos minutos no retículo, e já deu para ter agrupamentos a 500 yards com esse filtro e sem auxílio de luneta de até 8 pol nos mesmos 5 seconds shots.

Agora por incrível que pareça, o M14 foi o melhor de todos com iron sight com alça aberta que já manuseie, mas ele perde na ergonomia, peso e mobilidade, mas quando chega na visada… pronto, já está lá.

Sds.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Esta mesmo Oganza que o Cláudio ja havia linkado. Faz a diferença entre a vida e a morte. Não se acha nem 10 ou 12 delas numa OM e deveria ser equipamento individual de todos.

A menção que trouxeste de miras com óticas e com regulação em miléssimos traz outros pontos que tinha esquecido de mencionar em vista de uma provável adoção deste tipo de mira na tropa não profissional. E ele diz respeito à perda de rusticidade em vista da mira mecânica, à maior sofisticação da regulagem e necessidade de manutenção mais apurada, e ao fato de que as distâncias ordinárias de combate hoje ficam na faixa dos 200 a 300 metros, pelo que regulação fina acaba não fazendo muita diferença ainda mais com calibre .223.

As miras mecânicas quando em voga tropas de não-profissionais tem a vantagem da rusticidade extrema e da facilidade de regulação. No caso do FAL a alça bastando corrê-la a frente e para trás e massa bastando rosqueá-la. São dispositivos que não são afetados por barro, umidade ou ferrugem, não demandam grande manutenção ou limpeza. A regulação seria é de fácil aprendizagem e manejo. Dai que concluo que miras óticas não serão adotadas como regra no EB, ao menos não para as tropas não profissionais.

Oxalá no EB este B-A-Bá fosse ensinado minimamente, ja seria grande coisa. Imagina pensar em dispositivos mais sofisticados.

Esta regulagem e correção “de olho” e no instinto que você menciona, bem própria de cada atirador, é o conhecimento que falta, em regra, aos nossos militares, mesmo os profissionais, pois não atiram. So o rito do tiro e sua execução real concede a automatização dos movimentos e procedimentos, o controle da respiração e batimento, o tônus muscular de cada posição. isso podia em parte ser atingido com treinos em seco, sem gasto algum, mas nem isso é feito no EB. Não surpreende que no Vietnan, com recrutas, para cada morte se tenha dado mais de 400.000 tiros. Um campo de batalha sem atiradores bem treinados não é tão perigoso quanto se pensa.

O M-114 é uma arma admirável. Não é atoa que foi reintroduzido em grande estilo no Afeganistão.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Vlw Colombelli…

no Afeganistão vimos tb a volta em grande estilo do 76,2 NATO… o calibre que resolve a parada…

Sou do pensamento de que uma tropa com bons atiradores não vai precisar de tanto volume de fogo assim. Nos encontros que já participei, tem um monte de equipes com membros e ex-membros de OM que dizem +/- a mesma coisa e dependendo da situação tática, colocada no briefing da missão, vão de 7,62 NATO. Agora, falando em sight e principalmente em nosso TO, realmente as ópticas seriam lucho, mas tem que atirar, tem que aprender o ofício.

Nas progressões táticas que ocorrem e principalmente nas áreas externas, temos iron targets (não sei como seria aki), que são de aço e eles tem que cair com os disparos para vc pode progredir e em muitos casos o atirador está 300 yards com .223 e da dois disparos e a coisa não cai, já o .308 🙂 ta certo que as munições com mais grãos é controlada lá, não é simples conseguir uma caixa da .223 de 75 grãos por exemplo.

Mas agora todos estão falando e discutindo sobre o 6.5 Grendel, que seria algo intermediário e que resolveria “todos” os problemas inerentes ao alcance e stopping power, sendo que ele pode aproveitar os atuais carregadores STANAG, mas com “apenas” 25 rounds. Vamos ver… 🙂

Grande abraço

Mauricio R.
Mauricio R.
10 anos atrás

“…pois o fuzil que irá lançar a granada precisa ter seu sistema de gazes alterado e sua munição trocada, ficando indisponível…”

Isso não era p/ o M-1(Garand), M-14, ou mesmo o Fal???
Usando granadas c/ “bullet trap”, ainda é necessário alterar o sistema de gases???

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

Novo fuzil chileno:

(http://www.segurancaedefesa.com/Fuzil_Chile.html)

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Mauricio R.

muito legal, gostei da notícia… 🙂

O ACE é incrível, se quiserem falar de rusticidade, esse é o cara. A IWI pegou tudo do projeto pé de boi do Galil (que veio do AK-47), colocou nele e sapecou os calibres 5,56 e 7,62… tem no calibre do AK tb, mas com a precisão de um AR… literalmente o melhor dos dois mundos na velha batalha entre AK-47 e AR-15.

Ps.:
1 – a IWI teve a preocupação de colocar todas as teclas e botões nas mesmas posições aproximadas dos AR (todas ambidestras), facilitando assim uma possível transição ou troca de equipamento por alguma eventualidade.

2 – a sight, “mira” da foto, é uma Meprolight (M21 talvez) por fibra óptica. O legal dessa sight em especial, é que ela é bem rústica e não precisa de pilhas. Ela absorve a radiação luminosa (lumens) do dia e as “guarda” por 72 horas. quando se faz uma visada, vc tem um retículo na forma de um triângulo vermelho e em seu caso, é melhor que os red dots comuns, pois ele é translúcido e tem controle de contraste.

3 – outra característica da Meprolight, é que ela foi projetada para ser instalada bem a frente da arma, melhorando o tempo de aquisição do alvo em 50% e permitindo visadas a distâncias bem maiores com os 2 olhos abertos. Mas como sempre ha algo de podre no “Reino da Dinamarca”, a Meprolight causa um vício no atirador, que é o de perder o habito de alinhar a alça e a massa nas visadas, então quando ele perde ou danifica a sight, ele leva um tempo até voltar a pegada normal… mas ai ele pode não estar mais entre nós. 🙂

Sds.

Lyw
Lyw
10 anos atrás

… Novo fuzil chileno…

Interessante, o “Projeto Titânio” havia se iniciado em 2007 para selecionar um novo fuzil para o exército chileno, os concorrentes analisados inicialmente eram o M4A1 e o G36C, mas no meio do percurso parece ter havido uma reviravolta e o GALIL ACE levou a melhor.

Este fuzil agora irá fazer parte da modernização de dois importantes exércitos sulamericanos, o Chileno e o Colombiano (este último já está iniciando a introdução deste fuzil no seu exército).

M@K
M@K
10 anos atrás

Claudio Correa :
Obrigado pelas informações. Se tiver mais notícias, manda pra gente. Abraços.

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Oganza, o maior exemplo da diferença gritante do 7,62mm pra o 5.56mm foi o combate de Top Malo House nas Malvinas. Um britãnico com um 7,62 no ombro arriou, ao passo que um capitão argentino ainda atirava depois de ter recebido 04 tiros 5.56. Eu sou fã do 7,62. O 5.56mm dá pra levar tres vezes mais munição, mas pra um bom atirador não compensa.

Também comungo da opinião de que é melhor ter menos disparos mas mais precisos. Reduz risco de danos colaterais, diminui necessidades logisticas e desgaste do armamento.

Gilberto Rezende
Gilberto Rezende
10 anos atrás

O IA2 é perfeito para os ROC do EB e depois do MD.

Mas sinceramente qualquer projeto pode e deve ser melhorado/aperfeiçoado.

No caso do IA2 a melhor maneira do MD ter uma opinião isenta da nova arma das FFAAs brasileiras é PÔ-LO a prova real por avaliadores isentos.

Ofereçam o IA2 na contenda francesa para substituir o FAMAS e ofereçam dentro do foro internacional militar IBAS (Índia, Brasil, e África do Sul) o projeto IA2 aos Indianos que recentemente abandonaram seu projeto local de fuzil para, pelo menos, gerar avaliações profissionais e técnicas além da ACHOLOGIA sobre o IA2.

A chance com os franceses é mínima (o orgulho europeu não permitiria adotar um projeto sul-americano) mas se os indianos valorizarem os mesmos conceitos de segurança e rusticidade do EB teremos uma chance justa de avaliação (principalmente se envolver licenciamento para produção local).

Colombelli
Colombelli
10 anos atrás

Agora ven o as fotos, notei que a arma tem zarelhos dianteiros duplos e fixos. o que é uma vantagem em relação ao zarelho móvel do FAL que acaba fazendo barulho as vezes.

No modelo 7,62, a primeira sugestão que faria seria descer a porção anterior do receptáculo do carregador para formar um apoio, semelhante ao que se vê no 5.56. O segundo modelo de cima para baixo tem um apoio que supre em certa medida esta necessidade.

Gostaria de saber se houve alteração no passo raiamento do 7,62 de cano mais curto e se há previsão de munições com pólvoras modificadas para canos mais curtos.

Vader
10 anos atrás

Excelente matéria, parabéns ao Cláudio e ao ForTe. Esta matéria é simplesmente histórica, e um furo de reportagem. Muito bom. É por essas e outras que este espaço é o melhor da internet brasileira.

Gostei muito dos fuzis, mas para saber se são realmente bons só operando. Espero que cumpram tudo o que prometem, especialmente o 5,56.

Mas lamento bastante haverem desistido do modo burst. Numa situação de combate o soldado irá meter o fuzil em modo auto e acabará desperdiçando munição.

Uma boa coisa foi desistirem do lançamento de granada de bocal, que detonava com o cano do fuzil. Poucas coisas eram menos práticas do que seu lançamento, que precisava de munição especial, sem falar nas mudanças no obturador do cilindro de gases. Coisa complicada demais pra um soldado de infantaria comum.

O Ozawa tá de brincadeira. Amigo Ozawa, o EXAR é uma ficção científica. Na prática, é só pra bater um carimbo nos seus papéis. NINGUÉM atira nada no EXAR, pois nem farda tem para os reservistas colocarem. Nem em forma a gente entra amigo…

Quanto à tal chaveta de regulagem, só vi em mão de armeiros, e só usei uma vez na vida, quando fui regular meu fuzil de aluno, porque ia participar de um torneiozinho interno no pelotão. Só que antes da competição fui pro campo, e lá perdi a alça de mira do fuzil (simplesmente “explodiu” numa pista de rastejo). Resultado: meu fuzil foi pro armeiro, participei da competição com um fuzil “estranho”, e na competição fiz agrupamentos perfeitos de tiro, mas dois palmos pra baixo do centro do alvo… 🙂

Vader
10 anos atrás

Nos detalhes:

A opção de travamento por ferrolho rotativo no calibre 5,56 é correta e segue o padrão mundial.

Boa também a extinção da alça de manejo, e a colocação de trilho picattini em todo o comprimento da arma nas duas versões.

Mas fique curioso sobre quem poderá usar uma carabina em cal 7,62. Caramba um calibre desses pra CQB não faz sentido, em minha opinião: se é pra CQB, o calibre 5,56 tem stopping power mais que suficiente e proporciona maior carga de tiros, o que é bem mais importante, em minha opinião; o 7,62 deveria ser usado para longo alcance… Sem falar na pontaria: um canhão desses não deveria ter cano curto…

E não me venham dizer que é pra ser usado na selva: o fuzil poderia fazer o mesmo serviço, sem falar que aquela história que o cal 5,56 não funciona bem na mata fechada é pra lá de discutível…

Gostei também dos zarelhos fixos: nada irritava mais um cmt pel fzo do que a tropa tilintando em progressão noturna.

E gostei das facas. Chega das baionetas com cabo redondo que envolviam o cano do FAL, e não serviam pra nada além disso.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

Vader,

é, ta cada vez pior quando eu fico sabendo mais coisas sobre nossos quartéis conversando com vc’s.

Como eu já disse aqui, e vc sabe, a única vez que entrei em uma OM militar no Brasil foi para o meu alistamento e depois para pegar a minha dispensa.

A coisa de atirar com armas de fogo como esporte entrou na minha vida através da família da minha esposa, na verdade foi mais uma convocação do meu cunhado que “mostrou” que se eu quisesse entrar para a família tinha que ser dakele jeito… kkkkk

Antes disso eu cacei com meu Pai aki no Pará e não tem nada haver com o esporte de tiro… até a caça nos EU é diferente, lá eles são bones collector em 75% dos casos… o que é diferente da minha família americana lá da Luisiana, pois eles matam e comem… é um espírito mais parecido com do meu Pai. 🙂

Mas sobre o 7,62 em cano curto eu concordo, pra mim o limite é 14,5” (36,8cm) pra cima, que permite uma boa mobilidade em CQB e um belo stopping power até 500 yards, eu uso o .308 e não tenho problemas, mas é claro que não dá para usar taticamente dentro de um avião, mas tem uns caras que o usam com barrels de 12,5” e até 10,5” como é o caso dessa carabina do IA2 com 265 mm de cano, isso ai é subutilizar o calibre.

O que acontece é que mesmo que eles tenham projetado um excelente freio de boca, o projétil não terá tempo de acelerar o suficiente dentro do cano e toda energia será desperdiçada resultando em um stopping power muito semelhante ao 5,56 a 250 yards mas sem o mesmo poder de penetração, pois o projétil não terá tempo de GIRAR. Claro, se o oponente estiver usando um colete ou estiver abrigado (atras de um veículo por ex), pq se ele estiver de camiseta rs um 38 resolve rs.

Sds.

Oganza
Oganza
10 anos atrás

… só continuando

O “problema” dos 5,56 é só o peso dele, os novos projéteis com 75 grãos (a Black Hiils tem um novo com 81 grãos) que viaja a mais de 2.600 fps que praticamente acaba com essas discussões. Como já disse, se fala muito no 6,5 Grendel… já manuseei ele, mas nunca disparei e alguns dizem que o objetivo dele é se tornar a “bala de prata” dos calibres, mas quem já disparou muitos tipos de armas e em diversos calibres, tanto como esporte ou em combate, sabe que esse conceito de “bala de prata” é fantasia.

O que acontece é que as unidades vão para campo com 2 calibres (5,56 e 7,62), com o 6,5 isso, em teoria, não seria mais necessário, pois os atiradores conseguiriam um mesmo resultado de um 7,62 a 900 yards, assim como ele poderia equipar as unidades de Metralhadoras Leves (5,56) como as de Metralhadoras (7,62)… tudo em teoria claro.

Mas sabe quando isso vai acontecer? Nunca. Imagina ter que retificar praticamente TODOS os fuzis do arsenal americano e OTAN. Isso vai ficar assim mesmo, e o 6,5 vai ficar para as FE e pra gente que atira no fim de semana.

“fiz agrupamentos perfeitos de tiro, mas dois palmos pra baixo do centro do alvo…” Muito bom rsrsrsrs

Sds.

Luiz Floriano Alves
Responder para  Oganza
3 anos atrás

No TO Amarica dói Sul teremos campos e montanhas e elevações. Nesse cenário esse calibre é inadequado. Mais próprio para cidade e selva oriental. A selva amazônica requer peso pesado no calibre. Grandes cursos d’água e floresta densa. O projétil leve é desviado ficando muito reduzida a letalidade.