Pantsir-S1 pantsyr_l4

A aquisição de sistemas russos Pantsir-S1 de defesa antiaérea de média altitude deverá ser negociada conforme novos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) publicados em julho deste ano, que substituíram outros publicados em 2012 – veja aqui as principais mudanças realizadas

vinheta-especial-forteNa semana passada, portaria do Ministério da Defesa do Brasil autorizou o início das negociações para aquisição do sistema russo Pantisir-S1 que incorpora canhões e mísseis para defesa antiaérea de média altura (clique aqui para ver matéria e comentários a respeito e clique aqui para acessar a portaria original, publicada no Diário Oficial da União).

O texto da portaria faz referência à necessidade da negociação obedecer à ótica dos Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) instituídos numa portaria anterior, de número 1.984, que foi publicada em 3 de julho deste ano (2013). O texto dessa portaria, que traz os “Requisitos Operacionais Conjuntos (ROC) do Sistema de Defesa Antiaérea de Média Alturas das Forças Armadas (ROC Nº 40/2013) pode ser acessado clicando aqui.

Esses novos ROC revogaram outros publicados em 2012 na Portaria 2.385, cujo texto pode ser acessado clicando aqui.

O blog das Forças Terrestres traz agora para os leitores uma compilação das principais mudanças que ocorreram nesses requisitos, de um ano para outro, mesmo período em que avançaram acordos entre Brasil e Rússia para a aquisição do sistema Pantsir-S1.

Muitas das mudanças em diversos itens foram feitas para ajudar no entendimento, colocando por extenso o que antes aparecia abreviado em siglas. Porém, algumas mudanças não são meramente “cosméticas”. Vamos a elas:

KBP-Pantsir-S-SPAAG-SAM-3S

O Sistema de Defesa Aeroespacial entrou no texto, assim como o IFF brasileiro

Dentro dos chamados “Requisitos Absolutos” (RA), a versão de 2012 não citava o Sistema de Defesa Aeroespacial. Agora, no item 5 “Função Identificar Ameaças”,  e especificamente seu subitem 5.1, que exige que uma ameaça deva ser identificada como amiga ou inimiga em tempo “não superior a 20 (vinte) segundos após sua detecção”, está citado que o sistema “deve integrar-se ao Sistema de Defesa Aeroespacial”

Ainda sobre a identificação da ameaça, um novo subitem foi acrescentado, o 5.3, dizendo que “o Sensor de Busca do Sistema de Controle e Alerta do sistema deve possuir arquitetura funcional que lhe permita receber o0s protocolos e equipamentos necessários para permitir o funcionamento do Interrogador IFF Modo 4, em desenvolvimento no Brasil”.

Transporte em C-130 ou KC-390 desapareceu dos ‘Requisitos Absolutos’ e passou aos ‘Requisitos Desejáveis’, porém sem especificar as aeronaves

Na versão de 2012 dos ROC, no item 8 “Requisitos de Interfaces Externas” e especificamente no subitem 8.3, de “Requisitos Ambientais”, havia uma clara menção aos atuais aviões de transporte tático de maior porte utilizados pela Força Aérea Brasileira, os C-130, e seus futuros substitutos, os KC-390. O texto da antiga letra “b” desse subitem iniciava com o trecho “os meios orgânicos do Sistema transportados nas aeronaves C-130 ou KC-390 da FAB devem manter as suas condições ideais…”

Tanto essa menção quanto toda a especificação sobre esse transporte nos aviões deixou de fazer parte dos “Requisitos Absolutos” e passou aos “Requisitos Desejáveis” (RD) ao final da portaria. Além de deixar de ser um requisito absoluto e passar a ser desejável, ao invés de aviões de transporte específicos agora há apenas uma menção a “aeronaves”. Abaixo, o novo texto, que é o item 9 dos RD:

“9) é desejável que os meios orgânicos do Sistema sejam transportados em aeronaves, mantendo as suas condições ideais, para satisfazer as especificações contidas nos requisitos específicos das FA, quando submetidos a uma faixa de variação de temperatura, de umidade, de pressão, de choque mecânico, de vibração, de radiação e interferência eletromagnética, de acordo com as condições determinadas em seus Manuais Técnicos, no ambiente operacional.”

O transporte como ‘carga externa’ em helicóptero, como o EC725, foi suprimido dos ‘Requisitos Desejáveis’

Dentre os Requisitos Desejáveis de 2012, estava a menção de que o sistema “deve possuir condições que permitam seu posicionamento e transporte como “carga externa”, a ser realizada em helicóptero para transporte de carga (ex. Eurocopter 725)”.

Agora, esse requisito específico não é mais desejável, tendo sido suprimido – embora seja apropriado ressaltarmos que o item “9” mostrado logo acima faz menção a “aeronaves”, sem especificar o tipo. Vale lembrar que o termo “aeronaves” é bastante abrangente, e entre elas estão os helicópteros, também chamados de aeronaves de asas rotativas.

pantsir-s1

Envelope mínimo de engajamento foi diminuído, passando de alcance horizontal de 30km para 20km; porém, foi acrescentado o engajamento a partir de navios, no qual o envelope mínimo foi mantido em 30km

Dentre os “Requisitos Absolutos”, a “Função Engajar Alvos” (dentro do item 8 “Requisitos de Interfaces Externas”) teve algumas alterações importantes, o que inclui um novo subitem. Em 2012, a letra “b” do subitem 8.5 “Função Engajar Alvos” dizia que “o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

Nos novos requisitos de 2013, esse texto foi alterado para “o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 20.000 (vinte mil) metros de alcance horizontal e entre 50 (cinquenta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

Na sequência, foi incluído um novo trecho, especificando essas exigências para o ambiente naval, o que não constava dessa parte na versão de 2012. O texto acrescentado foi: “quando instalados em navios, o Sistema deve engajar, com efetividade, ameaças aeroespaciais em um envelope mínimo de 30.000 (trinta mil) metros de alcance horizontal e entre 30 (trinta) metros a 15.000 (quinze mil) metros de alcance vertical.”

Mach 3 é trocado por 1.000 m/s e capacidade de autodestruição é acrescentada

Ainda como parte da “Função Engajar Alvos”, em 2012 foi especificado que “o Sistema deve engajar com efetividade ameaças aeroespaciais com velocidades de no mínimo até MACH 3”. Agora, em 2013, esse texto ganhou nova redação, mais detalhada, deixando mais claro esse limite e colocando a velocidade em metros por segundo (deve-se levar em conta que o número Mach, em metros por segundo, varia com a altitude e a temperatura, pelo que na nossa opinião a mudança melhora o entendimento do que é realmente solicitado, lembrando também que Mach 3 em certas condições fica próximo a 1.000m/s).

Também são citadas ameaças no novo texto, que ficou assim: “os mísseis do sistema de armas devem possuir condições para engajar ameaças aeroespaciais desenvolvendo velocidades entre 0 (zero) e 1.000 (mil) metros por segundo, no mínimo, permitindo o engajamento de helicópteros em voo pairado, aeronaves de asas fixas tripuladas, ou não, e diversos tipos de munições inteligentes.”

Um novo subitem foi acrescentado com a letra “f”, especificando que “o Sistema deve possuir capacidade de autodestruição do míssil em voo”.

Pantsyr-S1_air_defense_missile_system_anti-aircraft_gun_sa-22_greyhound_Russia

Recursos Externos relativos à alimentação elétrica, que faziam parte dos ‘Requisitos Absolutos’, passaram a ser ‘Requisitos Desejáveis’

Um subitem inteiro (8.4) relativo a “Recursos Externos”, que fazia parte do item 8 “Requisitos de Interfaces Externas” foi retirado dos “Requisitos Absolutos”. Trata-se de um texto que especificava a alimentação elétrica.

O texto, sem alterações importantes, passou a ser o subitem 10 dos “Requisitos Desejáveis”, com a seguinte redação: “10) é desejável que os meios orgânicos do Sistema de Defesa Antiaérea de Média Altura sejam alimentados por fonte de energia elétrica, com frequência variando de 50 (cinquenta) Hz a 60 (sessenta) Hz, bem como tensão variando de 127 (cento e vinte e sete) Volts a 220 (duzentos e vinte) Volts, conforme legislação em vigor, estabelecendo variações de tensão e frequência máximas permitidas para consumidores comerciais de energia elétrica, além dos recursos internos provenientes dos grupos geradores, como alternativa.”

Foi eliminada a terceira parte, ‘Requisitos Complementares’ (RC), e seus itens foram divididos entre ‘Requisitos Absolutos’ e ‘Requisitos Desejáveis’, sendo um deles suprimido

Na versão 2012, após as partes “Requisitos Absolutos” e “Requisitos Desejáveis”, havia uma terceira chamada”Requisitos Complementares”. Esta parte foi eliminada e o destino dos três itens que a compunham é o que segue abaixo:

Um item que tratava de proteção QBRN foi movido para os “Requisitos Desejáveis”, ficando com a seguinte redação:  “8) é desejável que ofereça proteção contra ameaças Químicas, Biológicas, Radiológicas e Nucleares (QBRN) aos seus operadores.”

Um item que tratava de um módulo de simulação passou a compor o item “Requisito de Treinamento” como parte dos “Requisitos Absolutos”, com a seguinte redação: “Deve oferecer um simulador que permita o treinamento de todas as funções de operações do sistema, evitando a necessidade de aquisição deste equipamento como acessório.”

Um item estabelecendo que o sistema “deve possuir uma arquitetura funcional que possibilite o carregamento dos mísseis sem demandar o emprego de viaturas especiais, no caso de plataformas terrestres” foi suprimido.

Foi criada a ‘Função Mobilidade’ dentro dos ‘Requisitos Absolutos’, e retirado item ‘desejável’ sobre operação remota que objetivava evitar engajamento por mísseis antirradiação

Um item considerado “desejável” na versão de 2012 passou a fazer parte de uma nova função incorporada aos “Requisitos Absolutos”: a “Função Mobilidade” (número 9), com ligeiras alterações na redação: “9.1) as plataformas terrestres devem apresentar condições de mobilidade que permitam seu posicionamento utilizando apenas viaturas sobre rodas ou reboque para sua movimentação.

Em seguida, foi acrescentado o subitem 9.2, especificando que “as viaturas sobre rodas devem possuir motorização alimentada por óleo diesel.”

Por fim, foi suprimido o seguinte item que estava entre os “Requisitos Desejáveis” na versão de 2012: “deve permitir operação remota do radar de vigilância / busca e em posição protegida, a fim de evitar o engajamento por armamento ar-solo antirradiação.”

Pantsyr-S1

Estas foram as principais diferenças que encontramos entre os “Requisitos Operacionais Conjuntos” publicados em 2012 e em 2013 (sendo que a Portaria em que publicou-se estes últimos revogou a anterior). Como se trata de uma análise comparativa, a leitura desta matéria não esgota a totalidade dos novos requisitos, pois trata apenas das partes modificadas / suprimidas / acrescentadas entre um e outro.

Você pode clicar nos links que disponibilizamos no início deste artigo para consultar os requisitos de 2012 e 2013 na íntegra, e com isso conferir nossa análise, complementá-la e, eventualmente, corrigir nos comentários qualquer engano de nossa parte. Bom debate a todos!

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Mauricio R.
Mauricio R.
11 anos atrás

OFF TOPIC…

…mas nem tanto!!!

(http://snafu-solomon.blogspot.com.br/2013/09/sd-10a-sky-dragon-medium-range-anti-air.html)

É chinês, a capacidade e o desempenho ainda precisam ser aferidos, então por enquanto vcs podem ir se acostumando c/ a presença deles por aqui.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

É difícil um míssil com alcance horizontal de 20.000 metros ter esse alcance aumentado para 30.000 metros só porque está instalado em um navio. Só se for mágica. Mesmo porque presumi-se que o alcance em média de um míssil naval seja até menor que o do mesmo na versão “terrestre” tendo em vista que ele sempre irá operar ao nível do mar, onde a densidade do ar é maior e o arrasto idem. Outra coisa é em relação à altitude de operação da versão naval que está no requisitos atuais, de 30 a 15.000 metros. Um Exocet consegue penetrar. Ideal… Read more »

Colombelli
Colombelli
11 anos atrás

Excelente matéria.

Por conta deste alcance de armas guiadas disparadas a grande altitude, deveria ter sido estudada a aquisição de um sistema complementar com um pouco mais de alcance como o BUK ( pra não sairmos dos russos) para proteção de alguns poucos alvos prioritários ( eg. Itaipú, estação de Ivaiporã, Angra I e II)

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Requisito absoluto: A designação do sistema deve começar com a letra “P” e terminar com o número “1”.
Requisito desejável: De preferência ter um S entre as duas letras especificadas acima.

wwolf22
wwolf22
11 anos atrás

irao usar i Pantsir como defesa aerea dos navios ?!?!?!
foi isso que eu entendi ou estou viajando ?!?!?
sendo isso verdade, o projeto do “Umkhonto”, doisconto, tresconto que o Brasil esta/estava desenvolvendo junto a Africa do Sul para defesa aera foi pro xilindro…
nao creio…

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
11 anos atrás

Bosco, bom dia, bem que poderiam montar esta plataforma sobre o chassi apresentado pela IVECO de seu caminhao mod militar acrescentando-se apenas mais um eixo na dianteira (o que nao tem segredo ou dificuldade algum/a.
Este sistema seria interessante em algumas das futuras class Amazonas ou nas Barroso o que vc acha?
Sds. Eduardo o aprendiz.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Um dado interessante sobre o alcance do Pantsir é que antes da adoção dos radares de varredura eletrônica o sistema era tido como tendo um alcance de 15 km, após, passou para 20 km. Provavelmente esse incremento se deva ao modo diferente de guiagem que quando usa radares de varredura eletrônica é por “comando fora da linha de visada” e quando usa o radar de controle de tiro original era por linha de visada (CLOS) Usando um radar de controle de tiro de varredura eletrônica e o modo “comando fora da linha de visada” (COLOS) é possível ao míssil implementar… Read more »

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Eduardo,
Nas futuras Barroso sem dúvida já que existe a versão Pantsir M, de uso naval.
Já nas Amazonas eu acho que não. Não sou daqueles que defendem que nossos navios patrulha sejam mais bem armados do que já são.
Um abraço.

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
11 anos atrás

Valeu Bosco,a classe Amazonas é muito bacana e tomara se construam realmente as outra 10 ou mais, e a curiosidade pelo projeto das novas Barroso me consome,porém só nos resta aguardar .
Voce acredita que o tal projeto Parana seja baseado no Pantsir e que venha a ser construido ( no futuuuuuro) em grande escala para suprir a necessidade de nossas forças ??
Sds, um abraço e obrigado pelas respostas sempre pontuais e pela boa vontade em compartilhar seu conhecimento com todos aqui !
OBS; parabens pela matéria Nunao !!

andreas
andreas
11 anos atrás

Bosco, o Pantsir M é de lançamento vertical, ou de lançamento horizontal tal qual nossos Aspide ou Seawolf?

graanbarros
graanbarros
11 anos atrás

Excelente matéria! Parabéns, Fernando “Nunão” De Martini.

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Na wikipedia diz que o sistema pode atingir alvos com RCS mínimo de 1 cm² a distâncias de 20.000m de altura e 15.000 m de distância, com velocidades máximas de 1300m/s; a taxa de acerto do míssil varia de 77% a 95 % . O engajamento do sistema varia de 5 m a 20.000 m de altura e os valores giram em torno de US$ 13 a 15 milhões por bateria; mas não fala se é cada (o mais provalvel) ou o conjunto de 6 unidades. O único chassi ocidental habilitado para instalação do Pantsir é o MAN SX45, fabricado… Read more »

Blind Man's Bluff
Blind Man's Bluff
11 anos atrás

Pontos positivos:
-Mobilidade
-30km a partir de navios
-IFF em 4s

Pontos negativos:
-20km meios terrestres
-Autodestruição = vulnerabilidade/backdoor
-Defesa anti-aerea de grande altitude?*

*Alguem sabe alguma coisa sobre a defesa de grande altitude? Aparemente a responsabilidade será exclusiva dos chevettes da FAB!

No que toca a mobilidade, alguem sabe se esses SA-22 serão instalados naqueles caminhões militares da MAN recem encomendados pelo Brasil?

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Fernando “Nunão” De Martini disse: 10 de setembro de 2013 às 11:00 Nunão sobre seu comentário, acho que a compra dos Pantsir deveriam privilegiar o EB até pelas características do sistema… a MB e a FAB possuem bases fixas e acredito que deveriam ter sistemas de defesa aérea diferentes, baseadas em mísseis e canhões, mas fixos nas bases e não com a mobilidade do Pantsir. Para o EB o sistema é o ideal pois confere boa mobilidade e defesa de coluna de blindados, ou mesmo defesa de instalações críticas que não estão dentro da área de cobertura de sistemas maiores,… Read more »

thomas_dw
thomas_dw
11 anos atrás

o unico talvez capaz de transportar um Pantsyr seria um C-17 ou talvez um Il-76.

Guilherme Poggio
Reply to  thomas_dw
11 anos atrás

Na nova versão dos ROC só fala em transportável por aeronaves e não necessariamente existentes na FAB.

Bom, um PANTSIR pode ser transportado por um C-5 Galaxy. Então ele atende.

Guilherme Poggio
Reply to  Guilherme Poggio
11 anos atrás

Prezados

O Sistema Pantsir foi matéria da revista Forças de Defesa n.7. Mais informações sobre ele podem ser obtidas lá

Pantsir revista Forças de Defesa

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

oseboscojr disse: 10 de setembro de 2013 às 9:08 Requisito absoluto: A designação do sistema deve começar com a letra “P” e terminar com o número “1″. Requisito desejável: De preferência ter um S entre as duas letras especificadas acima. Bosco, isto tem um nome no jargão comercial de quem participa assiduamente de concorrências públicas; Edital de concorrência com objeto licitado DIRECIONADO PARA TÃO SOMENTE UM FABRICANTE, e isto via regra costuma gerar os seguintes transtornos: Preços aviltados Equipamentos defasados e ou inapropriados para a missão.; Problemas logísticos Prejuízos para os erário público Aguardemos o desfecho, mas aviso aos aero… Read more »

Baschera
Baschera
11 anos atrás

Boscão,

Eu ia postar a mesma coisa… então mudarei a redação:

Se esta ROC/2013 fosse um “pé”…. nela só serviria um “sapato” russo chamado Pantsir S1 !

Lembrando que a versão naval do Pantsir está sendo desenvolvida no Admiral Kuznetsov.

Sds.

eduardo.pereira1
eduardo.pereira1
11 anos atrás

Sem chance de caber um bicho deste tamanho dentro do kc-390 ou Hercules só se o diminuirem consideravelmente o que acredito nao ser possivel.

Lyw
Lyw
11 anos atrás

roberto bozzo disse:
10 de setembro de 2013 às 11:21

(…) “O único chassi ocidental habilitado para instalação do Pantsir é o MAN SX45…”

Em que parãmetros você se baseia para fazer tal afirmação?

A torreta do Pantsir na verdade pdoe ser adaptada em diversos veículos como se pode ver na imagem a seguir:

http://koroliev.files.wordpress.com/2012/01/sistema-pantsir-s.jpg

Creio que não seria muito difícil instalar tal torreta no mesmo veículo base do sistema astros da Avibras!

Lyw
Lyw
11 anos atrás

Guilherme Poggio disse:
10 de setembro de 2013 às 13:21

Na verdade a nova versão do ROC não fala em transporte aéreo de todo o sistema Pantir, mas “dos meios orgânicos do Sistema”… Que poderia compreender apenas a torre e as munições.

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Lyw disse: 10 de setembro de 2013 às 13:41 Apenas reproduzi o que esta no link do Wikipedia referente a compra dos EAU. Na imagem aparecem diversos veículos russos, nenhum ocidental. ” Emirados Árabes Unidos : 50 em ordem, [26] Lançamento cliente de Pantsir-S1. Ordenadas maio de 2000, metade deles rastreado, a outra metade com rodas. Devido a entregar em três lotes até o final de 2005-12 em 2003, 24 em 2004 e 14 em 2005. Preços indicados onde EUA $ 734 milhões (incluindo a EUA $ 100 milhões de pagamento com antecedência, para completar R & D), [27] com… Read more »

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Srs editores, meu último comentário saiu repetido, poderiam apaga-lo ?

Grato.

NOTA DOS EDITORES: APAGADO!

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Um vídeo interessante sobre o Pantsir:

http://www.youtube.com/watch?v=8kABbX30QDc

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Nunão, Ainda não vi uma foto oficial do Pantsir naval mas ele deve ser bem mais leve que a versão sobre chassi de caminhão. Mesmo porque o caminhão fica. rsrsrsss Não deve contar com o radar de vigilância, adotando os sensores próprios do navio para detecção, acompanhamento, classificação e designação de alvos; não tem a cabine de comando tripulada (na dianteira) e não tem o gerador de energia elétrica na traseira. Bozzo, O ideal mesmo para acompanhar coluna de blindados seria a versão sobre lagartas, mas claro não há nada que impeça a versão sobre caminhão de fazer o serviço,… Read more »

Augusto
Augusto
11 anos atrás

Nunão, parabéns pela matéria. Ficou show!

Sobre o requisito antigo de se transportar o sistema por aeronave de asas rotativas, as forças armadas teriam de adquirir outro helicóptero, caso eventualmente ainda queiram fazê-lo, porque não há a mínima chance de isso ser executado pelos EC-725.

De fato, fica parecendo que o sapato tem que ser russo. Mas as forças armadas foram atrás desse sistema especificamente, deixando de lado a opção pelo TOR-M2E, inclusive.

Lyw
Lyw
11 anos atrás

roberto bozzo disse:
10 de setembro de 2013 às 14:01

Ou seja meu caro,

O que queres dizer é que o MAN SX 45 8×8 é o único veículo ocidental homologado (não pelo EB) para utilizar o Sistema Pantsir.

Isto não exclui a possibilidade de outras plataformas serem configuradas para comportar o Pantsir e homologadas para tal função.

Quanto ao peso que citastes, se refere ao sistema completo junto ao veículo (tem esta informação na revista forças de defesa).

Baschera
Baschera
11 anos atrás

Senhores,

Sobre o veículo transportador (“caminhão”) da versão terrestre sobre rodas do Pantsir S1:

-Se fabricado pela Rússia:

Opção 1: KAMAZ-6560 8×8 38t truck 400 hp.
Opção 2: MAN SX 45 8×8 truck.

– Se fabricado pela Bielorússia:

Opção 1: MZKT-7930 8×8 truck 680 hp
Opção 2: GM-352M1E

Sds.

Baschera
Baschera
11 anos atrás

Outro detalhe, a versão naval será construída exclusivamente pela empresa russa KBP e seus lançadores de mísseis serão do tipo contêiner.

Sds.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Nunão, O radar DT é de varredura eletrônica e pelo que sei poderia acompanhar 3 alvos e 3 mísseis (através de um beacon) simultaneamente, todos no quadrante em que o radar está voltado, fazendo-os “colidirem” pelo envio de correção do curso via radiofrequência. O quarto alvo possível de ser engajado simultaneamente é orientado via ACLOS usando o sistema de imagem térmica. O míssil não tem uma cabeça de busca semi-ativa e opera só no modo “comando” passando dentro da zona letal de espoletagem da ogiva. Com o uso de um radar de varredura eletrônica não é necessário vários radares como… Read more »

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Nunão,
Você está certo no caso do cone de varredura. São 90º e não 120 como havia dito.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Nunão,
A primeira vista parece não ter grande vantagem na capacidade de engajamento simultâneo num ângulo tão estreito (90º), mas como uma das propostas do sistema é ser anti-PGM, em teoria ele poderia interceptar 4 bombas guiadas que tenham sido liberadas por um caça vindo de uma determinada direção.
O mesmo serve para mísseis HARM, Maverick ,etc.

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Esse tipo de orientação obriga que o radar fique voltado em tempo integral para as ameaças e os mísseis lançados sob pena deles se perderem. O sistema como o Pantsir ou TOR não consegue se ocupar de ameaças vindas de diferentes direções, conteirando o radar DT, porque os mísseis que não estivessem sendo “rastreados” pelo radar se perderiam e provavelmente se autodestruiriam. Já no caso de mísseis com cabeça de busca (RA, RSA, IR, IIR) que sejam atualizados via datalink é possível haver a atualização intermitente devido a rotação do radar 3D. Durante todo o período da trajetória quem comando… Read more »

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Sem querer me alongar no assunto, eu acho estranho que o sistema TOR até hoje não tenha um míssil autoguiado (com seeker) e capaz de ser atualizado de modo intermitente via datalink a partir de um radar de vigilância 3D rotativo. Embora o TOR tenha mísseis de lançamento vertical, que a princípio lhe confere a capacidade de engajar ameaças em 360º, ele tem um radar DT conteirável semelhante ao sistema Pantsir e só consegue engajar alvos que estejam dentro do cone de varredura do radar. Ou seja, perde-se um pouco a razão de ser “de lançamento vertical”. Tivesse por exemplo… Read more »

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

Foi o que disse num outro post. Há conceitos mais avançados que os que utilizam comando por radiofrequência (teleguiados). Quanto ao uso desse sistema em navios o que pode aumentar a capacidade de múltiplos engajamentos em diferentes direções é haver mais canais de direção de tiro (radares e sistemas eletroópticos) independentes do lançador, como ocorre com outros sistemas como o Sea Wolf, Crotale N, Barak, etc. Mas independente disto não sou fã de um sistema de defesa de ponto que combina canhão e mísseis. As duas armas ficam “amarradas” demais e há uma perda significativa de flexibilidade. Me refiro a… Read more »

roberto bozzo
roberto bozzo
11 anos atrás

Bosco, agradeço as explicações.

Baptista Jr
Baptista Jr
11 anos atrás

Como já tive oportunidade de registrar no Poder Aéreo, as aquisições militares, bem como qualquer gasto público, deve atender a necessidades operacionais – uma carência identificada – e não serem destinadas a qualquer outro objetivo secundário: equilibrar balança de pagamentos, transferência de tecnologia, agradar empresa “a” ou “b” ou simplesmente porque estão a preços convidativos (as compras de oportunidade). Nos meus muitos anos de experiência, jamais vi qualquer compra de oportunidade (como dizem ser esta das baterias Pantsir 1) servir aos interesses públicos com eficiência ou eficácia. Geralmente, o barato acaba saindo caro; a chance de transferência irrestrita de tecnologia… Read more »

Corsario137
Corsario137
11 anos atrás

Quanto mais eu leio menos eu gosto deste contrato do Pantsir. Jogaram os requisitos absolutos na chón. O sistema já não tem garantias de ser aerotransportado, ao menos sem ser todo desmontado pra isso. Num país com dimensões continentais e onde o número de baterias é pequeno, mobilidade deveria ser um ponto fundamental. 2. Recomeça esse absurdo de dividir igual entre as forças. Isso tá ridículo. A MB vai colocar isso no Nae como estão dizendo no Naval? Sinceramente espero que não. O mundo é plural (graças a Deus) e (in)felizmente tem entusiasta pra tudo mas eu que não faço… Read more »

Bosco Jr
Bosco Jr
11 anos atrás

“Algo semelhante ao desenho que está no alto da ilustração que o Poggio colocou alguns comentários acima”

Nunão,
Nesse desenho está presente o radar de vigilância que não deve ter numa versão naval.
O Kashtan não tem radar de vigilância embora seja baseado no Tunguska, que tem um radar de vigilância.
O Pantsir M deve seguir pelo mesmo caminho.
Interessante do Kashtan é que ele é provido de um carregador automático ligado a um paiol embaixo do sistema. Será que o tal Pantsir M também terá um?

Marcos
Marcos
11 anos atrás

off topic

Rodrigo Constantino, em Veja, com diversos artigos desde ontem, desconstruindo Allende.

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

Eu tenho alguma dúvidas sobre o sistema alimentação elétrico deste sistema: Me parece que na extremidade do chassi da viatura tem o que parece ser um módulo container de um grupo gerador diesel de pequeno porte. As dúvidas são: Que potência, que frequência e que ciclagem ele trabalha?? Existe outro GG stand by para caso de pane deste??? Seria possível em caso de pane durante uam operação de combate realizar um ligação com uma fonte externa o outro gerador efetuando um paralelismo com potências diferentes???? O alternadores são blindados e modulares?? Pergunto isto porque foi/está sendo um inbrópglio o apoio… Read more »

juarezmartinez
juarezmartinez
11 anos atrás

Nunão, é aí que mora o perigo, passou a ser desejável, ou seja, entubacion a la vista.
Mas as demais dúvidas sobre o sistema e alimentação elétrica do sistema continuam.

Grande abraço