Formalizado contrato de compra de blindados antiaéreos Gepard
O Estado-Maior do Exército publicou a Portaria N. 31-EME no dia 7 de março, aprovando a diretriz para a aquisição e implantação do Sistema Antiaéreo de origem alemã Gepard.
O Sistema AAe GEPARD integra o Sistema Operacional DA Ae para proteção em baixa altura (até 3000 m), realizando a Defesa Antiaérea da Força Terrestre, bem como contribuindo para a proteção das estruturas estratégicas terrestres brasileiras e áreas sensíveis, cuja ameaça aérea inclui, entre outros tipos de vetores, as aeronaves de ataque ao solo, caças-bombardeiros, helicópteros, veículos aéreos não-tripulados (VANT), mísseis (Msl) balísticos e de cruzeiro, foguetes e morteiros.
A 5ª Bda Cav Bld e a 6ª Bda Inf Bld, altamente móveis, com um alto poder de fogo e alta eficácia no combate convencional terrestre, ressentem-se de não possuir o Sistema Operacional Defesa Antiaérea em condições plenas para fazer frente a ataques aéreos e ataques surpresa de aeronaves e helicópteros de baixa altitude.
Com a desmobilização do Sistema AAe GEPARD pelo Exército Alemão, verificou-se uma oportunidade de mobiliar as Brigadas Blindadas do EB com uma DA Ae compatível com o material, tanto em mobilidade e proteção blindada, quanto em facilidade de apoio logístico, tendo em vista o carro possuir chassi semelhante ao alemão CC LEOPARD. O GEPARD é um sistema de armas autônomo e altamente móvel, com alta prontidão operacional, pequeno tempo de reação e capaz de fazer frente a uma variada gama de ameaças.
O Sistema AAe GEPARD 1A2, modernizado há cerca de três anos, dentro de um cenário que o manteria empregado até 2030, foi projetado para proteger as unidades LEOPARD. Um dos principais objetivos durante o desenvolvimento do GEPARD, além do seu desempenho em combater alvos aéreos, foi obter um ajuste perfeito com as tropas blindadas equipadas com o LEOPARD 1 e LEOPARD 2.
A Krauss-Maffei Wegmann (KMW) é o principal fornecedor do Sistema AAe GEPARD e tem larga experiência em manutenção, reparo e inspeção dos sistemas, bem como no apoio logístico.
Um lote inicial, em caráter emergencial, será recebido até o dia 15 de abril e estas unidades deverão estar operacionais até o início da Copa das Confederações, que ocorrerá em junho.
FONTE: Boletim do Exército N.11/2013
VEJA TAMBÉM:
- Vídeo: demonstração de tiro do sistema Gepard
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- Tiro real da Escola de Fogo do Material Antiaéreo
Consta que os 36 Gepard – um equipamento considerado obsoleto para os teatros de operações atuais – vão custar ao Brasil US30 milhões. O que esta grana dá para comprar para o EB em termos de equipamentos atuais?
Eu acho uma boa compra de ocasião.
Se meter um radar SABER M60 ou M200 e dois pares de Igla-S na torre, fica mais capaz e próximo do restante da AAe do EB.
Nada mal, pelo preço. Especialmente considerado o teatro latrino americano.
Que beleza, muito bom, acredito que sera de muito bom uso para o EB.
Em todos os sitios de defesa brasileiros que eu tenho visto, é unanime o pedido de montar manpads na torre do Gepard!
Aparentemente, eu sou a unica pessoa que não entende a vantagem disto.
Manpads é para o ombro de soldado.
Se alguem falasse de montar no Gepard um sistema de lançamento de missíl de 12 km de alcance, eu consigo entender.
Teriamos uma versão nacional do excelente Tunguska russo.
Bacchi
Concordo com o Bacchi. Manpads é manpads.
Se quiserem algo mais, terão que ser da classe do Tunguska (e sua cópia chinesa) ou do Pantsir.
Embora os próprios alemães tenham integrado o Stinger em seus Gepards, realmente um manpads dessa classe (5 km de alcance / 3 km de altitude) não agrega muito ao poder de fogo do veículo antiáereo.
Talvez seja vantajoso no caso de eventualmente haver mais de um alvo a ser engajado.
Já um míssil da classe do RBS-70, guiado por laser e com 7 km de alcance, quase dobra o alcance do canhão de 35 mm, mas claro, é de integração muito mais complexa.
Temos minhas reservas em relação a esta compra.
Parece um negócio feito encima da hora. Coisa de quem não planejou com antecedência acabou comprando o que apareceu primeiro.
Contra o que mesmo este sistema AAe GEPARD vão ser usados?
O que adianta este sistema sem uma defesa aérea que se preze ou um sistema anti-aéreo de, pelo menos, médio alcance?
Me parece que em um conflito estes blindados vão ser moídos, pois qualquer agressor com armamento minimamente moderno vai poder atacá-los de um ponto muito além dos 3km de alcance dos Gepard.
Por isso eu citei o 9K338 Igla-S (SA-24 Grinch). Ele é muito mais capaz que suas versões anteriores, tanto em alcance (6Km, o DOBRO dos canhões do Gepard) quanto poder de fogo (2.5Kg mais 585g HMX), velocidade do alvo (até 400m/s) e sensores. Por conta disso, ele também é mais pesado. Colocar um manpads num veículo blindado sobre lagartas traz uma vantagem que os senhores estão ignorando: mobilidade! Carregar um Igla-S de 19Kg a pé não se compara à carregar quatro deles sobre um Gepard se movendo a 65Km/h sobre qualquer terreno! E ainda com apoio de dois canhões de… Read more »
Observador, por isso defendo a integração com o manpads padrão do EB. Com eles, será possível defender a coluna blindada de helicópteros de ataque com mísseis antitanque como os TOW, Hellfire e Ataka.
Senhores, Independente de ser preciso um sistema de defesa de média altitude tal fato não exclui a necessidade de um de curto alcance e alta mobilidade tática como o Gepard ou mesmo no caso de um Tunguska. Em que pese o Tunguska ter um alcance 3 a 4 x maior que o Gepard, também necessita de complementação com sistemas de média altitude. Ou seja, o problema não é propriamente o Gepard, e sim a falta de um HIMADS capaz de acompanhar as forças mecanizadas. Embora de realidades completamente diferentes e só a título de ilustração, os britânicos contam hoje somente… Read more »
Há uma tendência em termos de defesa antiaérea de forças móveis que se traduz na utilização de manpads montados em veículos utilitários ou blindados leves, aliados a sofisticados sistemas HIMADS. Na verdade, apesar da insistência de alguns (russos, chineses, japoneses, etc), não parece ter vida longa esse arranjo de veículo antiaéreos blindado pesado sobre lagartas dotado de mísseis ou canhões ou uma combinação de ambos e a maioria dos exércitos de países centrais não o adota, confiando no velho manpads e tal opção se dá devido à constatação que mesmo o mais poderoso de todos os representantes desse conceito, o… Read more »
O próprio exército alemão hoje adota apenas o Stinger no sistema “Leflasys” já que retirou tanto o Gepard quanto o Roland (esse último há muito tempo) como sistemas antiáereos autônomos e altamente móveis.
Futuramente irá adotar o canhão 35/1000 Oerlikon e o míssil LFK-NG (10 km de alcance) montados em veículos blindado sobre rodas em substituição aos sistemas retirados, sobre lagartas.
Como sistema HIMADS (sistema de defesa aérea de média e grande altitude), deverá adotar o MEADS, de alta mobilidade e que será protegido pelo sistema Iris-T SL, lançado verticalmente, com capacidade C-PGM.
joseboscojr disse:
19 de março de 2013 às 19:31
Perfeito caro Bosco.
Não é o melhor do mundo. Mas para quem não tinha nada, tá bom demais.
Sds.
É somente mais um monte de sucata alemã, p/ fazer a alegria da Kraus-Maffei-Wegmman. Qnto a complementação deste veículo c/ manpads, ou a troca do radar original pelo Saber M-60, ou ainda o hipotético M-200; já combinaram isso c/ os chucrutes??? Pq foi mais ou menos aí que esse negócio desandou, lá no Chile, a troca da eletrônica de bordo. E os alemães ameaçaram não fornecerem pçs de reposição p/ o veículo. Agora se temos os mísseis (Piranha e/ou MAR), o radar (por enquanto o Saber M-60), a viatura (da Avibrás que dizem vão usar c/ os sistems russos), aonde… Read more »
Cavalarianos e infantes vão ter seus brinquedinhos de fogos densos, longos e profundos,ops vão precisar dos Artilheiros para umas aulinhas,rss,é a Poderosa Artilharia fazendo a varredura das batalhas na terra e no ar,rs…é uma boa maquina/peça o Gepard/FlakPanzer…
Ops…Porque não mandar umas peças destas para a Artilharia Auto Propulsada!!!, estranho só para Cavalaria blindada e Infantaria blindada??