Exército vai construir forte em GO para abrigar mísseis

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Roberto Godoy

O Exército está criando em Formosa (GO) duas unidades especializadas de mísseis e foguetes para operar o Astros 2020, sistema de lançamento múltiplo desenvolvido pela Avibras Aeroespacial, de São José dos Campos (SP).

A nova base, o Forte de Santa Bárbara, vai receber o avançado míssil AV-TM com alcance no limite de 300 quilômetros – o primeiro da Força Terrestre, projetado e construído no País.

O programa prevê uma instalação de instrução, uma bateria de busca de alvos, os paióis de munições, e a revitalização do atual 6.º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes. As unidades terão, na área, um Comando e Estado Maior, uma bateria de Comando e três baterias de lançamento. Cada conjunto operaci0nal é integrada por 15 veículos: 6 carretas disparadoras, 6 remuniciadoras e ao menos mais três viaturas blindadas para o comando, a estação meteorológica e o apoio técnico.

O custo do complexo, abrangendo o núcleo habitacional para o pessoal permanente será anunciado até março. Só o desenvolvimento do míssil e do novo foguete balístico guiado AV-40, com 40 km de raio de ação, vai custar R$ 235 milhões dos quais R$ 195 milhões só para o AV- TM. O lote inicial será recebido em 2016. O programa exigirá cerca de R$ 1.246 bilhão, em etapas, até 2018.

Em nota, o Exército destacou que o Astros 2020 é a plataforma para que a Força tenha “apoio de fogo de longo alcance com elevados índices de precisão e letalidade”. A navegação do AV-TM é feita por uma combinação de caixa inercial e um GPS. O míssil faz acompanhamento do terreno com um sensor eletrônico, corrigindo o curso em conformidade com as coordenadas armazenadas a bordo. Seu objetivo é uma instalação estratégica – refinarias, usinas geradoras de energia, centrais de telecomunicações, concentrações de tropa, depósitos, portos, bases militares, complexos industriais.

FONTE: O Estado de São Paulo

COLABOROU: Henrique C.O

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MAD DOG
MAD DOG
12 anos atrás

Já é um grande começo, transformar o 6º GLMF, num núcleo desenvolvedor de doutrina.

Porém devemos pensar grande como nosso País, um único GLMF, não basta para cobrir todo território nacional, e impor respeito Tático e Estratégico, a qualquer eventual Inimigo, seja uma coalisão e/ou um único opositor.

Deveríamos criar pelo menos mais 05 GLMF, sendo, 02 na região Sul, 3ª e 5º AD no CMS, 01 no CMO, 01 no CMNE, 01 no CMSE ou CML na 1ª AD, sendo que os GLMF do CMNE e o próprio 6º GLMF, seriam reservas para um eventual conflito em nossas fronteiras, na Região Norte (TOA) e Oeste (TOO) respectivamente, enquanto a sediada no CMSE ou CML, reservas para um eventual conflito nas fronteiras sul (TOS), totalizando 06 GLMFs.

Vou mais além, aproveitaria o sistema, para mobiliar 05 GACos, 01 no CMS, 01 CMSE, 01 CML, 01 CMNE e outra no CMA em Belém. Essas poderiam ter suas baterias mais singelas com apenas 04 UT por bateria, diminuindo assim os seus custos.

O sistema ASTROS, é um dos poucos projetos nacionais com respeito mundial, que além de exportado até hoje, esta indo para à sua 3ª geração, visto que nos conflitos do Golfo (Kawait e Iraque), foi considerado um dos alvos primários a serem neutralizados, devido à sua alta capacidade de saturação de àrea, impedindo assim qualquer força inimiga terrestre de avançar com segurança no território adversário.

Com certeza, imporia grande respeito ao nosso Exército, agora com capacidade Estrégica com o AV-TM300.

O sistema ASTROS, pela sua versatilidade, capacitará o EB, de defender o Brasil, tanto em suas fronteiras e costas de qualquer eventual invasor, seja de uma coalisão ou país aventureiro.

Se já tivéssemos os AV-TM300, com certeza o “índio boliviano”, não teria tomado as nossas refinarias de gás!!!

Emfim, minha proposta:

06 – GLMF (renomeados agora de Grupo Lançador de Mísseis e Foguetes);
05 – GACos;

Porém, não devemos esquecer dos GAAAe e BiaAAAe, bem mobiliadas e também em quantidade condizente com a nossa grande Nação BRASIL, mas este tema fica para outra oportunidade.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Por estar no mesmo parágrafo a referência ao “apoio de fogo” e às características do AV-TM 300, ficou parecendo que um tem a ver com o outro, o que definitivamente não é verdade.
O Astros 2020 é capaz de apoio de fogo, mas usando seus foguetes (guiados ou não).
O AV-TM 300, em que pese ser lançado pela mesma “carreta lançadora” usada para lançar os foguetes, comum do sistema Astros 2020, é um míssil de cruzeiro de ataque estratégico e provavelmente sem nenhuma função tática, muito menos o apoio de fogo para o Exército.
Mas isso é só um excesso de preciosismo da minha parte.
Toca o enterro…

fabioCrescenti
fabioCrescenti
12 anos atrás

Qual a nossa capacidade / velocidade em colocar um sistema, ou mais, em posição de ataque / defesa dentro do Território Nacional?

Diegolatm
Diegolatm
12 anos atrás

MAD DOG,

Concordo em gênero/numero/Grau com você.

Acredito que o calcanhar de Aquiles no EB é
justamente a divisão e alocação do sistema astros. Seria de incomensurável utilidade nas fronteiras se bem não dizer na fronteira norte ( Venezuela, Bolivia) e fronteira centro -oeste (Paraguai).

Agora tem-se que verificar também a topografia da região, pois pelo que eu li um dos problemas dos astros e o motivo que a força principal tem base em GO é justamente pelo planalto da região que torna mais fácil a utilização do meio.

No caso da fronteira amazônica existe muita irregularidade no terreno podendo ser prejudicado o desempenho deste míssil(AVTM)… acho que “Bosco” pode explicar isso melhor…sou leigo quanto a isso…

Seria certamente uma ameaça de peso os astros apontados pra esses países caso algum presidente nacionalista pensasse mais uma vez em roubar patrimônio público brasileiro.

Bosco Jr
Bosco Jr
12 anos atrás

Diego,

Ainda pairam dúvidas sobre o sistema de orientação desse míssil. O que parece ser certo é que conta com um sistema inercial associado a um GPS.
Parece que há também algum sistema de referência terrestre, tipo TERCOM/TERPROM, para atualizar a navegação de meio curso ou um sistema terminal tipo DSMAC (?????).
Não creio que mesmo que a região amazônica não sendo muito propícia para interagir com um sistema de referência terrestre (talvez pela floresta ser muito homogênea e sem grandes variações de altitude e não por ter “muita irregularidade no terreno”) haverá imprecisão, devido ao uso combinado do GPS.
Isso só seria verdade se o sinal do GPS fosse interrompido, interferido, degradado, etc.

Um abraço.

PS.: Eu também sou leigo nesse assunto. O famoso “leigo curioso e palpiteiro”. rrsrssss

nunes neto
nunes neto
12 anos atrás

Muito bom, parabéns EB!

nunes neto
nunes neto
12 anos atrás

Mad Dog ou quem souber, sabemos que os Astros estão em Formosa e lá existe uma área de treimamento ,onde se realiza disparos reais, por curiosidade, onde seria essa área em Belém?Conhecendo muito bem a região, te digo que não existe essa área ali,acho que a localização atual e futuras das baterias está ligado a uma região para treinamento, agora em caso de necessidade real os mesmos serão deslocados.Abçs

Diegolatm
Diegolatm
12 anos atrás

Obrigado bosco, mas seu nivel de “leigo” é 10 x mais superior que o meu hahahaha.

Abração.

MAD DOG
MAD DOG
11 anos atrás

Nunes,

Concorcordo com vc, quando me referi à uma unidade em
em Belém, essa seria de um GACos (Grupo de artilharia costeira).
Num eventual conflito no TOA, se necessário as unidades seriam deslocadas.
Abçs,