BAE Systems fecha contrato de modernização de veículos M113 no Brasil
ARLINGTON, Virgínia – A BAE Systems, em parceria com o Exército Brasileiro, modernizará 150 veículos blindados M113, usados no transporte de pessoal, com base em um contrato militar avaliado em US$ 41,9 milhões.
O Exército Brasileiro atualizará os veículos M113B para a configuração M113A2 Mk1. Nestes trabalhos, os cascos, escotilhas e rampas dos veículos serão reutilizados, enquanto que os demais componentes, inclusive os motores, as transmissões e os sistemas de refrigeração, serão substituídos ou reformados. A BAE Systems fornecerá os materiais necessários para os trabalhos de modernização, assim como ferramentas e peças sobressalentes. A empresa também transferirá tecnologia e treinará o Exército na manutenção e modernização destes veículos.
“Este trabalho de modernização de baixo custo oferece vários benefícios ao Exército Brasileiro, inclusive melhor desempenho e confiabilidade do veículo”, disse Joe McCarthy, vice-presidente e gerente geral da área de Veículos de Combate da BAE Systems. “Há décadas que exportamos e modernizamos os veículos M113. O Exército Brasileiro adquiriu os M113s do Exército Americano, no início da década de 70. Este programa de reforma e atualização modernizará os veículos, estendendo seus serviços significativamente, em linha com a estratégia de defesa nacional do País e contribuindo para a ampliação de sua capacidade de defesa”.
De acordo com o contrato, o trabalho será executado nas instalações do Exército Brasileiro, em Curitiba, e deverá ser concluído em novembro de 2014.
O M113 faz parte da maior família de veículos blindados sobre lagartas do mundo e totaliza mais de 80 mil veículos, com 40 variantes, distribuídos mundialmente. Ele é capaz de transportar 12 soldados além do motorista, fazer operações anfíbias e grandes viagens atravessando terrenos difíceis. Além disso, pode adquirir altas velocidades rodando sobre estradas bem mantidas.
Desde 1998, a BAE Systems vem fornecendo suporte às Forças Armadas do Brasil para armas, radares e veículos blindados, a partir de seu escritório em Brasília.
No início do ano, a Embraer, empresa brasileira fabricante de aeronaves, e a Força Aérea Brasileira selecionaram a BAE Systems para fornecer os sistemas eletrônicos de controle de voo para a aeronave militar de transporte KC-390.
Divulgação: Gaspar e Associados Comunicação Empresarial
Funcionou – Obrigado!
150? E os outros 400? Vão continuar caindo aos pedaços?
Vader disse:
22 de dezembro de 2011 às 20:59
Pois é. Ou serão substituídos pelo Guarani ?
Pelo tempo que está em uso e por tantos países não é possível que não seja um bom equipamento mas, se a modernização não contemplar algum tipo de melhora na proteção contra minas e balística (ex.: M113 Zelda de Israel), não valerá a pena bem sem uma torreta do tipo Remax e outros armamentos, é perda de tempo e dinheiro.
NUm acho que essa modernização seja tão complexa……. pois a verba alocada para o projeto é bem baixo….. menos de 300 mil dólares por unidade.
Aposto como vão continuarem com o característico cheiro de diesel que impregna o interior deles. A tropa adora aquele cheiro….. rsrsrsrrsssrss……
isso sem falar em resistencia balística, né mesmo?????
Uma pergunta : qual o tamanho de um GC no EB???? 7 ou 8 soldados???? se ele fosse preparado para carregar esse número de tropa estaria de bom tamanho, e aposto como sobraria espaço para instalar mais blindagem…… ou uma torreta com os devidos sensores e um 20mm instalado em cima dele.
Mas, para isso acontecer, o valor pela reforma seria bem maior, possivelmente acima de 1 milhão de dólares por unidade.
abraços.
Sinceramente não empataria mais dinheiro nesses aí, já deram o que tinham que dar.
Façamos alguma caridade, doando-os a Bolívia, Paraguai e Uruguai, ou irritemos ao Chavez; doando alguns ao Suriname.
Eu pessoalmente aproveitaria o fim das operaçãoes americanas no Iraque e trataria de garfar alguns Bradleys, LAV’s e tb alguns MRAP/M-ATV.
Como nenhum desses aí cabe no C-130, então seria uma forma de ajudar a Embraer a vender o KC-390, pelo menos p/ a FAB.
Aliás dado o tempo até o Guaraní conseguir realmente substituir o Urutú, eu tb consideraria algumas centenas desse Piranha III, que o CFN está usando no momento.
Seriam um stop gap de respeito e poderiam fornecer subsídios mais atualizados ao projeto nacional.
E por falar em atualidade, o Stryker vai receber o tal do chassís em “V”, altamente eficaz contra minas terrestres e ied’s.
Qndo é que o EB pretende obrigar os italianos, a incluirem isso no projeto nacional???
Maurício……
Adquirir “algumas centenas ” de Mowag Piranha III só para ser operado por 8 ou 10 anos?????? onde está a lógica neste gasto???????
Outra coisa……….. em muitas ocasiões, um blindado sobre lagartas consegue realizar missões que um sobre rodas dificilmente se atreveria……..
Neste contrato de modernização, não concordo com duas coisas: com o pequeno número de unidades que vai ser retrofitada, e o valor unitário, que considero irrisório.
Todos os 150 continuarão “basicão de tudo”.
abraços.
vassilizaitsev,
Não creio que usassemos esses veículos somente por 8-10 anos, pois o projeto Guaraní não produzirá nenhum veículo de produção até pelo menos a metade desta década, somente alguns protótipos.
Assim a possibilidade de atrasos é bastante grande.
A mobilidade e os níveis de proteção blindada dos veículos sobre rodas, melhoraram mto nos últimos 25 anos.
O FRES-UV britânico até ser cancelado, pretendia substituir aos CVR(T) e FV-432, ambos veículos sobre largatas, por um veículo 8 X 8; o Piranha V.
O VBCI da Nexter, um veículo 8 X 8, foi projetado p/ substituir ao AMX-10P, outro veículo sobre largatas.
Com os cancelamentos do FCS e do EFV, os principais veículos blindados americanos serão veículos 8 x 8, o Stryker e o LAV, desenvolvído a partir do próprio Piranha.
Não vejo nada demais nisso vamos gastar dinheiro atoa modernizando veículos com quase ou mais de 40 anos, pra substituir eles existem poucas opções sobre lagartas, sendo a maioria das opções russas ou outra opção seria o K-21 sul coreano mas esse pra mim e mais uma copia do M-113 com a mesma proteção de alumínio.
Os bradley são muito pesados e carregam menos soldados que os M-113.
Também não concordo com a ideia de se adquirir os Piranha para o exercito isto só vai fazer os militares se acomodarem ainda mais e jogar pra escanteio o projeto nacional.
Maurício,
Mas vc num concorda que o simples fato do EB imaginar adquirir o Piranha já teria um impacto negativo sobre o desenvolvimento do Guarani??????
E, mesmo o Guarani sendo menos imponente (prefiro os modelos 8×8), ainda assim prefiro ele equipando as unidades de cavalaria e infantaria blindada nossas, do que simplesmente comprar um modelo no mercado internacional.
Se fosse para comprar de prateleira, como fez o CFN, eu votaria no Puma alemonico….
Mas entendo que o CFN teve de adquirir os Piranha as pressas pq necessitava deles com urgência no Haiti.
abraços.
Se não me engano os Urutus tbm terão versões 8X8, como foi inicialmente o VAB francês que inicialmente era um 4X4 e depois se apresentou um modelo 6X6.
Eu quero muito que o projeto nacional vá pra frente e de certo e que seja construídas todas as 2 mil unidades previstas, é muito importante para industria de defesa nacional.
Uma pergunta será que o Charrua atualizado pra seculo 21 não seria uma boa opção para substituir os velhos M-113.
Mauricio R. escreveu:
“… E por falar em atualidade, o Stryker vai receber o tal do chassís em “V”, altamente eficaz contra minas terrestres e ied’s.
Quando é que o EB pretende obrigar os italianos, a incluirem isso no projeto nacional??? …”.
A proteção dos passageiros contra a ação de minas terrestres e IEDs já foi incluido no projeto definitivo do Urutu III (Guarani).
Quando o EB apresentou o ante projeto do Urutu III (Guarani) a IVECO para o começo dos trabalhos, os projetistas desta companhia alertaram que o mesmo não daria nenhuma proteção aos tripulantes contra a ação das minas e dos IEDs.
Foi introduzido então um sub chassis para permitir a dissipação do efeito da explosão sem atingir o casco.
Tudo isto foi explicado no artigo sobre o Urutu III (Gaurani) em numero da Tecnologia & Defesa do ano passado.
O que foi feito no Striker foi uma solução que permitisse um eventual retrofit em carros já produzidos.
Não existe uma solução ideal.
Bacchi
vassilizaitsev disse:
23 de dezembro de 2011 às 20:56
Vassili, na minha época (ao menos) o GC “padrão” do EB (Infantaria Motorizada) era composto de 9 elementos: 1 Sargento Comandante de Grupo, 2 Cabos Comandantes de Esquadra, e 3 atiradores por Esquadra, sendo um destes 3 equipado com Fuzil-Metralhador (FAP), a arma de apoio (tiro tenso) do Grupo de Combate.
O M-113 acomoda com alguma “folga” um GC mais o motorista da VBTP (se é que se pode chamar de “folgados” os condenados que vão lá dentro). Mas de maneira alguma consigo sequer supor o que seja dividir o casco do M-113 com mais onze combatentes, além do carcerei, ops… motorista… 🙂
A configuração do GC varia conforme a missão da tropa. Na Infa Selva por exemplo, se não me falha a memória, o GC é maior. E há unidades em que ele chega a ser composto de 12 militares.
Só pra pontuar: como ex-infante blindado, sou bem pouco fã do M-113, embora confesse que é uma delícia pilotá-lo (e mais ainda judiar dos pobre-diabos que estão embarcados, rsrs).
Mas algumas coisas devem ser ditas, em prol da verdade:
Viaturas DE TRANSPORTE (frisei) sobre lagartas são reminiscências de uma era que já se foi. São lentas, pesadas, barulhentas, caras, de certa maneira difíceis de pilotar, de manutenção complexa, possuem baixa disponibilidade, e 99% de suas missões podem ser realizadas com viaturas sobre rodas, dado que muitíssimo raramente a Infa Bld terá de se deslocar exatamente pelos mesmos rastros da Cavalaria, bem como que os pneus modernos são muitíssimo mais resistentes do que os projetados há 50 anos atrás.
Assim, sou bastante contrário a qualquer modernização dos M-113, bastando seu recondicionamento, que deve, esse sim, ser constante e perene.
Torçamos para que a tal modernização não pare nas 150 anunciadas, e que depois de terminada as viaturas sigam sendo sempre recondicionadas, para que deixem de ser caixões ambulantes.
Sds.
Uitinã disse:
26 de dezembro de 2011 às 6:24
Prezado, s.m.j. não há planos de uma versão 8X8 da viatura da Iveco.
Sds.
Vader, a modernização não ficará só nestes 150. Este é o primeiro lote. Serão modernizados outros 176 no mesmo padrão, enquanto os demais 208 serão apenas recondicionados (pela Brasília Motors) e receberão apenas os mesmos rádios previstos para os veículos modernizados.