A chegada da FEB a Itália
Finalmente, sempre no rumo inverso dos antigos fenícios, a 6 de outubro o REGIMENTO SAMPAIO, com o 2º Escalão da FEB, atingia o seu destino, o porto de Nápoles, recentemente libertado.
Era a primeira visão de guerra do Regimento, por entre ruínas e devastações de um “porto outrora magnífico e foi também o seu primeiro contacto com o que é a miséria de um povo vencido. E nossos pensamentos se volveram ao Brasil, diante de tão gritante e cruel contraste, numa incontida homenagem de fé e de confiança no seu risonho futuro; e ali mesmo, frente aquele quadro comovedor, vivemos em plena grandeza, a dignidade de nossa missão! Dois dias depois, numa flotilha de L.C.I. que tomara parte nos desembarques do Sul da França, o Regimento se fez rumo a Livorno.
Magnífica a visão daqueles 56 “cabritos do mar”, em gigantesco comboio, apesar do mau tempo e das guinadas. E muitas foram as apressadas cartas de “lobos do mar” que então se rasgaram… Ao largo de Elba, Napoleão e Waleska nos rememoram o exílio do Grande Corso, os 100 dias e Waterloo!
De Livorno, com seus balões de barragem “a Londres”, todo o 2º Escalão foi transportado para a Área de S. Rossore, nas vizinhanças de Pisa. Com ele seguiu também o REGIMENTO SAMPAIO, por entre deploráveis destruições, ruínas e miséria. Imenso e de aprazível aspecto, antigo Campo de Caça da Real Casa de Itália, com suas alamedas arborizadas de pinho, álamos e ciprestes bem traçadas, era o local. Instalado com todos os recursos higiênicos e disposto em impecável ordem, a vista do acampamento militar causa à tropa brasileira agradável impressão.
*E foi também a primeira prova concreta do espírito organizador do americano além mar: um vasto campo para mais de 5.000 homens compartimentado, com todas as instalações, inclusive banho quente e nenhuma mosca, tudo rústico, simples, de campanha, mas eficiente. Foi ponto de honra para nós deixá-lo como o encontramos, o que fizemos, não sem tenaz vigilância do nosso S.S.
Continua……