‘Passex Ocean 2010’: CFN e Royal Marines operam juntos na Marambaia
“A arma mais eficiente ainda é o Fuzileiro, que aprende, pensa e luta contra qualquer adversário”. Gen Michael W. Hagee Cmt USMC
Reportagem de Alexandre Galante e fotos de Guilherme Poggio e Luiz Padilha
O porta-helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, da Royal Navy, chegou ao Rio de Janeiro no dia 9 de setembro de 2010, para participar de um exercício anfíbio com a Marinha do Brasil.
O Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) participou dos exercícios com o 3º Batalhão de Infantaria, representado por duas companhias, que se juntou ao 539 Assault Squadron dos Royal Marines para realizar um treinamento anfíbio de quatro dias, período este em que houve a troca de experiências em operações recentes.
A Aviação Naval foi representada por uma aeronave UH-14 Super Puma (matrícula N-7070), do 2° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-2), que permaneceu embarcada no HMS Ocean e fez o apoio aéreo durante o desembarque simulado.
A finalidade da “Passex Ocean 2010”
O objetivo principal do exercício “Passex Ocean 2010” foi estimular a amizade e o relacionamento profissional entre os Fuzileiros Navais do Reino Unido e do Brasil, por meio da troca de informações e boas práticas entre as pequenas frações, em relação às experiências recentes de ambos os Corpos em combate real.
Os Royal Marines possuem uma longa tradição de excelente desempenho em combate. Seu recente emprego nos campos de batalha no Afeganistão e Iraque representa relevante repertório de práticas interessantes para a troca com países amigos.
Por outro lado, a experiência dos fuzileiros navais brasileiros, desde 2004 no Haiti, tem demonstrado uma especial capacidade de adaptação a diferentes tipos de ameaças e ambientes, ampliando a potencialidade do CFN no moderno conceito de “combate em três quarteirões”.
A finalidade de qualquer treinamento é o desenvolvimento de forças militares capazes de vencer o inimigo em combate. O adestramento representa a chave para a efetividade das tropas em operações reais, significando a principal preocupação das forças armadas em tempo de paz.
As habilidades básicas de um soldado são fundamentais para atingir a efetividade em combate e merecem a máxima atenção. Por outro lado, as habilidades coletivas são igualmente importantes, pois a excelência individual não necessariamente significará um satisfatório desempenho em equipe.
Conforme descrito por Yigal Allon, comandante israelense nas guerras de independência de Israel, entre 1948-1949:
O mais brilhante plano, desenvolvido pelo mais capaz general, depende dos líderes de pequenas frações para a sua execução no nível tático. Fracos comandantes de Grupos de Combate (GC) podem arruinar os melhores planos; no entanto, os melhores comandantes de GC frequentemente salvam planos ruins. Isso ocorre por um simples motivo: o comandante de GC representa o único nível de liderança que mantém constante e direto contato com os homens que efetivamente combatem o inimigo. De fato, todos os níveis de comando devem ser treinados para pensar e agir de forma independente, sempre que a situação assim ditar, e os líderes de pequenas frações não são exceção à regra. (Yigal Allon, A criação do Exército de Israel, p.127).
O treinamento coletivo consiste basicamente em procedimentos operativos padronizados (POP) e exercícios.
Os POP são especialmente úteis ao treinamento para pequenas frações, por permitir a busca de proficiência por meio do condicionamento e repetição progressiva de tarefas. Os POP constituem um método efetivo de assegurar a rapidez de reação e coordenação de ações padronizadas.
São exemplos de POP as técnicas de entrada em posição das armas de apoio, procedimentos pré-voo e as diversas técnicas de ação imediata (TAI).
Em relação aos exercícios, estes se destinam ao treinamento coletivo e individual no campo da tática, sob ambiente de combate simulado.
Os exercícios devem se aproximar ao máximo das condições reais do campo de batalha, introduzindo a fricção nos adestramentos sob a forma da incerteza, estresse, desordem e dupla-ação.
A busca da excelência em procedimentos básicos e a capacidade de julgamento dos líderes de pequenas frações permanecem como essenciais ao sucesso das forças em combate. Mas isso não constitui um desafio simples: os líderes de pequenas frações necessitarão de agilidade em seu processo decisório, precisarão de sabedoria para considerar as peculiaridades culturais e os eventuais impactos de cada decisão implementada, deverão liderar suas frações em diferentes ambientes operacionais e agir com iniciativa e sob estrita integridade moral.
Em resumo, ser rápido e efetivo na pronta resposta às diferentes situações vividas no campo de batalha será decisivo para que a pequena fração “gire” seu Ciclo de Boyd de forma mais eficiente que seus inimigos.
A opinião dos participantes
“Tomara que isto se repita”, disse o comandante do 3º BtlInfFuzNav (Batalhão Paissandu), Luiz Octavio Gavião, cuja Divisão Anfíbia participou dos exercícios de assalto, forças de paz e de combate. “Este tipo de exercício conjunto é mais comum acontecer com os americanos, mas para os meus fuzileiros, quanto mais experiência internacional, melhor”, complementa.
Gavião admitiu haver barreiras culturais e da língua, facilitadas pela presença de tradutores entre os fuzileiros, mas mesmo assim se mostrou muito satisfeito. “Isto é fantástico”, resumiu um dos fuzileiros brasileiros do Batalhão Paissandu, enquanto, ajudado por um dicionário Português-Inglês de bolso, se preparava para ser instrutor de um dos exercícios.
O Lieutenant Colonel Neil Wraith, dos Royal Marines e oficial de operações anfíbias do HMS Ocean, liderou o planejamento e execução dos assaltos à praia e o treinamento conduzido pelas tropas dos dois países. Ele disse: “É uma responsabilidade interessante fazer o que eu faço. Primeiro, na função de oficial de operações, lido com o posicionamento marítimo do HMS Ocean; depois, sou a ligação entre o navio e as embarcações de desembarque que inserem as forças na terra, vindas do mar. Nós somos uma parte de incrível flexibilidade no que o navio faz e somos treinados para trabalhar em muitas condições e ambientes”.
Wraith serviu no Iraque duas vezes, a primeira vez com o 4º Commando em Al Faw, durante a invasão de 2003 e em 2008, e como comandante de companhia no 4º Commando em Helmand, Afeganistão. Ele acrescentou:
“Aquela experiência mostrou como é grande o leque das habilidades que precisamos e porque estes exercícios com o Brasil são de grande utilidade. É questão de sermos completamente adaptáveis, sendo capazes de nos mover para qualquer lugar rapidamente e com precisão. As primeiras forças de Royal Marines que invadiram o Afeganistão em 2001 foram lançadas do HMS Ocean e aquela operação era uma tarefa completamente diferente”.
As etapas do exercício
Em função do tempo disponível ao exercício no Brasil, a Passex Ocean 2010 consistiu de um exercício de quatro dias de duração: o primeiro envolveu adestramentos e procedimentos de segurança a bordo do HMS Ocean, com os meios de desembarque dos Royal Marines; o segundo envolveu um movimento navio-terra (MNT) do HMS Ocean para a praia situada em frente ao Centro de Adestramento da Ilha da Marambaia (CADIM); os dois dias finais ocorreram em terra, nas instalações do CADIM, consistindo na prática de técnicas de ação imediata para Grupos de Combate (GC), em eventos simulados em ambiente urbano e anfíbio, sob condução do 3º BtlInfFuzNav (Batalhão Paissandu), do Comando da Divisão Anfíbia.
A fase terrestre do exercício “Passex Ocean 2010” consistiu de seis eventos diários no CADIM, tipo “oficina”, simultâneos e limitados por tempo (1h30 por evento). Os eventos iniciaram com um rápido briefing orientado por um tradutor, seguindo-se das práticas do GC do CFN, seguido de fração correspondente dos Royal Marines (Section – 8 militares).
Antes de iniciarem a rotação para o próximo evento, o instrutor encarregado da oficina conduziu o debriefing das atividades, com a finalidade de disseminar conhecimentos e lições aprendidas dos destacamentos em situações semelhantes vivenciadas em operações reais.
A participação de todos os envolvidos no debriefing foi estimulada ao máximo, pois novas ideias de procedimentos e técnicas surgem para a ampliação do desempenho das pequenas frações em combate.
Operações Especiais entre as equipes, por meio de troca de experiências em tarefas de reconhecimento, ocorreram de maneira simultânea às demais e seguiram programação específica.
O início do exercício
Na parte da manhã do dia 10 de setembro os Royal Marines deram início ao transporte de seus homens e equipamentos para o CADIM. Foram empregadas três embarcações de desembarque tipo LCVP Mk 5 que fizeram diversas viagens entre o HMS Ocean e o cais do CADIM. Além dos equipamentos individuais, os LCVP também trouxeram os botes infláveis de borracha Mk 2 tipo “zodiac”.
Após o desembarque dos Royal Marines e seus equipamentos, os mesmos deram início ao processo de sondagem e reconhecimento da praia do CADIM, empregando tanto os LCVP como os botes de borracha. Este processo fez-se necessário, pois na parte da tarde seria feita uma demonstração de assalto anfíbio por parte dos britânicos. Foi durante o reconhecimento que os Royal Marines constataram a dificuldade de realizar operações de abicagem com os LCVP na praia do CADIM, devido ao baixo gradiente. Em uma das aproximações um LCVP encalhou a poucos metros da arrebentação.
Após o reconhecimento da praia, boa parte do período da manhã foi dedicado às demonstrações de aproximação da praia com o emprego de botes infláveis por parte dos britânicos.
O PRTB
A Marinha também montou um PRTB (Posto de Recebimento e Tratamento de Baixas) na praia do CADIM, composto por duas barracas para o caso de ocorrerem acidentes durante os exercícios (ver fotos acima). Por ser uma unidade muito mais simples que um hospital de campanha, o PRTB é altamente flexível e de rápida instalação. Cada barraca pode ser montada em menos de uma hora.
O PRTB estava equipado com os recursos necessários para tratar ferimentos leves e executar pronto-atendimento em casos mais complexos, sendo capaz de estabilizar um eventual paciente para que o mesmo fosse removido. A ecavuação poderia ser feita por meio das embarcações do CADIM, dos Royal Marines ou pelos helicópteros envolvidos no exercício. Dentre as opções para a transferência de baixas, existiam o próprio HMS Ocean, que conta com excelentes instalações médico-hospitalares, e unidades no Rio de Janeiro.
Instalações como essa montada no CADIM são semelhantes aos PRTB que a Marinha enviou para o Chile, em apoio às vítimas do terremoto ocorridas no início deste ano. Cada PRTB possui a capacidade de realizar cerca de 500 atendimentos por dia. Como a situação enfrentada no Chile era bastante grave, os PRTB executavam até 600 atendimentos por dia.
A demonstração de desembarque
Enquanto uma equipe menor (formada por 13 fuzileiros britânicos e nove brasileiros) fazia em terra o reconhecimento da ilha e realizava missões de inteligência para auxiliar a tomada da praia, fuzileiros brasileiros e britânicos ensaiavam o desembarque a bordo do HMS Ocean.
Quando a ordem de desembarque foi dada, duas embarcações rápidas artilhadas fizeram uma incursão em direção à praia, virando para direções opostas no último minuto, com as armas atirando constantemente para manter o inimigo na defensiva.
Helicópteros Lynx britânicos (armados com metralhadora e também com míssil antinavio Sea Skua) e o Super Puma brasileiro chegaram logo depois, abrindo caminho para a chegada das LCVP e dos Hovercraft. Depois do desembarque, helicópteros Lynx fizeram “fast rope” e trouxeram mais equipamentos para as tropas.
Fuzileiros brasileiros e ingleses foram capazes de trabalhar uns com os outros, mesmo falando línguas diferentes. Em menos de 24 horas juntos, efetuaram um assalto bem sucedido a partir do mar.
A0 final das demonstrações do dia 10/9, os Fuzileiros Navais foram reunidos na ponta leste da praia do CADIM e embarcaram na EDCG (Embarcação de Desembarque de Carga Geral) GED L 12 Guarapari . A L 12 levou os militares para um outro ponto da ilha, conhecido com “Bravo 10”, onde pernoitaram.
Na manhã do dia seguinte o acampamento foi desmontado e o Super Puma do HU-2 transportou os militares dos dois países desde a “Bravo 10” até o heliponto do CADIM, em sucessivas viagens. O fuzileiros, juntamente com os Royal Marines, foram separados em grupos mistos (brasileiros e britânicos) e encaminhados para as diferentes oficinas montadas.
No sábado (11/9), seis eventos simultâneos aconteceram em vários pontos da ilha. Com uma duração média de uma hora e meia, estes se repetiram o dia todo com o revezamento de fuzileiros do Brasil e do Reino Unido. Foram utilizadas técnicas de reação imediata, passagens de veículos não-autorizados (barreiras) em área urbana e respostas a problemas da população local, identificação de campos minados e emboscadas com atiradores de elite e exercícios no simulador de tiro.
AGRADECIMENTO: a equipe do Poder Naval e do Forças Terrestres agradece ao Capitão-de-Mar-e-Guerra FN Ferreira Viana – Comandante do CADIM, à Tenente Viviane Queiroga Soares da Assessoria de Comunicação Social da Marinha e ao Capitão-Tenente FN Rômulo, pelo apoio prestado para a realização desta matéria.
LEIA TAMBÉM NO PODER NAVAL:
- ‘Passex Ocean 2010’
- E, nos próximos dias, mais matérias especiais sobre este tema!
Treinamento em conjunto excelente para o CFN.muito bom.
Brasil.
Fantática matéria, parabéns!
Parabens aos editores da trilogia!
A matéria ficou sensacional!
Parabens!
Que coisa mais maravilhosaaaaaaaaa asuhasuhas
Sério, que matéria digna do mundo!
Vocês, como de costume, estão de Parabéns.
Muito boas as fotos, muito ótima a matéria =D=D
Fiquem todos com Deus e Amém
Uma boa noite, e continuem assim =D=D=D=D=D=D
Pow…Jacubão vai ficar babando na matéria…no dia que o Alexandre foi , ele ligou aqui em casa e falamos sobre isso…., eu queria ter ido…e não pude….:-(
Mas, da próxima vez eu vou, e armado de câmera fotográfica e filmadora…..rsrsrs
Muito legal a matéria, parabéns ao ForTe.
Valeu FN e Paissandu, a trilogia hoje está demais.
A diferença de equipamentos é escandalosa, mas é isso , cada um vai lutar com o que tem.
Hovercraft para toda a Marinha e helicópteros só para os FN já nem falo mais.
Parabéns.
Show de bola esta matéria, tanto a parte escrita quanto a reportagem fotográfica.
Parabéns à todos.
PS: Gervásio, na próxima, se esconda na mochila do Galante…..Hehehehe….. um abraço!!
Sds.
Sensacional!!! Sem palavras… Parabéns!!
Nossa, coração bateu forte agora hein, orgulho dos nossos fuzileiros!
Parabens!
A só mais uma coisa, os argentinos estão muito, mas muito bravos por o Brasil realizar tantos exercicios em conjunto com os Britanicos! heheheh
Muito boa a reportagem,quem dera na minha época tivessemos este tipo de sorte.Uma manobra dessas é o sonho de qualquer combatente,tomara que isto se torne pratica comum no CFN.
ADSUMUS
Yasser, o CFN chegou junto com os Royal Marines. Notar na foto de abertura da matéria, que Royal Marines e FNs brasileiros estão saindo do Hovercraft.
Nossos fuzileiros normalmente desembarcam em CLANFs e nas EDCGs, que vão a bordo dos NDDs.
Galante e demais editores,
Parabens pelo post! Em especial alguns pontos:
1- A citacao da importancia do lider de GC e pequenas unidades em geral. Realmente nao tenho melhores palavras do que o oficial israelense. So gostaria de citar que a qualidade, prestigio e respeito pelo NCO e um dos divisores de aguar entre exercitos bons e os ruins. Nas palavras do Comandante do USMC General Hagee, “O mais importante homem em todo o USMC e o lider de GC!”
2- O conceito de “guerra de tres blocos”, e perfeito para operacoes como na Somalia e no Haiti. A unidade pode ter a missao de distribuir suprimentos em um bloco da cidade, no segundo bloco pode ter que manter a paz e prevenir duas faccoes diferentes de lutar por esses suprimentos e finalmente no terceiro bloco essa luta pode estourar e tal unidade ver-se em um “all out firefight”.
3- Juntamente com o conceito da “guerra de tres blocos” outra nocao ligada a ele e a do “Sargento/Cabo Estrategico”. O “NCO Estrategico” esta ligado ao fato de que o lider de pequena unidade pode hoje, no mundo globalizado com midia 24hrs, ter suas decisoes no campo de batalha com repercussoes estrategicas para o seu pais.
4- O Ciclo OODA de John Boyd tambem tem aplicacoes nas forcas terrestres ao contrario daqueles que pensam que sirva apenas para pilotos de caca. A intencao continua a mesma de agir antes do inimigo, de faze-lo sempre reagir as nossas acoes, assim sempre mantendo a iniciativa no nosso lado.
Parabens!
Semper Fidelis!
Per Mare Per Terram!
AD SUMUS!
Yasser,porque tu esta tentando desmoralizar o CFN com esta piadinha sem graça,por acasso tu acha que o CFN não tem condições de montar um desembarque anfibio de qualidade,nós temos CLANFs,EDVPs,EDCGs.
Eles tem este tal Hovercraft mas não pensa que ficamos atraz deles no quezito humano e de equipamento individual de combate.
Mania feia esta de achar que a grama do vizinho é sempre mais verde.
Marine, perfeito o comentário, como sempre bem embasado e profissional!
Pessoal, comentários de baixo nível serão deletados. O do Yasser será deletado agora, por não acrescentar nada ao debate.
Que reportagem vcs foram demais! Mas tambem me deixaram com uma baita inveja
Abraçõs
Uma duvida a te onde a tecnica de desembarque deles e melhor que a nossa?
Não nada demais!
Obrigado ao Galante pela mediação do blog, sempre imparcial e coerente,criticas construtivas e com conhecimento são sempre bem vindas mas piadas de mau gosto que só tentão desmoralizar as FAs por nada não tem cabimento.
Obrigaddo ao Mariner pela explicação sobre a guerra em tres blocos,eu não conhecia esta denominação”to meio desatualizado”.
ADSUMUS
FN,
O conceito de “Guerra de tres blocos” foi concebido nos anos 90 com as multiplas intervencoes para manuntencao da paz do Presidente Clinton. Esse conceito se aplica ate hoje em operacoes assimetricas.
Sds!
Muito bom, pra melhorar deveria ter Trilho Picatinny e RedDot nos M16 do nosso CFN, para ser 100% da tropa da MB !!
SdS.
A vantagem do Hofercraft é que ele é mais rápido e manobravel que o Clanf,mas em contra-partida é um alvo maior na água,pelo menos eu penso assim,não sei se estou certo.
Mais uma vez obrigado ao mariner pela explicação e a todos que colaboram com oblog com comentários e conhecimentos uteis.
Sds
Tive tempo de ler e ver os videos hj…
Como sempre a Equipe da Trilogia tá de parabens, texto bem fundamentado e de altissimo nivel(fiquei meio perdido num pontos, ms foi soh reler…rsrsrs), videos com cenas de tirar o folego de entusiastas e apaixonados pelo tema.
Galante,
Vc pode nos contar se o nosso CFN ficou em nível de qualidade comparado ao Royal Marines?
A cara do cinegrafista da Grobo ficou hilaria :):):):):)
Excelente matéria.
Apenas um comentário: os botes infláveis Mark II não são “tipo zodiac” e sim marca ZODIAC.
Regina Vieira escreveu:
os botes infláveis Mark II não são “tipo zodiac” e sim marca ZODIAC.
Este é um caso onde o produto acaba levando o nome da marca por usos e constumes do mercado. A Zodiac é lider no mercado e o seu nome ficou atrelado aos botes infláveis em geral (para azar da concorrência) utilizados pelas FAs. Dizer somente a especificação pode levar o leitor a não saber do que se trata. Quando você diz “do tipo zodiac”, aí a associação é praticamente imediata.
Está escrito no comentário inicial: “… 539 Assault Squadron dos Royal Marines …”.
Como eu conhecia somente os 3 Commandos, procurei expandir isto e achei:
Unidade principal: 3 Commando Brigade, que é constuida por:
40 Commando Royal Marines;
42 Commando Royal Marines;
45 Commando Royal Marines;
Commando Logistic Regiment;
539 Assault Squadron – Royal Marines;
Royal Marines Armoured Support Group;
29 Commando Regiment Royal Artillery;
24 Commando Regiment Royal Engineers;
1st Battalion The Rifles;
30 Commando Information Exploitation Group which comprises:
CSG Headquarters Troop,
Signals Squadron,
Electronic Warfare Squadron (Y Squadron),
Brigade Staff Squadron,
Support Squadron,
Logistics Squadron.
Helicopter support is provided by the Commando Helicopter Force of the Fleet Air Arm, based at RNAS Yeovilton.
Uma interessante combinação de tropas de fuzileiros, marinha (helicópteros da FAA) e exército (grupo de artilharia, batalhão de engenharia e um batalhão de infantaria).
Precipuamente o 539 Assault Squadron RM (ASRM) é: “3 Commando Brigade’s integral amphibious movement capability, delivering them on to land from water and patrolling waterways. It also contains the Royal Marines Armoured Support Group operating the Viking BvS10 All Terrain Amphibious Armoured Vehicle. They are based in Turnchapel in Plymouth.”
Muito bem, pelo visto o 539 é o componente da brigada responsavel por mover o pessoal dos navios para terra e vice versa.
Daí vem minha questão: de que unidade (Commandos) são os fuzileiros (Marines) que treinaram com o 3º BI do CFN? E quantos eram?
Bacchi
Reginaldo Bacchi disse:
de que unidade (Commandos) são os fuzileiros (Marines) que treinaram com o 3º BI do CFN?
Bacchi
A maioria dos uniformes que eu vi eram do 539 ASRM. Alguns não tinham o badge caractarístico da unidade e em seu lugar tinham o “amphibious assault” no ombro direito.
Essa ideia de que o pessoal do 539 ASRM trabalha somente de “chofer” para os demais (tem muito texto por aí em livros e na internet que vão nessa direção de interpretação) para mim demonstrou ser falsa, pois foram eles que durante o assaulto simulado realizaram a tomada da praia.
Esqueci de mencionar
Pelo que pude entender, o oficial de operações anfíbias dos Royal Marines (no caso o tenente-coronel Neil Wraith) também é o comandante responsável da unidade permanentemente embarcada nos navios de assalto anfíbio. No Ocean o oficial comanda o 9 Assault Squadron (ASRM). Imagino que o bagde “amphibious assault” seja desse pessoal.
Resumindo: ele tinha duas unidades sob a sua responsabilidade, o 539 ASRM e o 9 ASRM. O 857 Sq pode operar sob a sua responsabilidade quando da execução do assalto (esse esquadrão será tema de um post lá no naval).
Sopa disse:
21 de setembro de 2010 às 22:21
Dinda que é bom para fazer isto, nóis num tem 😀 😀
O USMC senão me engano usa o M16A4, os A2 que nós temos por aqui já foram pro saco faz muito tempo.
O Marine poderia fazer uma apresentação para nós, mostrando as diferenças entre os dois.
Bacchi,
Boa pergunta! Fico curioso tambem em saber quem compoz o elemento de combate terrestre deles…
Semper Fi!
Legal. TV do Naval no ar! rs
Muito boa a matéria, gostei muito das fotos e dos videos. Agora que aquele oficial do fuzileiros britanicos é a cara do Freddie Mercury, não tenho duvidas!
Concordo Poggio, a marca Zodiac quando mencionada por militares praticamente refere-se exclusivamente aos seus botes inflaveis.
Sds!
Parabens!!! ao ForTe pela matéria. Eu estva nesse exercicio, na oficina de escolta de comboio, e emboscada, foi uma manobra muito boa onde trocamos experiências e doutrinas de combate, pois muitos dos marines que ali estavam ja estiveram no IRAQUE , e AFEGANISTÂO.Vi que os Royal Marines e uma tropa muito adestrada e equipada, atuar com uma tropa desse nivel deu pra ver que CFN esta muito bem mesmo com diferenças no equipamento os brasileiros mostraram alto grau de profissionalismo e agilidade que foram muito elogiados pelos ingleses, parabens a Marinha do Brasil e ao Batahão Paissandu por proporcinar aos seus Fuzileiros um momento como esse.
onde lê-se batahão leia-se batalhão