Sistema de morteiros Nemo da Patria selecionado para os veículos LAV II
O sistema de morteiros Patria Nemo de 120 mm foi escolhido para os veículos LAV II feitos pela General Dynamics Land Systems – Canadá, como um projeto FMS pelo Governo dos EUA.
Patria e Mecar SA da Bélgica assinaram um memorando de entendimento para um número não revelado de sistemas Patria Nemo.
Patria é a líder de mercado global em sistemas de morteiros em torretas. Patria Nemo é uma torre de morteiros de 120 milímetros de controle remoto, que oferece gerenciamento de assinatura excelente e proteção balística, bem como proporciona apoio de fogo direto e indireto.
O sistema Nemo da Patria foi selecionado anteriormente pelas Forças Armadas da Eslovênia e Emirados Árabes Unidos.
Patria é um grupo aeroespacial, de defesa e segurança com operações internacionais, entregando a seus clientes soluções competitivas baseadas em know-how especialista próprio e parcerias. Patria é propriedade do Estado da Finlândia e da European Aeronautic Defence and Space Company EADS NV.
Vale lembrar que o que está do lado do Nemo, de 1 cano, é o AMOS, de 2 canos.
Pátria é o melhor VBTP 8×8 que existe!! sem dúvidas, o bom é que o EB sabe disso, mas infelizmente não tem $$
Quanto ao sistema do post, nossa daria uma mobilidade fantástica….sorte de quem tem!
Morteiros são armas muito interessantes.
Esses atuais morteiros automáticos de retrocarga são oriundos dos antigos canhões-morteiro desenvolvidos pelos franceses na década de 70 fabricados pela Thomson-Brandt, que armavam uma série de carros de combate.
Existiam nos calibres 60 e 81 mm e eram capazes de fazer tiro tenso como um canhão convencional ou tiro curvo como um morteiro. Na verdade eram verdadeiros canhões de baixa pressão.
Interessante como a idéia não foi levada à diante.
Felizmente a idéia não morreu de todo, dando origem a esses modernos morteiros automáticos, que aliados a munições foguetes e projéteis guiados dará muito o que falar no futuro.
Dependendo da plataforma (veículo) estes morteiros podem disparar até com o veículo (terrestre ou aquático) em movimento, já que são estabilizados.
O Brasil devia investir em morteiros (autorebocados inclusive) de 120 mm para substituir a maioria de seus obuseiros de 105 mm atuais.
Eu particularmente não vejo futuro para os obuseiros de 105 mm.
Bosco, lembro de ter visto em alguns vídeos um disparo de BMP-3 num ângulo excepcionalmente alto, alguém saberia me dizer se o canhão de baixa pressão daquele veículo poderia ser utilizado para fogo indireto?
O conceito de morteiros pesados eu também acho muito bom, como o autopropulsado de 240mm 2S4. Alcance elevado, grande poder de fogo e alta mobilidade… É um conceito interessante pro EB, em minha opnião.
Bosco,
tirou da minha cabeça teu comentario….hehehehhehehehe e por aqui os caras fazem festa qdo conseguiram fazer um morteiro de 120mm rebocado numa carretinha kkkkkkkkkkk qto aos 105mm…….sem comentarios…..so dando mesmo muita risada, alias, em caso de guerra façam so um aviso (esta e veia hemmm) O ultimo que sair apague a luz por favor, ou entao, uma piada que ouvi certa vez em relaçao a Dinamarca….la o povo dizia q ao inves de gastar com FAs, custaria menos ter um telefone em linha direta com o inimigo pra poder apresentar a rendiçao incondicional o mais rapido possivel, pelo menos evitaria q o pais fosse destruido e pouparia vidas e custos de reconstruçao .Leia sobre a II gde guerra e vera q foi o unico pais q nao teve sua infraestrutura destruida, nem antes e nem depois durante sua libertaçao………pqe sera hemm ??? hhehehehehhe
SDS
Eu nao sei qual o alcance e a precisao desses morteiros alem do padrão de 120mm,porém a estética deles é muito legal,parece algo futurista.
Abraços
ele e sthealth? na 3 foto fica bem aparente
Concordo com o Diego
Cada vez mais os designers que trabalham na indústria de armamentos utilizam um visual “Guerra nas Estrelas ” ou “Tropas Estelares” no desenvolvimento das armas.
Nesse ritmo um dia ainda veremos um “porta aviões voador” parecido com a “Voyager do Star Trek” uauauuauaua
Diego,
O alcance de um moderno morteiro pesado de 120 mm é de 11 km. Até 15 se utilizar projétil propulsado por foguete.
Comparativamente a precisão e pior que a de um obuseiro, mas o fator é compensado pelo maior volume de fogo. Sem falar que há uma completa família de projéteis guiados sendo integrados a essa arma.
MA,
Não sei se o canhão de baixa pressão do BMP3 é capaz de fogo indireto. Creio eu que não.
Celso,
Mas mesmo os nossos morteiros pesados rebocados se os tivéssemos em grande quantidade seria muito bom. Já que não temos equipamentos modernos deveríamos nos armar com grande quantidade de armas rústicas e baratas.
Penso eu que poderíamos trocar todos os obuseiros de 105 mm por morteiros rebocados de 120 mm. Preservaríamos enquanto desse apenas os L-118, que ainda são peças respeitáveis.
No mais não temos sequer morteiros montados em viaturas para fogo indireto na retaguarda e estamos longe de sonhar com esses modernos morteiros autopropulsados.
Um abraço a todos.
A inclinação que dá uma aparência furtiva deve ser visando uma melhor eficiência da blindagem, mas não duvido que venha a reduzir também o RCS do veículo.
Embora mísseis guiados por radar contra carros de combate ainda sejam exceção no campo de batalha, eles ainda são facilmente detectados por radares avançados de aeronaves.
Cada vez mais veremos os projetistas preocupados em reduzir a assinatura radar de veículos de terra. A térmica então, nem se fala.
Duas perguntas bastante simples:
1. o que é um LAV II?
2. em que ele difere de um LAV I?
Bacchi
Reginaldo,
LAV é uma família de veículos blindados leves sobre 8 rodas usados tanto pelos Marines como pelo exército americano (brigadas Stryker), dentre outros.
Ser I ou II se refere a versão. Já estão na versão 5.
Projeto originário da Suiça e construído sob licença no Canadá e EUA.
O Brasil também possui alguns dando apoio no Haiti.
Bosco escreveu:
“Reginaldo, LAV é uma família de veículos blindados leves sobre 8 rodas usados tanto pelos Marines como pelo exército americano (brigadas Stryker), dentre outros.
Ser I ou II se refere a versão. Já estão na versão 5.
Projeto originário da Suiça e construído sob licença no Canadá e EUA.
O Brasil também possui alguns dando apoio no Haiti.”
Muito obrigado – mas veja, Bosco – você não entendeu minha pergunta e respondeu coisas que eu conheço.
Pelo que eu sei LAV é como determinada versão dos MOWAG Piranha III é denominada no Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos.
Inclusive eu trabalhei na proposta da ENGESA para oferecer (junto com a Bell) versão do Urutu para concorrer ao programa LAV.
Foi durante este programa que foi criado o Uruvel, ou seja o Urutu com a torre do Cascavel, que era uma das várias versões previstas (aliás, esta versão foi cancelada durante o desenrolar do programa).
Stryker é como uma versão do MOWAG Piranha III é denominado no Exército dos Estados Unidos.
Ha uns 2 ou 3 anos atrás eu escrevi na Tecnologia & Defesa sobre o que eram os MOWAG Stryker, e a organização da então denominada Brigada Stryker.
Muito bem, a minha exata pergunta é:
“1. o que é um LAV II?
2. em que ele difere de um LAV I?”
Ou seja, eu estou interessado em conhecer os detalhes destes veículos, principalmente, em que eles diferem entre si.
Bacchi
Reginaldo,
Me desculpe. Não havia entendido mesmo a pergunta e nem me dei conta que você é o “Reginaldo” autor de uma série de artigos.
Pulando o “mico”, eu me lembro dessa versão Uravel que foi oferecida aos Marines.
Quanto as diferentes versões do LAV, depois da gafe, nem ouso dar pitaco. rsrsrsrsr
Um abraço.
Existe alguma versão morteiro pesado para os “novos” Urutus do EB?
Esta torreta controlada por controle remoto seria uma boa opção para os Urutu III do EB.
Enquanto isso,nossos vizinhos estão se rearmando:
Colômbia recebe novos Obuseiros com alcance de até 17Kms:
http://www.tecnodefesa.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1702:canhoes-nexter-lg-1-mkiii-para-o-exercito-da-colombia&catid=35:noticias&Itemid=55
Me lembro de ter visto aqui no forte, que o EB havia comprado alguns caminhões para levar morteiros(só me lembro que ele iria para marabá).
Mas indo ao ponto perguntando a vocês “oraculos” ate quanto um caminhão pode ajudar na mobilidade da artinharia.
Felipe,
A artilharia rebocada é muito necessária, tanto na forma de obuseiros, lançadores de foguetes e morteiros pesados, podendo inclusive ser transportada por helicópteros, etc.
O que não deve é ser só rebocada. É interessante que haja uma maior variedade de sistemas e alguns devem ter maior mobilidade, sendo do tipo autopropulsado e oferecer algum tipo de proteção blindada, tanto para acompanhar o avanço da cavalaria/infantaria quanto para se deslocar rapidamente afim de evitar o fogo de contrabateria num cenário de guerra de alta intensidade.
Reginaldo Bacchi disse:
4 de setembro de 2010 às 22:03
Bacchi, mil desculpas eu não entendo nada relacionado ao ForTe…
O sr. quis dizer que o LAV seria o nome do projeto, e LAV I ou II seriam referentes a versões dos veiculos resultantes desse projeto?
Pessoal, eu queria comentar essa notícia, mas depois desisti.
É que quem já fez cálculo de tiro de morteiro 60mm/81mm, quem já fez marcha para o combate carregando reparo de morteiro 4.2, sabe o quão longe estamos de de algum dia possuir qualquer coisa dessas.
Uma lástima. Nossa sorte é que nossos vizinhos são ainda mais patéticos que a gente.
Bosco escreveu: “… O que não deve é ser só rebocada. É interessante que haja uma maior variedade de sistemas e alguns devem ter maior mobilidade, sendo do tipo autopropulsado e oferecer algum tipo de proteção blindada, tanto para acompanhar o avanço da cavalaria/infantaria quanto para se deslocar rapidamente afim de evitar o fogo de contrabateria num cenário de guerra de alta intensidade. …”.
Exatamente. Tudo indica que o primeiro veículo deste tipo (canhão montado sobre chassi de caminhão) a entrar em produção, foi o Caesar da Nexter (ex GIAT), que já entrou em combate no Afganistão.
Na Suécia está entrando em produção o Archer (da BAE), no qual o obuseiro FH77 155mm/L52 é montado sobre o chassi do caminhão de terraplenagem 6X6 da Volvo.
Eu já pensei em escrever um artigo sobre este tipo de armamento, expondo os vários tipos atualmente disponiveis.
Bacchi
Correção: morteiro 4.1
Joker disse em 6 de setembro de 2010 às 0:19
“… O sr. quis dizer que o LAV seria o nome do projeto, e LAV I ou II seriam referentes a versões dos veiculos resultantes desse projeto? …”.
O nome LAV está sendo usado de uma maneira muito pouco precisa.
Como já falei existiu um programa LAV no seio do Corpo de Fuzileiros Navais EUA, programa este que deu origem a alguns batalhões de reconhecimento, mobiliados com o MOWAG Piranha em várias versões.
Pode ser, repito: pode ser, que esta menção de LAV II se refira a uma segunda série de Mowags mais modernos para substituir os que foram comprados ao ser a MOWAG declarada ganhadora desta concorrencia.
Não sei. Foi por isto que perguntei.
Talves o Marine possa dar alguma informação extra, mas eu vou continuar procurando alguma referencia mais exclarecedora.
Bacchi
Vader disse em 6 de setembro de 2010:
“… Correção: morteiro 4.1 …”.
Tem certeza?
Por que?
Durante anos tenho lido 4.2″.
Bacchi
Bacchi,
Infelizmente vou te deixar na mao com o topico dos LAVs. Foi ate interessante voce citar os nossos Light Armored Reconnaissance (LAR) Battalions porque realmente me fez realizar que o nosso contato com eles e minimo.
Em 11 anos nunca trabalhei com eles e tenho dificuldade ate de lembrar um colega que seja lotado com eles ou que possui tal especializacao. Por essa razao entao meu conhecimento da comunidade de LARs e seus LAVs e minimo e fico sem poder te ajudar muito. Posso estar enganado mas pelo que sei os veiculos sao todos modelos LAV-25 que seriam diferentes dos modelos da serie I.
Semper Fidelis!
Reginaldo Bacchi disse:
6 de setembro de 2010 às 9:36
Ahaha Reginaldo, agora me confundiste, rsrsrs…. Num tenho certeza, teria que olhar nos meus papiros…
Morteiro “pesado”, pronto… 🙂
Pelo que me lembro de meu tempo de EB, o morteiro era 4.2″.
É verdade, é 4.2, rsrs… to ficando velho… 🙂
Vader,
Como sou meio antigo, acredito que era o velho 107mm, que equipava o M-106 (versão do porta-morteiro pesado do M-113), derivado de uma versão rebocada que remontava a Guerra da Coreia ou mesmo final da 2ª Grande Guerra.
Uma boa arma que cumpria sua missão, mas foi substituído pelos morteiros de 120mm, copiados sob licença do morteiro pesado israelita SOLTAM K-6, bastante testado.
A versão standard é o M-120 e o embarcado nas viaturas M-1064 é o M-121 no US Army.
Desconfio que o nosso 120 deve ser baseado também nos projetos da SOLTAM, uma jovem mas experiente fabricante de morteiros.
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Marine,
Salvo engano meu 🙂 , um MEU – Marine Expeditionary Unit tem um elemento de reconhecimento mecanizado/blindado com cerca de 6 (seis) LAV-25.
Outras fontes indicam que o número de blindados leves podem chegar a 16 (dezesseis).
Seja lá como for, penso que estes são excelentes veículos de combate leve, adequados para função de reconhecimento, missões de escolta de comboios logísticos e operações mecanizadas flúidas, particularmente em países com grande extensão territorial como o nosso.
Pessoalmente prefiro um blindado 8×8 à um 6×6.
Só como referência acredito que em um 6×6 não seria possível instalar uma torre NEMO, ou mesmo uma torre semelhante à dos BMP e BMD russos, que reunem um canhão de baixa pressão de 100mm 2A70 e um de tiro rápido de 30mm 2A72.
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Reginaldo Bacchi,
Sou leitor assíduo dos seus artigos, como muitos outros colegas do Blog.
Estou, ou melhor, estamos todos aguardando este artigo sobre artilharia autopropulsada montada em caminhões.
Archer, Caeser II e SH-1 SPH (Norinco) são os exemplos recentes que eu conheço, mas seria interessante lembrar do G-6 Rhino da África do Sul e dos DANA (Tatra) da Republica Checa.
Abç,
Ivan, o Antigo.
(e fiel leitor do Bacchi)
Ivan disse em 6 de setembro de 2010 às 21:31:
“… Desconfio que o nosso 120 deve ser baseado também nos projetos da SOLTAM, uma jovem mas experiente fabricante de morteiros. …”.
Se não me engano ele é copia do morteiro raiado 120 mm da Thomson-Brandt.
“… Pessoalmente prefiro um blindado 8×8 à um 6×6. …”.
E por que não um 10X10, como o MOWAG Piranha 10X10 e ultimo projeto comercial estadunidense, que vai de um 4X4 até um 10X10?
“… Reginaldo Bacchi, …… Estou, ou melhor, estamos todos aguardando este artigo sobre artilharia autopropulsada montada em caminhões. ….”.
Por enquanto é só um desejo de escrever este artigo.
No próximo numero da T&D vai sair um artigo sobre Caça Carros e Canhões de Assalto na 2ª GM, e no nº seguinte a continuação para o após guerra.
“… Archer, Caeser II e SH-1 SPH (Norinco) são os exemplos recentes que eu conheço, mas seria interessante lembrar do G-6 Rhino da África do Sul e dos DANA (Tatra) da Republica Checa. …”.
Para mim, nem o G-6 nem o DANA, podem ser considerados canhões sobre chassi de caminhão.
Eu os denominaria Canhões Auto Propulsados sobre Rodas.
Abraços e obrigado pelas suas palavras.
Bacchi
Feliz dia da Independência! Parabéns Brasil!!!
Brasil Acima de Tudo!!!!!!!!!
Ivan,
Uma MEU(SOC) pode ser customizada a levar numeros e meios diferentes e isso faz com que ela tenha a flexibilidade que tem. Em resumo uma MEU procura ser uma especie de Mini-USMC.
Elas podem zarpar com ou sem tanques, com ou sem Harriers… Tudo isso com olho na missao entao as vezes um sistema ou sua quantidade tem prioridade em detrimento de outros.
Semper Fidelis!
Reginaldo,
Sempre aprendendo com vc.
Infelizmente eu não sou um aluno tão aplicado… 🙂
Meu engano com a origem do MORTEIRO
PESADO 120 M2 RAIADO – Mrt P 120 P R (acredito que é esse o nome) foi imperdoável.
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Quanto ao G-6 (sempre achei interessante esta arma) e ao DANA, como são peças autopropulsadas sobre rodas, acreditei que poderiam ter a mesma finalidade tática, se assemelhando mais ao uso dos canhões sobre chassi de caminhão do que às peças autopropulsadas sobre lagartas.
Se o uso tático dos tipos de artilharia sobre rodas for diferente, gostaria muito de aprender.
Na verdade, creio que o mais interessante é a doutrina e o uso destas armas, pois acredito que é a doutrina que vai definir as especificações das armas.
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Quanto a minha preferência pela tração 8×8, colocada de forma intempestiva, tenho certeza que não fui claro.
Antes de mais nada gosto muito do conceito e do projeto MOWAG Piranha, como uma possível família de veículos sobre a mesma base.
Ao menos foi isso que eu entedi do pouco material que tenho lido em revistas e sites especializados.
Acredito, e é apenas a opnião de um entusiasta, que a tração 6×6 não seria suficiente para um blindado que pretenda ser VBTP – Veículo Blindado de Transporte de Tropa e VBCI – Veículo Blindado de Combate de Infantaria.
Acredito que a tração 6×6 seria adequada em veículos como os MRAP – Mine Resistant Ambush Protected, não sei como se covencionou chamar em português. Seriam veículos mais baratos e produzidos em maior quantidade, com versões 4×4 e 6×6, apenas para transportar a infantaria até próximo às áreas de combate.
A tração 8×8, por ter melhor desempenho todo terreno, porém mais cara (obviamente), seria usada em veículos que iriam avançar e combater com a infantaria (embarcada ou desembarcada). Teria outras versões de combate, além das VBTP e VBCI, como caça-tanques, carro-comando e porta-morteiro (como o AMOS em tela) e blindado de reconhecimento, entre outras. Mas é apenas a opnião de um entusiasta.
Quanto a tração 10×10 eu confesso não conhecer uma aplicação prática para um sistema que será mais caro, obviamente, se aproximando muito da tração sobre lagarta, mais sem este desempenho. Entretanto tenho dificuldade de encontrar material sobre este apaixonante assunto.
Talvez, e apenas talvez, pode ser interessante para um poderoso caça-tanque que venha a ser armado com uma canhão de 120mm de alta velocidade, com comprimento maior que 44 calibres.
Fica então uma ATREVIDA sugestão:
Uma matéria comparando as diferentes trações (4×4, 6×6, 8×8 e 10×10), tanto quanto aos custos e havilidades, mas também ao uso tático e estratégico das mesmas.
Peço antecipadamente que desculpe a OUSADIA deste antigo admirador dos seus textos. Mas penso que se tem alguém no Brasil capaz de jogar luz sobre o tema, este é o Reginaldo Bacchi.
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Aguardo os artigos sobre Caça Carros e Canhões de Assalto na 2ª GM, bem como sua continuação para o após guerra, na revista Tecnologia & Defesa.
No Recife, onde resido, a distribuição desta revista é muito deficiente. Inclusive já tentei fazer assinatura da mesma, sem sucesso. Uma pena.
Mas com esta perspectiva interessante, ficarei mais atento nas bancas e livrarias.
Respeitosamente,
Ivan, do Recife.
Marine,
Entendido.
Certamente é por esta razão que encontro diversas formações para as Marine Expeditionary Unit.
Grato,
Ivan, um antigo infante.
Ivan, gostei da sugestão, também gostaria de uma matéria comparativa entre os tipos de suspensão, a questão 10×10 vs Sistema de lagartas me deixou intrigado!
Mesma coisa quanto ao comentário: “Se o uso tático dos tipos de artilharia sobre rodas for diferente, gostaria muito de aprender.”
Ao meu ver, a única diferenciação nos veículos supracitados é básicamente a plataforma de transporte. Mas não entendi como isso traria uma mudança demasiado significativa para a aplicação em combate!
Aguardo ansiosamente a resposta dessas questões, por quem quer que seja!
PS:. Em minha opnião pessoal eu não creio que seja interessante uma plataforma sobre rodas para VBCI (se este tipo de veículo for o mesmo que IFV, que é a nomenclatura a que estou acostumado) visto que esse tipo de veículo visa originalmente a manutenção da capacidade de combate da infantaria sob quaisquer circunstâncias dentro destes veículos. Logo, uma propulsão sob rodas traria uma degradação da mobilidade destes veículos, condição vital para que sua função seja realizada corretamente.
Sem contar que são, por definição, plataformas mais pesadas e robustas e creio que se usassem rodas teriam dificuldade para realizar sua locomoção.
Só uma opniao e sequer sei se tem procedencia.
Abs
Falando em Caesar,
Quando eu comprava a revista Tecnologia e Defesa, saiu uma reportagem sobre a possibilidade de os Malaios adquirirem esse moderno sistema. Lembro que essa notícia saiu em uma edição especialmente dedicada aos modernos submarinos diesel elétricos.
Essa compra realmente ocorreu?????
Eu, particularmente não gosto do sistema Caesar, pelo fato dele obrigar a tripulação à se expor por completo fora do veículo. SE o EB nadasse em verba e pudesse adquirir algo desse porte, eu votaria no Archer FH-77.
E, falando em FH-77, os chilenos operam algumas unidades adquiridas recentemente, certo??????
abraços.
Existiam apenas dois tipos de sistema de artilharia de tubo, rebocado e autopropulsado.
O autopropulsado naturalmente oferecia proteção blindada para seus operadores, podendo ser sobre rodas ou esteiras.
Um terceiro tipo se apresentou, com o cruzamento do canhão com seu caminhão de transporte.
Ao meu ver esse tipo seria dispensável por ter defeitos inerentes aos dois sistemas anteriores e nenhuma de suas qualidades, sendo de uso muito específico, em um cenário próprio.
Por exemplo, comparado com o canhão AR ele tem melhor mobilidade, mas não pode ser helitransportado.
Comparado com o AP, ele é bem mais barato, mas não oferece proteção blindada e exige maior preparação, tendo reação mais lenta.
Mas é só uma opinião sem uma análise mais aprimorada.
Um abraço.
Vader,
Acredito que a designação do velho 107mm no US Army era M-30… mas isso não tem mais a menor importância… he he he… 🙂
Abç,
Ivan.
Reginaldo Bacchi disse em 6 de setembro de 2010 às 23:27:
“… Para mim, nem o G-6 nem o DANA, podem ser considerados canhões sobre chassi de caminhão.
Eu os denominaria Canhões Auto Propulsados sobre Rodas. …”
Poderiam se admitir as seguinte categorias: Canhão (ou: Obuseiro) Auto Propulsado (Sobre lagartas) e Canhão (ou: Obuseiro) Auto Propulsado (Sobre rodas).
Este é um equipamento que no EB é classificado como VBC (Viatura Blindada de Combate), que normalmente após esta sigla aparece a designação do tipo. Assim teríamos para o carro de combate: VBC CC, e depois a descrição do material: VBC CC Leopard 1A5.
No caso, pelo que sei, o Caesar não seria classificado como VBC. Não sei como ele seria (VC?)
Ivan disse em 7 de setembro de 2010 às 12:02:
“…Quanto ao G-6 (sempre achei interessante esta arma) e ao DANA, como são peças autopropulsadas sobre rodas, acreditei que poderiam ter a mesma finalidade tática, se assemelhando mais ao uso dos canhões sobre chassi de caminhão do que às peças autopropulsadas sobre lagartas.
Se o uso tático dos tipos de artilharia sobre rodas for diferente, gostaria muito de aprender.
Na verdade, creio que o mais interessante é a doutrina e o uso destas armas, pois acredito que é a doutrina que vai definir as especificações das armas. …”.
Meus caro, eu gostaria muito que você me considerasse não como um professor para ensinar estas coisas e sim como uma pessoa interessada, que acompanha desde 1943 o que acontece no campo dos veículos blindados, e que teve a sorte de trabalhar durante 14 anos numa fabrica dos mesmos. O que eu escrevo é minha opinião pessoal, baseada em tudo o que eu li e presenciei, e não deve ser tomada como nenhuma regra.
Muito bem, dito isto, eu considero que o uso tático dos canhões é absolutamente o mesmo, só diferindo do tipo de tropa em que ele está integrado.
Assim eu vejo o Caesar como canhão (ou: obuseiro) para as nossas brigadas de infantaria motorizada, substituindo os canhões de campanha rebocados.
O DANA ou o Archer seriam armamento para as nossas brigadas de cavalaria mecanizadas.
E, é claro que os M109 seriam destinados as nossas brigadas blindadas.
Bosco disse em 7 de setembro de 2010 às 18:51:
“… Existiam apenas dois tipos de sistema de artilharia de tubo, rebocado e autopropulsado.
O autopropulsado naturalmente oferecia proteção blindada para seus operadores, podendo ser sobre rodas ou esteiras.
Um terceiro tipo se apresentou, com o cruzamento do canhão com seu caminhão de transporte.
Ao meu ver esse tipo seria dispensável por ter defeitos inerentes aos dois sistemas anteriores e nenhuma de suas qualidades, sendo de uso muito específico, em um cenário próprio.
Por exemplo, comparado com o canhão AR ele tem melhor mobilidade, mas não pode ser helitransportado.
Comparado com o AP, ele é bem mais barato, mas não oferece proteção blindada e exige maior preparação, tendo reação mais lenta.
Mas é só uma opinião sem uma análise mais aprimorada. …”.
Bosco, taí, você definiu de uma maneira simples e clara o que é o Caesar e seus irmão.
A única coisa que eu discordo e você afirmar que o Caesar não oferece nenhuma vantagem sobre os canhões rebocados.
A grande vantagem (e não a única) é a rapidez para entrar em bateria e sair da mesma.
Se estes canhões (ou: obuseiros) não tivessem vantagem sobre os rebocados não teriam tido a aceitação que estão tendo.
Abraços
Bacchi
Reginaldo,
Infelizmente é impossível atender sua vontade.
Seus textos sempre foram referência para mim, na sede de aprender.
Vc será sempre o Mestre.
Pois Mestre não é aquele que retém o conhecimento, mas aquele que tendo, o transmite.
Contudo, tenho um mau hábito de questionar sempre, inclusive meus professores… he he he.
Assim sendo, a qualquer momento poderei estar atrevidamente discordando, mas sem perder o respeito e a estima.
Atenciosamente,
Ivan, do Recife. 🙂
Como um complemento sobre a utilização do Caesar no exército Francês eis o material de artilharia atualmente em dotação neste exército:
Morteiro Tomson-Brandt de 120 mm raiado: 80 unidades;
TRF-1 obuseiro rebocado de 155 mm: 32 unidades;
Caesar obuseiro auto propulsado de 155 mm: 64 unidades;
AUF-1 obuseiro auto propulsado blindado de 155 mm: 32 unidades.
Bacchi
Ilmos
Qual a diferença entrer obus e artilharia convencional?
Desculpem minha falta de concimeento.
Abs
Marco antonio Lins disse em 10 de setembro de 2010 às 9:48
“… Qual a diferença entre obus e artilharia convencional?
…”.
Já que o obuseiro (não obus – obus é a granada – obuseiro é a arma) pertence a artilharia convencional, eu acredito que sua pergunta é:
Qual a diferença entre obuseiro e canhão?
Hoje na artilharia de campanha não existe mais diferença. Todos os obuseiros atualmente produzidos são também canhões.
Antigamente (ou seja praticamente até o fim da 2ª GM) o canhão era uma arma de tiro tenso que atirava até um angulo de 15 a 20 graus (aproximadamente), disparando normalmente no máximo de seu alcance. Usava munição fixa e tinha comprimento de cano entre 40 e 50 calibres.
Já o obuseiro era uma arma destinada a bater todas as distancias, desde cerca de 500 metros a sua frente até o máximo possivel. Para isto tinha a possibilidade de elevação até cerca de 60 graus, usava munição dividida e tinha comprimento de cano de 20 à 30 calibres.
Hoje os canhões/obuseiros tem comprimento de cano de 40 a 50 calibres, usam munição dividida e angulo de tiro até 60 graus. Ou seja fazem o que faziam os canhões e os obuseiros.
Bacchi
Ilmo Sr
Obrigado pelo exclarecimento! Agora comprendo.
Abs