Exército Brasileiro prepara destruição de armas históricas
Milhões de reais serão desperdiçados e mais uma vez partes importantes da história serão destruídas, colaborando assim para que o Brasil continue sendo um país sem memória
O Boletim do Exército nº 18/2009, datado de 08 de maio de 2009, traz uma Portaria (nº 258 de 30 de abril de 2009) que pode levar a destruição de milhares de armamentos e equipamentos considerados obsoletos e/ou inservível para utilização atual.
Basicamente a Portaria busca oferecer estas armas a entidades que cuidam da conservação do “acervo histórico” de nossas Forças Armadas, sendo na negativa destas entidades em receber as armas elas serão destruídas, e terão sua matéria prima (“sucata”) vendida.
Dentre as armas que serão destruídas estão milhares de espadas e baionetas, fuzis Mauser(mais de 20.000 itens), além de centenas de armas históricas como Thompsons, BARs, etc.
Serão destruídas armas brancas e de fogo que são verdadeiro símbolo da evolução tecnológica da humanidade, mandando-se “ralo abaixo” diversos itens centenários.
Verifique aqui a lista completa das armas históricas que serão destruídas:
http://www.mvb.org.br/campanhas/destruicao.php
Na opinião do MVB a destruição de tais armas fica significa verdadeira afronta ao art. 216 da nossa Constituição Federal, por jogar no lixo parte da História do Brasil e das Grandes Guerras.
Nunca é demais lembrar que há pessoas que são habilitadas legalmente a comprar tais armas por meio de certame público (através de licitação) que são os Colecionadores registrados e fiscalizados pelo próprio Exército.
Aos Colecionadores registrados sequer foi ofertada a possibilidade de preservar esta importante parte da História do Brasil
Além disso, por razões óbvias, a “matéria prima” decorrente da destruição das armas vale extraordinariamente menos do que as armas em si. Para se ter uma idéia um Fuzil Mauser 1908 enquanto “sucata” renderia ao Estado cerca de R$ 0,56 (peso de 4 quilos, preço base SP), sendo que em uma licitação pública a Colecionadores registrados chegaria a ser vendido por cerca de R$ 1.500,00! Há em nossa visão clara lesão ao patrimônio da União, um desperdício de milhões de reais que poderiam ser usados para reequipar o próprio Exército Brasileiro.
Assim, o MVB convoca a Sociedade, nossos Deputados Federais, Senadores e demais autoridades a se oporem a esta medida que dilapida a História do Brasil e vai contra o princípio administrativo do trato com as coisas públicas.
Prof. Bene Barbosa – Presidente MVB
Daniel Fazzolari – Diretor Jurídico MVB
Coisas do Brasil….
fala sério, vergonha pura, nunca esperava essa atitude do eb.
Assim como instituições políticas e governamentais, as forças armadas são o espelho de uma nação… esperava que essa minha linha de pensamento estivesse incorreta com relação às forças armadas brasileiras, mas infelizmente cada vez mais vejo estar correto … forças armadas desperdiçando dinheiro e agora pior ainda para jogar no lixo patrimônio público histórico. E por que não doam esse material histórico para colecionadores?
IRRESPONSÁVEIS!
IRRESPONSÁVEIS!
IRRESPONSÁVEIS!
TAMBÉM NÃO ESPERAVA UMA ATITUDE DESSAS, DE QUALQUER ARMA DAS FORÇAS ARMADAS! Por atitudes como essas, entre outras que o País está do jeito que está e ficará infelizmente assim por um bom par de séculos.
“fala sério, vergonha pura, …” Rodrigo em 30 mai, 2009 às 14:20
Não é possível, deve haver alguma razão maior por trás de uma decisao dessas.
Depois que a Marinha do Brasil resolveu vender o NAeL Minas Gerais como sucata, ao invés de vendê-lo à Associação de ex-tripulantes do navio na Inglaterra, não é surpresa o Exército Brasileiro ter essa mentalidade.
Caro Montgomery
O Minas não foi vendido em leilão internacinal público? Um sucateiro da Índia não pagou 2 milhões de dólares por ele?
Abraços
Não pode ser!Será que não há uma explicação óbvia?
isso é uma questão cultural, basta ver a base de nosso ensino de péssima qualidade não ensinando a história de nossos valores, diante disso voces querem o que, claro um país sem memória.
vocês querem milagres?
É muito caro e perigoso manter grandes estoques de armas sem uso militar. Mas para uso em quadrilhas elas ainda servem. Por isso o EB tem que dar baixa. Pode-se separar algumas unidades de valor histórico e doar para museus oficiais. Talvez foi uma pena vender o A11, mas temos que ver do ponto da MB, pois manter uma unidade daquele tamanho sem utilidade. Já chega o A12.
esse é o Brasil!!
Eu me envergonho da falta de respeito a história militar em nosso país, e mais ainda em ver pessoas que dizem que é melhor ter vendido nosso NAeL Minas Gerais pra sucata do que mante-lo como museu flutuante a exemplo dos exemplares americanos, pois seria uma fonte de renda extra com turismo, quem não preferiria ver um porta aviões de perto aqui no Brasil ao invés de ir ao Tio Sam? concerteza os aficionados da america latina iriam vir aqui, e isso gera recursos, bem como se o tivessemos mantido e abeto um pub ou um restaurante no seu hangar.
Agora o exercito jogar na fornalha armas históricas que muitos de nosso cidadãos desconhecem que existiram por aqui, e mesmo o valor histórico das mesmas. Cade as parcerias publico privadas??? Só servem pra mamar no governo o que é do interesse deles né?
Vamos fundar um clube como o AMAERO, que esta ajudando muito nosso Musal que esteve a beira do abandono total a alguns anos atrás, mas que graças Adeus esta sendo visto como celeiro de grandes Aves-Raras, vamos dar valor a nossa história, a nossos combatentes , a nossos valores nacionais que há muito andam esquecidos, chega de balela da midia que é manipulada, que visa manter nosso povo de antolhos, pois é muito mais facil governar um povo burro e sem valores , como anda o nosso. Vamos dar um basta nessa pouca vergonha, vamos dizer não a essa politica que não engrandece nossa nação mas que cria diversos marginais e traficantes, que semea a corrupção.
Peço que nos unamos como cidadãos concientes de nosso dever civico. Quem concordar comigo por favor vamos trocar ideias e criar um projeto, sou contra Ongs, mas vamos criar uma fundação pela memoria militar e valores nacionais pois ou começamos a mudar o Brasil apartir de agora, ou então nos calemos, pois muitos aqui se dizem nacionalistas mas não se mostram assim, pois permitem que a hipocrisia domine suas vidas, é mais facil reclamar do que lutar para mudar, eu prefiro lutar, prefiro morrer tentando mudar meu país que tanto eu amo do que fazer fila como muitos aqui que só dizem as coisas mas não tem coragem de dar a cara a tapa, de derramar seu sangue pelo nosso Brasil.
Você esta comigo???
dnicolaci@click21.com.br
Sou do Rio de janeiro, tenho 27 anos e estou ávido por lutar pelos direitos constitucionais e defender meu país ajudando em seu desenvolvimento, junte-se a mim. POdemos mudar tudo se acreditarmos em nossos ideais e expandirmos nossa luta.
O MAIS ENGRAÇADO É LER OPINIÕES DE QUEM NÃO CONHECE O ASSUNTO.
DESDE A DÉCADA DE 5O EXÉRCITO TEM ESTOCADO MILHARES DE ARMAMENTOS/EQUIPAMENTOS OBSOLETOS E INSERVIVEIS. EXISTEM DEZENAS DE MUSEUS MILITARES, INCLUSIVE DENTRO DE VÁRIOS QUARTÉIS, ONDE A HISTÓRIA É PREZERVADA. AGORA A PERGUNTA: ONDE ESTÃO OS MUSEUS MILITARES MANTIDOS PELO GOVERNO OU INICIATIVA PRIVADA?? NÃO ESTÃO!! PORQUE NÃO É RENTÁVEL!! MAS OS DO EXÉRCITO/FORÇAS ARMADAS ESTÃO AI!!!
O QUE FAZER COM UM MONTE DE SUCATA QUE OCUPA ESPAÇO E PODE VIR A SER ROUBADO E USADO, MESMO Q DE FORMA PRECÁRIA? DESTRUIR TUDO!! NÃO TEM OUTRA SOLUÇÃO!
QUANTO A VENDA PARA POSSÍVEIS COMPRADORES, TEM UMA LEGISLAÇÃO QUE EXISTE SOBRE ISSO, NÃO É COLOCAR EM UMA MESA E OFERECER NA ESQUINA!! ASSIM COMO NÃO É TODO MUNDO QUE PODE COMPRAR.
AI SOU OBRIGADO A LER COMENTÁRIOS AQUI DE PESSOAS QUE NEM SABEM O QUE ESTÃO FALANDO…AFFF…É DE INDIGUINAR MESMO!!!
Deveria haver um censo para verificar quantas vezes o cidadão médio brasileiro se interessou em visitar um museu militar nos últimos 10 anos. E, quando visitou, se interessou-se pela sessão de armas portáteis.
Talvez os resultados respondessem muitas das críticas levantadas pelos colegas foristas.
Concordo que exportar para museus estrangeiros seria uma boa solução. Se eles terão interesse, aí são outros quinhentos.
Agora, doar para países africanos (porque nem eles vão querer comprar), aí é piada de mau gosto.
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Angelo Nicolaci,
voce tem noção do tamanho do estoque dessas armas. Normalmente os quarteis separam as de valor histórico e em muitos casos elas ainda funcionam nos quarteis. Se o EB fizer um museu central como o da FAB, terá peças de todas as épocas. Eu acho que não se deve manter grandes volumes em estoque, pois o risco a segurança é muito grande. Mas conhecendo o EB como conheço, tá sobrando relíquias em todo lugar. Quanto ao A11 a situação era crítica, pois não era só manter o navio. tem o custo, que é muito alto, mesmo para mante-lo como museu. Também conseguir um local nas instalções da MB do rio não seria muito difícil. Poderia transformá-lo em um grade museu, mas seria muito caro. Foi uma pena, mas manter um navio daquele tamanho sem utilidade militar seria muito difícil.
Precisa-se avaliar se este excedente de material “obsoleto” já não está ultrapassando o limite de armazenamento do EB. Duvido que artigos importantes para se manter a memória do EB serão “jogados fora” agora também ficar juntando este monte de coisas por décadas.. vai chegar a um ponto que não haverá lugar nem pra isto nem pro material novo.
Só espero que seja isso e que realmente não se disfaçam de peças únicas.
Quanto aos comentários sobre o A-11, foi um absurdo a venda para sucata sim! Para um país do tamanho do Brasil vender para sucata o seu primeiro NA por 2 milhões é mesmo assinar a escritura de miserável. Então que o doasse para a aquela associação inglesa dos amigos do “HMS Vengeance”. Quem é ou foi da marinha e viu aquelas fotos de seu desmantelamentos pelos miseráveis de Alang-India sabe do que estou falando.
Abraços.
gente!!!eu acredito q antes de se “agarrar com sucatas velhas” e ter despesas para mante-las mesmo como museu pra uma “FAA” que esta fazendo das ” tripas o coracao” pra sobreviver e adquirir um pouko de melhores condicoes de mateial e tecnologia como a do Brasil, seria no meu ponte de vista tremendamente fora do plano de potencializacao desejado e do plano tracado vista a escasses de valor liquido disponivel pras mesmas!!!
sds!
Houve um “esquecimento” da existência de milhares de Colecionadores de Armamentos e Militaria, devidamente credenciados pelo Exército Brasileiro. Antes da destruição, por dever de cumprir um dos requisitos da administração pública – que é a legalidade e a moralidade, os bens devem ser oferecidos em leilão, pelo maior preço – aos Colecionadores. Eles irão preservar de forma difusa a memória militar.
Caso nao esteja enganado, já existe o museu do Forte de Copacabana, e seu acervo é formidável. Quanto à relação divulgada, por mais que estejam incluídos tantos nomes, a grande maioria dessas armas já deve estar em condições tão precárias que nem uma restauração seria viável.
malditos
Eu já visitei o Museu de Armas no Invalides em Paris, e lá existe uma coleção de fuzis enorme, com peças desde das Guerras Napoleônicas até as campanhas atuais. Se o Brasil não pode fazer um museu igual, porque não doa estas peças a países mais sérios.
Caro Wolfpack
Se estas “relíquias” fossem leiloadas nessas famosas casas de leilões de NY ou Londres, daria pra conseguir um bom dinheirinho. O que não está tão deteriorado não interessaria a nações amigas da África? Como última solução, concordo contigo: doar para países com mais condições de manter o acervo.
Abraços
Dizer que tem que destruir pq é sucata e pode ser roubada para uso, é contraditório por si só. Dizer que não dá prá vender em leilão pq tem uma legislação sobre o assunto, é raciocínio (sic) que não dá prá entender mesmo. Pq não aplicar então esta legislação ? Agora, uma coisa há de se concordar: muita gente nem sabe mesmo do que está falando… É de se indignar !!!
Se essas armas fossen leiloadas até daria um bom dinhero pro EB se manter rsrsrs ja que falta verba eles poderian vender estas armas pra consegui um din din ao inves de sucatealas e depois reclaman que nao tem verba ou a manuntencao de isso ou aquilo leva mil anos como vimos no caso daquele heli , isso é o brasil, espero que um dia mude!
Para quem estiver passeando por Rio Grande, e se interessar por armas históricas preservadas, algumas das quais foram citadas no artigo do blog, dou uma dica:
http://www.mar.mil.br/com5dn/facilidades/museu.htm
Fica a sugestão aos editores do Blog de uma matéria sobre os museus militares brasileiros.
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GHz
Lamentável mais essa falta de conciência histórica do nosso EB.
É inadmíssivel sucatear itens de inestimado valor histórico.
Esse é o nosso Brasil.
Senhores foristas.
Não vamos nos esquecer do compromisso dos janízaros marxistas (civis e militares) com a ONU, em incentivar todo e qualquer tipo de desarmamento civil.
Desde revolver de espoleta (alguém se lembra?) até qualquer tipo de arma de fogo, funcional ou não.
Aparentemente o objetivo deles é que a população civil brasileira vire um grupo de cordeirinhos.
É sempre o mesmo argumento traíra e terrorista. Os ladrões vão roubar! Êta frase mau-caráter!
Curioso é que desarmamento civil sempre foi a porta aberta para aventuras ditatoriais nazi-comunistas! Mas tem gente aqui que foge feito “diabo da cruz” dessa lembrança. Porque será?
Amigos,
Acho que alguns aqui interpretaram mal minha colocação, turismo histórico militar dá dinheiro sim. Mas se vocês notarem não há propagação dos espaços culturais ou museus militares e de história militar. E além disso muitas pessoas dsesconhecem o que elas vão ver exposto em tais lugares.
Eu mesmo já conduzi varios grupos de amigos a museus como o conde linhares, forte de copacabana, Musal dentre tantos outros que muitos de nossos compatriotas desconhecem. e os mesmos ficaram maravilhados e me perguntaram como encontrei tais lugares, e olha que a maioria não é como eu fã das forças armadas e história militar. Há como se canalizar recursos para programas militares levando as forças militares ao conhecimento publico, muitos acham qe somos totalmente obsoletos mas desconhecem nossas armas, sejam as históricas ou as atuais.
Com relação ao A-11, foi um crime, meu avô a época tentou compra-lo da marinha, mas por ser uma embarcação militar a legislação como disseram a ele na epoca restringiu a compra. Mas o pior foi ver um marco de nossa marinha ser desmantelado por falta de visão histórica e mesmo comercial, pois os custos não são absurdos como muitos disseram aqui, eu participei com meu avô do levantamento, e era extremamente viável a conversão dele em museu flutuante e restaurante. Faltou bom senso e inteligencia de nossos politicos que fazem de tudo para ganhar um qualquer. Olhem para nossas forças armadas, agora que vão passar por uma reestruturação de meios operacionais. Leiloar as excedentes para colecionadores e o que sobrar doar a museus em outras partes do mundo é uma maneira de demonstrar maturidade politica e respeito a nossa história. Fui um pouco radical na exposição de minhas ideias? fui, mas eu continuo defendendo que seja criado uma fundação para lutar pela nossa história, pela nossa memória, pelo nosso Brasil.
Aqui deixo mais uma vez minha posição que concerteza muitos discordam, mas fazer o que? somos uma democracia, embora uma minoria consiga manipular a massa a seu favor.
O pessoal esbravejou, reclamou que o Brasil não tem memória (curiosamente o que eu mais vejo no Brasil dos últimos tempos é um apreço pela preservação da Memória, em todas as áreas), falou-se que o governo/Estado não cuida dos museus militares (como se o EB não fosse uma instituição Estatal…ou vcs acham que o dinheiro que mantém os museus militares vem de onde?) – e até os amigos íntimos do Jorge, os “turcos preocupados com a dialética da história” (ele não sabe escrever um comentário que não tenha as palavras “janizaros” e “marxistas”, é incrível!…acho que quando ele acorda não dá “bom dia” pras pessoas, ele deve dizer: “janizaros marxistas, pra vcs!”) foram citados…
Tudo bem!
Só que, se os amigos tivessem tido o trabalho de entrar no site do MINC ou do FUNCEB (Fundação Cultural do Exército Brasileiro), veriam que boa parte dessas reclamações feitas não procedem.
O Ministério da Cultura vem mantendo vários projetos em parceria com o EB (com as FAs todas, mas o assunto aqui é o EB), no sentido de preservação da memória, restauração de patrimônio, restauração de monumentos e mais uma série de outros projetos.
O pessoal acha que preservar a história e a memória é apenas manter objetos como o A-11…e transformá-lo num museu. O Brasil não começou na era dos porta-aviões. Ao contrário. Porta-aviões e caças representam dois segundos na história de mais de 500 do Brasil. Muito mais importantes que um navio como o A-11 (que seria caríssimo de manter como museu flutuante) é restaurar uma fortaleza do século XVII, ou preservar um canhão do século XVI. Porta-aviões, por serem máquinas modernas (e feitas industrialmente), existem registros variados de fácil acesso a qualquer um – filmes, fotos, sites etc. – que podem facilmente ser usados como elementos de “preservação da memória”, mesmo sem a presença física do navio. Já canhões do século XVI temos que preservá-los in loco, pois geralmente são peças únicas e raras.
para quem quiser ter mais informações sobre alguns projetos culturais militares (de preservação da memória e do patrimônio) que estão em andamento no Brasil, em parceira com o Ministério da Cultura, basta entrar neste site e dar uma boa olhada em todos os projetos em andamento:
http://www.funceb.org.br/espacocultural.html
recentemente (faz 3 anos apenas) foi criado um novo museu militar, pertencente ao Comando Militar do Sul. E já conta com mais de 100 mil visitas (ou seja, um sucesso de público – ao contrário do que o pessoal aqui do blog acha, existe sim um interesse da população brasileira pela memória das FAs). O Museu fica em Porto Alegre, e possui um acervo riquíssimo (pelo site dá pra ver alguma coisa, em fotos). Vale a pena “navegar” pelo site do Museu…e pra quem é de Porto Alegre, vale a pena visitá-lo pessoalmente. Quem for visitá-lo, depois nos conta como foi o passeio.
o site do museu é esse:
http://www.museumilitar.com.br/16.html
Nem preciso falar dos demais museus: Musal, Museus da AFA etc.
Enfim…não acho que o EB deva simplesmente se desfazer dessas armas todas conforme anunciado pelo MVB…mas, no tocante a preservação da memória, é preciso saber, antes de sair “atirando às cegas” como muitos aqui fizeram, primeiro: se elas já não se encontram em algum museu. E, segundo: para se preservar a memória não precisamos de 2500 exemplares de um mesmo rifle. Basta um.
abraços a todos
ops! me enganei com a data…o museu militar de Porto Alegre existe há 10 anos…
me equivoquei com a data, porque na homepage do Museu foi dado destaque aos últimos 3 anos.
sorry!
Mas o que eu disse acima continua valendo.
abraços
Simplesmente DEPRIMENTE essa notícia. Mais uma prova que nossos “governantes” não dão valor para o passado de nossa nação.
Sds.
Senhores,
Acho pertinentes tanto os comentários do Angelo Nicolati quanto os do Hornet. Gostaria que antes de alguém fazer um comentários à respeito do tópico do blog, que dessem uma olhada nos comentários desses nossos 02 estimados amigos e BRASILEIROS. Ambos, cada um com suas opiniõs possuem as suas razões e propõem um debate sério a respeito do assunto.
Na minha opinião, acho que essas armas seviriam muito bem em decorações de nossos quartéis. Salas de armas, salas de reuniões, corredores, salas de comandantes e ranchos. Seria algo como deixar em exposição na frente dos quartéis tanques e peças de artilharia como o faz e muito bem o EB em todo o Brasil.
Quanto ao A-11 eu acho que ele serviria melhor ao Brasil e a MB como Porta Helicópteros e navio de projeção de força para os fuzileiros navais. Mante-lo como museu nosso amigo Angelo Nicolati disse que fez um levantamento com seu avô e constatou isso. É algo que teremos que ver e refletir à respeito.
Lembro a vocês que o proprio Porta Aviões USS Intrepid ficou 24 anos docado num porto de Nova York. Após isso uma Associação de Museus da Cidade comprou-o e gastou U$ 120.000.000 para reforma-lo e mais 5 aviões históricos entre eles, MIG17, MIG21 e outros.
Os EUA possuem dinheiro para tanto. Nós…
Amigo Zero Uno,
obrigado por suas palavras.
As pessoas precisam ter em conta, antes de mais nada, que a formação do acervo de um museu passa por critérios técnicos (geralmente são historiadores os curadores de museus desta natureza)…senão vira um entulho de coisas usadas que não dizem nada. Museus não são depósitos de quinquilharias (não estou dizendo que as armas comentadas no post sejam quinquilharias, mas precisam ser averiguadas e tal). Não é porque algo deixou de ser usado que mereça ir para um museu (automaticamente). Não é assim que funciona. Um museu conta a história de uma época, de uma instituição, de um acontecimento (etc.), por meio de objetos…sendo assim, esses objetos precisam estar dentro de um enredo (enredo esse que é criado pelos curadores do próprio museu, por meio de critérios técnicos e não subjetivos)…se não for assim, vira depósito de coisa velha.
Os vários museus que eu já visitei no Brasil (e sou rato de museu), geralmente (na maioria das vezes), são muito bem organizados e são temáticos. Eu nunca fui, por morar longe (moro no interior de SP), no Museu Militar de Porto Alegre, mas pelo o que eu vi no site deste museu, ele é super bem organizado e é temático…como tem que ser. Parece ser um museu excelente. Um museu “vivo”, que atua junto aos cidadãos, com monitores etc…e não deixa só as coisas em exposição (esse é o modelo de museu “morto”, modelo esse que já deveria estar no museu…hehehe).
Já que o assunto acabou chegando nos museus flutuantes…
Não podemos achar que só porque o A-11 não virou museu que a MB, ou o povo brasileiro, ou o governo, ou o Estado brasileiro não ligam pra sua memória. Acho isso um exagero sem tamanho e também uma inverdade.
o A-11 não virou museu, assim como o couraçado São Paulo também não e mais uma série de outros importantes navios da MB ao longo dos séculos também não viraram. Se todo navio que der baixa nós o transformarmos em museu, estaremos perdidos (haja museu flutuante pra cuidar!)…hehehe
E nos EUA, o Yorktown também não virou museu…Na Inglaterra, o Ark Royal também não…e assim vai. Não são todos os navios que viram museus (na verdade, só uma “meia-duzia” que virou), e nem por isso o mundo está “desmemorializado”…
Seja como for, a MB também tem seus museu flutuantes…trata-se do Submarino Riachuelo, que costuma ficar atracado próximo ao Espaço Cultural da Marinha (RJ), onde também se atraca o Navio-Museu Bauru, ambos de visitação quase obrigatória para quem se interessa pelo assunto.
Volto a dizer, não é porque o A-11 não virou museu que o mundo acabou ou que o Brasil é uma porcaria. É simplismo isso. É miopia isso.
O Brasil está repleto de museus, tanto militares como de qualquer outra natureza. No caso da MB, quem se interessar procure visitar o Espaço Cultural da Marinha, no RJ. Garanto que é um ótimo passeio. Já fui lá várias vezes.
Quem tiver interesse é só pesquisar e ir atrás das coisas. Museus e espaços culturais ligados às FAs, no Brasil, é o que não faltam.
abração meu caro
Amigos Zero e Hornet,
Nao que vá alterar suas colocaçoes, mas apenas um pequeno reparo:
Zero,
O USS Intrepid nao passou 24 anos em uma doca em New York até que decidiram transforma-lo em museu. Ele foi descomissionado em 1974 e aberto a visitaçao publica em 1982.
Infelizmente quando estive nele, os migs nao faziam ainda parte da coleçao, nem sabia que haviam sido comprados, portanto obrigado pela informaçao.
Hornet,
O USS Yorktown virou museu sim…tanto que estive nele…a menos que tenham me enganado com um nome falso na popa! rs
abraços
Dalton,
eu me referia ao USS Yorktown (CV-5) e não ao USS Yorktown (CV-10).
O que vc visitou foi este último. O primeiro não virou museu.
abração
Dalton,
só pra não deixar dúvida: o CV-5, apesar da importância histórica de ter lutado na batalha de Midway e tudo isso, não teria como virar museu…
ele foi afundado em 1942.
Mas eu pensei nele, quando escrevi, justamente por sua importância histórica. Do mesmo modo que o Ark Royal a que me referi, é o HMS Ark Royal que “caçou” o Couraçado Bismarck na II GG…e não esse último que a Royal Navy teve…
esse pessoal precisa ser mais criativo e mais original pra batizar Porta-aviões…dão sempre os mesmos nomes…
Eles precisam se espelhar no Brasil. Nunca repetimos um nome sequer nos nossos Porta-aviões…hehehehe
abração de novo
Hornet…
Depois que escrevi, pensei que vc estivesse na verdade referindo-se ao CV6 USS Enterprise que lutou juntamente com os USS Yorktown CV5 e
USS Hornet CV8 em Midway.
Nao sei se vc sabe, mas os EUA arrependem-se até hoje por nao terem feito um esforço a mais e preservado o USS Enterprise como museu, pois foi o navio mais importante de toda a US Navy…mas…naquela ocasiao estavam mais preocupados com os cortes no orçamento e os primeiros anos da guerra fria.
O Yorktown, Intrepid e Hornet que visitei, infelizmente foram muito modificados durante suas longas carreiras, com conves em angulo inclusive e nem de longe lembram suas formas durante a segunda guerra, o velho Enterprise nao recebeu tantas modificaçoes e fielmente representaria os combatentes da epoca.
Lá nao foi apenas meia duzia que foi conservado…na minha opiniao , há um certo exagero, sem falar que muitos, inclusive o USS Hornet, seu xará, rs, nao ficam exatamente em areas digamos, turisticas, o encouraçado Massachussetts e o submarino Nautilus sao apenas 2 outros exemplos.
Quanto aos nomes, uma vez comentei com o Ostra sobre isso, pois enquanto os EUA repetem nomes , aqui no Brasil além de repetir nomes, repete-se o numero, vide o D27 Pará !!! Vá entender!!!
abraçao
Fui numa fortificação em Belém e achei que estava bem cuidada. Tinha canhões lá com o brasão do império. Bem bacana ter visto aquilo…
Dalton,
também não entendo muito o motivo de se repetir os nomes dos navios (acho que os nomes deveriam ser únicos)…mas enfim…
Sobre o que vc comentou nos EUA…penso o seguinte: é que preservação é uma coisa…transformar o navio em museu é uma outra coisa.
Acho que é por isso que muitos não ficam em locais turísticos, como vc disse.
A questão da preservação pode ter outro intuíto. Mas é inegável que existe essa “cultura da preservação” (não só de navios, diga-se de passagem) nos EUA que acho muito legal. Lembro-me dos caças da II GG que ainda voam em determinados eventos e tal…
Mas não acho que precisávamos, necessariamente, fazer a mesma coisa. Até porque, no caso dos EUA, o que se está preservando, antes de mais nada, é a própria história da tecnologia desenvolvida nos EUA. No Brasil não faria muito sentido fazermos tal coisa, pois não temos uma história da tecnologia tão grande… especialmente no campo militar…quem sabe daqui uns 50 ou 100 anos já possamos falar em uma “história da tecnologia militar” no Brasil…mas no momento não faria muito sentido fazermos tal coisa. Seria até um pouco ridículo, no nosso caso, né?
Nossa indústria militar, a rigor, começou nos anos 70…e muitos dos equipamentos que desenvolvemos ainda estamos usando (os Xavantes, as Niteróis, as Inhaúmas, os Bandeirantes etc.).
mas bacana!
abração
Poderia ter um museu desses em BSB. Aqui nós tivemos inauguradas recentemente (a alguns anos) um museu e uma biblioteca ser acervo. Mas não temos ainda um museu que conta a história militar do nosso país. Se existir, por favor alguém me fale porque eu nunca vi.
Eu quero uma pra mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Adler Medrado,
nenhum museu do mundo conseguiria contar a história inteira de um país…
No Brasil temos vários museus justamente para tentar contar o máximo possível desta história…cada Museu conta “um pouco” da história…a história militar toda é impossível de ser concentrada em um único Museu, ou em um único livro, ou em um único lugar.
E no Brasil, a história militar está em cada um dos vários Museus que temos. Isso, pra falar só dos Museus. Pra não falar de Espaços Culurais, de bibliotecas etc.
abração
Hornet,
quanto a repetir um nome de navio, pode ser por homenagem, vc mesmo citou o CV10 Yorktown, que entrou em serviço um ano depois do afundamento do CV5 Yorktown, ainda em plena guerra e certamente é algo que serve para elevar o moral.
Note que…o nr mudou de CV5 para CV10, enquanto que aqui, os contratorpedeiros da classe Pará, mantiveram o mesmo nome e nr dos antigos “Fletcher” !
repetir os nomes, significa que a tradiçao nao será esquecida, principalmente quando o navio anterior cometeu feitos de valor…mas a propria marinha americana anda abandonando este conceito.
O fato de navios serem localizados em locais turisticos, facilita inclusive ao publico ter conhecimento da historia de sua marinha e porque nao…servir de propaganda, mas infelizmente nao há espaço para todos,e nem o desejo de politicos de se ter tais navios em determinadas cidades e muitos acabam em locais pouco frequentados.
Entendi o que vc quis dizer quanto a preservar a tecnologia dos outros e nem há dinheiro sobrando aqui para tanto, mas, independente da tecnologia, um navio como o Bauru , ou o submarino Riachuelo exercem um certo poder nas pessoas, mesmo aquelas que nao sao entusiastas como eu, representam acima de tudo a evoluçao da humanidade, a capacidade do homem construir, habitar e combater nestes meios.
Nao sei se fui muito claro…mas…continuo tentando…rs
hasta la vista!
Adler,
nao sei se vc já foi ao espaço cultural da marinha no RJ…onde estao o Bauru, o Riachuelo e o laurindo Pitta, neste ultimo vc pode fazer um passeio pela baia de guanabara que vale muito a pena.
Há muitas maquetes objetos nauticos quadros etc.
O Forte de Copacabana é outra maravilha assim como o museu dos fuzileiros navais na ilha das cobras…a cela onde Tiradentes ficou é algo digno de ser visto, apesar de lugubre.
Aqui no Brasil, ao contrario de outros paises com maiores tradiçoes militares, é preciso cavar para encontrar alguma coisa, mas sem duvida o Rio de janeiro é o melhor local.
abraços
[…] vai lá: Exército brasileiro prepara destruição de armas históricas (ou: saudade dos leilões em […]
Dalton,
sim, foi claro. E eu concordo com vc em relação ao Riachuelo, ao Bauru etc. E concordo também com o fato de que um navio, ou um avião, ou um carro, ou um trem etc. são antes de mais nada conquistas tenológicas da humanidade e, portanto, exercem um grande fascínio nas pessoas…sem dúvida.
Eu acho que eu é que não fui muito claro. O que eu penso é que, no caso dos EUA, além de eles terem dinheiro para fazer tais coisas (preservar os navios, aviões etc.), essa tecnologia faz parte da cultura daquele país do mesmo modo que o samba faz parte da nossa cultura, entende? A relação dos EUA com a tecnologia é de identidade nacional. Por isso que eles preservam tanto essas coisas.
No nosso caso, a nossa identidade nacional passou por outras questões, como festas, danças, artes, músicas, culinária etc…o que não quer dizer que não devamos preservar as coisas tecnológicas também, é claro que sim. E naquilo que entendemos como identidade nós preservamos e muito. Vc é de Curitiba e vc sabe o quanto as tradições desta cidade são preservadas, não é verdade? Já estive aí várias vezes e já vi coisas muito legais na cidade. E isso é assim no Brasil de um modo geral…preservamos nossa identidade..e como! Engana-se quem pensa o contrário.
Mas veja, na Europa a identidade nacional dos países não passa tanto pela tecnologia também…Passa mais pelos costumes e pelas artes (tal como no Brasil). Quando estive na Inglaterra, andei um pouco pelo interior do país e o que se vê por lá: tradições medievais, castelos, mosteiros, aldeias do século XVI, igrejas seculares…intactas! Preservadíssimas. Na França também…enfim…
Não que nos EUA não tenha isso…tem também. Mas me lembro da abertura dos jogos Olímpicos de LA (1984)..Qual outro país do mundo colocaria um “Homem Foguete” na abertura de uma Olímpiada? Se todo país procura mostrar sua cultura na abertura dos jogos (geralmente, danças, músicas, tradições etc.)…os EUA colocaram um “Homem Foguete” e não foi à toa… ou seja, a tecnologia faz parte da cultura dos EUA (assim como o Blues e o Jazz)…isso está no “sangue” (metáfora, só metáfora, ok?) deles…
Foi mais ou menos isso que quis dizer…
Agora não sei se eu é que fui claro…hehehe
mas vamos tentando…hehe
abração
Dalton,
esqueci de comentar…é verdade, aqui repetimos até o nr…vai entender, né?
Menos nos Porta-aviões…em nossos “inúmeros” NAe nunca repetimos sequer um nome…hehehe
Também acredito que a idéia de o nome ser repetido deva ser para manter a tradição. O que eu acho legal, inclusive…
O que eu falei acima era só brincadeira…nada contra existir dois Yorktown, dois Ark Royal etc.
abração
Hornet,
clarissmo, clarissimo!
por hj chega…já deveria estar dormindo…rs, mas quanto ao homem foguete, se vc assistia Perdidos no Espaço, o que viu-se em 1984 foi algo que já existia em 1965 e foi mostrado na série, um dos super-equipamentos que os colonizadores levaram a bordo da jupiter 2, sem falar no robot, “Danger danger Will Robinson”.
abraçao!!!
Dalton, conheço sim. É muito bacana mesmo. Pena que por aqui em BSB não tem nada…
Ah, lembrei de uma coisa. Para quem gosta de modelismo naval, aqui em bsb, no prédio do comando da marinha lá na esplanada dos ministérios tem um pequeno museu que conta com maquetes diversas dos navios da esquadra. Entre eles o Tupi, Niterói e São Paulo.
A propósito, poderia ser criado em um dos blogs uma área colaborativa, algo como um wiki onde os visitantes poderiam cadastrar locações de interesse dos visitantes dos blogs. O que acham?
[]s
Vejo esta matéria e me sinto envergonhado, pois um país sem história não é nada.Daqui alguns anos nossas futuras gerações não terão histórias para contar, porque não ficou nada para les saberem da história bélica de nosso país. Precisa um basta e vamos fazer de nosso país uma nação de vitórias através da educação.
Não esqueçam que existem milhares de colecionadores de armas e militaria, ávidos pelo leilão – e que uma arma mesmo em péssimo estado, serve de alguma forma para restauração de outra (peças sobressalentes).